18/9/2014 DISTÚRBIOS GÁSTRICOS, ESOFÁGICOS E INTESTINAIS GASTRITE AGUDA GASTRITE CRÔNICA - TIPO A - TIPO B GASTRITE AGUDA

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Transcrição:

UNESC ENFERMAGEM SAÚDE DO ADULTO PROFª: FLÁVIA NUNES DISTÚRBIOS GÁSTRICOS, ESOFÁGICOS E INTESTINAIS TIPOS DE GASTRITE GASTRITE AGUDA GASTRITE AGUDA GASTRITE CRÔNICA - TIPO A - TIPO B É uma inflamação da mucosa estomacal, sendo mais frequente por imprudência dietética. GASTRITE AGUDA A gastrite é uma doença que atinge jovens, adultos, idosos e crianças, de ambos os sexos e independe de condições socioeconômicas. A gastrite é uma doença comum, da qual ouvimos falar com frequência. Mas poucos sabem realmente o que ela representa, suas causas e particularidades. GASTRITE AGUDA O estômago é um órgão revestido por uma mucosa, e essa mucosa produz enzimas digestivas, protege as células estomacais do ácido clorídrico e faz uma espécie de separação dos alimentos assim que eles chegam ao estômago para serem digeridas. A gastrite é a inflamação dessa mucosa que se não for tratada, pode ocasionar uma úlcera. 1

FISIOPATOLOGIA A membrana mucosa gástrica torna-se edemaciada e hiperemiada (congestionada com tecido, líquido e sangue e sofre uma erosão superficial); ela secreta uma pequena qde de suco gástrico, contendo pouco ácido, mas muito muco. Pode ocorrer ulceração superficial e levar à hemorragia. O pte pode apresentar desconforto abdominal, com cefaleia, lassidão, náusea, anorexia, frequentemente acompanhada de vômito e soluço. Outros ptes são assintomáticos. auto-regeneração recuperação Comer muito; CAUSAS GA Deglutir sem mastigar bem os alimentos; Ingerir alimentos condimentados; Ingerir alimentos contaminados por microrganismos que causam doenças; Etilismo; Aspirinas; Refluxo biliar; Radioterapia; GATRITE CRÔNICA Inflamação prolongada do estômago, podendo ser causadas tanto por úlceras malignas quanto benignas do estômago, ou pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori). FISIOPATOLOGIA GC Pode ser classificada como do tipo A ou B. - Tipo A: (frequentemente conhecida como gastrite autoimune) resulta de alterações de células parietais, levando a atrofia e infiltração celular. Está associada com doenças auto-imunes, como a anemia perniciosa, e ocorre no fundo gástrico ou no corpo do estômago. - Tipo B: afeta o antro e o piloro. Está associada com a bactéria H. pylori, fatores dietéticos; fumo; ou refluxo do conteúdo intestinal no estômago. CAUSAS G. CRÔNICA Quase sempre está associada à ingestão de alimentos que irritam a mucosa como o consumo excessivo de álcool (devido ao exagero nas doses, pode culminar em inflamação da mucosa gástrica); Antiinflamatórios (reduzem a proteção gástrica, mas apenas se ingeridos por longos períodos) Antibióticos Corticóides Bactéria denominada Helicobacter pylori que também pode causar úlcera. 2

