Esporte de aventura na escola: uma alternativa nas aulas de educação física

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Transcrição:

Esporte de aventura na escola: uma alternativa nas aulas de educação física Renata Aparecida Eria; Larissa Maria Lira Aires; Lenilson Silva dos Santos; Lígia Luís de Freitas; Silvana Nóbrega Gomes Centro Universitário de João Pessoa- UNIPE- reeria@hotmail.com A prática dos esportes de aventura vem crescendo socialmente. E a procura por essas atividades tem sido significativa, principalmente por adolescentes, motivo pelo qual foram escolhidas algumas dessas práticas na intervenção realizada nas escolas. Buscando conscientizar os alunos sobre a importância da preservação da natureza. Este trabalho objetiva apresentar o resultado da aplicação do esporte de aventura feita por discentes participantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID), do curso de Educação Física, do Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. A intervenção foi realizada com alunos de ambos os sexos, pertencentes à segunda fase do ensino fundamental (7º ao 8º anos), com idades entre 11 a 15 anos. As atividades aconteceram na Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Professora Anayde Beiriz, localizada na cidade de João Pessoa/PB, no turno da manhã, sendo dois encontros semanais, com duração de 45 minutos. O método de procedimento foi o colaborativo, sendo desenvolvido em quatro fases distintas: estudo do contexto escolar e do grupo participante, aprofundamento do conhecimento sobre esporte de aventura, planejamento, prática e avaliação do processo de ensino aprendizagem. Ao final da intervenção concluímos que o esporte de aventura nas aulas de educação física é um tema inovador, a ação estimula o desejo de superação, favorecendo a turma compreender-se como parte integrante da natureza e, por isso, precisa respeitar e preservar o meio ambiente onde está inserido. Palavras-chave: Esporte de Aventura, Educação Física Escolar, Preservação do Meio Ambiente. INTRODUÇÃO Devido o crescimento dos esportes de aventura como um dos fenômenos mais surpreendentes da época, conforme afirmam Spink, Aragacki e Alves (2005), a procura pela prática dessa modalidade tem crescido em diferentes contextos, entre os quais se destaca a escola. Conforme Costa, Marinho e Passos (2007, p. 188), Os esportes de aventura compreendem o conjunto de práticas esportivas formais e não formais, vivenciadas em interação com a natureza [...], para isso os praticantes utilizam o controle emocional e a relação com o meio ambiente para, a partir disso, buscar limites do corpo em meio aos desafios propostos pela própria natureza. Para isso é necessário que haja uma preservação e respeito aos locais onde a prática é vivenciada contribuindo, portanto, para o lazer, o esporte como alto-rendimento, a educação e a própria cultura da população em geral.

Sendo assim, o esporte de aventura nas aulas de educação física proporciona aos alunos motivação, curiosidade, interesse, sensações e emoções, conscientização sobre a preservação da natureza. Portanto, cabe ao profissional da área planejar/propor atividades exequíveis, que estimulem e potencializem tais aspectos. As atividades de aventura, como componente curricular inovador dentro da área da Educação Física escolar, podem ampliar quantitativa e qualitativamente as vivências dos educandos, e assim possibilitar experiências práticas que conduzirão à aquisição de novos conhecimentos e aprendizagens, interligados com a importante abordagem das questões ligadas ao meio ambiente natural. (TAHARA; CARNICELLI FILHO, 2013). Dessa forma acredita-se que é possível trabalhar algumas dessas práticas na escola, alinhando-se a conscientização dos alunos sobre a importância da preservação da natureza. O Esporte de Aventura não tem sido potencializado no currículo da Educação Física devido à falta de conhecimento dos professores, bem como o fato dos profissionais terem dificuldades de adaptar os espaços escolares para algumas práticas. Se referindo as atividades físicas em geral, Gallahue e Donnelly (2008) afirmam que as oportunidades para a prática são frequentemente limitadas pela falta de equipamentos apropriados. Na ótica de Franco (2010), as atividades de aventura acrescentam e somam com o conhecimento escolar, da educação física, cujas vivências proporcionam sensações e experiências que atingem o jovem estudante de forma emocionalmente significante, mesmo quando práticas adaptadas às estruturas escolares. Tais atividades somam, qualificando a ligação entre as dimensões conceituais, atitudinais e procedimentais dos conteúdos, saberes que devem conectar-se durante o processo pedagógico, de forma que o saber fazer, não seja visto como um saber menor. Ainda com relação à dificuldade dos professores, Batista (2005) observa que os esportes e atividades de aventura não constituem tema abordado dentro da maioria dos cursos de formação de professores de educação física no Brasil. Isso terá reflexo nos estágios supervisionados e na própria atuação profissional futura, gerando certa resistência, para com o esporte de aventura nas aulas de Educação Física. Nesta direção, é importante que o profissional tenha clareza do espaço e das condições que tem a sua disposição para poder escolher e planejar atividades potencializadoras da aventura esportiva na escola. Para Go Tani...[et al] (1988)

