TÉCNICAS PARASITOLÓGICAS DE TF-TEST (THREE FECAL TEST) CONVENTIONAL E MODIFIED

Documentos relacionados
Metodologias de Diagnóstico em Parasitologia

COLETA E COLETA CONSERVAÇÃO E DAS FEZES CONSERVAÇÃO DAS FEZES

Roteiro para aula prática de Técnicas Parasitológicas. Ingestão de ovos de helmintos ou cistos de protozoários

EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES. Profa Msc Melissa kayser

Estudo da estabilidade do sistema Paratest usado para diagnóstico das parasitoses intestinais Rev.00 10/01/2011

1. Exame direto das fezes

Métodos e Técnicas em Parasitologia Clínica

Informações ao Consumidor. Teste Ca Veromar

Aprender a preparar soluções aquosas, realizar diluições e determinar suas concentrações.

HEMOCENTRO RP TÉCNICA

Protocolo de extração de DNA de tecido vegetal: (Doyle & Doyle, 1987)

PROTOCOLO OPERACIONAL PARA TRANSFERÊNCIA DE CÉLULAS BACTERIANAS PARA MEIO LÍQUIDO

TÉCNICAS DE CITOLOGIA. Silene Gomes Correa

1 Extração Líquido-Líquido

EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES (EPF)

ANÁLISE DA VIABILIDADE DE OVOS DE HELMINTOS EM AMOSTRAS DO CONTEÚDO DE FOSSAS E TANQUES SÉPTICOS

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA (Dispersão Total)

Comparação de técnicas para identificação de helmintos em criações de frangos caipiras no município de São Luís de Montes Belos-Go

Procedimento Operacional Padrão - POP

Procedimento Operacional Padrão - POP

Procedimento Operacional Padrão - POP

AULA PRÁTICA N 15: DETERMINAÇÃO DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO NA ÁGUA OXIGENADA Volumetria de oxirredução permanganimetria volumetria direta

Exercício 1. Calcule a concentração dos reagentes listados abaixo em mol L -1 Tabela 1. Propriedades de ácidos inorgânicos e hidróxido de amônio.

HEMOCENTRO RP TÉCNICA FENOTIPAGEM ERITROCITÁRIA. 1. OBJETIVO Determinar os antígenos e fenótipos eritrocitários em doadores de sangue e pacientes.

Z O O N O S E S E A D M I N I S T R A Ç Ã O S A N I T Á R I A E M S A Ú D E P Ú B L I C A LEPTOSPIROSE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

MÉTODO DE ANÁLISE LL-HARDWALL F. Determinação Potenciométrica de F -

TÉCNICA TESTE PARA IDENTIFICAÇÃO DE ANTICORPOS IRREGULARES *4

RESPOSTAS AOS RECURSOS AO CARGO DE TÉCNICO DE LABORATÓRIO Área: QUÍMICA D

Relações Parasitas e Hospedeiros. Aula 03 Profº Ricardo Dalla Zanna

Cuidados com a amostra de líquor para fazer o VDRL

Cargo: D-42 Técnico de Laboratório Controle Ambiental

Produtos não passíveis de regulamentação na ANVISA.

Síntese do acetato de n-butilo ou etanoato de n-butilo

Síntese do Biodiesel a partir de óleo vegetal Procedimento experimental (adaptado de 1 )

Tratamento e descarte de Resíduos Químicos dos laboratórios da Unipampa Itaqui

ACTIVIDADE LABORATORIAL - QUÍMICA 12º ANO. Produção de BIODIESEL a partir de óleo alimentar usado

II-186 ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE SÓLIDOS SEDIMENTÁVEIS NA CONTAGEM DE OVOS DE HELMINTOS PELO MÉTODO DE BAILENGER MODIFICADO

Actividade nº 2. Actividade laboratorial: Preparação de soluções e sua diluição

Concentração de soluções e diluição

SOLUBILIDADE DE SÓLIDOS EM LÍQUIDOS

Hibridação in situ por fluorescência FISH

Informações ao Consumidor Teste KH

Reconhecer as vidrarias volumétricas utilizadas no preparo de soluções;

AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA DE PLANTAS MEDICINAIS DE HORTAS COMUNITÁRIAS DE PALMAS-TO, BRASIL

