Balanço Patrimonial da Cia Salve&Kana

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Elaboração da DFC Método Direto A fim de possibilitar melhor entendimento, vamos desenvolver um exemplo passo a passo da montagem da DFC pelo método direto, tomando por base as informações a seguir: Balanço Patrimonial da Cia Salve&Kana Ativo Passivo 2x11 2x12 2x11 2x12 Circulante Circulante Disponível 45.000 69.000 Fornecedores 30.000 60.000 Duplicatas a Receber 15.000 30.000 Contas a Pagar 3.000 7.500 Estoques 30.000 45.000 Emprest. Bancários 90.000 114.900 Total do Circulante 90.000 144.000 IR e CSL a pagar 5.250 22.500 Dividendos a Pagar 4.800 23.400 Não Circulante Total do Circulante 133.050 228.300 Investimentos Part. em Outras Cias. 15.000 79.200 Não Circulante Imobilizado Financiamentos 0 38.100 Máq. e Equipamentos 63.000 87.000 Total do Não Circulante 38.100 (-) Depreciação Acum. (9.000) (14.400) Móveis e Utensílios 36.000 45.000 Patrimônio Líquido (-) Depreciação Acum. (6.000) (9.600) Capital 145.950 150.000 Terrenos 90.000 125.400 Reservas de Lucros 40.200 Total do Não Circulante 189.000 312.600 Total do PL 145.950 190.200 Total do Ativo 279.000 456.600 Total do Passivo 279.000 456.600 2x12 Receita de Vendas 315.000 (-) CMV (161.400) Lucro Bruto 153.600 (-) Despesas Operacionais Vendas (17.100) Administrativas (12.750) Depreciação (9.000) Outras Despesas (7.800) Lucro antes do resultado financeiro e dos tributos 106.950 (-) Despesas Financeiras (9.900) Lucro antes dos tributos sobre a renda 97.050 (-) IR e CSL (33.450) Lucro Líquido 63.600

DLPA da Cia Salve&Kana 2x12 Saldo de LPA no início do exercício 0 (+) Resultado do Exercício 63.600 Saldo à disposição da Assmbleia de Acionistas 63.600 (-) Destinação do Resultado Formação de Reservas (40.200) Dividendo obrigatório (23.400) Saldo de LPA no fim do exercício 0 Além disso, com base no sistema de informação contábil da empresa, sabemos que: A empresa utiliza a metodologia da antecipação mensal com ajuste anual no pagamento de IR e CSL; Despesas financeiras no valor de R$6.900 foram pagas no período; A conta do Contas a Pagar inclui as obrigações referentes ao pagamento dos salários, tributos diversos (exceto IR e CSL) e outras contas operacionais; Os financiamentos referem-se a: R$18.100,00 pela aquisição de participações societárias, R$15.000,00 pela aquisição de terrenos e R$5.000,00 pela aquisição de Máquinas e Equipamentos, e ocorreram próximas ao encerramento do exercício; O capital social da empresa foi aumentado em R$4.050,00, mediante integralização em dinheiro pelos acionistas. Inicialmente, devemos calcular o fluxo das atividades operacionais e, então, começaremos pelos recebimentos dos clientes, por conta de vendas de bens e/ou serviços. Para determinarmos o seu valor teremos que considerar os reflexos da contabilização dessas receitas e de seu recebimento. Assim, devemos obter no balanço patrimonial os saldos das contas a receber de clientes, no início e no fim do período, bem como, na DRE, do saldo relativo às vendas do período. No nosso exemplo, esses saldos foram: Saldo inicial de Duplicatas a Receber R$15.000,00; Saldo final de Duplicatas a Receber R$30.000,00; e Receita de Vendas do período R$315.000,00. Então, o valor efetivamente recebido no caixa da empresa, como decorrência das vendas, pode ser determinado da seguinte forma:

Saldo inicial das duplicatas a receber 15.000,00 (+) Receita de vendas do período 315.000,00 (-) Saldo final das contas a receber (30.000,00) (=) Recebimento das vendas 300.000,00 Em seguida, devemos determinar o montante pago aos fornecedores de mercadorias ou matérias-primas. Para tanto, vamos, nesse caso, precisar tomar o valor das compras de mercadorias ou matérias-primas e o saldo da dívida para com os fornecedores. O que nos remete a um problema, já que nas demonstrações contábeis não encontramos diretamente o valor dessas compras. No caso das empresas mercantis, que compram apenas mercadorias, podemos indiretamente determinar o valor dessas compras. No entanto, nas empresas industriais, que utilizem matérias-primas e outros componentes, somente com base nas demonstrações não é possível determinar o valor dessas compras, precisaremos de informações colhidas no sistema de controle contábil da empresa. No nosso exemplo, trata-se de uma empresa mercantil e, então, para determinar o valor das compras, partimos da equação contábil EI + COMPRAS EF = CMV e a modificamos para COMPRAS = CMV + EF EI. Assim, o valor das compras de mercadorias no exemplo é: CMV 161.400,00 (+) Saldo final do Estoque de mercadorias 45.000,00 ()Saldo final do Estoque de mercadorias (30.000,00) (=) Compras efetuadas no período 176.400,00 Após determinar o valor das compras do período, podemos calcular o valor pago aos fornecedores, utilizando a seguinte formulação: Saldo inicial da dívida com Fornecedores 30.000,00 (+) Compras de mercadorias no período 176.400,00 (-) Saldo final da dívida com Fornecedores (60.000,00)

