Informática e Educação. 2ª Edição DISCIPLINA. Os ambientes virtuais de aprendizagem. Autores. Apuena Vieira Gomes. Adja Ferreira de Andrade.



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Transcrição:

2ª Edição DISCIPLINA Informática e Educação Os ambientes virtuais de aprendizagem Autores Apuena Vieira Gomes Adja Ferreira de Andrade aula 06

Governo Federal Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Educação Fernando Haddad Secretário de Educação a Distância SEED Ronaldo Motta Universidade Federal do Rio Grande do Norte Reitor José Ivonildo do Rêgo Vice-Reitor Nilsen Carvalho Fernandes de Oliveira Filho Secretária de Educação a Distância Vera Lúcia do Amaral Secretaria de Educação a Distância- SEDIS Coordenadora da Produção dos Materiais Célia Maria de Araújo Projeto Gráfico Ivana Lima Revisores de Estrutura e Linguagem Eugenio Tavares Borges Marcos Aurélio Felipe Pedro Daniel Meirelles Ferreira Tatyana Mabel Nobre Barbosa Revisoras de Língua Portuguesa Janaina Tomaz Capistrano Sandra Cristinne Xavier da Câmara Ilustradora Carolina Costa Editoração de Imagens Adauto Harley Carolina Costa Diagramadores Bruno Cruz de Oliveira Maurício da Silva Oliveira Júnior Mariana Araújo Brito Thaisa Maria Simplício Lemos Imagens Utilizadas Banco de Imagens Sedis (Secretaria de Educação a Distância) - UFRN MasterClips IMSI MasterClips Collection, 1895 Francisco Blvd, East, San Rafael, CA 94901,USA. MasterFile www.masterfile.cpom MorgueFile www.morguefile.com Pixel Perfect Digital www.pixelperfectdigital.com FreeImages www.freeimages.co.uk FreeFoto.com www.freefoto.com Free Pictures Photos www.fre-pictures-photos.com BigFoto www.bigfoto.com FreeStockPhotos.com www.freestockphotos.com OneOddDude.net www.oneodddude.net Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central Zila Mamede Gomes, Apuena Vieira. Informática e educação: interdisciplinar / Apuena Vieira Gomes, Adja Ferreira de Andrade. Natal, RN: EDUFRN Editora da UFRN, 2005. 316 p. 1. Educação Informática. 2. Sistemas de informação. 3. Internet. 4. Escola Tecnologias. I. Andrade, Adja Ferreira de. II. Título. ISBN 85-7273-289-6 CDD 370 RN/UF/BCZM 2005/49 CDU 37:004 09/07/2007 Copyright 2007 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Apresentação Nas aulas anteriores, você foi conduzido a conhecer o mundo da informática e também como ele está relacionado com questões educacionais, além de discutirmos as possibilidades e os desafios que são proporcionados pelo mundo virtual. Você já sabe o que é uma comunidade virtual, conhece o que é Internet, já navegou por ela, discutiu, dentre outras coisas, a sua introdução nas escolas, o que leva à necessidade de repensar as posturas assumidas diante dos recursos tecnológicos introduzidos. Nesta sexta aula, especificamente, é nosso interesse tratar de assuntos ligados às plataformas de aprendizagem propiciadas pela Internet, denominada de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Veremos alguns exemplos, a forma de acessá-los, suas vantagens e desvantagens, além de praticarmos um pouco o uso de suas ferramentas. Assim, ao longo da aula, pretendemos que você possa conceituar esses ambientes, citar outros exemplos, identificar os elementos (ferramentas) que normalmente os constituem, bem como citar suas vantagens e desvantagens. Para o melhor entendimento do texto, é necessário que você tenha compreendido as discussões e conceitos abordados nos temas estudados anteriormente. Esta aula necessita de atividades práticas. Para tanto, forneceremos encaminhamentos de como proceder para executar as tarefas no computador do laboratório de informática do pólo. Se tiver acesso a um outro computador e quiser utilizá-lo em suas atividades relacionadas às aulas, você poderá fazê-lo sem grandes problemas, pois isso independerá do navegador que está utilizando. Preste atenção nas orientações fornecidas ao longo deste texto e desenvolva as devidas adaptações à sua realidade. Objetivos 1 2 Conceituar Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) e identificar seus elementos constituintes. Distinguir alguns exemplos de AVA de acesso livre às instituições públicas e/ou à comunidade em geral. 2ª Edição Aula 06 Informática e Educação 1

