DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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Transcrição:

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008. Valores expressos em milhares de reais.

Sumário RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 1.MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO... 3 2.PERFIL... 4 3.GOVERNANÇA CORPORATIVA... 4 3.1.ESTRUTURA DE GOVERNANÇA... 5 3.2.COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA... 6 4.INVESTIMENTOS... 7 4.1.GERAÇÃO... 7 4.2.TRANSMISSÃO... 11 5.ATIVOS INTANGÍVEIS... 16 5.1.MARCA E IMAGEM... 16 5.2.PROGRAMA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO P&D... 17 5.3.TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO... 18 6.GESTÃO DE PESSOAS... 18 6.1.RECURSOS HUMANOS... 18 6.2.BENEFÍCIOS... 19 6.3.SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL... 19 6.4.TREINAMENTO... 20 7.SUSTENTABILIDADE... 20 7.1.AÇÕES CULTURAIS... 20 7.2.AÇÕES SOCIAIS... 21 7.3.AÇÕES AMBIENTAIS... 22 8.ASPECTOS ECONÔMICO-FINANCEIROS... 24 8.1.INGRESSOS EXTRA-OPERACIONAIS... 24 8.2.OUTROS FATOS RELEVANTES... 24 9.BALANÇO SOCIAL... 26 10.RESULTADO DO EXERCÍCIO... 27 AUDITORES INDEPENDENTES... 28 AGRADECIMENTOS... 28 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS BALANÇO PATRIMONIAL... 30 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO... 31 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO... 32 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA... 33 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO... 34 NOTAS EXPLICATIVAS NOTAS EXPLICATIVAS... 35 PARECERES PARECER AUDITOR INDEPENDENTE... 83 PARECER DO CONSELHO FISCAL... 85 MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO... 86 Sumário Página 2

Relatório da Administração 2009 SENHORES ACIONISTAS, A Administração da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE- GT, em conformidade com as disposições legais e estatutárias, submete à apreciação de Vossas Senhorias as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009, acompanhadas dos pareceres dos Auditores Independentes, do Conselho Fiscal, manifestação do Conselho de Administração, e de um breve relato dos principais itens e questões relacionados à atividade da Concessionária no ano de 2009. 1. MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO Ao longo de 2009, vivenciamos um período de retomada do crescimento econômico e do consumo de energia elétrica, com a alavancagem da produção industrial em função da redução das alíquotas dos impostos. Complementarmente, as altas temperaturas também elevaram o consumo, beneficiando o faturamento, impondo à CEEE-GT muitos desafios relacionados ao sistema elétrico. Nesse ano, iniciamos o Programa de Melhoria dos Processos de Gestão Pró-Gestão com o auxílio do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade PGQP, desenvolvido em seis frentes estratégicas, nas quais todos os colaboradores se engajaram com dedicação. No que tange a investimentos, os executados em Geração foram aplicados mais de R$ 35 milhões, enquanto em Transmissão superamos os R$ 60 milhões, permitindo o desenvolvimento e a expansão dos negócios. Com o índice de disponibilidade média de quase 100% nas linhas de transmissão, a Concessionária demonstra uma grande confiabilidade no suprimento de energia elétrica. Quanto à Geração de Energia, o índice de Disponibilidade Média de Geração foi de 90,9% considerando as paradas de 90 dias para manutenção preventiva das máquinas 1 e 2 da Usina de Passo Real, demonstrando a alta disponibilidade do parque gerador da Concessionária e a qualidade técnica dos seus ativos. Ainda no negócio Geração, destaca-se a participação em sociedade com a Enerfin do Brasil Sociedade Brasileira de Energia Ltda, em um dos projetos vencedores do leilão de energia eólica, marcando a entrada da CEEE-GT nesse segmento. A escolha de Porto Alegre como uma das cidades brasileiras a sediar a Copa do Mundo em 2014, nos traz muita satisfação. Por outro lado exige grande comprometimento da Concessionária, pois grandes investimentos deverão ser realizados, na área de Transmissão, demandando maior expansão e melhorando a eficiência dos seus ativos. A CEEE-GT, cumprindo com sua Missão, atendeu ao seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, investindo em projetos sociais e culturais, pautados pelo respeito ao meio ambiente e às comunidades. Destaque para as seguintes projetos: o Projeto Pescar, que ofereceu oportunidades para jovens entre 16 e 19 anos no Curso de Iniciação Profissional em Eletricidade; o Programa Ecoarte, que são oficinas realizadas nos Municípios da área de concessão da CEEE-GT além do Projeto Semear, que visa resgatar a dignidade da população em condições de vulnerabilidade do entorno das linhas de transmissão do município de Cachoeirinha. Em 2010, teremos grandes desafios, dentre eles, a implantação das Normas Internacionais de Contabilidade e a continuidade do Pró-Gestão e seus desdobramentos estratégicos, permitindo à Concessionária alcançar níveis maiores de eficiência e eficácia na Geração e Transmissão de energia, bem como atender cada vez melhor nossos clientes, motivo pelo qual nos orgulhamos e trabalhamos com afinco. Na certeza de ter correspondido às expectativas, a Administração ratifica seu compromisso expresso na Política de Excelência em Gestão, contribuindo para o desenvolvimento do Estado e Relatório de Administração Página 3

do País e agradece a confiança de nossos clientes, acionistas e comunidade, assim como o empenho e a dedicação de nossos colaboradores. 2. PERFIL A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE-GT é uma sociedade de economia mista originada do processo de reestruturação societária da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE, efetuada em novembro de 2006. A CEEE-GT totalizou 1.169,3 MW de potência instalada em operação em 2009. Conta em seu parque gerador com 15 usinas hidrelétricas (UHE) próprias, além da participação societária em oito empreendimentos, sendo sete já em operação e um em construção. Também possui um acordo de investimento assinado para participação societária em uma usina eólica. Composto de 60 subestações, o sistema de transmissão detém 7.650 MVA de capacidade de transformação instalada e 6.053,77 km de linhas de transmissão (LT), abrangendo todo o Estado do Rio Grande do Sul. Uma das ações prioritárias da Concessionária em 2009 foi o Programa de Melhoria dos Processos de Gestão - Pró-Gestão da CEEE-GT, que desenvolveu diversas ações com o apoio da Consultoria da Associação Qualidade RS PGQP. Partindo de um diagnóstico do Sistema de Gestão da CEEE-GT, realizado no período de janeiro a março de 2009, o PGQP comparou as práticas da Concessionária com o Modelo de Excelência em Gestão MEG. A partir das recomendações advindas do diagnóstico, foram desenvolvidas seis frentes de trabalho, a saber: Gestão Estratégica, Gestão Orçamentária, Gestão de Processos, Programa de Comunicação Interna e Externa, Desenvolvimento de Lideranças e Análise de Aderência e Atualização do SIG para ERP. A frente de Gestão Estratégica apresentou como uma das principais ações a reformulação da identidade corporativa do Grupo, para busca de adequação das Concessionárias às demandas atuais do setor de energia. Com isso, a CEEE-GT passa a ter: Missão: contribuir para o desenvolvimento da sociedade atuando no setor de energia e negócios associados com segurança, rentabilidade e sustentabilidade. Visão: ser referência nacional no setor de energia pela excelência na gestão e prestação de serviços, expandindo seus negócios de forma sustentável. Valores: ética, segurança, sustentabilidade, excelência técnica e valorização das pessoas. 3. GOVERNANÇA CORPORATIVA A CEEE-GT já possui um conjunto de ferramentas e práticas que lhes garante o relacionamento entre seus acionistas, conselheiros, executivos, auditores internos e independentes, otimizando o desempenho da Concessionária e protegendo os direitos das partes interessadas. A CEEE-GT adota as seguintes práticas: Conselhos de Administração e Fiscal; Divulgação de informação à CVM e Bovespa; Política de Negociação e Divulgação de Informações - CVM; Relacionamentos com Auditores Independentes; Balanços Trimestrais e Anuais Informações Anuais; Informações Materiais esclarecidas como Fato Relevante ; Relatório de Administração Página 4

