LICENCIAMENTO PARA AS INSTALAÇÕES PCIP

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Transcrição:

Querido Tinta Silva & Vicente, Lda RESUMO NÃO TÉCNICO BOA ESPERANÇA COIMBRÃO LEIRIA LICENCIAMENTO PARA AS INSTALAÇÕES PCIP Dezembro/2015, Página 1/13

ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 3 2. DADOS GERAIS DA EMPRESA... 3 2.1 Localização e confrontações... 3 2.2 Regime de funcionamento e número de trabalhadores... 5 2.3 Processo produtivo... 5 2.4 Fluxograma de produção... 5 2.5 Descrição da atividade... 6 3. EMISSÕES NO AMBIENTE E MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO... 8 3.1 Locais de produção de emissões gasosas e efluentes líquidos... 8 3.2 Efluentes líquidos... 9 3.3 Emissões gasosas... 9 3.4 Resíduos gerados na instalação... 9 3.5 Ruído... 10 3.6 Energia... 10 4. SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO... 11 5. PREVENÇÃO DE ACIDENTES... 11 6. DESATIVAÇÃO DA INSTALAÇÃO... 13 Dezembro/2015, Página 2/13

1. INTRODUÇÃO O presente documento corresponde ao Resumo Não Técnico (RNT) do pedido de licenciamento para as instalações PCIP de uma instalação existente. A Querido Tinta Silva & Vicente, Lda, com o Número de Identificação de Pessoa Colectiva 502258381, possui uma instalação suinícola em funcionamento sita em Boa Esperança - Pinhal do Concelho, freguesia de Coimbrão, concelho e distrito de Leiria, com marca PTRB3G1. 2. DADOS GERAIS DA EMPRESA 2.1 Localização A exploração suinícola da Boa Esperança, com uma área de 7,2 ha, insere-se na propriedade do Pinhal do Coimbrão (44,6 ha). A propriedade encontra-se ocupada pela exploração suinícola e respetivo sistema de lagunagem, por uma área florestal com eucalipto (34,9 ha) e uma outra exploração suinícola designada Pinhal do Concelho (2,5 ha). Apresenta-se de seguida a localização da exploração, num extrato da carta militar n.º 353 á escala 1:25 000. Dezembro/2015, Página 3/13

Figura 1 - Planta da localização da instalação Na envolvente do local de implantação não existem habitações. Figura 2 Imagem aérea da instalação Dezembro/2015, Página 4/13

2.2 Regime de funcionamento e número de trabalhadores O regime de funcionamento é de segunda-feira a domingo, durante 365 dias, com um total de 12 colaboradores. 2.3 Processo produtivo A instalação é uma exploração suinícola em regime intensivo, de produção em ciclo fechado. O produto final serão porcos de abate com cerca de 105 Kg de peso vivo e cerca de 25 semanas de idade. Trata-se de uma exploração com um efetivo reprodutor composto por 860 fêmeas e 3 varrascos. A reprodução far-se-á por reprodução artificial. O objetivo de produção anual é de cerca de 19 300 porcos de 105 kg. A água consumida é proveniente de dois furos. A única fonte de energia consumida é a energia elétrica. 2.4 Fluxograma de produção O processo produtivo é efetuado em quatro secções, de acordo com o diagrama seguinte: ATMOSFERA Gestação Maternidades Recria Engorda Ração Água Chorume ETAR PCIP Efluentes gasosos Figura 3 - Diagrama do processo produtivo Dezembro/2015, Página 5/13