Os ambientes virtuais de aprendizagem N a aula anterior, discutimos, dentre outras coisas, o conceito de comunidades virtuais e sua utilização no contexto da aprendizagem dos indivíduos na Internet. Vimos também que há três importantes possibilidades de integração entre as pessoas que fazem parte dessas comunidades de aprendizagem: a interação, a cooperação e a colaboração. Dessa forma, percebemos, tal como Martins e Campestrini (2005), que, com o surgimento de uma grande diversidade de novos ambientes eletrônicos de interação e a ampliação da Educação, há uma tendência de que esses ambientes virtuais sejam cada vez mais utilizados no sentido de facilitar a aprendizagem, tanto como suporte para distribuição de materiais didáticos quanto como complementos aos espaços presenciais de aprendizagem. Como exemplo, podemos citar aqueles que serão apresentados nesta aula: o TelEduc e o Moodle. e-learning Este termo e-learning é muito comum no âmbito das grandes corporações e pouco utilizado no meio acadêmico. Provém do inglês, no qual e significa eletrônico e learning significa aprendizagem, por isso são utilizadas como sinônimos dos AVA. Para a definição desses ambientes eletrônicos, várias organizações desenvolveram ferramentas denominadas computacionais, pois estão baseadas nos recursos tecnológicos auxiliados pelo computador, fornecendo subsídios para o ensino através da interação, cooperação e colaboração. Utilizando a Internet, os ambientes contêm recursos que também podemos chamar de ferramentas para o acesso a cursos, por meio da interação com os conteúdos, da realização de atividades de aprendizagem e da interação entre seus participantes (professores e alunos) (GOMES, 2004). Assim podem ser definidos os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), também denominados de Plataforma Virtual ou Plataforma de e-learning, que não podem ser confundidos com simples páginas (Home pages) constituídas de bancos de informações na Internet, nas quais vocês navegaram em aulas anteriores. Tais ambientes possibilitam a consolidação das comunidades virtuais de aprendizagem, discutidas na aula passada. Segundo Galvis (1992, p.52), um ambiente de aprendizagem poderá ser muito rico, porém, se o aluno não desenvolve atividades para o aproveitamento de seu potencial, nada acontecerá. Um AVA é um sistema que fornece suporte a qualquer tipo de atividade realizada pelo aluno na Internet, isto é, um conjunto de ferramentas utilizadas em diferentes situações do processo de aprendizagem, pré-definido pelos professores. Por esse motivo, a grande responsabilidade para a elaboração dos materiais e definição das atividades destinadas aos alunos, individualmente ou em grupo, é do professor, que além de produtor de materiais e de atividades, deve buscar situações as quais incentivem a autonomia, a criatividade, a cooperação e colaboração entre os pares (KLEIS, 2004, p.36). 2 Aula 06 Informática e Educação 2ª Edição

