Banco do Estado do Pará S.A



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Transcrição:

Superintendência de Controles e Gerenciamento de Riscos - Sucor Gerência de Riscos Financeiros Gerif Banco do Estado do Pará S.A

ÍNDICE APRESENTAÇÃO 03 1. GERENCIAMENTO DE RISCOS 03 2. ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS 03 2.1. RISCO DE MERCADO 03 2.1.1. Monitoramento VaR Proprietário 04 2.1.2. Evolução do Valor Exposto 04 2.1.3. Análise de Sensibilidade 06 2.2. RISCO DE LIQUIDEZ 06 2.2.1. Stress test 07 2.3. RISCO DE CRÉDITO 07 2.3.1. Total da Carteira de Crédito 07 2.3.2. Concentração da Carteira de Crédito por Nível de Risco 07 2.3.3. Exposição e Cred-VaR da Carteira Global de Crédito 08 2.3.4. Stress da Carteira de Crédito 08 2.3.5. Exposição por Cliente 08 2.3.6. Concentração da Carteira de Crédito 09 2.3.7. Ativos Ponderados pelo Risco de Crédito (RWA CPAD) por Fator de Ponderação de Risco 09 (FPR) 2.3.8. Montante das Oper. Em Atraso, Bruto de Prov. E Excluídas as Oper. Baixadas p/ Prejuízo 10 2.3.9. Prazo a Decorrer das Operações de Crédito 10 2.3.10. Fluxo das Operações Baixadas para Prejuízo 10 2.3.11. Provisão para Carteira Global de Crédito 11 2.3.12. Instrumentos mitigadores do Risco de Crédito 11 2.3.13. Metodologia para estabelecer limites às exposições sujeitas ao risco de contraparte 11 2.4. RISCO OPERACIONAL 12 2.4.1. Identificação e Gerenciamento de Eventos de Risco 12 2.4.2. Base de Perdas Operacionais 14 2.4.3. Metodologia de Alocação de Capital 14 3. GERENCIAMENTO DE CAPITAL 15 3.1. DETALHAMENTO DO CÁLCULO DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA (PR) 16 3.2. CAPITAL REGULATÓRIO 16 3.2.1. Detalhamento dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) 16 3.3. ACOMPANHAMENTO DO ÍNDICE DE BASILEIA 17 4. CONCLUSÃO 17-2 -

Em atendimento à circular Bacen nº 3.678/13 e em consonância com as Resoluções CMN nº 3.380/06, 3.464/07, 3.721/09, 3.988/11, 4.090/2012 e 4.281/13, assim como suas Circulares relacionadas, o presente relatório visa apresentar informações do 1º Trimestre de 2015 relativas à gestão de riscos financeiros e operacional, aos Ativos Ponderados pelo Risco e à adequação do Patrimônio de Referência, definidos nos termos da Resolução 4.278/13. 1. Gerenciamento de Risco APRESENTAÇÃO A cultura de gerenciamento de riscos no Banpará está pautada nos Princípios Fundamentais da Basileia bem como nas regulamentações do Banco Central do Brasil. O processo de gestão de riscos envolve todas as unidades gerenciadoras de processos/riscos, estimulando o envolvimento direto dos gestores de modo a fortalecer a disseminação da cultura de gestão de riscos na Instituição. 2. Estrutura de Gerenciamento de Riscos A Superintendência de Controles e Gerenciamento de Riscos Sucor é vinculada à Diretoria de Controladoria, Planejamento e Relação com Investidores Dicop, conforme organograma abaixo: 2.1. Risco de Mercado O Banpará monitora o Risco de Mercado, com objetivo de identificar e gerenciar diariamente os níveis de risco de mercado da Instituição, referentes às suas operações da carteira de títulos para negociação (trading) e títulos não classificados na carteira de negociação (banking), para fins de proteção do capital institucional. - 3 -