SINTOMAS TIPO A: essencialmente o pte é assintomático. TIPO B: anorexia, azia após alimentação, sensação de plenitude gástrica, sabor azedo na boca, náusea e vômito. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA TIPO A: está associada com acloridria ou hipocloridria (ausência ou nível baixo de ácido clorídrico); TIPO B: está associada a hipercloridria (autos níveis de ácido clorídrico); O diagnóstico pode ser determinado pela endoscopia, séries de Raios X gastrointestinais superiores e exame histológico para detectar a H. pylori. Helicobacter pylori A bactéria Helicobacter pode viver na mucosa gástrica por muito tempo, sem causar infecção. As substâncias que ela produz é que podem desencadear o processo inflamatório, porém, isto não acontece em 100% dos casos. Mesmo assim, cuidado nunca é demais. Esta bactéria surge em condições de falta de saneamento básico, contaminando a água e provocando a contaminação das pessoas. Assim, mesmo que a doença não venha a se manifestar, preservarse do contato com água e alimentos contaminados ou com pessoas infectadas é fundamental. GASTRITE POR HELICOBACTER PYLORI GASTRITE AGUDA: TRATAMENTO Moderar o consumo de bebidas alcoólicas e fugir dos famosos fast-foods. Amenizar situações de estresse, tão comuns no cotidiano. Procurar evitar irritações (por mais difícil que isto seja) é relevante na hora de manter distância da gastrite. Para neutralizar os ácidos, utilizar antiácidos comuns (p. ex. hidróxido de alumínio); Cirurgia de emergência pode ser solicitada para remoção de tecidos gangrenados ou perfurados. Gastrojejunostomia ou ressecção gástrica podem ser necessários para tratar a obstrução pilórica. Para neutralizar um alcalino, é usado suco de limão ou vinagre diluídos. 3

TRATAMENTO CUIDADOS E ORIENTAÇÕES GASTRITE CRÔNICA: É tratada modificando-se a dieta do paciente, promovendo o repouso, reduzindo e estresse e iniciando farmacoterapia. - Tetraciclina; - Amoxicilina; - Sais de bismuto (pepto-bismol) Uma boa digestão é fundamental para a prevenção e tratamento da gastrite. Vale lembrar que comer em pé, rápido demais e encher o estômago de líquidos junto às refeições são atitudes que acabam gerando desconfortos intestinais. Os líquidos devem ser ingeridos meia hora antes e no mínimo, uma hora depois. Cereais, grãos, farelos e verdura auxiliam no combate a gastrite e previnem problemas gastrintestinais. As fibras protegem a mucosa gástrica e protegem o estômago da ação de medicamentos. Dicas para melhorar a Gastrite 1- Evite gorduras, frituras, leite e derivados. 2- Não consuma álcool 3- Nunca fique mais de três horas em jejum 4- Dê preferência aos alimentos integrais 5- Evite café, chá preto e chocolate. 6- Tome 2 litros de água por dia 7- Faça as refeições em ambientes tranqüilos longe da TV, com música calma e preste atenção ao que está comendo. Dica: não caia no conto do copo de leite para amenizar a dor no estômago, pois a sensação de alívio logo se transforma em dores ainda mais fortes. As proteínas do leite são de difícil digestão, além de aumentarem a produção de ácido clorídrico. Uma boa alternativa contra a gastrite é tomar diariamente um copo de suco de couve, de preferência, em jejum, por no mínimo 15 dias. E tomar bastante chá de Espinheira Santa. Gastrite versus úlcera ESOFAGITE De acordo com o gastroenterologista, não é raro que as pessoas confundam a gastrite com a úlcera. Apesar de apresentar normalmente sintomas similares, a gastrite e a úlcera são muito diferentes. A úlcera é uma lesão da mucosa, uma verdadeira cratera que surge na parede do estômago. Essa confusão também acontece porque a mesma bactéria que causa a gastrite pode ocasionar a úlcera. Esta última, no entanto, é mais grave, pois pode resultar em perfurações e sangramentos. 4