Elementos constituintes de um ambiente virtual de aprendizagem Vários ambientes virtuais de aprendizagem têm surgido recentemente. Se você fizer uma busca na Internet pela palavra ambiente virtual de aprendizagem ou plataforma de e-learning, em um site de busca como o Google (disponível em: <http://www.google.com.br>), por exemplo, encontrará várias experiências em execução e em desenvolvimento no Brasil e em diversos lugares no mundo. Diferentes instituições têm elaborado suas próprias plataformas para atender a uma demanda mundial, adaptando os sistemas computacionais à realidade de cada organização, seja esta de ensino ou empresa privada. Como exemplos, podemos citar a Universidade Federal de Pernambuco UFPE, que criou o VirtusClass, a Universidade do Vale do Rio dos Sinos Unisinos, que desenvolveu o ambiente virtual AVA, a empresa Cadsoft, com o seu NearYou, entre outros. Refletindo a partir de Gomes (2004), podemos perceber que a sociedade tecnológica não busca sistemas computacionais genéricos. São almejadas soluções adaptadas à realidade de cada um, respeitando a especificidade de seus problemas e, cada vez mais, levando-se em consideração as necessidades e a satisfação das pessoas usuárias desses sistemas. Normalmente, algumas ferramentas disponíveis nesses ambientes são comuns. É usual encontrarmos ferramentas relacionadas ao planejamento de atividades, à comunicação entre os participantes do ambiente, favorecendo sua interação; ferramentas relacionadas à criação e/ou disponibilização de materiais didáticos, avaliação e o tutoramento e, por fim, às atividades de gerenciamento de tais ambientes (GOMES, 2004). Alguns ambientes virtuais possuem ferramentas com as quais você já teve algum contato nas aulas anteriores, tais como o e-mail e o chat. Mas, outras ferramentas serão novidades e você terá a oportunidade de vivenciar algumas delas na prática, tais como usuários on line, fóruns de discussão, atividades, acessos, intermap entre outros. Dentre os ambientes virtuais disponíveis no mercado, poderíamos citar vários. Alguns são de domínio público, tais como os que veremos a seguir, outros são pagos e muito conhecidos, como o WebCT (disponível em: <http://www.webct.com>) e o Blackboard (disponível em: <http://www.blackboard.com>), ambos originalmente disponíveis apenas na língua inglesa, mas que, há pouco tempo, encontraram mercado no Brasil e por isso algumas instituições brasileiras os têm utilizado com versões já traduzidas para o português. Existem também alguns ambientes nacionais muito bons e de livre acesso: o AulaNet (disponível em: <http://asgard.les.inf.puc-rio.br/aulanet/>), desenvolvido na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; e o VirtusClass (disponível em: <http:// www.virtus.ufpe.br>) desenvolvido na UFPE. Nesta aula, trataremos de 2 ambientes virtuais, aos quais a Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN e a Secretaria de Educação a Distância SEDIS fornecem acesso e que serão apresentados a seguir. tutoramento A atividade de tutoramento, segundo Gomes (2004, p.25), pode ser entendida como uma atividade que está relacionada com o acompanhamento das atividades realizadas pelos alunos no ambiente virtual e como fornecer apoio ao aluno durante o curso. 2ª Edição Aula 06 Informática e Educação 3

