O perfil do profissional de Lazer

Documentos relacionados
PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAÍRA SP PROCESSO SELETIVO EDITAL 001/2017

Definição: Empreendedorismo é o principal fator promotor do desenvolvimento econômico e social de um país.

ESTADO DA PARAÍBA MUNICÍPIO DE SANTA TEREZINHA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ANEXO I CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PRAÇA DA REPÚBLICA, 53 - FONE CEP FAX Nº

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO

A CONSIGAZ RECEBERÁ SUA INSCRIÇÃO COM IMENSA SATISFAÇÃO.

MATRIZ CURRICULAR 1º SEMESTRE DE 2013

1. Das vagas: Coordenador(a) Geral: Cadastro de Reserva. Coordenador(a) Técnica: Cadastro de Reserva. Advogado(a): Cadastro de Reserva

PREFEITURA MUNICIPAL DE ENTRE RIOS - BA

DECRET0 Nº 2.207, DE 22 DE ABRIL DE 2008

Técnico em Hospedagem Integrado ao Ensino Médio

Escrito por Administrator Seg, 22 de Novembro de :55 - Última atualização Seg, 22 de Novembro de :09

Normas de Estágio Curricular Não Obrigatório Remunerado. Instituto de Ciências Humanas, Letras e Artes - ICHLA. - Curso de Psicologia -

REGIMENTO INTERNO DA PROAC

REGULAMENTO DOS ESTÁGIOS UNICRUZ - UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA REGULAMENTO DOS ESTÁGIOS CURRICULARES

PROGRAMAÇÃO - JULHO 2017

TÍTULO I DO CENTRO ACADÊMICO DE ENGENHARIA MECÂNICA SESSÃO 1 DOS SEUS ASSOCIADOS

Regulamento de Estágio do Curso de Engenharia Elétrica

Gestão de Projetos. Alberto Felipe Friderichs Barros

NUTRIÇÃO Curso de Graduação

REGULAMENTO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Curso Profissional de Técnico de Animador Sociocultural (0,5 turma) Curso Profissional de Técnico de Organização de Eventos (0,5 turma)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO Pró-Reitoria de Extensão e Cultura PROExC REGULAMENTO DO NÚCLEO ESCOLA DE EXTENSÃO UNIRIO

RESOLUÇÃO. Bragança Paulista, 30 de junho de Gilberto Gonçalves Garcia, OFM Presidente

Página 2 DIÁRIO OFICIAL MUNICÍPIO DE PALOTINAA - PR QUARTA-FEIRA, 20 DE ABRIL DE 2016 ANO: IV EDIÇÃO Nº: Pág(s) ATOS DO PODER EXECUTIVO DECRETO

União das Freguesias de Santo António dos Cavaleiros e Frielas. Regulamento Ocupação Tempos Livres

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA

RELAÇÃO DE HORÁRIOS POR TURMA SEMINÁRIOS INTEGRATIVOS SEMINÁRIOS INTEGRATIVOS ESTÁGIO NA ÊNFASE A II ESTÁGIO NA ÊNFASE A II ESTÁGIO NA ÊNFASE A II

Encarregados de Educação Contacto com os educandos O horário de contacto é idêntico ao dos participantes.

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO

ANEXO B - ESTÁGIO SUPERVISIONADO I, II e III E PRÁTICA DE ENSINO

ANEXO I RELAÇÃO DAS VAGAS POR CARGO

EDITAL Nº 07/2012/REITORIA/IFTO, DE 06 DE MARÇO DE 2012

FEPESE -Agência de Integração

MÉDICO ORTOPEDISTA. - Atendimento ambulatorial em pacientes ortopédicos pediátricos encaminhados pela Central de Regulação;

Informática, ética e sociedade

2

Mão de Obra (varejista) Novembro 2012

PROGRAMAÇÃO - JULHO 2018

TÍTULO: A ATUAÇÃO DO ANIMADOR NOS EMPREENDIMENTOS DE ECOTURISMO E TURISMO DE AVENTURA NA CIDADE DE BROTAS

Organizações públicas, privadas, mistas, e do terceiro setor ou como autônomos e consultores.

ANEXO I. Descrição e Atribuição dos Cargos de Provimento Efetivo, que compõem as Carreiras do Magistério da Educação Básica

INSTRUMENTO DE APOIO GERENCIAL

1. O que buscam? 2. Treinamento

Processo de TRAINEE Os membros TRAINEE, INTEGRAÇÃO JR. dispõem benefícios como:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRÍTO SANTO - UFES MINUTA: 001/2006 REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DO CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS

O QUE É O PORTAL DE RESERVAS?

- REGIMENTO INTERNO. Secretaria de Esportes e Lazer. Leis nº 6.529/05 e nº 6.551/06, Decretos nº /06, nº /06 e nº 16.