Divulgações extras na forma de Comunicado ao Mercado; Elaboração de Relatórios Internos; Divulgação de termos de contratos firmados entre a Companhia e Partes Relacionadas. Com o objetivo de atender a Lei nº 11.638/07 e adoção das Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS, a Diretoria da Companhia constituiu Grupo de Trabalho visando implementar as referidas normas em 2010. A CEEE-GT vem buscando formatar uma estrutura de Governança Corporativa com aplicação de melhores práticas de governança através do Programa de Melhoria da Gestão da Administração Pública PMG AP baseado no Modelo de Excelência da Gestão - MEG do PGQP com objetivo de produzir os insumos necessários para o estabelecimento de um Plano de Melhoria da Gestão, para correção das lacunas identificadas. 3.1. ESTRUTURA DE GOVERNANÇA 3.1.1. ASSEMBLÉIA GERAL Além dos casos previstos em lei, realizou-se duas reuniões extraordinárias, tendo como principais deliberações questões sobre a complementação da desverticalização da Concessionária e do grupamento de ações. 3.1.2. CONSELHO FISCAL É composto de cinco membros e realizaram ao longo de 2009, 12 reuniões tendo como principal objetivo a permanente fiscalização e controle da Gestão, em consonância com o que estabelece o regimento. 3.1.3. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Este colegiado reuniu-se 13 vezes durante o exercício, sendo uma extraordinária, tendo como principais deliberações a aprovação do Planejamento Estratégico, a Política de Excelência em Gestão, a implantação do Plano de Cargos e Salários. 3.1.4. DIRETORIA COLEGIADA A Diretoria da CEEE-Par é composta de seis membros, sendo um Diretor-Presidente e os demais Diretores sem designação específica, indicados pelo acionista Estado do Rio Grande do Sul e eleitos pelo Conselho de Administração. Os Diretores da CEEE-Par exercem seus cargos com dedicação exclusiva ao Grupo Econômico, competindo-lhes, obrigatoriamente, o exercício dos cargos correspondentes nas sociedades controladas, conforme disposto no art. 27 caput e 3º do Estatuto Social da Companhia. Por conseguinte, a Diretoria da CEEE-GT e da CEEE-D são compostas por oito membros, sendo um Diretor-Presidente, cinco Diretores indicados pelo acionista CEEE-Par e dois Diretores indicados pelos acionistas minoritários, todos eleitos pelo Conselho de Administração. As atribuições dos Diretores são definidas no momento da posse e compreendem as seguintes esferas de responsabilidade: Diretoria Administrativa, Diretoria Financeira e de Relação com Investidores, Diretoria de Planejamento e Projetos Especiais, Diretoria de Geração, Diretoria de Transmissão e Diretoria de Distribuição. Relatório de Administração Página 5

3.1.5. AUDITORIA INTERNA À Auditoria Interna compete a verificação da eficácia em nível de projetos, dos programas específicos aprovados e dos resultados obtidos em diferentes fases de execução, diante das políticas e metas fixadas pela Gestão da Concessionária e legislação aplicável. É atribuição da Auditoria Interna a fiscalização da eficiência e propriedade dos procedimentos dos sistemas e dispositivos de controle interno desenvolvidos pelos diferentes órgãos da CEEE-GT, na execução de suas atividades sistematizadas, de acordo com a legislação pertinente, regulamentos, normas e diretrizes internas fixadas pela Diretoria. 3.1.6. AUDITORES INDEPENDENTES A CEEE-GT utiliza os serviços de auditoria independente, contratada mediante processo licitatório, visando obter, ao final de cada exercício, mediante exames conduzidos de acordo com as normas de Auditoria aplicáveis no Brasil, sua opinião sobre as demonstrações contábeis, em todos os seus aspectos relevantes quanto a posição patrimonial e financeira da Concessionária. 3.1.7. CÓDIGO DE ÉTICA No dia 14 de outubro de 2009, foi constituído, através de resolução de Diretoria da CEEE-GT, Grupo de Trabalho para formulação do Código de Ética. A partir da metodologia proposta pelo Instituto Ethos, foram designados representantes de cada área da Concessionária, formando uma equipe multidisciplinar. 3.2. COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA Tendo em vista a pequena quantidade de ações em circulação no mercado, a CEEE-GT atualmente negocia suas ações em mercado de balcão organizado com pouca movimentação. No quadro a seguir, apresentamos a composição acionária em 31 de dezembro de 2009: ACIONISTA ORDINÁRIAS PREFERENCIAIS TOTAL Quantidade % Quantidade % Quantidade % CEEE-Par 255.232.851 67,05 43.495 0,66 255.276.346 65,92 ELETROBRÁS 122.681.436 32,23 3.505.584 53,43 126.187.020 32,59 MUNICÍPIOS 1.397.262 0,36 2.159.350 32,91 3.556.612 0,92 BM&F BOVESPA S/A 1.336.370 0,35 793.234 12,09 2.129.604 0,55 OUTROS 21.351 0,01 58.895 0,91 80.246 0,02 TOTAL 380.669.270 100,0 6.560.558 100,0 387.229.828 100,0 Notas: 1 - Total de 424 Acionistas. 2 - Em novembro/2009 foi realizado o grupamento de ações na proporção de 1000 por 1. Relatório de Administração Página 6

4. INVESTIMENTOS No ano de 2009, a Concessionária contabilizou investimentos para as suas duas áreas de negócio os quais são apresentados a seguir. 4.1. GERAÇÃO Os investimentos aplicados em geração hidrelétrica, no ano de 2009, totalizaram R$ 35,9 milhões, sendo R$ 14,2 milhões em modernização e manutenção das unidades geradoras existentes e R$ 21,7 milhões em expansão, com destaque para a UHE Foz do Chapecó com aporte de R$ 21,5 milhões. Esse empreendimento está em construção, em parceria com a Companhia Paulista de Força e Luz CPFL e Furnas Centrais Elétricas S/A. Além disso, foram investidos R$ 251,2 mil na finalização do projeto básico de Ijuizinho II. 4.1.1. MODERNIZAÇÃO E MANUTENÇÃO Em 2009, a CEEE-GT fez um grande aporte em modernização e manutenção, quase quadruplicando o valor investido no ano anterior (2008 - R$ 3,6 milhões). Dentre as principais obras, encontram-se: Recuperação e pintura das estruturas metálicas da UHE Itaúba, UHE Passo Real e UHE Leonel de Moura Brizola (Jacuí) Foi realizado o serviço de manutenção com a pintura das estruturas metálicas das UHEs em função do avançado grau de degradação da pintura original. Esta medida, além de reparar pequenos danos e proteger o patrimônio da Concessionária pelos próximos 20 anos, visou também o atendimento de exigências da ANEEL quanto a conservação da estrutura. O serviço contemplou a pintura de itens como escadas, corrimãos, guarda-corpos, válvulas, gaveta, tubulações e tanques além das estruturas das comportas e seus acessórios, como stop-logs, guinchos, pórticos e chapas. No caso específico da UHE Leonel de Moura Brizola, que teve o início destes serviços de recuperação e pintura em 2009, incluiu-se a casa de força da Usina, além da barragem Maia Filho. O valor total de recuperação destas estruturas metálicas totalizou R$ 3,2 milhões, sendo que o valor do projeto exclusivamente da UHE Itaúba foi de mais de R$ 1 milhão; Passo Real, R$ 988,6 mil, e Jacuí, R$ 1,2 milhões. Recuperação e pintura dos stop-logs da UHE Passo Real Foi realizado o serviço de manutenção com a pintura dos stop-logs da UHE Passo Real. Os stoplogs (ou comportas ensecadeiras) são estruturas de metal utilizadas na manutenção das comportas, para contenção da água a montante das mesmas e devem estar em boas condições em caso de necessidade de uso. O serviço contemplou a recuperação e pintura dos oito stop-logs da UHE Passo Real, além do transporte de quatro destes que estavam depositados de forma inadequada no pátio até a região do vertedouro. O valor deste projeto foi de R$ 200 mil. Sinalização interna e externa das usinas do Sistema Salto e Sistema Jacuí Foi executada a instalação de placas rodoviárias de sinalização e placas internas e externas de identificação em usinas do Sistema Salto e Sistema Jacuí, em conformidade com a padronização visual adotada pela área de geração da CEEE-GT. O projeto visa padronizar a identidade visual das Relatório de Administração Página 7

usinas de geração, a fim de facilitar a identificação das estruturas pelo público externo e interno. O projeto foi realizado em etapas, estando pendente apenas a implantação em uma das usinas. O valor desta etapa do projeto foi de R$ 194,8 mil. Reforço e reabilitação - Barragem da Usina Hidrelétrica de Ernestina Em 2008, foi elaborado laudo técnico sobre a Barragem da UHE Ernestina indicando o final de sua vida útil, e, em razão disso, foram executadas obras de reforço da barragem, concluídas no primeiro semestre de 2009. Encontra-se em andamento a segunda etapa das obras de reforço e reabilitação da referida barragem, que garantirá a segurança estrutural da mesma. A previsão de conclusão destas obras é em 2010. O total desembolsado em 2009 é de R$ 5,9 milhões. Sistema de telecomunicação das Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCHs Foi concluída a implantação do sistema de telecomunicação iniciada em 2008, a fim de disponibilizar para as Usinas e PCHs da Divisão do Sistema Jacuí, canais de comunicação ethernet. Objetiva o atendimento das necessidades de acesso aos medidores do Sistema de Medição de Faturamento - SMF, canal de auditoria para os medidores do SMF, rede corporativa, ramal telefônico para as PCHs e incremento de ramais telefônicos nas usinas. O valor total investido em 2009 neste projeto foi de R$ 251,2 mil. Revitalização e Automação da Unidade 3 da Usina Hidrelétrica de Capigüi O projeto, iniciado em 2008 e concluído em 2009, consistiu na execução de serviços de revitalização e automação da Unidade 3 da UHE Capigüi, de modo a possibilitar, através de uma estação de operação local, operar a unidade de forma desassistida (sem operador). Também permitiu, através de um computador localizado na sede do Sistema Jacuí, acessar os principais dados operacionais da usina e controlar todo seu processo de geração de energia. Além disso, é possível supervisionar as grandezas analógicas e digitais das demais unidades geradoras, reservatório principal e barragem de captação e módulo de alimentação em 44 kv até o ponto de conexão com a Concessionária de distribuição Rio Grande Energia - RGE. O valor total deste projeto foi de R$ 462,5 mil. Demais obras de Modernização e Manutenção nas usinas: Reforma do Transformador Elevador 139 MVA da Unidade 1 da UHE Itaúba. Conclusão da modernização do Anfiteatro da Divisão Sistema Jacui. Automação do Sistema de Comando e Sinalização das Comportas de Serviço das Unidades 1 e 4 da UHE Itaúba. Modernização do Sistema de Excitação das Unidades 1 e 4 da UHE Itaúba. Reparo nos danos provocados por cavitação nas turbinas das Unidades 1 e 2 da UHE Passo Real. Modernização do Sistema de Comando e Sinalização e Reabilitação do fechamento em emergência das Comportas de Serviço das Unidades 1 e 2 da UHE Passo Real. Aquisição de painéis para modernização do Sistema de Serviços Auxiliares de Corrente Alternada - CA da UHE Gov. Leonel de Moura Brizola. Aquisição de buchas de alta tensão para os Transformadores Elevadores da UHE Gov. Leonel de Moura Brizola. Relatório de Administração Página 8

