Intertextualidade Prof. Rafael Costa
Oração do Concurseiro Vaga nossa que está no Serviço Público, azarado seja o nosso concorrente. Seja correta a nossa resposta, assim na certeza como no chute. O cursinho nosso de cada dia que pagamos até hoje, justificai as nossas despesas. Assim como nós justificamos as respostas dissertativas. E não nos deixai cair em tentação, mas livrai-nos do pau. Amém.
Bom Conselho (Chico Buarque, 1972) Ouça um bom conselho Que eu lhe dou de graça Inútil dormir que a dor não passa Espere sentado Ou você se cansa Está provado, quem espera nunca alcança Venha, meu amigo Deixe esse regaço Brinque com meu fogo Venha se queimar Faça como eu digo Faça como eu faço Aja duas vezes antes de pensar Corro atrás do tempo Vim de não sei onde Devagar é que não se vai longe Eu semeio vento na minha cidade Vou pra rua e bebo a tempestade
No texto apresentado, utilizam-se elementos linguísticos e extralinguístico para divulgar a atração Noites do Terror, de um parque de diversões. O entendimento da propaganda requer do leitor: A) A identificação com o público-alvo a que se destina o anúncio. B) a avaliação da imagem como uma sátira às atrações de terror. C) a atenção para a imagem da parte do corpo humano selecionada aleatoriamente. D) o reconhecimento do intertexto entre a publicidade e um dito popular. E) a percepção do sentido literal da expressão noites do terror, equivalente à expressão noites de terror.
No texto apresentado, utilizam-se elementos linguísticos e extralinguístico para divulgar a atração Noites do Terror, de um parque de diversões. O entendimento da propaganda requer do leitor: A) A identificação com o público-alvo a que se destina o anúncio. B) a avaliação da imagem como uma sátira às atrações de terror. C) a atenção para a imagem da parte do corpo humano selecionada aleatoriamente. D) o reconhecimento do intertexto entre a publicidade e um dito popular. E) a percepção do sentido literal da expressão noites do terror, equivalente à expressão noites de terror.
As tiras ironizam uma célebre fábula e a conduta dos governantes. Pode-se afirmar que nessas histórias está contida a seguinte ideia: A) Crítica à precarização do trabalhador aposentado e das condições de vida da população ativa. B) Necessidade de atualização crítica de clássicos da literatura. C) Menosprezo governamental com relação a questões ecologicamente corretas. D) Exigência da inserção adequada da mulher no mercado de trabalho.
As tiras ironizam uma célebre fábula e a conduta dos governantes. Pode-se afirmar que nessas histórias está contida a seguinte ideia: A) Crítica à precarização do trabalhador aposentado e das condições de vida da população ativa. B) Necessidade de atualização crítica de clássicos da literatura. C) Menosprezo governamental com relação a questões ecologicamente corretas. D) Exigência da inserção adequada da mulher no mercado de trabalho.
Sobre a temática dos retirantes nordestino, o pintor Candido Portinari escreveu o seguinte poema: Os retirantes vêm vindo com trouxas e embrulhos Vêm das terras secas e escuras; pedregulhos Doloridos como fagulhas de carvão aceso Corpos disformes, uns panos sujos, Rasgados e sem cor, dependurados Homens de enorme ventre bojudo Mulheres com trouxas caídas para o lado Pançudas, carregando ao colo um garoto Choramingando, remelento (.) (PORTINARI, Cândido. Poemas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1964.)
Compare o poema com os quadros abaixo, todos de autoria de Portinari: 1. 3. 4. 2.
Das quatro obras reproduzidas, assinale aquelas que abordam a problemática que é tema do poema: A)1 e 2 B) 1 e 3 C) 2 e 3 D) 3 e 4 E) 2 e 4
Das quatro obras reproduzidas, assinale aquelas que abordam a problemática que é tema do poema: A)1 e 2 B) 1 e 3 C) 2 e 3 D) 3 e 4 E) 2 e 4
Nessa tira, a crítica ao "estrategista militar" não é explícita. Para compreender o texto, o leitor deve: a) Identificar a crítica feita à Napoleão Bonaparte. b) reconhecer uma alusão a um fato histórico e uma hipótese sobre transmissão genética. c) Ser um bom conhecedor de estratégias militares. d) Entender de forma figurada a sentença do último quadrinho.
Canção do exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar sozinho, à noite Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que disfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. (Gonçalves Dias)
Europa, França e Bahia (...) Meus olhos brasileiros se enjoam da Europa. Chega! Meus olhos brasileiros se fecham saudosos. Minha boca procura a "Canção do Exílio". Como era mesmo a "Canção do Exílio"? Eu tão esquecido de minha terra... Ai terra que tem palmeiras onde canta o sabiá!
Canção do exílio Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. A gente não pode dormir Com os oradores e os pernilongos(...) Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia. Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade! Murilo Mendes
..torna-se também injusta, pois, como afirma Paulo Freire, ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.. O uso das aspas nesse fragmento e em outros trechos evidenciam (o)a: A)paródia. B) polifonia. C) repertório limitado. D)coloquialismo.
..torna-se também injusta, pois, como afirma Paulo Freire, ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.. O uso das aspas nesse fragmento e em outros trechos evidenciam (o)a: A)paródia. B) polifonia. C) repertório limitado. D)coloquialismo.
Leia novamente o trecho: A palavra ética entrou na moda. O termo na moda pode ser melho compreendido pela(s) charge(s):
Questão 4 - Pref. BH (Nível Superior) Marque a opção CORRETA: a) I e III, apenas. b) II e III, apenas. c) II, apenas. d) III, apenas.