O ambiente TelEduc Otermo TelEduc não representa uma sigla. Trata-se do nome de um ambiente virtual concebido na década de 90 pelo Instituto de Computação em parceria com o NIED (Núcleo de Informática Aplicada à Educação), pertencentes à Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Destinado à criação, participação e administração de cursos na Internet, o TelEduc foi apoiado por uma metodologia de formação de professores, construída a partir de experiências vivenciadas pelo NIED/Unicamp. A metodologia de ensino-aprendizagem proposta pelo ambiente está baseada na execução de atividades práticas com orientação constante e on-line do professor, aprendizagem de conhecimentos teóricos de forma contextualizada com a execução dessas atividades, comunicação entre os participantes e discussão de assuntos teóricos (GOMES, 2004). Segundo Gomes (2004), um curso criado no ambiente TelEduc é elaborado em torno de um conjunto de atividades sugeridas pelo professor, denominado formador. O ambiente fornece aos alunos um conjunto de ferramentas, nas quais é disponibilizado um conjunto de informações relacionadas à temática do curso. Além disso, o ambiente fornece recursos de comunicação que visam possibilitar o acompanhamento do processo de aprendizagem do aluno, permitindo um contato constante entre os participantes. Uma grande vantagem do TelEduc é ser OpenSource, ou seja, ele é um ambiente livre, e, sendo assim, seus códigos estão disponíveis para modificações e aprimoramento de suas funcionalidades. O TelEduc poder ser copiado e usado por qualquer pessoa ou organização, sem que haja necessidade de pagamento por isso. Dessa forma, é permitido redistribuí-lo e/ou modificá-lo sob os termos da General Public License (GPL), instituída pela GNU. Entretanto, para que as modificações possam ser incorporadas pelo TelEduc, a Unicamp se reserva a avaliar estas modificações antes que sejam parte integrante do TelEduc a ser disponibilizado. Há algum tempo, no início da década de 80, era democratizado o domínio no desenvolvimento de softwares. Entretanto, hoje o acesso a códigos fonte de alguns programas é proibido. Na lei de licenciamento de softwares, não é permitido usar, estudar, alterar ou até mesmo copiar e distribuir um programa dito proprietário, isto é, alguém ou alguma empresa/instituição tem a propriedade da licença. Richard Stallman, o fundador da organização Free Software Foundation, foi motivado a preservar os direitos do usuário comum. Foi nessa organização que se estabeleceu o Projeto GNU e a criação da GPL. O nome GNU surgiu de uma brincadeira da sentença GNU NOT UNIX, ou seja, GNU não é Unix. Unix é um tipo de programa denominado sistema operacional, que tem por objetivo controlar os recursos do computador e tornar a interface mais amigável com o usuário. Discutiremos sobre esse tipo de software em mais detalhes nas próximas aulas. (MARQUES, 2005) 4 Aula 06 Informática e Educação 2ª Edição

O fato de usarmos um ambiente livre, que permite o acesso a todos os seus códigos, é muito vantajoso para os desenvolvedores de sistemas computacionais, pois é possível utilizá-lo e adaptá-lo às necessidades de cada organização. Isso fornece uma maior autonomia à instituição que possui pretensões de melhorar cada vez mais a forma com que esses ambientes são formulados, re-estruturando alguns recursos, melhorando a interface, incluindo novas funcionalidades e assim por diante. O importante é não ter a necessidade de elaboração inicial de uma ferramenta, já que existem várias disponíveis no mercado. O fundamental para contribuir com essa comunidade é melhorar as existentes, adicionando novas funcionalidades que no momento são importantes em cada contexto de uso, mas que podem ser disponibilizadas para todas as outras instituições interessadas, seguindo os termos da GPL. Agora que você já sabe o que é o TelEduc, vamos experimentá-lo. Atividade 1 Acesse a página da Sedis (http://www.sedis.ufrn.br). No endereço da Sedis você encontrará ao final da tela o símbolo do TelEduc. Clique nele e você encontrará uma tela muito parecida com a figura a seguir. Por meio dela, você pode observar a descrição do TelEduc, além de uma faixa na parte superior, na qual estão os chamados menus, que apresentam uma variedade de opções para o acesso às ferramentas. Menu de opções Figura 1 2ª Edição Aula 06 Informática e Educação 5

Não se preocupe se as figuras que serão apresentadas nesta aula não correspondem fielmente às telas observadas na prática. Como os sistemas estão sempre em evolução, algumas mudanças podem ser notadas, mas nada que prejudique ou dificulte a identificação das funcionalidades das ferramentas. O menu de opções iniciais do TelEduc descreve as seguintes alternativas: TelEduc, Cursos, Contatos e Apoio. Navegue por eles e descubra o que cada um oferece de informações. Não tenha medo de clicar nas opções, nada de grave ocorrerá! O máximo que pode acontecer é você se perder por entre as opções do menu e não saber como retomar a página inicial do TelEduc. Para isso, você pode clicar no botão do navegador correspondente para voltar à pagina anterior, ou digitar novamente o endereço da página da Sedis e clicar no link do TelEduc. Portanto, não tenha receio! Depois de verificada cada uma das opções, vamos nos ater a como acessar um curso no TelEduc. Para tanto, clique na opção Cursos e acesse em Cursos em andamento o curso Informática e Educação através da palavra Entrar. Você deve observar algo como: Figura 2 Identifique a entrada da disciplina pelo seu pólo e assim que você clicar em Entrar, no curso, uma pequena tela surgirá a sua frente solicitando o nome do usuário, às vezes denominado de login, e uma senha. Não se desespere! Você deve estar visualizando algo deste tipo, dependendo do computador que estiver utilizando: Figura 3 Obtenha com seu tutor o seu nome de usuário e senha para acessar. Assim que você executar os procedimentos, poderá visualizar uma tela semelhante à apresentada na Figura 4 a seguir: 6 Aula 06 Informática e Educação 2ª Edição