4.1.2. EXPANSÃO DA GERAÇÃO Durante o ano de 2009 foram desenvolvidas ações visando ao aumento da capacidade de geração das usinas da CEEE-GT em condições favoráveis à ampliação. Destacam-se como principais resultados dessas ações os seguintes empreendimentos: Pequena Central Hidrelétrica Ijuizinho II No primeiro semestre de 2009, foi finalizado o Projeto Básico de ampliação da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Ijuizinho II. A usina está localizada entre os municípios de Eugênio de Castro e Entre-Ijuis e opera, desde a década de 50, com a potência de 1,0 MW. Com a ampliação, a usina passará a ter 15,0 MW de potência instalada, elevando a barragem e alterando substancialmente as características hidráulicas do projeto original, com implantação de 03 turbinas tipo Francis, geradores e instalações complementares. No mês de junho a CEEE-GT procedeu na entrega do projeto básico, para análise e aprovação da ANEEL, a qual deverá, inicialmente, avaliar se o projeto atende tecnicamente às diretrizes estabelecidas para o desenvolvimento de PCHs. Posterior resultado de análise permitirá a contratação da obra. Paralelamente, está em andamento a contratação dos estudos ambientais, visando à obtenção da licença prévia para o empreendimento. Ampliação da Usina Hidrelétrica Ernestina e Pequena Central Hidroelétrica Forquilha A ANEEL publicou, no Diário Oficial da União de 17 de agosto de 2009, os despachos que autorizam a CEEE-GT a realizar os projetos básicos de ampliação da Usina Hidrelétrica Ernestina e da PCH Forquilha, localizadas, respectivamente, nos municípios de Tio Hugo e Maximiliano de Almeida. A Usina Ernestina, com potência efetiva de 3,7 MW, deve atingir a potência estimada em 10 MW e a PCH Forquilha deve ter sua capacidade ampliada de 1,0 MW para 8,5 MW. Projeto Básico Usina Hidrelétrica Ernestina Para a elaboração do Projeto Básico de ampliação da UHE Ernestina, foi lançado processo licitatório durante o segundo semestre de 2009. Após a conclusão dos estudos, o referido Projeto Básico será encaminhado para avaliação da ANEEL, com vistas à obtenção de autorização legal para ampliação da Usina. Ampliação da Pequena Central Hidrelétrica Bugres A PCH Bugres, com potência instalada de 11,12 MW, está localizada no município de Canela, em operação desde 1952. Foi encaminhado à ANEEL o pedido de renovação da autorização para a ampliação da usina para 19,20 MW, emitida por meio da Resolução ANEEL 397/2003. A CEEE-GT já possui Licença de Instalação do órgão ambiental para a ampliação da usina. Além das ações realizadas no parque de geração próprio, destaca-se o programa de expansão da geração da CEEE-GT desenvolvido através de parcerias, que atinge um montante de 259,3 MW já em operação, reunindo as UHEs de Dona Francisca, Machadinho, Campos Novos, Projeto CERAN (Monte Claro, Castro Alves e 14 de Julho) e a PCH Furnas do Segredo. Na seqüência, aguarda-se a conclusão das obras da UHE Foz do Chapecó, prevista para agosto de 2010, agregando mais 77 MW ao parque gerador da CEEE-GT. No quadro a seguir estão apresentados os empreendimentos da CEEE-GT com parcerias de agentes do setor público e/ou privado. Relatório de Administração Página 9

Participações Societárias em Empreendimentos de Geração Empreedimentos Participação CEEE Total do Empreendimento Total CEEE- GT Pot. Inst. Energia Pot Inst. MW MWm MW UHE Dona Francisca* 5,00% 125 78 30 UHE Machadinho 6,65% 1.140 473 63 UHE Campos Novos 6,51% 880 377,9 57,3 UHE Monte Claro 30,00% 130 59 39 UHE Castro Alves 30,00% 130 64 39 UHE 14 de Julho 30,00% 100 50 30 UHE Foz do Chapecó (em construção) 9,00% 855 432 77 PCH Furnas do Segredo 10,50% 9,8 6,1 1 * A participação da CEEE-GT na energia produzida pelo empreendimento, do 1 ao 10 ano de seu início operacional é de 5%, passando a 10% entre o 11 e o 20 ano e chegando a 15% no período restante de concessão. Usina Hidrelétrica Dona Francisca O empreendimento hidrelétrico localizado em Nova Palma RS entrou em operação comercial em fevereiro de 2001, com duas turbinas, totalizando uma potência instalada de 125 MW. Foi construído através de consórcio, reunindo a CEEE-GT e a Dona Francisca Energética S/A DFESA. Usina Hidrelétrica Machadinho A CEEE-GT com sua participação societária ampliada no empreendimento para 6,65% tem o equivalente a 63 MW da potência instalada. A usina está implantada no Rio Pelotas, na divisa dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com 1.140 MW e encontra-se em operação comercial desde 2002. Usina Hidrelétrica Campos Novos A UHE de Campos Novos, localizada no Estado de Santa Catarina, com 880 MW de potência instalada e uma energia assegurada de 377,9 MW, foi implantada com recursos dos próprios acionistas, além de financiamentos do BNDES e Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID. A CEEE-GT participa do empreendimento com uma quota de 6,51%, integrado ainda pelas empresas CPFL Geração de Energia SA, Companhia Brasileira de Alumínio CBA e Votorantim Metais Níquel S.A. Projeto CERAN Companhia Energética Rio das Antas S/A A CEEE-GT tem uma participação de 30% na sociedade do projeto CERAN, composto pelas Usinas Hidrelétricas de Monte Claro (130 MW), Castro Alves (130 MW) e 14 de Julho (100 MW), em conjunto com a Companhia Paulista de Força e Luz CPFL e Desenvix. Relatório de Administração Página 10

O último aproveitamento do Projeto CERAN, UHE 14 de Julho, teve início de operação comercial da 1ª unidade em dezembro de 2008. A entrada em operação comercial da 2ª unidade ocorreu no mês de fevereiro de 2009. Com a entrada da 2ª unidade da Usina Hidrelétrica 14 de Julho, ficou concluído o programa de implantação das usinas integrantes do Projeto CERAN. O total de recursos financeiros aportados na construção das três usinas atinge um montante de R$ 1,4 bilhão, corrigido ao longo do período de implantação do projeto. Desse montante, cerca de 30% em capital próprio foi aplicado pelos sócios. A potência total instalada associada à participação da CEEE-GT nesses empreendimentos é de 108 MW, com uma energia assegurada no conjunto das três usinas totalizando 51,9 MW médios. Pequena Central Hidrelétrica Furnas do Segredo A PCH Furnas do Segredo, localizada no município de Jaguari - RS, com 9,8 MW de potência instalada, está em operação comercial desde setembro de 2005. A participação da CEEE-GT no empreendimento é 10,5%, através da Jaguari Energética S/A, que conta também com a Guascor S/A na sociedade. Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó A CEEE-GT participa do projeto de implantação da Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó com uma quota de 9%, em conjunto com a Companhia Paulista de Força e Luz CPFL e Furnas Centrais Elétricas S/A. A usina terá potência instalada de 855 MW e energia assegurada de 432 MW médios. O investimento total previsto é da ordem de R$ 2,2 bilhões, sendo R$ 1,6 bilhão através de financiamentos pelo BNDES e bancos repassadores. A previsão do início da operação comercial da 1ª unidade do empreendimento está fixada para o mês de agosto de 2010. Com o objetivo de selecionar futuros parceiros para o desenvolvimento de novos projetos de geração de energia elétrica, através de fontes renováveis, a CEEE-GT lançou no mês de junho a Chamada Pública CEEE-GT nº. 001/2009. Com 21 empresas inscritas e um total de 34(trinta e quatro) projetos, a iniciativa permite ensejar o desenvolvimento de estudos com vistas à instalação de novos projetos de geração exclusivamente através de fontes renováveis. 4.1.3. COMERCIALIZAÇÃO Considerando a energia do parque próprio e as participações na UHE Dona Francisca e UHE Machadinho, a CEEE-GT dispõe de um montante de 441 MW médios para venda. Esta energia está sendo negociada através de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado CCEAR, celebrados em decorrência da participação da CEEE-GT nos Leilões de Energia Existente, realizados nos anos de 2004, 2005 e 2006, Leilão de Ajuste e no Ambiente Livre. No ano de 2009, a CEEE-GT promoveu sete ofertas públicas de venda de energia elétrica ao mercado livre, tendo sido negociados 52 GWh, com uma receita de R$ 1,5 milhões. A concessionária participou de quatro chamadas de outros agentes de mercado, resultando em contratos de curto e longo prazos. As sobras contratuais - energia não vendida em contratos que representaram 0,4% da energia disponível, foram liquidadas no mercado de curto prazo junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE. 4.2. TRANSMISSÃO Na Transmissão, o ano foi significativo devido ao elevado investimento em obras, totalizando mais de R$ 61 milhões.a área de Transmissão disponibilizou ao Sistema Elétrico Interligado 6.053,77 km de linhas de transmissão (LT) e uma potência instalada de 7.650 MVA, em 60 subestações (SE), Relatório de Administração Página 11