Nosso conhecimento depende de fatores ambientais como local, incentivo e instrução de qualidade, o que tem implicações vitais para a Educação Física. O esporte de aventura, além de outros conteúdos não corriqueiros na educação física, como dança, lutas e ginástica, por exemplo, oportunizam que as aulas fujam do tradicional futebol para meninos, baleado (queimada) e voleibol (quando muito) para as meninas. Na verdade, esses temas quando abraçados por um profissional que planeja e pensa o seu trabalho rompem com a lógica do rola bola, ainda tão recorrente na educação física (DARIDO, 2011). Além disso, o trabalho com o esporte de aventura pode potencializar uma ação interdisciplinar com disciplinas do currículo que estejam trabalhando temáticas afins, com isto amplia-se e fortalece-se o trabalho de conscientização ecológica, fazendo o alunado compreender de como estamos vinculados com a natureza e que sua destruição significa também a nossa. O presente estudo reflete sobre o trabalho com o esporte de aventura nas aulas de educação física escolar, cujo foco foi levar o aluno a se conhecer como integrante da natureza, desenvolvendo uma consciência ecológica. A intervenção foi desenvolvida numa escola da rede municipal de João Pessoa, PB, pelos discentes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), do curso de Licenciatura em Educação Física do Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. METODOLOGIA O referido trabalho foi realizado na Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Professora Anayde Beiriz, localizada na Avenida Cidade de Cajazeiras, Loteamento Cidade Verde Bairro Das Indústrias, na cidade de João Pessoa- PB. A intervenção privilegiou discentes de ambos os sexos, pertencentes à segunda fase do ensino fundamental (7º ao 8º ano), com idades entre 11 a 15 anos, no turno da manhã, com duas intervenções semanais de 45 minutos de duração em cada aula, entre os meses de agosto e setembro de 2015. No âmbito da formação de professores o projeto apresentou como suporte para seu desenvolvimento o método colaborativo (TINOCO, 2007). Tal escolha se deu por privilegiar o trabalho em conjunto e o desenvolvimento do ato reflexivo pelos professores do UNIPÊ, pelos profissionais da escola pública e pelos bolsistas do PIBID. A intenção deste método no meio educacional é que o sistema educativo seja auxiliado com as repercussões da produção construída coletivamente, ao longo do processo, e que

atenda as demandas, tratando não apenas o grupo trabalhado, mas, o contexto social no qual está inserido (TINOCO, 2007). O referido método foi desenvolvido em quatro fases distintas, a saber: O estudo do contexto escolar e das turmas Ocorreu inicialmente no ano de 2014, momento em que os bolsistas do Programa visitaram a Escola para conhecer sua estrutura física, a equipe técnica e conviver com os professores da disciplina educação física, de fazer o primeiro contato com o grupo de estudantes que participariam do Programa. A visita aconteceu durante duas semanas e objetivou traçar um perfil da escola e dos discentes, ao mesmo tempo iniciar o planejamento colaborativo. O aprofundamento do conhecimento sobre o tema de início com a exploração e apropriação do conteúdo, através de oficina temática. O planejamento colaborativo Realizou-se durante 2015, iniciando com a realização do planejamento conjunto com os professores da escola, coordenação dos subprojetos e os bolsistas do Programa. Neste momento foram consideradas as informações recolhidas no estudo do contexto, bem como os conhecimentos explorados na oficina temática. Estes encontros aconteciam quinzenalmente, a fim de criar um ambiente propício para a reflexão e planejamento das aulas. Foi momento de definição da forma como o esporte de aventura deveria ser abordado nas aulas de educação física. Esta escolha se deu por ser uma proposta na qual estaria relacionada ao contexto escolar, por ser um conteúdo dinâmico e por promover valiosas reflexões. A prática e avaliação do processo de ensino e aprendizagem aconteceu em dois movimentos: um primeiro que trata da avaliação da aprendizagem dos discentes da escola, a partir de ações para despertar e motivar à aprendizagem do conteúdo, sendo inicialmente diagnóstica para sondar os conhecimentos prévios dos alunos; formativa- durante as aulas, por feedback contínuo e através de rodas de conversas; somativa ao final, momento em que os alunos foram avaliados qualitativamente durante uma caminhada ecológica para interação com a natureza, na qual eles puderam refletir sobre a importância da preservação da natureza. Neste movimento, os alunos bolsistas também foram avaliados pelo exercício da docência ao longo das atividades do Programa, num movimento contínuo de autorreflexão sobre a prática. O trabalho foi planejado para as turmas do 8º e 7º anos, D e E, as aulas ocorreram nas terças-feiras e quintasfeiras. Na primeira semana, foi feita uma avaliação diagnóstica através de perguntas, a fim de identificar as experiências prévias vivenciadas pelas turmas sobre o tema, Figura 1