(=) Pagamento aos Fornecedores no período 146.400,00 Precisamos, agora, determinar as demais entradas e saídas de caixa decorrente das atividades operacionais. No caso, veja que não existem na DRE outras receitas e, também, nenhuma outra ocorrência, como, por exemplo, o recebimento de indenização de seguros foi relatado. Logo, não temos outras entradas da atividade operacional. Voltando à DRE, constatamos algumas despesas, que certamente implicaram na saída de recursos: Despesas de Vendas R$17.100,00; Administrativas R$12.750,00; e Outras Despesas R$7.800,00. Observando, ainda, a informação prestada nesse exemplo de que 3) a conta Contas a Pagar inclui as obrigações referentes ao pagamento dos salários, tributos diversos (exceto IR e CSL) e outras contas operacionais, podemos calcular o pagamento dessas despesas operacionais da seguinte forma: Saldo inicial de Contas a pagar 3.000 (+) Despesas operacionais do período, que afetam o caixa Vendas 17.100 Administrativas 12.750 Outras Despesas 7.800 (-) Saldo final de Contas a pagar (7.500) Pagamento de despesas operacionais e salários no período 33.150 É importante ressaltar que não consideramos a despesa de depreciação, visto que ela não afeta o caixa. Assim como não levaríamos em consideração qualquer despesa incluída nessas rubricas e que não afetassem o caixa. Apurados estes elementos, obtivemos o caixa gerado pelas operações da empresa, distinção feita pelo Pronunciamento nº 3: Fluxo de caixa da atividade operacional Recebimento de clientes 300.000 (-) Pagamento a fornecedores (146.400) (-) Pagamento de despesas operacionais e salários pagos (33.150) Caixa gerado pelas operações 120.450 Os juros pagos, no valor de R$6.900,00, foram informados, pois não conseguiríamos identificar esse valor apenas com a análise dos saldos do balanço patrimonial e da DRE.

Em relação ao pagamento do imposto de renda, utilizaremos a formulação abaixo: Saldo inicial de IR e CSL a pagar 5.250 (+) despesa com IR e CSL do período 33.450 () Saldo final de IR e CSL a pagar (22.500) Pagamento de IR e CSL no período 16.200 Com isso, podemos então fechar o fluxo de caixa das operações, que teria a seguinte estrutura: Fluxo de caixa da atividade operacional Recebimento de clientes 300.000 (-) Pagamento a fornecedores (146.400) (-) Pagamento de despesas operacionais e salários pagos (33.150) Caixa gerado pelas operações 120.450 Juros pagos (6.900) IR e CSL pagos (16.200) Caixa gerado pela atividade operacional 64.200 Precisamos, agora, apurar o montante de caixa gerado ou consumido pela atividade de investimento. Nesse caso, vamos observar o comportamento das contas que compõem o Ativo Não Circulante e a DRE para apurar as aplicações ou saídas de recursos decorrentes desta atividade. Observamos que as contas do Ativo Não Circulante apresentaram variação positiva no seu saldo, conforme quadro a seguir: Não Circulante 2x11 2x12 Variação Investimentos Part. em Outras Cias. 15.000 79.200 64.200 Imobilizado Máq. e Equipamentos 63.000 87.000 24.000 (-) Depreciação Acum. (9.000) (14.400) (5.400) Móveis e Utensílios 36.000 45.000 9.000 (-) Depreciação Acum. (6.000) (9.600) (3.600) Terrenos 90.000 125.400 35.400 Total do Não Circulante 189.000 312.600 123.600

A variação positiva nos saldos das contas de Participação em Outras Empresas, Máquinas e Equipamentos, Móveis e Utensílios e na conta Terrenos nos indicam a aquisição de elementos da espécie e que poderá ter gerado um desembolso de caixa. Somente será retratado na atividade de investimento na DFC, diferente do tratamento que era dado na DOAR, o montante dos recursos desembolsados no momento da aquisição desses elementos. Já a parcela financiada será apresentada, quando do seu pagamento, como uma saída de caixa da atividade de financiamento. No exemplo, temos a informação que consta do item 4 os financiamentos referem-se a: R$ 18.100,00 pela aquisição de participações societárias; R$ 15.000,00 pela aquisição de terrenos e R$ 5.000,00 pela aquisição de Máquinas e Equipamentos. Estas operações ocorreram próximas ao encerramento do exercício o que nos leva à seguinte situação: Não Circulante Variação Financiado Pago à vista Investimentos Part. em Outras Cias. 64.200 (18.100) 46.100 Imobilizado Máq. e Equipamentos 24.000 (5.000) 19.000 (-) Depreciação Acum. (5.400) Móveis e Utensílios 9.000 9.000 (-) Depreciação Acum. (3.600) Terrenos 35.400 (15.000) 20.400 Total do Não Circulante 123.600 Tendo em vista que não houve qualquer recebimento de recursos por venda ou resgate de elementos do não circulante e na movimentação apresentada no quadro acima, temos a seguinte estrutura para o fluxo de caixa da atividade de investimento: Fluxo de caixa da atividade de investimento Pagamento na aquisição de participações em outras cias (46.100) Pagamento na aquisição de Máquinas e Equipamentos (19.000) Pagamento na aquisição de Móveis e Utensílios (9.000) Pagamento na aquisição de Terrenos (20.400) Caixa consumido na atividade de investimento (94.500)