com uma disponibilidade média de 99,82% nas linhas de transmissão e de 99,86% nas subestações. 4.2.1. EXPANSÃO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO Em 2009, foram despendidos grandes esforços para levar adiante o Plano de Investimento da CEEE-GT, sendo concluídas e energizadas oito do total de 35 obras elencadas no Plano. As demais estão em fase de construção, projeto básico e contratação. As oito obras concluídas e energizadas em 2009 são: SE Lajeado 2, com a instalação de duas entradas de LT 230kV e duplicação do barramento de 230kV; SE Santa Cruz 1 com a instalação de duas entradas de LT 230kV e duplicação do barramento de 230kV; SE Porto Alegre 9 com a instalação do 2º Banco de Transformadores de Força de 230/69kV com 165MVA de capacidade; SE UPME com a duplicação da capacidade do barramento de 230kV; SE Livramento 2, com a instalação do 2º Transformador de Força de 230/69kV com 50MVA de capacidade SE Pólo Petroquímico, com a instalação do 2º Transformador de Força de 230/69kV com 50MVA de capacidade; Seccionamento da LT 230kV UPRE-NSR para alimentação da SE Lajeado 2; Seccionamento da LT 230kV UITA-CHQ para alimentação da SE Santa Cruz 1. A CEEE-GT está autorizada pelo Poder Concedente a implementar o conjunto de obras que segue, com o objetivo de ampliar a capacidade de atendimento da demanda, confiabilidade e qualidade do fornecimento. Este elenco de obras prevê um investimento de R$ 170 milhões para 2010 e de R$ 200 milhões para 2011. Obras em projeto Obras em licitação SE Alegrete 2 SE Ijuí SE Cachoeirinha SE Lajeado 2 SE Canoas 1 SE Quinta SE Uruguaiana 5 SE Santa Cruz 1 SE Eldorado SE Taquara SE Guaíba 2 Recapacitação LT 138kV CIN- CACH SE Livramento 2 Abertura da LT 230kV CIN-PEL3 SE Maçambará SE Panambi SE UPME SE Cruz Alta SE São Borja 2 SE São Vicente SE Scharlau As SE Camaquã, Farroupilha, Gravataí 2, Nova Prata 2 e Santa Maria fazem parte desse conjunto de obras, e estão sendo executadas com equipe própria da CEEE-GT. Encontram-se em construção os seguintes empreendimentos: SE Scharlau, SE Campo Bom, SE Maçambará, SE Guarita, SE Guaíba 2, SE Gravataí 3 e SE Cidade Industrial. Relatório de Administração Página 12

Além dos empreendimentos próprios, a CEEE-GT também coordena as atividades de acesso a rede básica das subestações de: Missões 230kV- Esul; Scharlau 230kV- CTEEP; UPME Esul; UPME UTE Fase C; SCR1 Esul; UDFR 230kV ATE VI; SMA3 230kV ATE VI; CTT 230kV Random; Fibraplac 230kV; Laj 2 69kV Perdigão; Gar 69kV RGE; SMT 69kV Coprel; Quinta 69kv WTorre. 4.2.2. OPERAÇÃO DO SISTEMA A carga própria de energia no mercado do Rio Grande do Sul, acumulada ao longo do ano, foi de 27.943 GWh. A Operação do Sistema é responsável pelo monitoramento da carga instantânea do Estado. Com relação à carga instantânea verificada o valor máximo ocorreu no dia 10 de fevereiro de 2009, às 15h 28min, com 4.814 MW, porém não superou o recorde histórico de 4.823 MW, observado em 10 de janeiro de 2008 às 14h31min. Além de coordenar, supervisionar e executar a operação do sistema de transmissão em tempo real nas 60 subestações da rede básica, a Operação do Sistema também participa da elaboração anual do planejamento do Sistema Interligado Nacional, juntamente com o Operador Nacional do Sistema ONS, e com a Empresa de Pesquisa Energética EPE. A Operação do Sistema mantém um sistema de gestão da qualidade que estabelece, documenta, implementa e aperfeiçoa continuamente a sua eficácia. Em julho/2009, na terceira auditoria de avaliação contínua, recebeu da empresa certificadora BSI Sistemas de Gestão upgrade da Norma ISO 9001 da versão 2000 para a versão 2008 para o escopo de coordenar, supervisionar e controlar a operação do sistema elétrico de potência da CEEE-GT. 4.2.3. MANUTENÇÃO A área de manutenção é responsável por manter a disponibilidade dos 6.053,77 km de linhas de transmissão (LT) e 60 Subestações (SE) do sistema de transmissão da CEEE-GT, além do gerenciamento e execução dos programas de manutenção preventiva em LTs e equipamentos de subestações, conforme periodicidade estabelecida nos softwares de gerenciamento. Em LTs, o programa estabelecido foi cumprido integralmente, totalizando mais de 4.000 km de inspeção terrestre com escalada em estrutura e 5.000 km de inspeção aérea com helicóptero. Em SEs, 91% das preventivas programadas em equipamentos foram realizadas. No ano de 2009 ocorreu a reavaliação do programa de manutenção visando à implantação de um novo sistema de gerenciamento das atividades de manutenção SIGOM. Em função do elevado número de obras desse ano, principalmente envolvendo ampliação de subestações (Santa Cruz, Lajeado 2, Scharlau, São Borja 2, Porto Alegre 9, Bagé 2, entre outras), a Relatório de Administração Página 13

área de manutenção teve expressiva participação nas etapas de especificação, análise de projetos elétricos, inspeções de equipamentos, materiais e comissionamento das obras. Em função dos diversos temporais que assolaram o Estado, ventos intensos provocaram colapso de estruturas que exigiram trabalhos de recomposição. Quatro situações foram particularmente significativas: em 7 de setembro de 2009, a queda de três estruturas metálicas na LT 230 kv UPME x QUI foi recomposta através de uma variante provisória de madeira, e os trabalhos envolveram em torno de 100 pessoas, considerando as equipes contratadas, e demandou 81h58min para a reenergização; em 05 de outubro de 2009, a queda de três estruturas de madeira na LT 138 kv TAQ x OSO2 levou o tempo de reparo de 72h05min e envolveu aproximadamente 45 pessoas; em 30 de novembro de 2009, a queda de uma estrutura na LT 230 kv UITA x UPRE foi reparada em 109h30min, sendo que durante a recomposição ocorreram novos temporais que prejudicaram os trabalhos e; a queda de uma estrutura na LT 230 kv BAG2 x LIV2, com tempo de reparo de 61h20min. A aquisição de um Sistema de Recomposição Emergencial de Linhas de Transmissão (Estruturas de Emergência) surgiu da necessidade crescente de uma rápida recomposição das LTs submetidas à Indisponibilidade Operacional por Falha Permanente, devido à queda das suas torres por catástrofes naturais, minimizando os efeitos das penalidades impostas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS para ocorrências deste tipo. As estruturas são desenvolvidas em módulos de alumínio estrutural, reduzindo consideravelmente o tempo de restabelecimento da LT comprometida pela falha. O Comitê de Linha Viva - CLV, em 2009, concluiu a revisão das antigas normas de intervenções em instalações energizadas, bem como elaborou outras nove instruções para serviços utilizando a técnica ao potencial, o que possibilitou a realização de três cursos de formação para serviços ao potencial com instrutoria do próprio CLV, onde foram capacitadas 39 pessoas. 4.2.4. PROTEÇÃO E MEDIÇÃO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO Durante o ano de 2009 foram realizados diversos estudos de engenharia e atividades de manutenção corretiva no sistema de transmissão da CEEE-GT. Cabe destacar os estudos e instalação de relés para digitalização da proteção da LT 138kV Cruz Alta na SE UHE Jacui, nas LTs 138kV Taquara e Três Coroas na SE UHE Canastra, na LT 69kV Carazinho na SE Santa Marta e instalação emergencial na LT 230kV Alegrete2 na SE Santa Maria3. Relativamente às novas obras, foram realizados estudos de ajuste e coordenação de relés, análise de projetos e testes de aceitação (de fábrica e campo) de ampliação das subestações Polo Petroquímico, Camaquã, Livramento 2, Guaíba 2, Santa Cruz 1, Lajeado 2, Gravataí 3, Castertech, PAL 9 e Panambi. Também foi realizada a especificação técnica do sistema de proteção, medição, oscilografia e controle local da ampliação das subestações São Borja 2, Maçambará, Ijuí 2, Canoas 1, São Vicente, Santa Cruz 1, Eldorado, Guarita, Scharlau, Livramento 2, Quinta e Taquara. Para acessantes da CEEE-GT, foi realizado o comissionamento da subestação SE Castertech, para acesso à rede básica da empresa Randon Castertech. Também houve continuidade da coordenação e participação no Grupo de Trabalho de Padronização dos Projetos Elétricos da CEEE-GT. Este projeto encontra-se conceitualmente concluído e já está sendo aplicado em novas instalações. Outras ações corresponderam à análise de projetos e adequação de Tecnologia da Informação - TIs das instalações dos sistemas de medição de faturamento das distribuidoras AES e de Sistema de Medição de Faturamento - SMF de consumidores livres, manutenções corretivas e adequações diversas em subestações da CEEE-GT. Chegamos ao final de 2009 com os seguintes equipamentos: 5.482 relés de proteção, dos quais 3.384 são eletromecânicos, 1.192 são eletrônicos e 906 são microprocessados (digitais); Relatório de Administração Página 14