levantamento que indicou o interesse da maioria. Após esse trabalho apresentou-se o conteúdo durante aula teórica com exibição de slides e vídeos contendo várias modalidades do esporte de aventura, com destaque para aqueles que seriam vivenciados pelos alunos, na escola e nos ambientes próximos, onde houvesse condições de prática. Antes do iniciar as práticas as turmas receberam orientações sobre a segurança e consciência ecológica. Figura 1: Aula teórica com a introdução e orientações do tema. Fonte: Retirada pelo autor Na segunda semana vivenciou-se o Parkour. A prática deste esporte foi organizada no ginásio da escola, através de um circuito planejado pelos professores. Na terceira semana, trabalhamos com a Corrida de Orientação, com aulas teóricas e práticas. Iniciamos apresentando a origem e história desta atividade, bem como suas regras, os tipos de mapas usados, os campeonatos existentes e atuais campeões do esporte. Os alunos vivenciaram uma Corrida no ambiente escolar, seguindo um percurso no qual deveriam se orientar através de um mapa, tendo que encontrar palavras, em cada ponto, que formassem a frase charada. Durante a quarta semana de aula, trabalhamos com o Slackline, tendo também momento de exposição teórica, a fim de orientar como se equilibrar e os cuidados a serem observados durante a vivência prática no pátio da escola. Na quinta semana, as turmas atendidas tiveram a oportunidade de vivenciar a escalada, as aulas foram realizadas no UNIPÊ. Como sempre, de início houve explicações e recomendações sobre o procedimento da escalada do paredão. Na oportunidade realizamos dentro do próprio campus uma caminhada ecológica para que os alunos interagissem com a natureza, momento em que os professores aproveitaram para reafirmar a importância da preservação e os benefícios para o ambiente ao nosso redor e para a sociedade como um todo. Com a caminhada ecológica fechamos o trabalho com o tema esporte de aventura. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados obtidos neste trabalho mostraram que o esporte de aventura, nas aulas de educação física, é uma prática que tem bastante aceitação do alunado, principalmente por despertar o interesse, a curiosidade e desafia a superação dos medos e limites de cada um, além de