Menu de opções Área de trabalho Figura 4 Como você pode notar, na figura anterior, a interface do TelEduc é simples, clara e objetiva. Sendo esta mais uma vantagem do ambiente. A tela está composta por duas áreas bem distintas. Você consegue identificá-las? A área da esquerda corresponde ao menu de opções com as ferramentas disponíveis ao formador e ao aluno, a saber: estrutura do ambiente, dinâmica do curso, agenda e outros. Clicando na opção Estrutura do Ambiente, você terá uma descrição de cada ferramenta disponível no TelEduc. Por exemplo, para a ferramenta Fóruns de Discussão, apresentada na tela anterior, é fornecida a seguinte descrição: Permite acesso a uma página que contém os tópicos em discussão naquele momento do andamento do curso, permitindo o acompanhamento da discussão através da visualização, de forma estruturada, das mensagens já enviadas e a participação na mesma por meio do envio de mensagens. Vamos lá! Leia e observe cada uma das ferramentas!!!! Veja o que preparamos para vocês! Para sair do ambiente, basta clicar na opção Sair no final da área esquerda da tela, tal como apresentada na Figura 5. Clique aqui para sair Figura 5 Uma desvantagem do TelEduc, aparentemente não perceptível para você que o está utilizando pela primeira vez, é que todos os alunos, professores, monitores e quaisquer outras pessoas precisam ser cadastradas no ambiente para que tenham acesso às suas ferramentas. No TelEduc, o responsável pela tarefa descrita é o professor/formador. Para grandes corporações que já possuem um número razoável de pessoas cadastradas em seu sistema acadêmico e que devem ser inseridas no TelEduc, essa não é uma tarefa trivial, pois necessita de profissionais especializados para realizar a importação das informações sem que o professor/formador precise se preocupar com isso. 2ª Edição Aula 06 Informática e Educação 7

O ambiente Moodle Moodle é um ambiente virtual elaborado para produzir, gerenciar e apoiar atividades educacionais baseadas na Internet. É um projeto de desenvolvimento contínuo, e, assim como o TelEduc, o Moodle também é classificado como OpenSource, estando disponível, por enquanto, em 34 idiomas. Isso demonstra a credibilidade e a aceitabilidade que ele possui em vários lugares do mundo. Modular Object- Oriented Dynamic Learning Environment Em português, o termo Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment pode ser entendido como: Ambiente de Aprendizagem Dinâmico Modular Orientado a Objetos. A palavra Moodle era originalmente conhecida como uma sigla para os termos em inglês Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment, mas Moodle também representa um verbo que descreve o processo de navegar despretensiosamente por algo, enquanto se faz outras coisas, num desenvolvimento agradável e conduzido freqüentemente pela perspicácia e pela criatividade. Uma característica importante do Moodle é o Moodle.org, um local na Internet que provê um ponto central para informação, discussão e colaboração entre usuários do ambiente. O endereço eletrônico disponível em <http://moodle.org> está sempre evoluindo, isto é, possui informações atualizadas constantemente para atender às necessidades da comunidade, partindo do princípio, segundo o qual, todos os que desenvolvem ferramentas relacionadas ao Moodle podem divulgá-las e disponibilizá-las para a comunidade em geral. Uma desvantagem é que o site é escrito em inglês, mas através do endereço eletrônico disponível em <http://moodle. org/course/view.php?id=35>, você terá acesso à comunidade brasileira do Moodle. 8 Aula 06 Informática e Educação 2ª Edição