51 oscilógrafos instalados em 31 subestações da CEEE-GT. 4.2.5. SUPERVISÃO E CONTROLE O Sistema de Supervisão e Controle - SSC da área de Transmissão é composto pelo Sistema do Centro de Operação do Sistema COS, localizado no Centro Administrativo Engenheiro Noé de Mello Freitas CAENMF, sede da Concessionária; 6(seis) Centros de Atendimento, localizados nas subestações Santo Ângelo 2, Erechim, Taquara, Caxias 2, Santa Maria 3 e Cidade Industrial e um Console de Operação Remota (SE PAL 6). Atualmente são telecomandadas 11 subestações. O COS, que utiliza o SSC Sistema Aberto de Gerenciamento de Energia SAGE, desenvolvido pelo CEPEL, está interligado ao Centro Regional Sul do ONS COSR-S e com os Centros de Operação da CEEE-D, AES-Sul e RGE. A base de dados do SSC possui mais de 30.000 pontos. Devido às ampliações autorizadas à CEEE-GT, em 2009 foram adequados os Sistemas de Supervisão e Controle, incluindo análise de projetos, testes de fábrica, comissionamento, bases de dados dos Centros, com a instalação de novas Unidades Terminais Remotas - UTR, das seguintes subestações: Lajeado 2, Santa Cruz 1, Porto Alegre 9, Polo Petroquímico, Livramento 2 e Castertech. Nas subestações Porto Alegre 9 e Polo Petroquímico foram ampliadas as UTR existentes, que haviam sido instaladas recentemente no âmbito do projeto Sistema Nacional de Controlabilidade e Observabilidade SINOCON. Foram elaboradas as especificações técnicas dos sistemas de supervisão e controle para todas as ampliações a serem contratadas pela Divisão de Expansão da Transmissão. Foi substituída a UTR da SE Jacuí, a um custo muito baixo, por uma nova e com várias funcionalidades, visto que a existente já estava em operação há mais de 30 anos. Houve a participação da área de Supervisão e Controle na análise de projetos e em reuniões técnicas referentes às ampliações das subestações Guaíba 2, Garibaldi 1, Gravataí 3, Santa Marta, Guarita, Scharlau, Campo Bom, Maçambará e Missões. Também houve a participação na análise de projetos e de reuniões técnicas de obras de terceiros (acessantes) nas instalações da CEEE-GT, como: Perdigão, PUC, WTORRE, EDP (Parque eólico), ELETROSUL, entre outros. Na área de automação de subestações, está sendo desenvolvido um projeto, juntamente com a Operação, de automatização da recomposição de subestações. O projeto está em fase de testes no laboratório do DAS e deve ser implantado nas SEs Nova Santa Rita, Guaíba 2 e Garibaldi 1. Foi desenvolvido um software de aquisição de dados utilizando o protocolo IEC60870-5-104, para a integração de Interfaces Homem-Máquina - IHM locais (consoles de operação), rodando o supervisório próprio da CEEE-GT (Penguin), com Unidades Terminais Remotas. Este sistema já está em operação nas SEs Castertech, Livramento 2, Quinta, Santa Cruz e Jacuí. Ainda, no que tange aos Centros de Supervisão e Controle, foram desenvolvidas as seguintes atividades: Integração do Esquema de Controle de Emergência - 230kV ao SAGE do COS. Consolidação do desenvolvimento do Sistema Concentrador de Dados de subestações. Esse sistema está implantado nas subestações Jacuí, Lajeado 2 e Porto Alegre 13. Consolidação do desenvolvimento da IHM Penguin para subestações. Reforma com diversas melhorias nos centros de atendimento das subestações CIN, CAX2, TAQ e SMA3. Migração dos 2 enlaces de dados com o COSR-S para o novo front-end do comunicação SAGE implantado por aquele Operador. Integração dos dados de hidrologia do sistema Jacuí ao histórico do COS. Finalização das migrações das UTR s PAL9 (SINOCON), CNA1 (UTR nova) e CTT (Telecomandada do CA CAX2 ). Relatório de Administração Página 15

Alterações, a pedido do COS, nos sofwares aplicativos: Contagem de Taps dos Transformadores, Histórico por Período, Carregamento dos Transformadores, Aplicativos do Telão. Paralelamente às atividades de Engenharia e Projeto, foi executada a manutenção de todo o parque instalado de supervisão e controle, incluindo subestações, Centros de Atendimento e COS. 4.2.6. TELECOMUNICAÇÕES Com o objetivo de melhor administrar as atividades e o atendimento de telecomunicações da CEEE-GT a área foi reestruturada. As principais obras realizadas foram: Contrato de troca de fibra com a GVT para atender a comunicação de Santa Maria, Alegrete 2, Horto e Uruguaiana com fibra óptica; Conclusão da Interligação da fibra óptica para a SE Porto Alegre 13; Conclusão da infra-estrutura do Sistema de Rádio Comunicação para atendimento à SE Panambi, que após concluída, possibilitará tornar a subestação telecomandada; Projeto Piloto com a Secretaria de Ciência e Tecnologia que permitirá o atendimento das agências de Candiota, Piratini e Camaquã. Conclusão do Sistema de Rádio Comunicação entre as usinas PCHs do Sistema Jacuí e a administração em Salto do Jacuí. Atendendo as Usinas de Passo Real, Itaúba, Capigüi, Ernestina, Forquilha, Ijuizinho, Guarita e Ivaí, além das subestações de Guarita, Santa Rosa e Santa Marta. Início das obras para atender com comunicação digital as subestações de Scharlau, Maçambará e Uruguaina, que atenderão a segunda etapa do acordo CEEE, Eletrosul, STE e SIEN. Restauração emergencial da comunicação dos prédios que demandaram tal atividade. 5. ATIVOS INTANGÍVEIS 5.1. MARCA E IMAGEM No setor elétrico há 67 anos, o Grupo CEEE agrega a sua marca valores que lhe conferem status de uma organização sólida, confiável e que presta relevantes serviços ao público de interesse. A solidez e o reconhecimento da Marca são construídos ao longo do tempo, através da postura profissional e ética e, principalmente, em decorrência das ações positivas a ela associadas. Neste contexto, a Concessionária desenvolve, promove e apóia projetos, campanhas e eventos que reforçam os valores intrínsecos a sua Marca. Além disso, estimula, patrocina e participa de empreendimentos principalmente nas áreas energéticas, de responsabilidade social, científica, ambiental. O Grupo CEEE tem a consciência da importância que seus empregados estejam mobilizados para que a gestão de Marca seja tratada com prioridade, pois entende que significa também a síntese dos valores da organização. A marca é, portanto, um elemento que não é efêmero, já que remete com mesmo poder ao passado, presente e futuro do Grupo CEEE. Neste sentido, em 2009, dois fatos comprovam essa consciência: Relatório de Administração Página 16

A pesquisa Marcas de Quem Decide, realizada desde 1999 pelo Jornal do Comércio e o Instituto QualiData, mostra, em 2009, o Grupo CEEE classificado em primeiro lugar na categoria Empresa de Energia. A Concessionária mantém essa liderança nos dois quesitos avaliados pela pesquisa: lembrança e preferência, com 45,4% e 42,5% respectivamente. Os dados desta edição foram coletados no período de 25 de novembro de 2008 a 25 de janeiro de 2009, através de entrevistas junto a 480 empresários, executivos e profissionais liberais, em mais de 40 dos principais municípios do Rio Grande do Sul, distribuídos em sete regiões de todo o Estado. Há 19 anos, a revista Amanhã realiza a pesquisa Top of Mind, que mede lembrança espontânea de marcas. A pesquisa dá mostras inequívocas de que o consumidor tende a lembrar de marcas que usa, deseja ou prefere. A amostra de 2009 foi escolhida a partir da técnica de amostragem aleatória, proporcional à população das regiões de Porto Alegre, Grande Porto Alegre e interior. O Grupo CEEE foi considerado a 4ª empresa pública mais eficiente no Top of Mind 2009. 5.2. PROGRAMA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO P&D Em conformidade com a Lei nº 9.991 e suas alterações, as Concessionárias devem investir um percentual da sua Receita Operacional Líquida - ROL em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D. Este valor é repassado ao consumidor na conta de energia elétrica, através do item Encargos Setoriais. Os projetos de P&D do segmento Transmissão iniciaram no Ciclo 2003/2004, enquanto que no segmento de Geração somente a partir do Ciclo 2005/2006 e resultaram na execução de 25 projetos totalizando o montante de investimentos em R$ 4,5 milhões. Apresentamos a seguir os principais projetos de P&D em 2009: Projeto Perfil Status Estudos de Riscos das Radiações não Ionizantes medida e simulação de Campos Eletromagnéticos de Baixa Frequência propondo novas metodologias e planos de investigação no âmbito do segmento de Transmissão Definição de critérios de materiais antifouling para fazer frente a formação de incrustações (Mexilhão Dourado) em equipamentos de transporte e captação de água de usinas hidroelétricas Delimitar os riscos das radiações não ionizantes nos sistemas de geração e transmissão de energia elétrica. Estabelecer um laboratório, com equipamentos de metrologia de radiações não ionizantes, credenciado e capaz de estabelecer medidas comparativas com entidades internacionais das áreas. Definir critérios de materiais antifouling para fazer frente à formação de incrustações em equipamentos de transporte e captação de água das usinas hidroelétricas. Pretende-se assim, definir medidas de prevenção, materiais ou recobrimentos mais adequados para eliminar ou minimizar a ocorrência de incrustações de mexilhões dourados no sistema de geração hidroelétrica. Em Andamento Em Andamento Relatório de Administração Página 17