QUIO95 - Análises Volumétricas II semestre 2018

Escola Secundária / 3º CEB da Batalha ACTIVIDADE LABORATORIAL DE FÍSICA E QUÍMICA A FORMAÇÃO ESPECÍFICA ENSINO SECUNDÁRIO. Ano de Escolaridade : 11

ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental II - 019

Colheita e Preservação e Exame macroscópico da Amostra Fecal. Rosemary Araújo

Estudo Estudo da Química

Química Analítica I Tratamento dos dados analíticos Soluções analíticas

I) Comparação da precisão em medidas volumétricas

MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS Professora Mariana Geração 2016

VALIDAÇÃO DE MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE PARASITOS EM AMOSTRAS DE POLPAS DE FRUTAS

1. Para a separação das misturas: gasolina-água e nitrogênio-oxigênio, os processos mais adequados são respectivamente:

Instruções Técnicas Dispositivos de extração por filtração a quente para sistemas de micro-ondas

Cargo: E-29 - Médico Veterinário - Análise de resíduos em alimentos

EXTRAÇÃO DE DNA DE SANGUE (LEUCÓCITOS)

SCIENCE ON STAGE 2 FESTIVAL NACIONAL WORKSHOP. Actividades laboratoriais com seres fotossintéticos e seus pigmentos. João Ricardo Soares

4023 Síntese do éster etílico do ácido 2-cicclopentanona carboxílico a partir do éster dietílico do ácido adípico

QUIO95 - Análises Volumétricas II semestre 2018

Produtos para Cultivo Celular

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Professor Cassio Pacheco

Determinação de lipídios em leite e produtos lácteos pelo método butirométrico

FELIPE TEIXEIRA PALMA HOMERO OLIVEIRA GAETA JOÃO VICTOR FERRAZ LOPES RAMOS LUCAS MATEUS SOARES SABRINA LEMOS SOARES

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Jeosafá Lima

TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE

XVI Maratona Cearense de Química º Ano. Experiência 1

30/03/2017 Química Licenciatura Prof. Udo Eckard Sinks SOLUÇÕES E SOLUBILIDADE

Substâncias e Transformações

Química Geral Experimental - Aula 4

Extração de DNA/RNA Viral. Instruções de uso K204

Identificação UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL LCMEC - PA Data PROCEDIMENTO AUXILIAR Página COLETA DE AMOSTRA 01 de 07

Produtos para Cultivo Celular

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS PROFESSOR: BISMARCK

Solução aquosa de tiossulfato de sódio 0,100 moldm. Ácido clorídrico concentrado: R: ; S: /37/ Realizar na hotte. Usar luvas.

AULA 3. Soluções: preparo e diluição. Laboratório de Química QUI OBJETIVOS

EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE LARANJA A PARTIR DAS CASCAS DE LARANJA DESTILAÇÃO POR ARRASTAMENTO DE VAPOR

Determinação do poder rotatório específico das soluções

SUBSTÂNCIAS E MISTURAS

Profa. Dra. Fernanda de Rezende Pinto

AULA PRÁTICA 4 Série de sólidos

LABORATÓRIO ANÁLISE. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. ANALITICO. Edição Análise Crítica Aprovação. FUNÇÃO/CARGO: Gerência da Qualidade

Detecção de IL-1 por ELISA sanduíche. Andréa Calado

SÍNTESE DO 1-BROMOBUTANO Procedimento experimental a microescala (adaptado de Williamson, Minard & Masters 1 )

Soluções Curva de solubilidade, concentrações e preparo de soluções Professor Rondinelle Gomes Pereira

Instrução normativa 62/2003: Contagem de coliformes pela técnica do NMP e em placas

9 o EF. Jeosafá de P. Lima. Exercícios sobre separação de misturas

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Centros de Saúde Assistencial, Vigilância em Saúde

AULA PRÁTICA 3-02/06/2015. Roteiro de aula prática. Infecção de macrófagos por Leishmania (Leishmania) amazonensis

LEVANTAMENTO DA CONTAMINAÇÃO DE ENTEROPARASITAS NA ALFACE (LACTUCA SATIVA) VENDIDAS NA CIDADE DE IJUI/RS 1

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Prof. Ms. George Verçoza

QUÍMICA - 3 o ANO MÓDULO 24 DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES

SOLUÇÕES. 1. Concentração (C) 2. Concentração molar (M) C = massa de soluto / volume da solução. M = mol de soluto / volume de solução