2.1.1. Monitoramento VaR Proprietário A Política Institucional de Gerenciamento de Risco de Mercado do Banpará estabelece diretrizes, limites e parâmetros que orientam a Instituição no controle e gestão de todas as operações expostas ao risco de mercado, mensurado diariamente por meio do cálculo lo do VaR Paramétrico, para qual o limite de exposição ao risco de mercado não deverá ultrapassar 5% do Patrimônio de Referência (PR). No fechamento do 1º trimestre de 2015 (1T15), o VaR Proprietário apontou o valor em risco de R$ 20.638 Mil, equivalente a 3,6% do Patrimônio de Referência (PR) do Banco, mantendo-se abaixo do limite estabelecido na Política Institucional de Gerenciamento de Risco de Mercado. Fonte: Sucor/Gerif Os valores máximo, médio e mínimo do VaR proprietário, para os meses de janeiro/15, fevereiro/15 e março/15, estão demonstrados na tabela abaixo. Os aumentos percebidos no valor em risco no 1T15 são reflexos da alta volatilidade das taxas de mercado em função da conjuntura político-econômica, bem como o aumento no saldo das operações expostas ao fator de risco Pré em 7,26%. Fonte: Sucor/Gerif 2.1.2. Evolução do Valor Exposto 2.1.2.1. Carteira Global No decorrer do 1T15, a exposição ao risco de mercado da carteira global do Banpará apresentou-se conforme tabela abaixo. No comparativo com o 4T14, o aumento observado no valor exposto é decorrente do aumento das operações expostas ao fator de risco Pré, dentre as operações que apresentaram aumento significativo estão o consignado com 4,10% (78.476 MIL) e as operações compromissadas com 15,72% (59.852 MIL). - 4 -

Fonte: Sucor/Gerif 2.1.2.2. Carteira Segregada O VaR segregado por carteira trading e banking,, para 1 du, no final do 1T15, apresentou-se conforme tabela abaixo. O aumento observado de 1,41% no VaR das operações Trading e o aumento de 25,18% no VaR das operações Banking, quando comparado ao 4T14, deve-se, respectivamente, a majoração no saldo das operações compromissadas e alta na volatilidade da taxa Pré. Fonte: Sucor/Gerif 2.1.2.3. Efeito Diversificação O VaR, calculado diariamente e extrapolado para outros horizontes de tempo, representa a perda potencial para prazos definidos. O efeito diversificação, que equivale à diferença entre o valor em risco global e o somatório das parcelas individuais de cada fator de risco, considerando a correlação entre eles, apresentou aumento de 170% em decorrência da majoração da volatilidade lidade da taxa Pré em 18,18% quando comparado ao trimestre anterior. Para o 1T15, o efeito diversificação apresentou-se conforme abaixo: Fonte: Sucor/Gerif - 5 -

2.1.3. Análise de Sensibilidade É realizada a estimativa da variação do valor de mercado das operações não classificadas na carteira de negociação, relativamente ao PR do Banco, com utilização de choque compatível com o 1º e o 99º percentil de uma distribuição histórica de variações das taxas de juros, considerando o período de manutenção (holding period) de um ano e o período de observação de cinco anos. As simulações subsidiam a administração na avaliação comportamental do perfil de risco das carteiras e seus possíveis impactos sobre o patrimônio da Instituição. Os cenários 1, 2 e 3 da tabela abaixo, consideram a hipótese de perdas equivalentes a 5%, 10% e 20% do PR, respectivamente, e a quantidade de bases points necessários para a realização dos cenários. Para os fatores de riscos IGPM e IPCA não foram demonstradas das variações de patrimônio, pois os valores das exposições para cada um desses fatores não representa o percentual mínimo de 5% (cinco por cento) do total das exposições da carteira banking: Fonte: Sucor/Gerif 2.2. Risco de Liquidez Para efetuar o controle da margem de liquidez, o Banpará utiliza a Asset Liability Management (ALM) como ferramenta para gerenciar o fluxo de caixa e efetuar as análises de run-off e de profit & loss (de acordo com a Resolução CMN nº 4.090/2012 e a Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Liquidez) da Instituição, utiliza também o Orçamento, que é uma ferramenta de planejamento dos ativos e passivos para médio e longo prazos, considerando-se se ainda, as despesas da Instituição. Mediante parametrização do sistema de gerenciamento de riscos, a margem de liquidez é projetada diariamente, para o período mínimo de 90 du, o que possibilita identificar impactos na liquidez gerados pelas operações realizadas pela Instituição. O Limite Mínimo Liquidez (LML) é o valor estipulado como necessário para que o Banco honre seus compromissos. Além disso, utilizamos o conceito de Pré Acionador do Plano de Contingência (Papco), cuja função é sinalizar o momento de adoção de medidas de contingência em situações em que a margem de liquidez se aproxime do LML estipulado pelo Banco para garantir sua liquidez. Para manter adequado o nível mínimo de liquidez, são revisados periodicamente o LML e o Papco. A Diretoria Colegiada é informada tempestivamente das posições detidas pelo Banco por meio de relatórios quinzenais de riscos e de Atas das reuniões do Comitê de Risco de Mercado e Liquidez. - 6 -