5.3. TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO A CEEE-GT, através de um contrato de cooperação com a CEEE-D, utilizou a Coordenadoria de Tecnologia de Informação - CTI como prestadora de serviços que, em 2009. A referida coordenadoria realizou diversas atividades, destacando como primordial o suporte integral ao Sistema Integrado de Gestão Empresarial (ERP) Synergia, que trabalha com questões Administrativas, Financeiras e Comerciais da CEEE-GT. Para auxiliar o gerenciamento financeiro, foi desenvolvido e implementado o sistema de Planejamento e Controle Financeiro de Despesas PCF. Com a implantação desta nova ferramenta gerencial, a CEEE-GT tem maior visibilidade dos compromissos/despesas a pagar, a curto e médio prazos, facilitando a gestão do caixa e minimizando inadimplências a fornecedores. Além disso, a CEEE-GT procura a integração de diversas áreas (Operação, Manutenção, Telecom e Geração) através da aquisição e implementação do Sistema Integrado de Gerenciamento da Operação e Manutenção - SIGOM. Esse software possibilita o registro e gerenciamento de eventos do sistema elétrico (cadastro de dados, emissão de relatórios, etc.), além da emissão e controle de solicitações e ordem de serviços. Para a Geração, o sistema permite a gestão dos seus processos técnico-operacionais em tempo real, assim como emissão de relatórios de indicadores operacionais e de taxas de falhas, de registros históricos, da análise da informação, da gestão de materiais, de custos dos contratos entre outros. Já foi concluída sua implantação no Sistema Salto e na UHE Leonel de Moura Brizola, sendo que na seqüência será instalado nas UHE s de Passo Real, Itaúba e Dona Francisca. Foram adquiridos, através de Registro de Preços, microcomputadores para uso dos empregados da CEEE-GT, com um investimento de R$ 588,5 mil. 6. GESTÃO DE PESSOAS 6.1. RECURSOS HUMANOS Com um total de 1.421 funcionários, a CEEE-GT consolidou, ao longo do ano de 2009, o projeto de Dimensionamento Quanti-Qualitativo de Pessoal baseado em atividades, que correlaciona a quantidade de empregados necessária à execução das atividades com a qualificação necessária para o exercício do trabalho, visando à otimização dos processos e resultados. Parte destes funcionários foi selecionada e admitida pelo Concurso 2008, autorizado pela Resolução de Diretoria. Esse concurso abrangia 35 cargos dentre os diversos níveis de instrução, além da possibilidade de manutenção dos respectivos cadastros reserva, num total de 1.120 candidatos aprovados. Até o final do exercício de 2009, já ocorreram 43 contratações. Ao mesmo tempo, o Programa de Desligamento Incentivado - PDI destinou-se a contribuir para adequação dos recursos humanos às necessidades da Concessionária, bem como abrandar os efeitos sociais do desligamento de empregados, auxiliando no equilíbrio da maturidade profissional. O programa também teve o objetivo de atender àqueles empregados que por ventura ansiavam em buscar novas alternativas profissionais fora da Companhia ou novas perspectivas de vida, mas que, para isto, esperavam alguma definição, por parte da CEEE-GT, de uma política de desligamento que estabelecesse condições mais favoráveis a sua decisão. O programa teve adesão de 53 empregados, com investimento de R$ 4,3 milhões, e previsão de retorno em menos de um ano. De seu total de funcionários, em dezembro de 2009, a força de trabalho concentrava-se basicamente na Capital (45% - 637 empregados). Com relação ao Nível Educacional, mais de 60% dos empregados da CEEE-GT possuem Nível de Instrução maior que Ensino Médio (30% superior, 33% ensino médio técnico e 27% ensino médio), e apenas 10% possuem Ensino Fundamental ou menor Nível de Instrução. O perfil ocupacional por carreira da CEEE-GT, correspondente ao encerramento do ano de 2009, pode ser verificado pelo quadro seguinte, com destaque para a carreira operacional, que corresponde a quase 50% do total de empregados. Relatório de Administração Página 18

CARREIRA QTDE. % ADMINISTRATIVO 224 16% OPERACIONAL 689 48% SUPERIOR 272 19% TÉCNICO 236 17% TOTAL 1.421 100% No ano de 2009 foi realizado o primeiro Censo CEEE-GT com o objetivo de identificar o perfil sociocultural dos empregados. Um dos objetivos deste trabalho foi atender a necessidade de apresentar no Relatório de Responsabilidade Socioambiental informações e indicadores que demonstrem como é promovida a valorização da diversidade e as ações que são adotadas em favor da inclusão e do respeito a segmentos com histórico de vulnerabilidade e desvantagens na sociedade brasileira. A partir desta pesquisa foi possível atualizar, assim como incluir novas informações no cadastro funcional do sistema corporativo. As informações obtidas com esta pesquisa servirão de subsídio para promoção de políticas de pessoal. Em setembro de 2009, foi realizada a segunda Promoção do Plano de Cargos e Salários, onde ocorreram, simultaneamente, promoções por Merecimento e Desenvolvimento Profissional, que consiste na mudança de nível (Júnior, Pleno e Sênior). Do total de empregados, 50,25% foram promovidos por Desenvolvimento Profissional. Em conseqüência, a CEEE-GT passa a ter 30% de seus funcionários no nível Júnior, 53% como Pleno e 17% em nível Sênior. Além disso, 36% foram promovidos por Merecimento e apenas 13,75% não tiveram repercussão salarial. 6.2. BENEFÍCIOS A CEEE-GT, como patrocinadora da Fundação CEEE de Seguridade Social ELETROCEEE, proporciona, a seus empregados, adesão ao Plano de Previdência CeeePrev, também com participação paritária nas contribuições. Em dezembro, 1.408 empregados vinculados à folha de pagamento da Concessionária eram participantes da CeeePrev, o que significou o repasse à Fundação, ao longo do ano, R$ 6 milhões. O Programa de Participação nos Resultados - PPR 2009 foi elaborado observando os indicadores estabelecidos no Acordo de Resultados para as Concessionárias do Grupo CEEE. Na apuração parcial referente ao primeiro semestre do ano, o resultado atingido pelo Grupo CEEE foi de 132,24% em relação às metas estabelecidas. O pagamento da 1ª parcela ocorreu em setembro de 2009 no montante total de R$ 2,66 milhões, e o pagamento da 2ª parcela ocorrerá em março de 2010, desde que atingidas as metas fixadas. Além disso, a CEEE-GT mantém convênios com planos de saúde. No exercício de 2009, a média dos empregados vinculados a algum dos planos de saúde credenciados na Companhia foi de 95,66% (1.347), totalizando um investimento de R$ 3,8 milhões no corrente ano. A CEEE-GT mantém negociações com nove sindicatos representativos da categoria econômica dos empregados, cuja database ocorre no mês de novembro. 6.3. SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL A CEEE-GT, buscando a melhoria da qualidade de seus serviços e a modernização dos equipamentos de segurança e saúde dos seus empregados, institucionalizou, no ano de 2009, a Política de Segurança. Foram realizados ao longo do ano diversos cursos de segurança e saúde, destacando-se o de Operação de Subestação - OPESE, de Operação de Usina - OPUS, de Manutenção de Subestações Básico - MSEB, de Manutenção de Linhas de Transmissão - MLT, de Manutenção de Linhas de Transmissão Energizada - MLTE e de Manutenção de Linhas de Transmissão Energizada Método ao Potencial. Na realização desses cursos, foram treinados 503 Relatório de Administração Página 19