provocar novas sensações e emoções corporais não vivenciadas em práticas esportivas mais tradicionais. De acordo com os estudos de Tahara e Schwartz (2003), as atividades físicas de aventura apresentam características "radicais", entre as quais se destacam o risco, a vertigem e a superação de limites internos e externos, numa busca incessante pelo prazer, fazendo com que seu praticante vivencie a sensação de emoção e liberdade, oportunizada pela satisfação da superação pessoal e coletiva. A avaliação diagnóstica evidenciou que o conhecimento dos alunos sobre o tema estava relacionado com caminhadas, trilhas e hortas. Alguns relataram que a escola já havia proporcionado atividades de trilha anteriormente. Talvez esse fato tenha moldado as respostas deles, porém uma minoria citou o slackline e o rapel como esportes de aventura. Durante a escalada pudemos observar alguns alunos superando os seus medos, exibindo sua euforia, suas expectativas, estou com muito medo professor, mas vou tentar. Relatou uma aluna com os olhos a lacrimejar ao chegar frente ao paredão a um dos professores. E no fim um misto de emoções aflorou nela. Também houve incentivo dos alunos, tanto para ela quanto para aqueles que não estavam em condições físicas e/ou psicológicas, que diziam não conseguirem, sendo assim, foram motivados pelos colegas a realizarem a escalada. Sabemos que quando praticadas no meio natural essas atividades são potencializadas. Todavia, quando vivenciadas na escola acabam estimulando a construção de saídas alternativas e criativas pelos seus praticantes, daí o interesse dos adolescentes em praticar algumas modalidades. Nesta experiência percebemos que o Slackline e a Escalada foram as atividades que despertaram o maior interesse por parte dos grupos. Figura 2- Aulas práticas de slackline e escalada, realizadas na escola e no UNIPÊ respectivamente. Fonte: Retirada pelo autor Além disso, também constatamos no decorrer do andamento do trabalho com as atividades na natureza e com os chamados esportes de aventura, que os alunos demonstraram mais motivação para as aulas, fazendo com que eles tivessem outra visão da educação física, que deixou de ser vista apenas como aula para diversão e recreação. Vários passaram a ver a aula

como forma de aprendizagem de temas que contribuem para o desenvolvimento das suas capacidades físicas, cognitivas, motoras e culturais. Além disso, por ter sido a primeira vivência de muitos alunos com o tema, alguns relataram que foi uma experiência inesquecível. A partir das declarações ouvidas durante e depois de algumas práticas pode-se afirmar que houve uma mudança de comportamento de muitos alunos, até os mais desinteressados se mostraram animados e concentrados para a aprendizagem das atividades. Valemos-nos das reflexões de Betti e Zuliani (2002) para afirmar que a educação física é, sem dúvida, uma disciplina que pode influir no desenvolvimento da criança e do adolescente, não apenas durante o processo de escolarização, o reflexo do seu trabalho pode influenciar/incidir durante toda a vida. Neste sentido, acreditamos que a Educação Física seja uma disciplina que promove mudanças comportamentais em relação à prática de atividades físicas em contextos extraescolares, e sua manutenção na vida adulta, pois, de acordo com Veloso (2005), a Atividade Física não é mais do que um padrão de comportamento que influencia, de forma marcada e inequívoca, modos de estar e estilos de vida. Ou seja, é, de fato, um marcador que especifica a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida. Após o término do trabalho, o professor de Educação Física da escola disse: Nunca imaginei que o esporte de aventura pudesse dar certo na escola, é um conteúdo que irei adotar em futuras aulas, além da grande aceitação por parte dos alunos. Com base neste depoimento podemos refletir que alguns professores, por falta de conhecimento ou por se acharem incapazes e sem competência de tratar com algumas temáticas, acabam repetindo as mesmas práticas durante todo o ano, o que acaba gerando desmotivação da sua parte, que deixa de planejar por acreditar já ter tudo na cabeça e, também, a desmotivação do alunado, que acaba não colaborando para que a aula aconteça. Depois do trabalho realizado soubemos que alguns alunos começaram a praticar o parkour em praças próximo de suas casas, outros o slackline com fitas de caminhões. Numa de nossas idas à escola, um deles nos disse: Meu pai é caminhoneiro e tem um monte dessas fitas lá em casa, vou usá-las para praticar, é muito legal. De acordo com Darido (2005), se pensarmos que, na escola, estamos ajudando a formar cidadãos autônomos e críticos, inseridos na sociedade, cabe a nossa área também proporcionar, ao futuro adulto, informações suficientes para a escolha de atividades que possam ocupar seu tempo livre.