ESOFAGITE CAUSAS DA ESOFAGITE Esofagite é a inflamação do esôfago, o tubo que liga a boca ao estômago. Ela afeta geralmente a mucosa do órgão, mas pode também afetar sua musculatura e produzir estreitamentos que criam dificuldades e mesmo impossibilidade na deglutição. É causada pelo refluxo do fluido ácido do estômago para o esôfago ou por alguma substância cáustica ingerida. Uma causa frequente de esofagite grave é a ingestão acidental ou deliberada (com intento suicida) de soda cáustica. Ela também pode ser causada por uma doença autoimune chamada esofagite eosinofílica. FATORES DE RISCO PARA A ESOFAGITE - álcool; - fumo; - cirurgia ou radiação torácica; - vômitos; - pessoas com debilidade do sistema imunológico ou em uso constante de determinados medicamentos como corticoides podem desenvolver infecções por fungos, cândida ou vírus, que levam à esofagite. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - A infecção ou irritação da mucosa do esôfago pode levar à inflamação do órgão; - Podem aparecer úlceras esofágicas; - Pode haver dificuldade para deglutir; - Sabor amargo na boca; - Pirose ou queimação; - Rouquidão e dor de garganta - Outros sintomas possíveis são: mau hálito, dor no peito, refluxo de um líquido amargo e salgado para a garganta e sangramento (em geral pequeno). DIAGNÓSTICO DA ESOFAGITE História clínica do paciente; Endoscopia digestiva alta (EDA) Exames radiológicos contrastados com bário; Biópsia; TRATAMENTO DA ESOFAGITE Antiácidos, para reduzir a azia ou a queimação; Se houver infecções deverão ser usados antibióticos ou antifúngicos; Algumas atitudes comportamentais são aconselháveis, como não deitar-se após as refeições e observar uma dieta adequada; PREVENÇÃO Não deitar-se após as refeições. Evitar bebidas que contenham ou produzam gases e bebidas alcoólicas. Evitar alimentos condimentados ou gordurosos. Usar medicação preventiva, como o omeprazol, por exemplo. 5

DEFINIÇÃO ÚLCERA PÉPTICA É uma escavação (cavidade) formada na parede mucosa do estômago, do piloro, do duodeno e do esôfago. Úlcera é definida como uma lesão aberta, com perda de tecido, que ocorre na pele ou nas mucosas, ou seja, é uma ferida. A úlcera péptica é uma lesão (ferida) da mucosa do aparelho gastrintestinal, que ocorre principalmente no estômago e no duodeno (porção inicial do intestino). CAUSA Ela é causada pela erosão de uma área circunscrita de membrana mucosa ETIOLOGIA E INCIDÊNCIA A bactéria gram-negativa H. pylori é o fator causal; A úlcera péptica é uma doença comum, em todo o mundo, acometendo principalmente os indivíduos com idade entre 40 e 60 anos. Não existem dados brasileiros oficiais, mas acredita-se que até 10% da população tem, já teve ou terá úlcera péptica, em algum momento da vida. ÚLCERA DUODENAL 6

FISIOPATOLOGIA Para que ocorra a digestão dos alimentos, o estômago precisa produzir ácido clorídrico e outras substâncias que são responsáveis por iniciar o processo. Com isso, o conteúdo desse órgão fica bastante ácido, o que poderia levar a lesão de suas paredes caso o organismo não tivesse desenvolvido mecanismos de proteção. FISIOPATOLOGIA As células do estômago produzem muco, uma espécie de substância gelatinosa, que recobre sua parede e é um dos principais mecanismos protetores. Outros fatores protetores são a secreção de bicarbonato (que neutraliza o ácido) e a descamação constante da mucosa gástrica. Todos esses mecanismos protetores são controlados pela produção de algumas substâncias chamadas genericamente de prostaglandinas. Isso é importante, porque determinados medicamentos antiinflamatórios inibem a produção das prostaglandinas, comprometendo os fatores protetores do estômago e do duodeno. Por isso que sentimos dor de estômago quando tomamos alguns desses medicamentos. SINTOMAS O sintoma mais comum é a dor, geralmente em queimação, não muito intensa, localizada na região do estômago ("boca do estômago"). Os pacientes comumente relatam-na como dor de fome. Dor que começa 2-3 horas após a alimentação, e à noite (podendo acordar o paciente de madrugada), que melhora com o uso de antiácidos e com a ingestão de alimentos. Esse tipo de dor está mais associado à úlcera de duodeno. SINTOMAS Uma outra característica importante é a presença de períodos de melhora e outros de piora da dor. Outros sintomas que podem surgir são: náuseas, vômitos, eructação ("arrotos"), flatulência (eliminação de gases), entre outros. É importante ressaltar que alguns pacientes são completamente assintomáticos, tendo como primeira manifestação uma das complicações da doença. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA O principal exame é a endoscopia digestiva alta (EDA). Esse exame permite que o médico visualize a úlcera, fechando o diagnóstico, e também que se faça a coleta de material de biopsia para pesquisa e análise da infecção pelo H. pylori Outro exame que pode ser realizado é a radiografia contrastada do tubo digestivo. DROGAS TERAPÊUTICAS ANTIÁCIDOS (leite de magnésia, hidróxido de alumínio) Neutralizam as secreções gástricas. ANTAGONISTA RECEPTOR DA HISTAMINA (cimetidina, ranitidina famotidina) Inibem a secreção ácida bloqueando a ação da histamina das células parietais do estômago. ANTIBIÓTICOS E SAIS DE BISMUTO (tetraciclina, amoxicilina) Bactericida, ajuda na erradicação da H. pylori. 7