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o Moodle, vamos acessá-lo. Atividade 2 Acesse a Internet, tal como na atividade 1, e digite o seguinte endereço disponível em <http://www.sedis.ufrn.br/~moodle>. Através dele, você encontrará uma tela semelhante à figura a seguir. Clique aqui para acessar seu curso Figura 6 A tela apresentada anteriormente descreve a instalação do Moodle na Secretaria de Educação a Distância SEDIS, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN. Navegue pelas informações, as quais podem estar diferentes da figura descrita anteriormente, uma vez que essa página encontra-se em constante atualização. Leia e acesse as ferramentas disponíveis. Através da opção Acesse seu curso, no canto superior direito da tela, apresentado na Figura 6. Você conseguirá visualizar uma tela, apresentada a seguir, na qual deverão ser digitados um nome de usuário e uma senha, assim como você fez ao acessar o TelEduc, porém, através de uma interface diferente. Para acessar a disciplina Informática e Educação, você deverá procurar seu tutor para que ele forneça seu login e senha. Após o acesso ao curso, você encontrará algo semelhante à figura a seguir: 2ª Edição Aula 06 Informática e Educação 9

Disciplinas em que está matriculado Acesso à disciplina Figura 7 Vamos lá! Este é o momento em que você está livre para navegar por entre as áreas do Moodle e descobrir o que ele oferece. Na aula 7 entraremos em mais detalhes sobre este ambiente que foi adaptado para atender às necessidades dos cursos a distância da UFRN. Atividade 3 Agora que você já conhece e já acessou todos os dois ambientes virtuais nas atividades anteriores, vejamos quais são as ferramentas semelhantes existentes nos ambientes e quais as diferenças entre eles. Para realizar essa tarefa, você precisará: a) acessar novamente os dois ambientes, o TelEduc e o Moodle, sendo que, desta vez, de forma mais criteriosa, fazendo uma comparação entre cada um deles para verificar quais ferramentas, embora com nomes diferenciados, possuem a mesma funcionalidade; b) elaborar uma lista, contendo as ferramentas semelhantes e em quais funcionalidades. Por exemplo: que ferramentas nos três ambientes permitem troca de e-mails? c) elaborar uma lista, contendo as ferramentas particulares em cada ambiente e quais as suas funcionalidades. 10 Aula 06 Informática e Educação 2ª Edição

a) sua resposta b) 2ª Edição Aula 06 Informática e Educação 11

sua resposta c) Leituras complementares Se você quiser ler mais sobre cada um dos ambientes virtuais citados nesta aula, acesse a Internet nos seguintes endereços referentes ao projeto de cada um dos ambientes virtuais citados: TelEduc. Disponível em: <http://teleduc.nied.unicamp.br/teleduc/moodle> Moodle. Disponível em: <http://moodle.org/course/view.php?id=35> Você pode também fazer uma busca através do Google para tentar achar páginas que apresentam mais informações sobre esses ambientes ou outros citados durante o texto. Mas, se você se interessou e gostaria de saber mais sobre a General Public License GPL, instituída pela GNU, acesse a Internet no seguinte endereço disponível em: <http://docs.kde.org/pt_br/head/common/gpl-translated.html> ou <http://baixaki.ig.com.br/loja/gnu.htm>. 12 Aula 06 Informática e Educação 2ª Edição