Experimentos de Química Orgânica

PROFESSOR: JURANDIR DISCIPLINA: QUÍMICA ORGÂNICA CONTEÚDO: PRATICANDO AULA 02

QUÍMICA SUBSTÂNCIAS E SUAS PROPRIEDADES. Prof a. Giselle Blois. Estudo da matéria: substâncias, misturas, processos de separação Parte 2

Prática 02. Síntese do Cloreto de tert-butila. HCl

Transcrição:

TÉCNICAS PARASITOLÓGICAS DE TF-TEST (THREE FECAL TEST) CONVENTIONAL E MODIFIED I. COMENTÁRIOS A técnica parasitológica de TF-Test Conventional, utilizando o kit comercial TF- Test, foi avaliada para o estudo de fatores interferentes na realização da coleta, homogeneização, preservação, transporte, processamento e triagem de material fecal. O mencionado kit é constituído por um conjunto de diferentes componentes ou peças confeccionados em plásticos recicláveis [Fig. 1], sendo dois componentes mantidos em laboratório, e o terceiro componente constituído de três tubos, denominados de tubos coletores-usuário, com capacidade de 12 ml de volume cada. Estes tubos são fornecidos ao paciente para a realização de coleta de material fecal, em dias alternados, conforme a bula explicativa encontrada na embalagem. Externamente aos tubos coletores-usuário existem graduações de 1 ml até 10 ml. Cada tubo contém 5 ml de um líquido preservador, à base de solução neutra de formalina. Ainda, em cada tubo, externamente, há uma faixa indicando que o nível do líquido preservador não deverá ultrapassá-la, após a introdução do material fecal. Internamente à tampa do tubo coletor está conectada uma peça plástica em forma de pá, que é utilizada para a coleta de material fecal, de aproximadamente de 1,2 g de fezes. No laboratório, os três tubos coletores-usuário contendo amostras fecais são acoplados por encaixe em três orifícios de um sistema duplo de filtros, denominado conjunto de filtros, contendo internamente malhas metálicas filtrantes de 400 m e 200 m. Ao conjunto já acoplado, de tubos coletores-usuário com o sistema de filtros, é conectado um tubo de centrifugação. O tubo de centrifugação apresenta-se na forma de cone, com o fundo em forma de V. Por fim, a montagem dos três tubos coletores- usuário, mais conjunto de filtros e tubo de centrifugação, vem a constituir o conjunto processador TF-Test Conventional. 1 P á g i n a

Fig. 1: Detalhamento de peças do Kit TF-Test. II. PROTOCOLO DE EXECUÇÃO DA TÉCNICA DE TF-TEST CONVENTIONAL. O protocolo operacional da técnica de TF-Test consiste em: a) Orientar o paciente a coletar somente uma pazinha de fezes, de acordo com a instrução que se encontra na embalagem (kit paciente) contendo os três tubos coletoresusuário, em dias alternados, e em um período de tempo que não ultrapasse a 10 dias; b) No laboratório, agitar vigorosamente os tubos coletores-usuário contendo as amostras fecais, homogeneizando-as para serem processadas; c) Em uma estante própria para a técnica de TF-Test, acomodar os três tubos coletores pertencentes a cada paciente, em separado, com as tampas semi-abertas. Em seguida, adicionar em um dos tubos uma gota de solvente orgânico (detergente neutro incolor) e 3 ml de acetato de etila p.a.; d) Fechar os tubos coletores com as suas respectivas tampas, e agitar vigorosamente por 30 segundos todos os tubos coletores, a fim de obter uma suspensão homogênea de partículas fecais; e) Retirar as tampas dos tubos coletores, descartando-as em um recipiente apropriado para descarte de material sólido contaminante, seguindo normas de biossegurança; 2 P á g i n a