2.2.1. Stress Test O Banpará utiliza a configuração de cenário de stress de liquidez com vistas a observar o comportamento da margem de liquidez do Banco em situações que possam gerar desconforto em sua liquidez. O Cenário de stress considera, para efeitos de configuração, o acréscimo de 20% sobre a estimativa de saques de depósito à vista, depósito a prazo e poupança, sem novas captações de recursos e o aumento de 10% no atraso das operações de crédito. A margem de liquidez projetada para 90 du, no 1T15, apresentou-se confortável. 2.3. Risco de Crédito A estrutura do gerenciamento do risco de crédito no Banpará compreende papéis e responsabilidades, organização e processos, metodologias e ferramentas, sistemas e infraestrutura com vistas à adoção das melhores práticas de identificação, mensuração, análise, controle e monitoramento da exposição ao risco de crédito. Cabe destacar que todas as normas e procedimentos da área seguem a Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito e requerimentos legais estabelecidos pelo Banco Central do Brasil. A Diretoria Colegiada e demais áreas envolvidas no processo creditício são informados das posições detidas pelo Banco por meio de relatórios periódicos e de Atas das reuniões do Comitê de Risco de Crédito. 2.3.1. Total da Carteira de Crédito A informação apresentada na tabela abaixo demonstra o desmembramento da carteira de crédito global, quanto à concessão por segmento. 2.3.2. Concentração da Carteira de Crédito Por Nível de Risco No fechamento do 1º trimestre de 2015, a carteira de crédito classificada por nível de risco atingiu o montante contábil de R$ 3.132 bilhões, com 90% dos contratos classificados no nível de risco A. - 7 -

2.3.3. Exposição e Cred-VaR da Carteira de Crédito No 1º trimestre de 2015, a carteira de crédito do Banpará registrou exposição global ao risco de crédito, no volume de R$ 4.313.751.663,88 (MtM), um crescimento de 3,37% em relação ao mês de dez/14. O valor em risco, Cred-VaR originado nas informações de crédito da Instituição, representa 0,5% sobre a exposição. A perda esperada (Expected Loss EL) equivale à aplicação da inadimplência sobre o valor presente adimplente e a perda não esperada (Unexpected Loss UL) representa a diferença entre o valor do Cred-VaR e a perda esperada. O declínio apresentado nos indicadores de risco quando comparados ao trimestre imediatamente anterior são decorrentes do melhoramento do percentual de recuperação sobre inadimplentes da instituição. 2.3.4. Stress da Carteira de Crédito No 1º trimestre de 2015, considerando como premissa de stress a degradação da classe de risco do cliente, a probabilidade de inadimplência efetiva sofre aumento de 0,5%. Em relação ao cenário de normalidade, o Prinad Efetivo sofre variação percentual de 250,0%, o Cred-Var de 174,6%, a perda esperada e a perda não esperada em 153,6% e 203,3%, respectivamente. Onde: Delta: diferença absoluta entre a normalidade e as informações relativas à aplicação do stress. % Delta: variação percentual entre o cenário de normalidade e o de stress. 2.3.5. Exposição por cliente (10 e 100 Maiores) O percentual correspondente as 10 e 100 maiores exposições, em relação ao total das operações com características de concessão de crédito, no 1º trimestre de 2015, está representado nas tabelas abaixo: - 8 -