Resumo Nesta aula, esperamos que você tenha conseguido conceituar um ambiente virtual de aprendizagem e identificar algumas ferramentas básicas existentes nos dois AVA citados. Você pôde acessá-los e verificou o uso de algumas dessas ferramentas. Conseguimos refletir sobre as vantagens e desvantagens dos ambientes estudados e discutimos a necessidade de elaboração de novas ferramentas para os AVA s existentes que permitem alterações. Na próxima aula, entraremos em maiores detalhes em um dos dois ambientes virtuais dos quais você visitou. No nosso próximo encontro, você terá que realizar apenas exercícios práticos de utilização dos recursos disponíveis no ambiente. Até lá. Auto-avaliação 1 A partir das discussões apresentadas nesta aula e das atividades práticas realizadas com a visitação aos ambientes virtuais citados, gostaríamos que você parasse um pouco e tentasse expor, em algumas linhas, quais as possibilidades existentes no uso desses ambientes para professores e alunos. Como os usuários se beneficiam com o uso deles? Em que aspectos as atividades dos professores e dos alunos são prejudicadas? Os ambientes virtuais auxiliam, de fato, na aprendizagem dos indivíduos? Por quê? 2ª Edição Aula 06 Informática e Educação 13

2 Com relação ao uso dos ambientes virtuais pelo professor, que assume papel de produtor, condutor, animador e motivador das atividades a serem realizadas através das ferramentas, gostaríamos que você refletisse sobre as seguintes questões: o que acontece se o professor usa um ambiente virtual para disponibilizar seus materiais, sejam eles, textos, apresentações, fotos e outros, da mesma forma que foram elaborados para suas disciplinas de cursos presenciais? De que servem os ambientes citados nesta aula para o fortalecimento de comunidades virtuais, se a postura pedagógica ainda está centrada em mecanismos e estratégias tradicionais de ensino? A partir dessa reflexão, produza um pequeno texto sobre o assunto e envie por e-mail para o seu tutor. Reflexão Esperamos que você tenha, efetivamente, realizado as atividades práticas sugeridas ao longo da aula, seja em um computador no laboratório de informática do pólo ou em outro computador ligado à Internet ao qual possua acesso. Experimentando os ambientes virtuais citados no texto, gostaríamos que você vivenciasse uma experiência única de um formato diferente de ensinar e aprender. Se, com essa experiência, você conseguiu praticar as atividades sem grandes problemas, parabéns! Os objetivos traçados para esta disciplina estão sendo alcançados. Assumir o papel de aluno a distância não é uma tarefa fácil. Você precisa determinar seus horários, reconstruir constantemente a sua motivação de ir ao pólo e participar efetivamente das atividades propostas pela disciplina. Se você sentiu dificuldades em realizar as tarefas práticas, gostaríamos que praticasse mais um pouco o uso da Internet, iniciado em aulas anteriores. Mas, não se esqueça de que na próxima aula teremos várias orientações para o estudo, a ser realizado, na íntegra, diante do computador. 14 Aula 06 Informática e Educação 2ª Edição

Referências GALVIS, A.H. Ingeniería de software educativo. Santa Fé de Bogotá: Ediciones Uniandes, 1992. GOMES, A. V. Uma abordagem centrada no usuário para ferramentas de suporte a atividades docentes em ambientes de educação a distância. 2004. Tese (Doutorado) Pós-Graduação em Ciência da Computação. Centro de Informática. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2004. KLEIS, M.L. Ergonomia cognitiva e processos de interação em ambientes educacionais. Abceducatio, n. 37, ago. 2004. MARQUES, M. Guia linux de conectividade. Disponível em: <www.4linux.com.br/arquivos/ cap1-glc.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2005. MARTINS, J. G.; CAMPESTRINI, B. B. Ambiente virtual de aprendizagem favorecendo o processo ensino-aprendizagem em disciplinas na modalidade de educação a distância no ensino superior, abr. 2004. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2004/por/ htm/072-tc-c2.htm>. Acesso em: 20 jan. 2005. MORAN, T. The Command Language Grammars: a represetantion for the user interface of interactive computer systems. International Journal of Man-Machine Studies, n. 15, 1981. 2ª Edição Aula 06 Informática e Educação 15