2.5 Descrição da atividade Gestação A gestação é a seção que inicia o ciclo da exploração suinícola. Esta fase é muito importante na melhoria da eficiência produtiva, uma vez que é a partir daqui que se prevê o potencial produtivo das porcas reprodutoras. As porcas estão agrupadas de acordo com a data de cobrição, permitindo preencher o compartimento de uma só vez, assim como esvazia-lo, e facilitando também as limpezas e desinfeções. A sua alimentação é efetuada automaticamente e a água é fornecida por chupetas. Neste setor o pavimento é misto, efetuando-se diariamente limpezas dos detritos acumulados, a fim de se prevenir a produção de gases nocivos e a proliferação de odores. Essa limpeza é efetuada através de agulheta de pressão, sendo este o único uso de água nas limpezas diárias. Quando há uma saída de um grupo de animais é efetuada uma lavagem geral em que é consumida uma quantidade apreciável de água e em que se utilizam desinfetantes. Maternidade É uma instalação muito importante que necessita de permanência e atenção e que possui um equipamento (maternidades) relativamente mais complexo, que permite maior segurança aos leitões depois do nascimento e durante a lactação. Na maternidade, os animais estão num pavimento misto e para além das operações de limpeza diárias, existe o cuidado de, ao longo do dia, se irem retirando os dejetos das porcas. Estes detritos são recolhidos e posteriormente lançados no esgoto geral. Os restantes dejetos vão para as valas e posteriormente reencaminhados por ação da gravidade para o tanque de recepção. As lavagens gerais com desinfetante são efetuadas aquando da mudança dos animais. Relativamente à ventilação, a instalação possui ventilação natural e artificial. Dezembro/2015, Página 6/13

A sua alimentação é efetuada automaticamente, assim como o fornecimento de água, de modo a poder racionalizar ambos os consumos e a reduzir a produção de dejetos e urinas. Recria Esta etapa é a fase do crescimento, em que os animais já têm maior resistência, não necessitando assim de tantos cuidados, como na maternidade. Os leitões desmamados com 28 dias de vida em média, com 7,5 kg de peso vivo, são transferidos para o setor de recria, onde permanecem até ás onze semanas de vida (corresponde aos 20 kg/peso vivo) sendo depois transferidos para o setor de engorda. A alimentação é feita automaticamente e o abastecimento de água é também efectuado automaticamente através de chupeta. Engorda A seção final é denominada de engorda, até atingirem um peso vivo de aproximadamente 105 kg para posteriormente serem vendidos para abate controlado. A alimentação é efectuada automaticamente e a água é fornecida por chupetas. O pavimento é de natureza mista, isto é, uma parte em cimento contínuo e outra em grelhas de cimento. Nesta seção, os dejetos e a urina dos animais caem em valas onde previamente se lançou água limpa, durante a lavagem e desinfecção da subdivisão após a saída dos animais. Durante a permanência de um grupo de animais numa dada secção não se faz qualquer lavagem, apenas quando os animais abandonam o local é aberta uma adufa para permitir o escoamento do conteúdo da vala e é efetuada uma lavagem desta, em que se utilizam desinfetantes rotativamente. Dezembro/2015, Página 7/13

3. EMISSÕES NO AMBIENTE E MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO 3.1 Locais de produção de emissões gasosas e efluentes líquidos ATMOSFERA Gestação PCIP6.6.c Maternidades Recria Engorda: Actividade PCIP do anexo I 6.6 b ETAR Valorização agrícola Matérias primas Matérias subsidiárias Saídas Ração Água Energia Medicamentos Efluente Efluentes Gasosos Tamisados Efluente Tratado Figura 4 - Diagrama das entradas e saídas do sistema Dezembro/2015, Página 8/13