2.3.6.. Concentração da Carteira de Crédito As tabelas a seguir apresentam a concentração da carteira de crédito, por tipo de pessoa, no 1º trimestre de 2015: - Pessoa Física: - Pessoa Jurídica (Por Setor Econômico CNAE): 2.3.7. Ativos Ponderados pelo Risco de Crédito (RWA CPAD) por Fator de Ponderação de Risco (FPR). O total do RWA CPAD, segregado por Fator de Ponderação de Risco, apresentou um acréscimo de aproximadamente 1,76% no trimestre, em função do crescimento da carteira de crédito. Quando comparado ao RWA CPAD médio do trimestre anterior houve um aumento de 3,18%. Abaixo, a evolução dos ativos ponderados pelo risco de crédito (valor contábil), por Fator de Ponderação de Riscos (FPR), e a média calculada no 1º trimestre de 2015. - 9 -

2.3.8. Montante das operações em atraso, bruto de provisões e excluídas as operações baixadas para prejuízo. A seguir apresentamos o montante das operações em atraso, segregada por faixas de prazo, apurado no 1º trimestre de 2015. 2.3.9. Prazo a decorrer das operações de crédito Abaixo, demonstramos o prazo a decorrer das operações de crédito, apurado no 1º trimestre de 2015: 2.3.10.. Fluxo das operações baixadas para prejuízo Abaixo, demonstramos o fluxo das operações baixadas para prejuízo, apurado no 1º trimestre de 2015: - 10 -

2.3.11. Provisão para Carteira de Crédito O montante de provisões para cobertura das perdas esperadas, apurado no 1º trimestre de 2015 está representado abaixo: 2.3.12.. Instrumentos mitigadores do risco de crédito Para clientes Pessoa Física considera-se como mitigadores, a condição de recebimento de proventos no Banco, a efetividade em cargos da Administração Pública Estadual, ser aposentado ou pensionista do Estado, funcionário do Banco ativo ou inativo, funcionário do Município, entre outros. Para clientes Pessoa Jurídica são utilizadas como mitigadores garantias tais como Fiança Bancária, Aval Solidário, Cessão de Direito Creditório entre outras, conforme estabelece a Política Institucional de Crédito Comercial, Fomento e Câmbio. 2.3.13.. Metodologia para estabelecer limites às exposições sujeitas ao risco de contraparte Conforme estabelecido na Política Institucional de Crédito Comercial, Fomento e Câmbio, o limite de crédito para Pessoa Física é definido considerando um percentual da renda bruta anual, devidamente comprovada. Quanto ao limite de comprometimento máximo mensal, o Banco utiliza como parâmetro um percentual da renda mensal - 11 -

líquida comprovada, sendo até 30% destinado às operações de crédito consignado. No cálculo do limite de crédito consignado deve ser, obrigatoriamente, deduzidas verbas de caráter provisório, pensão alimentícia, consignações compulsórias e outras já efetivadas na referida margem. Para o cliente Pessoa Jurídica o limite de crédito é definido considerando um percentual da média do faturamento dos três últimos exercícios. Quanto ao limite de comprometimento, o Banpará utiliza como parâmetro um percentual máximo fixado sobre a rentabilidade idade mensal, podendo ainda, em casos previamente justificados, adotar estudos com base na capacidade de geração de resultados para definição dos limites operacionais, contudo, observadas as normas quanto à deliberação por alçadas. Os parâmetros contábeis, faturamento e rentabilidade são utilizados como informações que refletem a capacidade de endividamento e pagamento da empresa. Os critérios acima são aplicados a todas as empresas definidas no público alvo, com exceção das microempresas, que podem ainda acrescentar o patrimônio líquido do empresário/sócio, devidamente comprovado, para atingir o nível aceitável para cálculo do limite. 2.4. Risco Operacional O risco operacional define-se como resultado da ocorrência de falhas ou de inadequado processo interno no de controle, podendo ser gerado por pessoa, sistema, ou por eventos externos, bem como das perdas decorrentes do risco legal referente à inadequação ou deficiência em contratos firmados pelo banco, englobando as sanções aplicadas em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes de atividades desenvolvidas pela Instituição. No Banpará, a estrutura de gerenciamento de risco operacional é responsável por identificar, avaliar, monitorar, controlar e mitigar os riscos integrantes das atividades e processos concebidos e conduzidos por suas unidades, apresentando compatibilidade com a natureza e a complexidade dos produtos, serviços, atividades, processos e sistemas, assim como disseminando a sua Política em nível institucional, tendo como base o cumprimento da Resolução CMN nº 3.380, de 2006, divulgada pelo Conselho Monetário Nacional CMN, e da Circular nº 3.640, de 04/03/2013, divulgada pelo Banco Central do Brasil. 2.4.1. Identificação e Gerenciamento de Eventos de Risco Em harmonia com as melhores práticas do mercado financeiro e com a Política de Gerenciamento do Risco Operacional, neste trimestre foram elaborados 22 (vinte e dois) planos de ação para a mitigação de eventos de risco operacional, oriundos de diversas fontes: autoavaliação, relatório de auditoria interna/externa, revisão de normativo e outras demandas internas. - 12 -