INIBIDOR DA BOMBA DE PRÓTON (omeprazol) Diminuem a secreção do ácido gástrico DROGAS CITOPROTETORAS (cytotec, sulcralfate) Uma prostaglandina sintética, protege a mucosa grátrica de agentes ulcerogênicos, aumenta a produção de muco e níveis de bicarbonado. ANTICOLINÉRGICO (pirenzepina) Inibem a ação da acetilcolina reduzindo a secreção gástrica TRATAMENTO CIRÚRGICO A cirurgia está indicada nos seguintes casos: Presença de complicações da úlcera péptica; Tratamento medicamentoso não levou à cicatrização da úlcera; Recidivas são freqüentes, mesmo após o tratamento da úlcera e da infecção pelo H. pylori. COMPLICAÇÕES POTENCIAIS DIVERTICULITE Perfuração: ocorre quando a úlcera corrói toda a parede do órgão (estômago, duodeno). É uma complicação grave que pode levar a infecção abdominal e morte caso não seja prontamente tratada. Obstrução pilórica: quando a úlcera cicatriza e forma fibroses que obstruem o trânsito dos alimentos pelo tubo digestivo. É uma inflamação dos divertículos presentes no intestino grosso, 95% dos divertículos encontram-se no cólon sigmoide. Hemorragia: é a complicação mais comum, podendo aparecer como sangue nas fezes ou vômitos de sangue. Penetração FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Os divertículos são saculações que surgem na parede do intestino grosso no decorrer da vida, devido principalmente a pressão exercida pelo conteúdo intestinal contra esta parede. Quando há a obstrução de algum divertículo por fezes ou alimentos não digeridos, inicia-se um processo inflamatório no divertículo, que em seguida evolui para um processo infeccioso, o que se denomina diverticulite. - Dor abdominal; - Alteração do hábito intestinal; - Febre. - Nos quadros mais severos pode ocorrer a obstrução intestinal ou até mesmo a perfuração do divertículo. 8

COMPLICAÇÃO Hemorragia intestinal provocada por um divertículo sangrante TRATAMENTO - Os casos mais brandos podem ser tratados de forma clínica, ou seja, com antibióticos, orientação alimentar e analgésicos. - Nos casos mais severos, o tratamento cirúrgico pode ser a melhor opção. DOENÇA DE CROHN A doença de Crohn é uma doença crônica inflamatória intestinal, que atinge geralmente o íleo e o cólon (mas pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal) SINTOMAS E TRATAMENTO ETIOLOGIA Os sintomas e tratamentos dependem do doente, mas é comum haver dor abdominal, diarreia, perda de peso e febre. Atualmente não há cura para esta doença, no entanto os tratamentos permitem alívio dos sintomas e melhoria de qualidade de vida. Ainda é oficialmente desconhecida. No entanto supõe-se que seja resultado de hiperatividade intestinal do sistema imunitário digestivo por ação de fatores ambientais com tendência genética. Pode ter relação com a doença reumática Espondilite anquilosante. BEM SEI QUE TUDO PODES, E NENHUM DOS TEUS PLANOS PODE SER FRUSTRADO (JÓ 42:2) 9