3.2 Efluentes líquidos Todos os efluentes pecuários gerados na exploração são conduzidos através de uma rede de valas existente até à lagoa de retenção. A rede de esgotos está emanilhada e é dotada de caixas de visita. O escoamento dos efluentes é efetuado sectorialmente. As manilhas são de cimento e têm a inclinação suficiente para um fácil escoamento dos efluentes para a lagoa de retenção. 3.3 Emissões gasosas As emissões que existem são denominadas emissões difusas e têm origem na instalação e na ETAR. A instalação possui ventilação natural e artificial que vai removendo alguns componentes gasosos e evitando subidas de temperatura dentro da exploração e consequentemente a formação de mais componentes gasosos. Este sistema possui também uma fossa de recolha de dejetos líquidos por debaixo, que vai reduzindo as emissões de amoníaco. As lagoas estão dimensionadas de modo a permitir uma fácil degradação da matéria orgânica, evitando a emissão de acentuados odores. Relativamente ao impacto no meio receptor, os odores não são sentidos intensivamente devido às técnicas de remoção de chorume, controlo das temperaturas dentro da instalação e também devido à existência de uma cobertura vegetal na zona circundante da exploração que absorve os poucos odores existentes. 3.4 Resíduos gerados na instalação Os resíduos gerados na instalação podem ser considerados como: Resíduos perigosos (resíduos hospitalares); Dezembro/2015, Página 9/13

Resíduos de embalagem; Resíduos sólidos urbanos (resíduos orgânicos resultantes da actividade humana). Estes resíduos possuem uma operação de gestão efetuada corretamente por empresas devidamente autorizadas que procedem à sua valorização ou eliminação. Criar uma zona de armazenamento única para os resíduos perigosos separando-os através de contentores devidamente identificados faz parte do programa de melhoria contínua da gestão dos resíduos. Neste setor é de referir a existência de cadáveres de animais, considerados como subprodutos, os quais serão encaminhados para entidades autorizadas de acordo com a legislação em vigor. 3.5 Ruído O ruído emitido por esta instalação não é significativo devido à natureza desta atividade e salienta-se que não existem habitações nas proximidades. 3.6 Energia A energia consumida na instalação é a energia elétrica. A racionalização de energia passa pela escolha do tipo de lâmpadas a utilizar e o método da sua utilização. A máxima utilização de ventilação natural evita gastos excessivos e desnecessários de energia, assim como o controlo e a inspecção dos sistemas de ventilação mecânica. Dezembro/2015, Página 10/13

4. SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO Os serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho são efetuados por uma empresa externa. Os funcionários estão sensibilizados para o risco a que está exposto, utilizando os equipamentos de proteção individual (EPI s). A seleção dos EPI s terá em conta os riscos a que está exposto, as condições em que trabalha e a parte do corpo a proteger. A identificação de perigos e avaliação de riscos tem em conta a condição operacional a que se referem estão apresentados na tabela seguinte. POSSÍVEIS PERIGOS E RISCOS PRESENTES NO DECORRER DA ATIVIDADE Atividade / Área Perigos Riscos Medidas de Controlo Caixas de visita Exposição a agentes biológicos durante a limpeza / desobstrução das caixas de visita Inalação de agentes químicos durante a limpeza / desobstrução das caixas de visita Devem ser utilizadas sempre as luvas, as máscaras e fatos próprios. As intervenções às caixas de visita devem ser efetuadas do exterior desta e, sempre que possível por pelo menos duas pessoas. Devem ser utilizados equipamentos de proteção individual. Pavilhões de Animais Manuseamento de farinhas Ergonómicos Inalação de farinhas Contacto cutânea O recurso à movimentação manual de sacos de farinha deve ser distribuída pelos trabalhadores. Deve ser fornecida formação sobre a movimentação manual de cargas. Utilização de equipamentos de proteção individual (luvas e máscara). Deve ser dada formação específica aos trabalhadores. Agentes biológicos Exposição a agentes biológicos - Partículas em suspensão Deverão utilizar os EPI s (luvas e máscara) para o efeito. Animais Mordeduras Os operadores deverão utilizar equipamentos de proteção (botas, luvas). Vias de circulação Choque com objetos, quedas ao mesmo nível O espaço de trabalho deve estar devidamente organizado evitando assim possíveis lesões; colocação da sinalética de segurança. Pavilhões de Animais Instalação Elétrica Contactos elétricos Os quadros elétricos da instalação deverão permanecer sempre fechados e serem alvo de manutenções periódicas. Devem estar sinalizados e identificados. Dezembro/2015, Página 11/13