1 Tri 2015 = 22 Planos Ativados 4º Tri 2014 = 22 Planos Ativados Autoavaliação Agência Auditoria Operacional Agência Auditoria Operacional Matriz Relatório/Demanda Auditoria Revisão de Política Controles Internos Revisão de Regimento de Comitê 0 0 1 1 0 0 3 2 2 2 5 5 9 14 Fonte: Sucor/Gecro Neste trimestre, a partir da monitoração de controles internos, ocorreu a finalização de 18 planos de ação, principalmente de origem autoavaliação das unidades e auditorias interna e externa. 1º Tri 2015 = 18 Planos Finalizados 4 Tri 2014 = 53 Planos Finalizados Autoavaliação Agência 5 Auditoria Operacional Matriz 4 2 Controles Internos 3 2 Autoavaliação Matriz 2 3 Relatório/Demanda Auditoria Externa 2 3 Reunião de Comitê 1 Auditoria Operacional Agência 1 6 Demanda Auditoria Interna 1 35 Fonte: Sucor/Gecro No 1º trimestre, os processos, riscos, controles e requisitos de controle de 09 unidades da Matriz foram mapeados, bem como foram elaborados 24 Ciclos de autoavaliação referentes ao 2º semestre/14, para aplicação em 23 unidades da Matriz e 54 Agências, dentre as quais 10 agências novas, utilizando como instrumento a metodologia CRSA Control and Risk Self Assessment, objetivando avaliar, de forma descentralizada e contínua, a efetividade dos controles implementados para mitigação dos riscos identificados, possibilitando a detecção de exposições indesejadas e a implementação de medidas corretivas. - 13 -

Fonte: Sucor/Gecro 2.4.2. Base de Perdas Operacionais O acompanhamento das perdas associadas ao risco operacional permite identificar as fontes de risco que afetam o resultado do Banco. Para proposição de ações mitigadoras e/ou preventivas/corretivas, as informações são apuradas mensalmente e classificadas conforme os eventos de riscos definidos na Resolução CMN nº 3.380/2006, tais como: fraudes internas; fraudes externas; demandas trabalhistas e segurança deficiente; práticas inadequadas; danos a ativos; eventos que acarretam interrupção das atividades; falha na execução, cumprimento de prazos e gerenciamento de atividades e; falhas em sistemas de tecnologia da informação. O gráfico a seguir apresenta o comportamento das perdas operacionais nos últimos quatro trimestres, classificadas por eventos de risco, em termos percentuais. Fonte: Sucor/Gecro 2.4.3. Metodologia de Alocação de Capital O Banpará adota a metodologia da Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada (APAS) com a finalidade de realizar a apuração dos ativos ponderados pelo risco operacional por abordagem padronizada (RWA OPAD ), considerando nos cálculos o IE (Indicador de Exposição ao Risco Operacional) e o IAE (Indicador Alternativo de - 14 -