colaboradores, num total de 375 horas/aula referentes às disciplinas específicas de segurança e saúde, ministradas pelos profissionais da área. A Concessionária esteve envolvida ativamente em Programas de Saúde como o Programa Empresa do Sorriso, com um total de 1.566 colaboradores atendidos, a Campanha de Vacinação contra a Gripe, com cerca de 700 colaboradores imunizados e a Prevenção da Gripe A H1N1. Com relação aos indicadores de Segurança, que servem de subsídio para análise de Segurança, permitindo planejar ações de forma a prevenir acidentes de trabalho, a Taxa de Freqüência - TF foi de 3,47 e a Taxa de Gravidade - TG foi de 66. O número de acidentes com afastamento, no ano de 2009, foi de 10, enquanto os acidentes sem afastamento totalizaram 11. Além disso, ocorreu o total de três acidentes de trajeto nesse período. 6.4. TREINAMENTO Foram promovidos pelo centro de treinamento da Concessionária, o Centro Técnico de Aperfeiçoamento e Formação CETAF, treinamentos em atendimento às necessidades específicas de cada Área, conforme as prioridades de desenvolvimento das competências, habilidades e atitudes identificadas. No exercício corrente, a CEEE-GT investiu R$ 654,86 mil em treinamentos, capacitando 1.073 empregados, num total superior a 65 mil horas. Em função da necessidade de reposição de mão-de-obra, deu-se prioridade aos treinamentos com foco na formação de operadores de subestações e de linhas de transmissão. 7. SUSTENTABILIDADE Em 2009, o trabalho do Grupo CEEE na área de responsabilidade social foi reconhecido pela ADVB/RS e pela Assembléia Legislativa do Estado. O Top de Marketing ADVB/RS é um dos principais reconhecimentos do setor no Estado. Para conceder esta premiação as empresas vencedoras do Top 2009 foram selecionadas por um júri composto de 26 profissionais representantes do mercado, sendo avaliadas por critérios como: criatividade e inovação, estratégia de marketing, ferramenta de marketing e resultados obtidos. O case apresentado pelo Grupo CEEE, Energia para Gerar Sustentabilidade ganhou o Prêmio Top Responsabilidade Social Empresas Públicas e Privadas. Já o Prêmio da Assembléia Legislativa Responsabilidade Social, do qual o Grupo CEEE participa desde 2004, concedeu à CEEE-GT em 2009 o Certificado de Responsabilidade Social na categoria Entidades Governamentais. 7.1. AÇÕES CULTURAIS Processo de Patrocínio Em 2009, foi aprovada pela Administração a Política de Patrocínio, que tem por objetivo a formalização do processo de seleção de projetos excluindo a subjetividade e permitindo um tratamento equânime e justo nas avaliações, de acordo com critérios específicos que atendam os objetivos da organização. Durante o ano, a CEEE-GT patrocinou 112 projetos, num total de R$ 3,9 milhões. Desse valor, aproximadamente 40% foi de incentivo direto, 2,5% pela Lei de Incentivo ao Esporte e 57,5% pela Lei Rouanet. 7.2. AÇÕES SOCIAIS Programa Ilumine Vidas - Programa de Voluntariado Corporativo do Grupo CEEE Relatório de Administração Página 20

O Ilumine Vidas - Programa de Voluntariado Corporativo do Grupo CEEE, aprovado em 12 de Maio de 2009 pela Administração, incentiva os empregados participantes do programa a atuarem nos projetos de responsabilidade socioambiental e ações arrecadatórias do Grupo CEEE, por meio da liberação de 4 horas/mês da carga horária mensal, sem qualquer prejuízo na remuneração. Em 2009, 42 empregados da CEEE-GT, lotados em Porto Alegre, Canela, Salto do Jacuí, Santa Maria, Nova Santa Rita cadastraram-se no Ilumine Vidas, representado 3% do total de empregados desta Concessionária. As ações do programa estão inseridas em duas categorias: arrecadatórias e socioeducativas. No ano de 2009, as ações arrecadatórias - destinadas a estabelecer processos de coleta de alimentos, agasalhos, livros, brinquedos ou outros materiais para atendimento de carências identificadas na área de abrangência da CEEE-GT - foram Dia do Idoso, Dia Nacional da Criança e Dia Nacional do Livro, Dia Internacional do Voluntário e Natal, conforme a tabela que segue: DATA DESCRIÇÃO DA DATA MUNICÍPIOS DE ABRANGÊNCIA 18/9 Dia do Idoso Porto Alegre Canela Jacuí Pelotas 12/10 e 29/10 Dia da Criança e Dia Nacional do Livro 5/12 Dia Internacional do Voluntário Porto Alegre Jacuí Santa Maria Nova Santa Rita Porto Alegre 25/12 Natal Porto Alegre Jacuí RESULTADO DAS AÇÕES Instituições de Abrigo de Idosos Total de voluntários envolvidos: 7 Total de horas de voluntariado: 28 horas Período da ação: de 01 a 21 de setembro de 2009 Total de itens arrecadados: 1.605 Escolas/Instituições de Assistência Social Total de voluntários envolvidos: 14 Total de horas de voluntariado: 56 h Período da ação: 01 a 31 de outubro de 2009 Total de itens arrecadados: 1.804 Porto Alegre: Visita a empresas estatais e órgãos públicos para divulgação do Ilumine Vidas; Pelotas: seminário de divulgação do Ilumine Vidas, realizado no auditório da GRS, para público interno e externo (empresas privadas e públicas); Total de voluntários envolvidos: 01 Total de horas de voluntariado: não computadas Período da ação: de 04 a 08 de dezembro de 2009 Escolas/Instituições de Assistência Social Total de voluntários envolvidos: 48 Total de horas de voluntariado: 192 h Período da ação: 01 a 24 de dezembro de 2009 Total de itens arrecadados: 1.513 Projeto Pescar No dia 13 de julho de 2009 o Grupo CEEE inaugurou sua primeira Unidade do Projeto Pescar, oferecendo 17 vagas para jovens, entre 16 e 19 anos, para o Curso de Iniciação Profissional em Eletricidade. A Unidade Pescar - Grupo CEEE tem como objetivo geral ampliar a atuação da Concessionária em práticas de Responsabilidade Socioambiental, utilizando a tecnologia de educação social da Fundação Projeto Pescar, aliada as metas e estratégias de valorização empresarial. A ação, que busca auxiliar no desenvolvimento pessoal, da cidadania e na qualificação Relatório de Administração Página 21

profissional em eletricidade predial desses jovens moradores da Vila Amazônia (Porto Alegre) foi promovida, em 2009, na Unidade Pescar CEEE (CETAF Porto Alegre). 7.3. AÇÕES AMBIENTAIS A CEEE-GT, através da Área de Geração, trata as questões socioambientais de forma clara, objetiva e continuada, de maneira a minimizar impactos ambientais negativos e potencializar impactos ambientais positivos decorrentes de suas atividades. A Área ambiental da Transmissão da Concessionária desenvolveu no decorrer de 2009, em seus empreendimentos, atividades diversas, tais como: programas ambientais de sensibilização ambiental, de controle de processos erosivos, de reposição florestal, monitoramento de sinalizadores de avifauna, bem como vistorias, elaboração de diagnósticos ambientais (incluindo avaliação arqueológica e aspectos bióticos), laudos técnicos, relatórios e licenciamento ambiental. Certificação Ambiental ISO14000 Em dezembro de 2008, foi obtida Certificação Ambiental da Usina Hidrelétrica de Canastra e da Sede da Divisão do Sistema Salto, com base na NBR ISO 14.001/2004, no mês de dezembro de 2009 obteve-se a renovação da certificação do Sistema de Gestão Ambiental pela ISO 14.001/2004. A certificação ISO 14001 propiciou à área de Geração a oportunidade de revisar seus processos produtivos, identificando o uso de produtos potencialmente poluidores, os desperdícios e o aproveitamento de resíduos. Provocou a sistematização de ações, destacando-se os procedimentos de atendimento à legislação ambiental, atendimento às emergências e comunicação com públicos interessados. Programa Recicle O Programa Recicle CEEE, em vigor desde 2002, é responsável pela coleta seletiva do lixo seco e orgânico, bem como o recolhimento de pilhas e baterias de celulares nas dependências da Concessionária, sendo doados às comunidades carentes. Este Programa é realizado de forma integrada entre as Concessionárias pertencentes ao Grupo CEEE e tem como principal parceiro o Centro de Educação Ambiental da Vila Pinto CEA, localizado ao lado da sede da CEEE-GT na Capital. Nesse ano foi doado às comunidades um total de 10,4 toneladas de resíduos, entre lixo seco e sucata de papéis. Reciclagem e descontaminação de lâmpadas e destinação de resíduos industriais A CEEE-GT fez o descarte de aproximadamente 6.941 lâmpadas fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio, eletrônicas compactas, incandescentes e mistas no geral, 138 kg de lâmpadas quebradas e 11m³ de resíduos industriais, contratando o transporte, descontaminação e reciclagem, atendendo a legislação ambiental vigente. Construção de Bacia de Contenção de Óleo em Berto Círio Visando adequação às normas vigentes e preservação do meio ambiente, foram efetuadas obras de contenção para o óleo destinado à manutenção de transformadores, armazenados em tanques metálicos. Ecoarte Municípios da área de concessão da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica receberam, em 2009, edições da oficina de Ecoarte. No total, foram 28 eventos, reunindo um público participante de 1.061 pessoas. Este projeto busca, através da arte e utilizando materiais dos hortos florestais da Companhia - valorizar os conceitos ligados ao meio ambiente, como cuidados com a natureza e combate ao desperdício. Relatório de Administração Página 22