Por fim, na preparação da DFC precisamos considerar o fluxo de caixa da atividade de financiamento que vamos apurar a seguir, nos baseando nas informações do sistema de informação gerencial da empresa e nos saldos que constam do Balanço Patrimonial, DRE e DMPL (DLPA). Inicialmente, observamos que no passivo circulante a rubrica empréstimos bancários apresentou variação positiva em seu saldo de R$24.900,00, ou seja, o saldo que no início do período era R$90.000,00 encerrou o exercício com R$114.900,00. No entanto, não podemos considerar essa variação como obtenção de novos recursos. Devemos consultar o sistema de informação contábil da empresa para identificar se o principal devido foi amortizado, total ou parcialmente, durante o exercício e, também, considerar o efeito das despesas financeiras relativas aos empréstimos bancários. Note que, o saldo da conta empréstimos bancários reflete o valor do principal tomado emprestado e os juros ainda não pagos, pois, via de regra, a contabilização da apropriação das despesas financeiras é feita com um débito em despesas financeiras (juros e variação monetária, se houver) e um crédito na conta de empréstimos bancário. No pagamento da despesa financeira ou amortização do principal é feito lançamento a débito de empréstimos bancários e crédito de bancos conta movimento (ou depósitos bancários). Dessa forma, nesse exemplo, tivemos R$9.900,00 de despesa financeira, que foi creditada em empréstimos bancários, e R$6.900,00 que foram efetivamente pagos. Assim, o valor dos recursos tomados emprestados foi: Saldo final de empréstimos bancários 114.900 (-) Despesas financeiras (9.900) (+) Juros pagos 6.900 (-) Saldo inicial de empréstimos bancários (90.000) Empréstimos bancários obtidos no período 21.900 Quanto ao Passivo Não Circulante, observamos que a empresa obteve um financiamento no fim do exercício na aquisição de elementos do Ativo Não Circulante, o que não afeta o caixa da empresa e, portanto, não é considerado na DFC. Observamos o capital social da empresa e constatamos que o mesmo aumentou em R$4.050,00, corroborado pelas informações obtidas no sistema de informação contábil da empresa, que identifica aumento de capital mediante a integralização em dinheiro. Uma maneira melhor de identificar a variação no saldo da conta de capital social seria a consulta à DMPL, que revelaria de forma detalhada as variações no saldo dessa conta.

Para finalizar essa atividade, observamos a DLPA (poderia ser também a DMPL) e apuramos que a empresa destinou ao pagamento de dividendos a quantia de R$23.400,00. Além disso, a conta de dividendos a pagar possuía no início do exercício o saldo de R$4.800,00 e no encerramento R$R$ 23.400,00, o que nos leva à conclusão de que durante o exercício foram pagos os R$4.800,00 referentes ao dividendo do exercício anterior. Assim, essa demonstração contábil seria apresentada conforme o quadro a seguir: Demonstração dos Fluxos de Caixa da Cia Salve&Kana MÉTODO DIRETO 2x12 Fluxo de caixa da atividade operacional Recebimento de clientes 300.000 (-) Pagamento a fornecedores (146.400) (-) Pagamento de despesas operacionais e salários pagos (33.150) Caixa gerado pelas operações 120.450 Juros pagos (6.900) IR e CSL pagos (16.200) Caixa gerado pela atividade operacional 64.200 Fluxo de caixa da atividade de investimento Pagamento na aquisição de participações em outras cias (46.100) Pagamento na aquisição de Máquinas e Equipamentos (19.000) Pagamento na aquisição de Móveis e Utensílios (9.000) Pagamento na aquisição de Terrenos (20.400) Caixa consumido na atividade de investimento (94.500) Fluxo de caixa da atividade de financiamento Caixa recebido por aumento de capital 4.050 Empréstimos bancários obtidos 21.900 Dividendos pagos (4.800) Caixa gerado pela atividade de financiamento 21.150 Aumento líquido de caixa e equivalentes caixa (9.150) Saldo de disponibilidades no início do período 45.000 Saldo de disponibilidades no fim do período 69.000 Variação no saldo de disponibilidades 24.000 Dessa forma, notamos que, o caixa gerado no período está de acordo com a variação no saldo das disponibilidades.