Exposição ao Risco Operacional), em conformidade com a Circular nº 3.640, de 04/03/2013, publicada pelo Banco Central do Brasil. A metodologia de Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada estabelece que o capital a ser alocado para riscos operacionais deve ser obtido através da apuração do Indicador de Exposição ao Risco Operacional (IE) pela soma dos valores semestrais das receitas de intermediação financeira e das receitas com prestação de serviços, deduzidas as despesas de intermediação financeira e do Indicador Alternativo de Exposição ao Risco Operacional (IAE) pela média aritmética dos saldos das operações de crédito, de arrendamento mercantil e de outras operações com características de concessão de crédito e dos títulos e valores mobiliários não classificados na carteira de negociação, multiplicadas pelo fator 0,035. O cálculo da parcela RWA OPAD é realizado semestralmente com as informações contabilizadas nas datas-bases 30 de junho e 31 de dezembro, considerando os 03 (três) últimos períodos anuais. Entretanto, devido às alterações implementadas pela Instrução de Preenchimento do DLO do Documento 2061, que categorizou o banco como conglomerado prudencial, para a data-base de dezembro/2014 foi considerado apenas o último período anual das demonstrações contábeis, aumentando os saldos resultantes do IE e do IAE e elevando assim o valor da parcela de capital para o risco operacional (RWA OPAD ) apurada no 1º trimestre/2015, a qual apresentou um aumento de 24,05% em comparação ao 4º trimestre/2014, registrando um valor aproximado de R$ 301 milhões, conforme demonstrado no gráfico abaixo. Parcela RWA OPAD R$ 243.090.011,64 R$ 301.551.221,55 4 Tri/2014 1 Tri/2015 Fonte: Sucor/Gecro 3. GERENCIAMENTO DE CAPITAL Conforme a Resolução CMN n 3.988/2011, define-se como gerenciamento de capital o processo contínuo de monitoramento e controle do capital mantido pela instituição, da avaliação da necessidade de capital para fazer face aos riscos a que a instituição está sujeita e do planejamento de metas e de necessidade de capital, considerando os objetivos estratégicos da instituição. Essa definição conclui clui que a instituição deve adotar uma postura prospectiva, antecipando a necessidade de capital decorrente de possíveis s mudanças nas condições de mercado. - 15 -

3.1. DETALHAMENTO DO CÁLCULO DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA (PR) Abaixo, o detalhamento das informações relativas ao Patrimônio de Referência do Banpará e seu comportamento ao longo do 1º trimestre de 2015, considerando suas deduções e o valor detalhado do Nível I do PR. Fonte: Sucor/Gerif (DOC 2061) 3.2. CAPITAL REGULATÓRIO 3.2.1. Detalhamento Dos Ativos Ponderados Pelo Risco (RWA) Em conformidade com Basileia III apresentamos a seguir a evolução dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA), com crescimento médio de aproximadamente 1,30% no 1º trimestre/15. Quando comparado ao trimestre anterior, o crescimento é de aproximadamente 3,85%, ocasionado principalmente pelo aumento do RWA CPAD, em decorrência do crescimento das operações de crédito. - 16 -

Fonte: Sucor/Gerif (DOC 2061) 3.3. ACOMPANHAMENTO DO ÍNDICE DE BASILEIA O Índice de Basileia do Banpará encerrou o 1º trimestre de 2015 em 19,19%, apresentando uma redução de 1,18% em relação ao trimestre anterior, quando registrou 19,42%. Tal redução deve-se ao crescimento maior do RWA em relação ao PR impactado pela alavancagem nas operações de crédito. Fonte: Sucor/Gerif (DOC 2061). 4. CONCLUSÃO O gerenciamento dos riscos corporativos tem sido realizado em conformidade com as regulamentações do Banco Central do Brasil e adequado às melhores práticas da indústria financeira. O processo de gerenciamento de riscos é dinâmico e permite que os riscos sejam proativamente identificados, mensurados, mitigados, acompanhados e reportados a Alta Administração. Sonia Maria Souza Vasconcelos Superintendente de Controles e Gerenciamento de Riscos Ociene Maciel Vidal da Serra Freire Gerente de Riscos Financeiros - 17 -