f) Encaixar os três tubos coletores pertencentes ao mesmo paciente ao conjunto de filtros, que já contém o tubo de centrifugação acoplado em uma de suas extremidades. A unificação de todas essas peças constituirá o conjunto processador TF-Test Conventional; g) Verificar se o conjunto processador não apresenta nenhum vazamento de material a ser processado, fazendo para isto a inversão do conjunto; h) Centrifugar o conjunto processador por um minuto, a 500 g (1.500 rpm), tendo os três tubos coletores voltados para a parte superior da caçapa e o tubo de centrifugação voltado para a parte inferior da caçapa. A caçapa utilizada é a de 100 ml universal; i) Após a centrifugação, desacoplar cuidadosamente do restante das peças do conjunto processador o tubo de centrifugação, colocando-o na estante, descartando o restante das peças em recipiente próprio para material sólido contaminante, seguindo normas de biossegurança; j) Decantar o líquido sobrenadante do tubo de centrifugação em recipiente para descarte de líquido contaminante, também conforme as normas de biossegurança; k) Adicionar cerca de 10 gotas de solução salina fisiológica (NaCl a 0,85%) sobre o sedimento formado no fundo do tubo de centrifugação, ressuspendendo-o e homogeneizando-o delicadamente com o auxílio de pipeta plástica descartável; l) Com a mesma pipeta, transferir uma ou duas gotas do material processado sobre uma lâmina de microscopia; m) Adicionar, sobre a(s) gota(s), uma gota de solução de Lugol diluído, e mais uma gota de solução salina fisiológica. Preparar, em seguida, um esfregaço de todo o material sobre a lâmina; n) Cobrir o esfregaço com lamínula e examiná-lo em microscopia de luz convencional com aumentos de 100 e 400 vezes; e o) Finalizado a leitura microscópica, descartar o tubo de centrifugação com o resto da suspensão de material fecal em um recipiente para material sólido contaminante, como já referido anteriormente. 3 P á g i n a

III. PROTOCOLO DE EXECUÇÃO DA TÉCNICA DE TF-TEST MODIFIED II.1 Técnica de flutuação-espontânea para a detecção seletiva de cistos de protozoários e ovos leves e larvas de helmintos intestinais (< 1,17 g/ml). a) Esta etapa tem início logo após o processamento laboratorial de centrífugo-sedimentação da técnica parasitológica denominada TF-Test Conventional. Após este processamento, são obtidos cerca de 600 µl de sedimento fecal, localizado na região cônica do tubo de centrifugação [Fig. 1, (A)]; b) Neste sedimento, são adicionadas aproximadamente 10 gotas de solução salina fisiológica a 0,85%, de modo a formar uma suspensão fecal; c) Toda a suspensão é homogeneizada e duas partes desta, de cerca de 300μl cada, são transferidas do para dois tubos (A e B) de processamentos [Fig. 1, (B), (C) e (D)] apropriados, por meio de uma pipeta plástica descartável ou similar; d) No primeiro tubo processador (A), adiciona-se ao sedimento 3 ml de solução de sulfato de zinco, com densidade específica de 1,17g/ml, e toda esta suspensão é homogeneizada por um tempo de 30 segundos [Fig. 1, (E)]; e) Em seguida, o tubo processador é completado com a mesma solução, formando um menisco na sua borda [Fig. 1, (F)]; f) Uma lâmina de microscopia, com dimensão de 26mm x 76mm, é colocada sobre o menisco, de forma a ficar em contato com a suspensão (líquido) [Fig. 1, (G), (H)]; g) Um tempo de 15 minutos é aguardado [Fig. 1, (H)] e, logo após, a lâmina é retirada da borda do tubo, com um movimento brusco de inversão, e colocada em um local apropriado. Uma película de suspensão é formada na região central da lâmina após inversão; h) Adiciona-se uma gota de solução corante, à base de Lugol, sobre esta película de suspensão. Logo após, é feito um esfregaço na suspensão, colocando uma lamínula, de 22mm x 22mm de dimensional, sobre este esfregaço; e i) Por fim, lâmina e lamínula são conduzidas ao microscópio para a primeira análise microscópica (leitura) [Fig. 1, (I)]. 4 P á g i n a

(A) (B) (C) (D) (E) (F) 5 P á g i n a

(G) (H) (I) Fig. 1: Etapas do processamento laboratorial para obtenção de parasitos com o uso de técnica de flutuação-espontânea com o emprego de sulfato de zinco. As figuras acima apresentadas estão brevemente descritas abaixo: (A) Tubo de centrifugação da técnica parasitológica convencional (TF-Test) contendo todo o sedimento fecal processado ( ± 600µl) por centrífugo-sedimentação; (B) tubos processadores (A e B) utilizados para acomodar suspensão fecal e reagentes. Estes tubos devem estar livres de impurezas (limpos); (C) metade do sedimento fecal (± 300µl) processado sendo adicionado ao tubo processador (A), para a realização da etapa de flutuação-espontânea de estruturas leves de parasitos; (D) tubos processadores (A e B) contendo suspensão fecal; (E) adição de reagente sulfato de zinco na suspensão fecal do tubo processador (A); (F) menisco formado na borda do tubo processador (A); (G) sobreposição da lâmina de microscopia ao menisco; 6 P á g i n a