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS DIVISÃO DE ESPORTE E LAZER DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

PROGRAMA SEGUNDO TEMPO

Curso Profissional de Técnico de Organização de Eventos (0,5 turma) Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR TÉCNICO NA ÁREA DE INFORMÁTICA: HABILITAÇÃO TÉCNICO EM INFORMÁTICA NA MODALIDADE A DISTÂNCIA /1

Estatuto de LACIGF. Estrutura de LACIGF

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

NORMATIVA INTERNA FAC/MG N 017 REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DOS CURSOS DE TECNOLOGIAS DA FACULDADE ADJETIVO - CETEP.

Centro de Ocupação de Tempos Livres de Santo Tirso

FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. A FEEES e o Movimento Espírita do Estado do Espírito Santo

Objetivos do curso. Objetivo Geral

Proposta para PPC. Objetivo:

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO LICENCIATURA EM LETRAS

RESOLUÇÃO Nº 171/2009/CONEPE. O CONSELHO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO da UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, no uso de suas atribuições legais e,

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

CURSO DE AGRONOMIA REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR E EXTRACURRICULAR CAPÍTULO I DA REGULAMENTAÇÃO

Estatuto do C.A. Oceanografia UFES

Jogos de Empresas MÓDULO I

MÉDICO ORTOPEDISTA. - Atendimento ambulatorial em pacientes ortopédicos pediátricos encaminhados pela Central de Regulação;

Mapa Funcional Comércio Página 24

DAS COORDENAÇÃO DE EIXO_TECNOLÓGICO

TÍTULO: POSSIBILIDADES DAS VIVÊNCIAS LÚDICAS NO TEMPO ÓCIO VIVIDO PELAS CRIANÇAS NO RECREIO

OFERTA FORMATIVA 2017/18 CI R AO TEU FUTURO! Eu tenho o 9º ano. E agora?!

Aniver Adventure : Comemore seu aniversário com muita aventura e diversão! - Programação personalizada saiba mais

REGULAMENTO GERAL JOGOS DE INTEGRAÇÃO IFRS 2016

Atribuições das Decanias, Direção de Unidade Acadêmicas, Chefias de Departamento e Coordenação de Curso

PALMEIRAS. Edição Por que acampamento? Apresentação do projeto SOCIEDADE ESPORTIVA

PALMEIRAS. Edição Por que acampamento? Apresentação do projeto SOCIEDADE ESPORTIVA

NORMAS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO REGULAMENTO INTERNO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

NORMATIVA INTERNA FAC/MG N 016 REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DOS CURSOS DE ENGENHARIAS DA FACULDADE ADJETIVO-CETEP

BIBLIOTECA PAULO LACERDA DE AZEVEDO R E G I M E N T O

PLANO DE GESTÃO. Eleições 2018 Centro Acadêmico de Matemática GottFried Leibniz CAMAT-GL Campus Universitário de Castanhal Faculdade de Matemática

Portfólio de Produtos

1⁰ ANO - ADMINISTRAÇÃO DIREÇÃO

DECATHLON AMADORA - PARQUE EM FORMA PROGRAMA DE FÉRIAS. Regulamento Interno de funcionamento

ANEXO II REQUISITOS, ATRIBUIÇÕES E REMUNERAÇÕES DOS CARGOS CARGO/GRUPO ATRIBUIÇÕES REQUISITOS REMUNERA

Capítulo I Da caracterização dos serviços oferecidos pela Realclin

Normas de Estágio Curricular Não Obrigatório Remunerado. Instituto de Ciências Humanas, Letras e Artes - ICHLA

CÂMARA MUNICIPAL DE ANGRA DOS REIS

Planejamento Estratégico

RESOLUÇÃO Nº. 213 DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011.

4º Ano Ensino Fundamental

UM CORAÇÃO VOLUNTÁRIO PORQUE VOLUNTARIADO IMPORTA!

LIDERANÇA EM ENFERMAGEM E GERÊNCIA DO CUIDADO EM UTI NEONATAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CONSELHO UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO Nº 07/2019

Transcrição:

