ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA GESTÃO DE PROGRAMAS DA ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA NA CIDADE DE CRISÓPOLIS BA RESUMO
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- Alexandre Castilhos
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1 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA GESTÃO DE PROGRAMAS DA ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA NA CIDADE DE CRISÓPOLIS BA Wellington Pereira Rodrigues (Discente de Enfermagem, Centro Universitário UNIAGES)* Kelly Albuquerque de Oliveira (Doutoranda em Enfermagem, Centro Universitário UNIAGES e Universidade Estadual de Feira de Santana) * wellington_life@live.com RESUMO Trata-se de um estudo, exploratório, transversal, realizada nas Unidades básicas de Saúde, na cidade de Crisópolis BA. A amostra foi composta por 6 enfermeiros gestores. Os resultados mostraram que a maioria dos enfermeiros estão na faixa de 20 a 30 anos (84%), e prevalência do sexo feminino, todos possuem carga horária de 40 horas semanais. Quanto a gestão foi observada que a liderança é uma característica imprescindível no trabalho da enfermagem nas unidades básicas de saúde, uma vez que, a enfermagem lida diariamente com outros profissionais como técnicos de enfermagem e auxiliares. Conclui-se que, dessa forma é cada vez mais necessários profissionais dotados de competências administrativas que possam planejar estrategicamente para melhor organizar os recursos materiais, financeiros. Além de que, a enfermagem deve ter lideres aptos a motivar suas equipes e colegas de trabalho e, acima de tudo mantenham o caráter humano em sua assistência. Palavras-chave: Gestão em Saúde. Profissionais de Enfermagem. Atenção Primária à Saúde. INTRODUÇÃO O enfermeiro, diariamente, tem que gerenciar uma grande variedade de recursos matérias e humanos para garantir uma qualidade da assistência à saúde. A gestão na enfermagem nasceu com Florence, que assumia tanto a organização do ambiente quanto a capacitação e treinamento dos agentes de enfermagem, desta forma as enfermeiras eram divididas em nurses que eram responsáveis pelo cuidado propriamente dito e em lady nurses que centravam suas atividades na supervisão e no ensino de enfermagem (BASTOS et al., 2015; SEIFFERT; WOLFF; WALL, 2011; CARRARO, 1994). Sobre estas características de multitarefas do profissional de enfermagem, percebe-se que é um fator iniciado desde o início da sua formação, pois é trabalhada características voltadas para uma perspectiva multidisciplinar contribuindo para uma atuação mais criativa, inovadora, participativa, mais próxima do cliente e da equipe de trabalho, favorecendo o conhecimento das reais necessidades da equipe e dos pacientes (COSTA; SHIMIZU, 2016). Nesse sentido, a gerência consiste em gestão, administração, supervisão e coordenação de todos os procedimentos relacionados a um produto em questão, sendo o gerente quem gera ou administra o negócio, bens ou serviços (BASTOS et al., 2015). Na área da saúde não é diferente, onde esses aspectos se mantêm em qualquer contexto, pois
2 a perspectiva de administrar em enfermagem é uma forma de organização do trabalho do enfermeiro adequando à realidade, de forma não dicotômica onde o administrar é subsídio para o assistir. Diante deste contexto, o trabalho objetiva conhecer a atuação do enfermeiro gestor frente aos processos inerentes ao processo saúde-doença imbricando nas dimensões do trabalho em saúde. METODOLOGIA Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, onde a pesquisa para o embasamento teórico contou com dados quantitativos. O presente estudo foi realizado com enfermeiros das unidades básicas de saúde do município de Crisópolis BA no ano de A amostra por conveniência foi composta por 6 enfermeiros gestores, que atenderam os seguintes critérios de inclusão: ser cadastrado como funcionário da atenção básica e concordar em participar livremente do estudo, assinando o termo de consentimento livre e esclarecido. Foi utilizado um questionário previamente testado para realização da entrevista semi-estruturada. Para análise dos dados foi realizado primeiramente a leitura das entrevistas, em seguida foi separado as ideias, frases e parágrafos que identificaram as convergências e divergências dos participantes em relação as trabalho gestor e por fim, foi feita a organização e o mapeamento das semelhanças e diferenças das falas dos sujeitos, realizando releituras sucessivas e exaustivas das respostas. Todas as fases da pesquisa foram realizadas em consonância com as questões ético-legais da resolução n. 466 de 2012 do Conselho Nacional de Saúde, que regulamenta as pesquisas envolvendo seres humanos no Brasil (BRASIL, 2012). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de ética e Pesquisa do Centro Universitário UniAges, sob o protocolo RESULTADOS Do total de participantes da pesquisa foi evidenciado a prevalência do sexo feminino (Gráfico 1), na faixa etária de 20 a 30 anos (84%), e apenas 16% encontra-se na faixa etária entre 31 e 40 anos, refletindo um quadro de profissionais relativamente jovens. Sobre a