(H) lâmina em repouso (15 minutos) sobreposta ao menisco; e (I) lâmina e lamínula preparadas para a leitura microscópica. A área da lamínula, localizada na região central da lâmina, com a presença de estruturas parasitárias e livres em grande parte de impurezas fecais, é que será aproveitada à leitura. II.2 Técnica de sedimentação-espontânea de parasitos, com flutuação-espontânea de impurezas fecais, para a detecção de ovos pesados (> 1,17 g/ml) e larvas de helmintos intestinais. a) A outra metade da suspensão fecal, de cerca de 300μl, é transferida, por meio de pipeta plástica descartável ou similar, para o segundo tubo (B) de processamento [Fig.1, (B), (C) e (D)]; b) Em seguida, 3 gotas de um composto, formado por hipoclorito de sódio + hidróxido de sódio + cloreto de sódio + água com teor de cloro ativo, são adicionadas à suspensão [Fig. 2, (A)]. Esta suspensão é homogeneizada por 30 segundos e ficará em repouso por um tempo de 5 minutos, quando o material adquire uma cor clarificada [Fig. 2, (B)]; c) Logo após, neste meio, são adicionadas 3 ml de solução neutra de formalina [Fig. 2, (C)]. A suspensão é novamente homogeneizada e, em seguida, receberá a adição de 3 ml de acetato de etila p.a.. Uma nova homogeneização é estabelecida, desta vez de forma vigorosa, por um tempo de 30 segundos; d) O tubo de processamento, contendo toda a suspensão homogeneizada, ficará em repouso em uma estante apropriada [Fig. 2, (D)] por um tempo de 15 minutos, até que grande parte das impurezas fecais venham a flutuar por diferença de densidade específica [Fig. 2, (E)], segundo seta na imagen, mantendo as estrutras parasitárias na parte inferior do tubo, onde deve ficar localizado parte do material fecal sedimentado; e) Uma decantação é aplicada ao sobrenadante, sempre de cima para baixo, de forma cuidadosa e com o uso de pipeta plástica descartável ou similar, de modo a deixar 0,5 ml da suspensão fecal no tubo; f) Logo após, 4 gotas de solução salina fisiológica são adicionadas a suspensão fecal e, em seguida, todo o material é novamente homogeneizado, com o uso de pipeta plástica descartável ou similar, através de movimentos bruscos de sucção e ejeção do meio. Logo após, duas gotas da suspensão são succionadas e conduzidas a uma lâmina de microscopia; 7 P á g i n a

g) Na sequência, sobre as gotas localizadas na lâmina de microscopia, é adicionada uma gota de solução corante a base de Lugol. Este corante é preparado com água glicerinada, na proporção de 12 volumes/gotas desta água (6 volumes de água tratada para 2 volumes de glicerina - glicerol ou propano-1,2,3-triol - tamponada) para 8 volumes/gotas de Lugol; e h) Por último, lâmina e lamínula são conduzidas ao microscópio para a segunda análise microscópica (leitura) [Fig. 2, (F)]. (A) (B) (C) (D) 8 P á g i n a

(E) (F) Fig. 2: Etapas de processamento laboratorial da técnica de sedimentação-espontânea para obtenção de ovos pesados e larvas de helmintos, com uso de reagentes para a eliminação de impurezas fecais por flutuação-espontânea. As figuras acima apresentadas estão brevemente descritas abaixo: (A) composto sendo adicionado ao tubo processador (B); (B) suspensão em repouso por um tempo de 5 minutos; (C) tubo de processamento em repouso contendo o segundo reagente; (D) tubo de processamento em repouso, após homogeneização vigorosa, contendo suspensão fecal, composto e duas soluções reagentes; (E) impureza fecal sendo elevada por flutuação-espontânea, através de densidade específica, por exemplo; e (F) lâmina e lamínula preparadas para a leitura microscópica. A área da lamínula, localizada na região central da lâmina, com a presença de parasitos e livres, em grande parte, de impurezas fecais, é que será aproveitada à leitura. 9 P á g i n a