Atividade / Área Perigos Riscos Medidas de Controlo Movimentação de cadáveres Movimentação manual dos carros com cadáveres Agentes biológicos Ergonómicos Exposição a agentes biológicos na remoção e transporte de cadáveres para o necrotério O recurso à movimentação manual dos carros com animais de grande porte deve ser feita com pelo menos duas pessoas. Deverá ser fornecida formação de movimentação manual de cargas. Remover os cadáveres das instalações de acordo com o estabelecido, fazer uma gestão adequada da remoção dos cadáveres de acordo com os regulamentos do SIRCA. Pavimento Quedas ao mesmo nível devido ao piso escorregadio com a acumulação de águas com a matéria fecal Utilização de equipamentos de proteção individual (luvas e máscara, botas antiderrapantes). Deve ser dada formação específica aos trabalhadores. Limpeza / Desinfeção Máquina de lavagem de pressão Ergonómicos Choque elétrico Deverá ser fornecida formação relativa à utilização deste equipamento. O equipamento de lavagem de pressão deve ser sujeito a manutenções periódicas. Agentes Químicos Contacto com substâncias nocivas durante a limpeza das instalações suinícolas e instalações sociais/escritórios. Quando são efetuadas as limpezas nas instalações suinícolas os trabalhadores devem utilizar os EPI's, nomeadamente, máscaras, luvas, fatos próprios. Deverão existir fichas de segurança resumo junto aos produtos químicos perigosos, bem como formação e informação sobre a sua utilização e manuseamento. Cuidados sanitários Material hospitalar Agentes químicos Contacto com seringas, agulhas Contacto com substâncias químicas perigosas durante a marcação de animais Sempre que se trabalha com utensílios do foro hospitalar devem ser utilizados EPI's (luvas, máscara), estas tarefas devem ser realizadas apenas por técnicos qualificados para tal. Sempre que se trabalha com substâncias químicas devem ser utilizados EPI's (luvas, máscara). Desratização Agentes químicos Contacto com substâncias químicas perigosas As estações devem estar identificadas, as fichas de segurança devem estar disponíveis e devem existir planos de desratização. Balneários Agentes biológicos Exposição a agentes biológicos de vido a uma limpeza deficiente Manter os balneários limpos, com estrados na zona dos chuveiros Dezembro/2015, Página 12/13

5. PREVENÇÃO DE ACIDENTES A ação preventiva identifica o risco com vista ao seu controlo e este far-se-á ao nível da sua fonte, por razões de eficácia. O principal objetivo da prevenção de acidentes de trabalho é, assegurar a sensibilização, informação e formação a todos os trabalhadores sobre os riscos para a segurança e saúde a que se encontram expostos no seu local de trabalho, bem como as normas de prevenção individual a utilizar e da sua correta utilização. As medidas de prevenção adoptadas de forma a limitar os riscos de ocorrência de acidentes passam pela utilização de meios de primeira intervenção no combate a incêndios, sinalização de segurança colocada de forma adequada aos riscos existentes, manter a arrumação dos locais e dos utensílios de trabalho, procedimentos corretos de levantamento de cargas, utilização de equipamentos de protecção individual, limpeza e higiene pessoal dos trabalhadores, boa conservação e manutenção de todos os equipamentos de trabalho, vigilância médica e informação/formação sobre a exposição aos riscos e das medidas de prevenção e proteção. 6. DESATIVAÇÃO DA INSTALAÇÃO Não está previsto, mesmo a longo prazo, a desactivação da instalação. Caso tal aconteça será elaborado um plano de desactivação, com instruções precisas para o desmantelamento dos equipamentos que não sejam reaproveitados, e estruturas com a recolha de todos os materiais e produtos, de forma a minimizar os impactes ambientais provenientes da desativação. Dezembro/2015, Página 13/13