3 carga horária, percebe-se uma unanimidade entre os participantes, onde todos trabalham 40 horas semanais, este é um fator importante visto que, induz maior contato entre os profissionais e a comunidade em que o ESF está inserido. Gráfico 1 Perfil dos enfermeiros em enfermagem. Crisópolis BA, Perfil dos Enfermeiros 33,3 66,7 Perfil dos enfermeiros Feminino Perfil dos enfermeiros Masculino Em relação as atribuições do enfermeiro gestor foi realizada a seguinte pergunta: Como você percebe a importância do gerenciamento da ESF para uma assistência e um funcionamento de qualidade da ESF? onde ficou evidenciado a importância o gestor para um bom funcionamento dos serviços de saúde. Foi apontado nas falas dos entrevistados há uma consistência consolidada em torno da gestão em enfermagem, que gira em torno do planejamento e melhoria da assistência prestada, sendo necessário para a melhoria dos serviços (Quadro 1). Quadro 1 Atribuições esperadas pelas equipes da ESF em relação com as famílias. Crisópolis, Dar uma atenção cuidadosa e respeitosa, que deve ser considerada no encontro com o outro; Ouvir atentamente, decodificando signos, tanto na linguagem quanto nos movimentos da comunidade; Deixar claro, durante encontro, que está comprometido com a manutenção da saúde ou cura da doença; Demonstrar interesse pelo problema do outro, por seu trabalho, pela sua comunidade; Ter consciência de que trabalhadores da saúde, os que cuidam e os usuários que são cuidados, são sujeitos de uma preocupação, um mesmo desejo e uma mesma necessidade de ter saúde; Saber que todos estão andando na vida e que, nessa andança, surgem desvios, dificuldades, paradas, morte; Fortalecer, com o cliente ou a família, sua ideologia, sua fé, mesmo que a sua seja outra.
4 Vale ressaltar que a importância da gerencia em enfermagem consolida-se sobre a integração e motivação da equipe, como também em desenvolver estratégias para contornar as dificuldades encontradas. O cuidado prestado pela enfermagem é de caráter multidisciplinar, apresentando segmentos distintos que ora se distanciam, ora se comtemplam, onde ver-se que o trabalho em enfermagem se organiza em subprocessos, denominados assistir ou cuidar, administrar ou gerir, pesquisar e ensinar, coexistindo ou não em um mesmo tempo na instituição (BRASIL, 2008). Na Atenção Primária à Saúde o enfermeiro direciona os recursos tecnológicos, físicos e humanos dependendo da necessidade de cada um. Em saúde essas práticas individuais, devem ser orientadas para a escuta humanizada do paciente, sendo incentivadas e exemplificadas pelo líder da equipe. CONCLUSÃO Foi possível perceber um consenso entre os profissionais de enfermagem sobre a importância da gestão dos serviços de saúde. Sendo evidente uma maior busca sobre formação de profissionais a partir de uma visão holística, considerando-se todas as dimensões da prática do cuidado. Desta forma, é cada vez mais necessário que os profissionais sejam dotados de competências administrativas para melhor organizar os recursos materiais, financeiros e a se tornarem lideres aptos a motivar suas equipes e colegas de trabalho e, acima de tudo mantenham o caráter humano em sua assistência, ou seja, o enfermeiro gestor porta consigo uma grande responsabilidade de concretizar os objetivos estabelecidos pelo sistema de saúde, para promover um atendimento democrático e de qualidade. REFERÊNCIAS BASTOS, L. T. O.; XENOFONTE, P. B. S.; ABREU, F. R. H. de; ROLIM, K. M. C. O protagonismo de Florence Nightingale e sua contribuição na formação do enfermeiro. São Paulo, Atlas, BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de estrutura física das unidades de saúde: saúde da família/ministério da saúde. Secretaria de atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica, 2Ed. Brasília: Ministério da Saúde, BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 112 p, CARRARO, T. E. Resgatando Florence Nightingale: a trajetória da enfermagem junto ao ser humano e
5 sua família na prevenção de infecções. Florianópolis, SC: UFSC, p. (Dissertação de Mestrado em Enfermagem). COSTA, R. A.; SHIMIZU, H. E. Atividades desenvolvidas pelos enfermeiros nas unidades de internação de um hospital escola. Rev. Latino-am Enfermagem., v. 13, n. 5, p , set./out SANTOS, A. S., MIRANDA, S. M. R. C. A enfermagem na gestão em atenção primária a saúde. Barue, SP: Manole, SEIFFERT, L. S.; WOLFF, L. D. G.; WALL, M. L. A Expertise de Nightingale e o manual brasileiro de acreditação e organizações de saúde. Cogitare Enferm. v. 16, n. 3, p
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