Conto de fadas para Mulheres Modernas Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa, independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã. Então, a rã pulou para o seu colo e disse: - Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas, uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: Eu, hein? nem morta! (Luís Fernando Veríssimo)
Questão 6 - PBH Nível Superior Releia o fragmento: Falamos hoje, com mais frequência, na ética, ou falta dela, na ação dos políticos. É fundamental mesmo o combate sem tréguas à corrupção e ao mau uso do dinheiro e dos bens públicos. Mas são importantes também a ética dos eleitores, a responsabilidade social, a responsabilidade política na hora de votar e, mesmo depois, o exercício da cidadania. A charge que dialoga com o contexto do fragmento é:
Resposta:
Oração do Milho (fragmento) Senhor, nada valho. Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras pobres. Meu grão, perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada. Ponho folhas e haste, e se me ajudares, Senhor, mesmo planta de acaso, solitária, dou espigas e devolvo em muitos grãos o grão perdido inicial, salvo por milagre, que a terra fecundou. Sou a planta primária da lavoura. Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo e de mim não se faz o pão dado nos altares. Sou apenas o alimento forte e substancial dos que trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre. Sou de origem obscura e de ascendência pobre, Alimento de rústicos e animais do jugo. (...) Sou o cacarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ninhos Sou a pobreza vegetal agradecida a Vós, Senhor, que me fizestes necessário e humilde. Sou o milho. CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. 9ª. ed. Mariana/SP: Global Editora, 1985
A respeito desse poema, é INCORRETO afirmar que a: a) linguagem utilizada reflete a simplicidade do milho b) estratégia discursiva desvincula-se da poesia para aproximar-se da religião. c) contraposição ao trigo visa a ressaltar a importância do milho no cotidiano. d) linguagem direta e a linguagem figurada mesclam-se na elaboração textual
A respeito desse poema, é INCORRETO afirmar que a: a) linguagem utilizada reflete a simplicidade do milho b) estratégia discursiva desvincula-se da poesia para aproximar-se da religião. c) contraposição ao trigo visa a ressaltar a importância do milho no cotidiano. d) linguagem direta e a linguagem figurada mesclam-se na elaboração textual
Em relação a esse poema, é correto afirmar que o: a) trigo solene sugere a luta entre a riqueza e a pobreza. b) milho humilde revela aspectos de vaidade e de prepotência. c) milho perdido transforma-se em condutor de força e alegria. d) trigo tradicional desdenha os que não têm sua ascendência e nobreza.
Em relação a esse poema, é correto afirmar que o: a) trigo solene sugere a luta entre a riqueza e a pobreza. b) milho humilde revela aspectos de vaidade e de prepotência. c) milho perdido transforma-se em condutor de força e alegria. d) trigo tradicional desdenha os que não têm sua ascendência e nobreza.
Poema do milho (fragmento) Milho... Plantado nos quintais. Talhões fechados pelas roças. Entremeado nas lavouras. Baliza marcante nas divisas. Milho verde. Milho seco. Bem granado, cor de ouro. Alvo. Às vezes vareia, - espiga roxa, vermelha, salpintada. (...) Milho empaiolado... Abastança tranqüila do rato, do caruncho, do cupim. Palha de milho para o colchão. Jogada pelos pastos. Mascada pelo gado. Trançada em fundos de cadeiras. Queimada nas coivaras. Leve mortalha de cigarros. Balaio de milho trocado com o vizinho No tempo da planta. "- Não se planta, nos sítios, semente da mesma terra". CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. 9ª. ed. Mariana/SP: Global Editora, 1985
Considere as afirmativas a seguir: I - A voz poética do texto I faz alusão a cerimônias religiosas. II - A autora, no final do texto II, utiliza-se da epígrafe como recurso intertextual. III- O diálogo entre os dois poemas revela a intertextualidade denominada paráfrase. IV- Os objetos artesanais presentes no texto II simbolizam o trabalho metalingüístico. Estão corretos os itens a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e IV.
Considere as afirmativas a seguir: I - A voz poética do texto I faz alusão a cerimônias religiosas. II - A autora, no final do texto II, utiliza-se da epígrafe como recurso intertextual. III- O diálogo entre os dois poemas revela a intertextualidade denominada paráfrase. IV- Os objetos artesanais presentes no texto II simbolizam o trabalho metalingüístico. Estão corretos os itens a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e IV.
Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos: I. Quando nasci, um anjo torto Desses que vivem na sombra Disse: Vai Carlos! Ser gauche na vida Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. II. Quando nasci veio um anjo safado O chato dum querubim E decretou que eu tava predestinado A ser errado assim Já de saída a minha estrada entortou Mas vou até o fim. Chico Buarque, Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989.
III. Quando nasci um anjo esbelto Desses que tocam trombeta, anunciou: Vai carregar bandeira. Carga muito pesada pra mulher Esta espécie ainda envergonhada. Adélia Prado, Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986. Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, em relação a Carlos Drummond de Andrade, por: a) reiteração de imagens. b) oposição de ideias. c) falta de criatividade. d) negação dos versos. e) ausência de recursos.
III. Quando nasci um anjo esbelto Desses que tocam trombeta, anunciou: Vai carregar bandeira. Carga muito pesada pra mulher Esta espécie ainda envergonhada. Adélia Prado, Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986. Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, em relação a Carlos Drummond de Andrade, por: a) reiteração de imagens. b) oposição de ideias. c) falta de criatividade. d) negação dos versos. e) ausência de recursos.