Outro aspecto resultante do trabalho feito foi o desenvolvimento da consciência ecológica. A partir das aulas na escola e da caminhada ecológica realizada dentro do campus do UNIPÊ, muitos alunos passaram a demonstrar compreensão da importância da preservação da natureza e se reconhecendo como parte integrante da mesma. Para Gonçalvez e Gonçalvez (2010), a consciência ecológica consiste em compreender que os seres humanos habitam com todos os outros seres vivos um lar em comum, o planeta Terra. Ter consciência ecológica é saber que todos os atos praticados pela humanidade irão interferir direta ou indiretamente no equilíbrio do planeta. Um dos bolsistas, durante a caminhada ecológica, observou que um aluno levou seu lixo por um grande percurso até encontrar uma lixeira, essa situação chamou atenção pelo fato de o mesmo aluno não jogar lixo no local adequado na sua própria escola, daí o sentimento de dever cumprido. Assim, observamos que, além de aumentar seus conhecimentos, as turmas passaram a compreender a necessidade de preservação, pois existem outras práticas na educação física, para além dos conteúdos mais tradicionais, a exemplo das atividades na natureza e esportes de aventura. CONCLUSÕES Concluímos com o trabalho que, o esporte de aventura nas aulas de educação física é um tema inovador que contribui para superação de práticas com os tradicionais conteúdos da área, como o esporte que, na maioria das situações, acaba sendo trabalhado com os valores da instituição esportiva, estimulando a competitividade e a exclusão dos mais fracos e menos habilidosos. Diferente disso, um dos objetivos principais dos esportes de aventura é o aluno superar a si mesmo. Com isso, esses esportes acabam despertando o maior interesse por parte do alunado, pois, ao proporcionarem emoções e desafios acabam estimulando o desejo de superação. Além disso, tais esportes levam seus praticantes a se perceberem como parte integrante da natureza e, por isso, tendem a construir condutas de respeito para com o seu meio, além de desenvolverem uma consciência ecológica, por aprenderem que precisamos estar em sintonia com a natureza para retirar o máximo de proveito de sua prática. Para nós, Pibidianos, um dos maiores desafios foi em relação à experiência prática, anteriores as aulas na escola, que não era tanta, e também na estrutura das mesmas, que não tem o suporte necessário para a maioria das atividades práticas desse esporte. Por isso tivemos uma atenção redobrada para a

segurança, porém com todas as adaptações possíveis e aplicáveis o tema fluiu naturalmente atingindo os objetivos iniciais das aulas e nos realizando profissionalmente, permitindo uma gama de experiências em conteúdos transversais da educação física sem ter completado o curso de licenciatura. Finalizamos afirmando que a inclusão do tema nas aulas de educação física possibilita também que o aluno conheça as potencialidades e os limites do seu corpo, a partir de diferentes experiências e aprenda a lidar com suas capacidades físicas, mas também com sua inteligência emocional. Essa percepção contribui para que muitos pratiquem fora do espaço da escola, como visto aqui, a fim de aprimorar e potencializar suas competências motoras para tais esportes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BATISTA, L. A. Atividades físicas na natureza como conteúdo programático de aulas de Educação Física. Revista Ação e Movimento, v. 2, n. 2, editorial, Rio de Janeiro: Atlantica Editora, 2005. BETTI M. & ZULIANI L. R. Educação física escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte Ano 1, Número 1, pg 73-81. 2002 COSTA, V. L. M.; MARINHO, A.; PASSOS, K. C. M. Esportes de aventura e esportes radicais: propondo conceitos. Revista Motriz, Rio Claro, v. 13, n. 12, p. S188, 2007. Suplemento DARIDO, S. C. Os conteúdos da educação física na escola. In; RANGEL, I. C. A. Educação física no ensino superior: Educação física na escola. Implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, cap. 5, p. 64-79, 2005. DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. Educação Física na Escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. FRANCO, L. C. P. A adaptação das atividades de aventura na estrutura da escola. Anais... 5º CBAA Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura. São Paulo: Editora Lexia, 2010. GALLAHUE, D.; DONNELLY, F. C. Educação Física desenvolvimentista para todas as crianças. 4. ed. São Paulo: Phorte, 2008. GO TANI; MANOEL, E. J.; KOKUBUN, E.; PROENÇA, J. E. Educação física escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo, EPU/EDUSP, 1988. GONÇALVEZ, T. F.; GONÇALVEZ, T. F.: QUINET, C. G.P. Consciência ecológica: a percepção dos estudantes do ensino fundamental e médio. Revista Saúde e Ambiente, v.5, n.2, 2010. SPINK, M; ARAGAKI, S; ALVES, M. Da exacerbação dos sentidos no encontro com a natureza: contrastando esportes radicais e turismo de aventura. Revista Psicologia: Reflexão e Crítica. vol.18, n.1, Porto Alegre Jan./Abr. 2005. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=s0102-79722005000100005>acesso em: 25 de julho de 2016. TAHARA, A. K.; SCHWARTZ, G. M. Atividades de aventura na natureza:

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