O perfil do profissional de Lazer

Objetivo Compreender quais os principais elementos que tornam completo um profissional de Lazer. 1.Quem é o Profissional de Lazer? Para falarmos sobre o profissional de lazer, temos primeiro que esclarecer alguns preconceitos sobre tal profissão. Não desmerecendo a figura e a profissão de "palhaço", mas o profissional de lazer é muito mais do que uma pessoa que diverte outras que estão em seu momento de lazer. O profissional de lazer tem que ter a sensibilidade para entender o que as pessoas desejam em seu momento de lazer O que observamos muito no mercado de trabalho é que o profissional de lazer é um "craque" em executar atividades de lazer (um dos componentes do lazer), quando ele deveria ser capacitado e determinado a influenciar os demais componentes do lazer como: espaço / equipamento - por entender o que as pessoas buscam em seu momento de lazer, deve interferir na construção, adaptação e otimização destes espaços / equipamentos; tempo livre - o profissional de lazer não tem como aumentar o tempo livre das pessoas, mas pode mostrar para as mesmas o quanto é importante buscar mais tempo livre para que o seu lazer seja concretizado; comportamento lúdico - como interferir no coração do lazer? Mostrando o seu próprio exemplo, ou seja, o quanto é bom ser feliz com tal comportamento. Alguns autores atribuem qualidades, ou adjetivos que o profissional do lazer deve ter. Abaixo estão alguns deles, suas definições de qualificação profissional e suas qualidades. 2

Segundo Vinicius Cavallari ("Trabalhando com recreação"), existem nomenclaturas, características e funções diferenciadas para o profissional do lazer: 1) Animador: contato direto e estrito com o público e as atividades. Características: comunicativo, simpático, alegre, maleável, perspicaz, divertido e brincalhão, sabendo estabelecer limites. Funções: auxiliar o planejamento, operacionalizar, explicar e coordenar as atividades lúdicas, propiciar a integração dos grupos, criar situações de estados psicológicos positivos, arbitrar quando necessário, zelar pelo material antes, durante e depois da atividade, responsabilizar-se pela integridade física do grupo com conhecimentos de primeiros socorros, responsabilizar-se por todos os participantes desde o início até o término das atividades. 2) Supervisor: tem uma equipe de animadores sob seu controle e se torna o elo de ligação entre os componentes da equipe e o empreendedor. Características: ser alegre, simpático, acessível e adequadamente comunicativo, com habilidade para mediar questões, ter espírito de liderança, capacidade de avaliar o desempenho da equipe a das atividades desenvolvidas. 3

Funções: orientar e supervisionar a equipe de animadores, mediar questões entre os diversos grupos, substituir qualquer um dos animadores na sua ausência, adquirir, reparar e substituir materiais e equipamentos recreativos, orientar a programação e oi desenvolvimento das atividades de acordo com a expectativa da clientela. 3) Técnico em recreação: entende um pouco sobre o comportamento humano, sabe o que as pessoas esperam para a sua recreação, tendo a visão organizacional e de planejamento e projetos, na intenção de ter uma visão de futuro a médio e longo prazo. Características: capacidade de analisar a sociedade criticamente com relação às necessidades de lazer e recreação do ser humano, possuir pensamento científico quanto aos aspectos filosóficos, sociológicos, antropológicos e psicológicos dos pequenos e grandes grupos humanos, capacidade de liderar, organizar, promover, desenvolver e observar criticamente eventos na área de recreação, conhecer e saber explorar os diversos campos existentes e disponíveis ao técnico de recreação. Funções: idealizar, organizar, divulgar, favorecer, viabilizar e avaliar os projetos de eventos recreativos; administrar burocrática e financeiramente esses eventos; contato, seleção e contratação de pessoal; supervisionar todos os recursos materiais e os equipamentos a serem utilizados. 4

Segundo Luiz Octávio ("Educação para o Lazer"), os profissionais do lazer têm a denominação genérica de "Animador Cultural". Ele acrescenta que, em resumo, tais profissionais devem gostar de gente e de cultura e devem ter as seguintes características Polivalência cultural, ou seja, conhecimento elementar dos diferentes campos da ação cultural e das diferentes técnicas de trabalho; Conhecimento sobre as peculiaridades de participação dos diferentes públicos (sexo, faixa etária, classe socioeconômica e sócio-cultural); Capacidade para montar e coordenar equipes com profissionais de variada formação e origem; Conhecimento sobre formatação financeira de projetos, sobre estudo de viabilidade econômico-financeira, sobre determinação de ponto de equilíbrio financeiro de projetos; Consciência de sutilezas do espaço físico a das diferentes respostas que podem provocar em diferentes públicos; Informação sobre tipos e formas de abordagem de outras instituições públicas e privadas que possam associar-se à programação. Tais profissionais encontram dificuldades como a falta de identidade e de formação profissional. Eles estão por toda a parte: organizadores e animadores de festas, de encontros, os promotores de círculos de estudos e leituras, os organizadores de exposições, de cursos ligados a todo gênero de interesse, de torneios, gincanas e campeonatos, de passeios, de excursões, de acampamentos, etc. 5

Algumas nomenclaturas oferecidas a estes profissionais: - Monitor; - Recreador; - Agente cultural; - Orientador social; - Gentil organizador; - Curador (expressão mais sofisticada); - Promoter (expressão mais sofisticada); - Programador cultural, agitador cultural; - Professor (não escolar); 6

Verificar com Anhembi Morumbi 7

8