Projeto SEMEAR Através da manutenção e preservação das áreas correspondentes as faixas de servidão das linhas de transmissão das SE s do entorno do município de Cachoeirinha, o projeto visa apoiar e estimular o aproveitamento racional das áreas ociosas com o plantio de diversas espécies de hortaliças e lavouras, floricultura e plantio de ervas medicinais. Assim, oportuniza às populações do entorno dos empreendimentos a produção de alimentos, geração de renda e conscientização ambiental. No ano de 2009, foi dada continuidade ao convênio firmado com a Prefeitura de Cachoeirinha para utilização dessas faixas. Destacamos, ainda, algumas ações pontuais envolvendo Geração e Transmissão. No âmbito das áreas das Usinas Hidroelétricas - UHE, desenvolveram-se atividades do Programa de Educação Ambiental junto às escolas, com palestras, apresentações de vídeos, oficinas de Ecoarte, entrega de materiais educativos e de sensibilização ambiental. Estas atividades atingiram um público de 2.760 crianças e 120 professores. Em 2009 as usinas próprias da CEEE GT receberam visitação de cerca de 1.600 pessoas de diferentes municípios do RS, e de outros Estados; Em 2009 teve prosseguimento o Programa de Monitoramento da Fauna Íctica em todos os reservatórios da CEEE GT, conforme exigências da FEPAM, bem como o salvamento de peixes em paradas de máquinas e outras situações onde se fez necessária; O Programa de Repovoamento de Alevinos contemplou a soltura de 410.000 unidades de peixes das espécies Jundiá, Grumatã, Pintado e Traíra, que ocorreram nos seguintes reservatórios da CEEE GT: Passo Real, Itaúba, Maia Filho, João Amado, Santa Rosa, Ernestina, Capiguí, Divisa, Blang e Salto. A soltura de alevinos foi devidamente autorizada pelo órgão ambiental. Estas atividades integram o Programa de Educação Ambiental da CEEE GT e contam sempre que possível com a participação de outros segmentos tais como Associação de Pescadores, ONG s, Batalhão Ambiental, Prefeituras e Secretarias de Meio Ambiente. Os alevinos são originários do Posto de Piscicultura da CEEE-GT, localizado junto à UHE Ernestina, no município de Tio Hugo; No decorrer de 2009, a CEEE-GT manteve a prestação dos serviços de consultoria ambiental junto a Companhia Energética Rio das Antas CERAN, e de Coordenação Ambiental da UHE Dona Francisca; Houve o fornecimento de mudas de árvores nativas para viveiro municipal da Prefeitura de São Leopoldo-RS e Porto Alegre-RS como procedimento de compensação ambiental; Foram realizados estudos e elaboração de documentação para Obtenção de Licença de Operação para Capina Química de todas as áreas britadas das 60 Subestações da Área de Transmissão; Foram aprimorados os procedimentos relativos à proteção e prevenção de erosão e as diretrizes ambientais para instalação de linhas de transmissão; Destacam-se ainda, as ações para a liberação ambiental da construção da LT 230kV Ramal Santa Cruz e LT 230kV Ramal Lajeado, incluindo o monitoramento da obra e o resgate arqueológico. Relatório de Administração Página 23

Houve, ainda, a regularização das áreas de entornos de barragens das usinas hidrelétricas, que culminou com a assinatura do Termo de Cooperação Técnica referente aos Planos de Uso e Ocupação do Solo no Entorno dos reservatórios, firmado entre Ministério Público Estadual, FAMURS, FEPAM e CEEE-GT. 8. ASPECTOS ECONÔMICO-FINANCEIROS A CEEE-GT em 2009 enfrentou vários desafios para oferecer ao seu mercado a excelência na prestação dos serviços de geração e transmissão de energia elétrica. O setor elétrico exige elevados investimentos das Concessionárias participantes, para atender o aumento da demanda por energia, decorrente das ascendentes taxas de crescimento da economia observadas nos últimos anos. Para tanto, tais empresas se utilizam de recursos de terceiros na alavancagem de seus negócios. A busca de melhores alternativas de financiamentos passa por pesquisa de fontes de recursos disponíveis nos mercados interno e externo, considerando inclusive as instituições públicas que fomentam as empresas do setor, destacando-se ELETROBRÁS e BNDES. Neste sentido, salienta-se o andamento positivo do Processo CRC Conta de Resultados a Compensar, que se encontra na fase de liquidação, bem como a antecipação de tutela obtida em sede de liminar na ação do REIDI Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura, a qual permitiu a desoneração tributária para as empresas do setor elétrico na construção de obras de infraestrutura. 8.1. INGRESSOS EXTRA-OPERACIONAIS Eletrobrás No ano de 2009, ocorreu o ingresso de R$ 13,4 milhões, referente a contratos de financiamento junto a ELETROBRÁS, relativo a obras de transmissão, com recursos da Reserva Global de Reversão RGR. Tal valor tem como objetivo atender um escopo de obras no montante de R$ 122 milhões, pelo período de 2009 a 2011. Captações no Mercado Em março de 2009, houve o ingresso de R$ 200 milhões, referente à liquidação de um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios - FIDC, cuja estruturação iniciou-se em 2008. Os recursos estão vinculados ao Programa de Aceleração do Crescimento - PAC do Governo Federal e destinam-se a realização de obras de geração e transmissão de energia elétrica, com cronograma de encerramento em 2010, para a maioria dos projetos. 8.2. OUTROS FATOS RELEVANTES Foi desenvolvido e implantado o Planejamento de Controle Financeiro de Despesas PCF, o qual se destina a aperfeiçoar a gestão financeira dentro das praticas de realização orçamentária. Com a implantação desta nova ferramenta gerencial a Concessionária tem maior visibilidade dos compromissos/despesas a pagar a curto e médio prazo, facilitando a gestão do caixa, e minimizando inadimplências a fornecedores. Foram aprovadas, também, as Diretrizes do Comitê Gestor do Acompanhamento da Realização Orçamentária, comitê este que tem como principal objetivo fazer o acompanhamento das realizações dos valores previstos e aprovados pela Diretoria no Orçamento de Custeio da Companhia, apontando as divergências que houver. Relatório de Administração Página 24

Em outubro de 2009, a Concessionária teve sua base acionária grupada na razão de 1000/1, atendendo orientação da BOVESPA, visando à unificação dos valores para facilitar a negociação dos papéis em bolsa. A Concessionária realizou leilões de materiais inservíveis ou obsoletos, sucata de veículos, postes e cruzetas, o que permitiu a arrecadação de R$ 933 mil, bem como foram adquiridos 14 veículos para compor a frota, investimento de R$ 450 mil. Na CEEE-GT, por força do resgate de alvarás junto ao Poder Judiciário, o ano de 2009 foi encerrado com um montante de R$ 6,7 milhões. Quanto aos valores das condenações da CEEE- GT, em virtude de conferência de cálculos apresentados pelos reclamantes, peritos ou das Secretarias das Varas, a Concessionária obteve uma redução de R$ 7,9 milhões. Em 2009, foram encerradas 211 reclamatórias da CEEE-GT, o que também repercutiu positivamente nos valores de provisionamento, com redução do chamado passivo trabalhista. Igualmente em 2009, a CEEE-GT implementou a constituição de apólices de seguros judiciais dadas em garantias em litígios em andamento, em substituição a depósitos em espécie, gerando benefícios ao seu caixa, pois evitou inúmeros desembolsos. Relatório de Administração Página 25

9. BALANÇO SOCIAL Relatório de Administração Página 26

10. RESULTADO DO EXERCÍCIO A CEEE - GT apresentou resultado superavitário no encerramento do exercício de 2009. O Lucro Líquido apurado foi de R$ 1.589,3 milhões, representando um aumento no resultado do exercício de 1.465,4 milhões, comparado com o mesmo período do ano anterior que foi de 123,9 milhões positivos. Os fatores relevantes que contribuíram para o resultado foram os seguintes: Reconhecimento da Conta de Resultado a Compensar - CRC em suas demonstrações contábeis, cujo direito foi obtido através de ação judicial transitado em julgado; Aumento da Receita Operacional da Concessionária em aproximadamente 9%, influenciada principalmente pelo suprimento de energia elétrica no ambiente regulado e de contratação livre, através de contratos bilaterais com comercializadores e consumidores livres, na geradora, e pela receita com transporte de energia em virtude do ingresso de novas obras; Resultado positivo de Equivalência Patrimonial referente a Participação Societária, principalmente, nas empresas CERAN e ENERCAN; Aumento no resultado financeiro devido a valorização do Real frente ao Dólar, sendo este o indexador de parte da dívida da Concessionária. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme demonstrado a seguir: Dados Econômico-Financeiros 2009 * 2008 ** Receita Operacional Bruta (R$ mil) 773.526 706.424 Receita Operacional Líquida (R$ mil) 671.096 605.551 Resultado do Serviço (Lucro Operacional) (R$ mil) 1.552.480 222.855 Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício (R$ mil) 1.589.217 123.896 LAJIDA (EBTIDA) (R$ mil) 1.614.715 283.834 Ativo Total (R$ mil) 3.461.289 1.790.534 Patrimônio Líquido (R$ mil) 1.974.272 434.781 Número de Ações 387.230 387.230 Cotação Unitária da Ação - ON (R$ por lote de mil) 3,00 3,88 Cotação Unitária da Ação - PNA (R$ por lote de mil) 2,10 1,31 Indicadores Margem Operacional (%) 231,34 36,80 LAJIDA Margem (%) 240,61 46,87 Despesa de Pessoal + Serv. de Terceiros / Receita Oper. Líquida (%) 31,86 28,44 Mercado 2009 2008 Energia Vendida - MWh 3.874.629 3.882.259 * Em 2009 foi realizado o grupamento de ações na proporção de 1000 por 1. ** 2008 reclassificado. Relatório de Administração Página 27

11. AUDITORES INDEPENDENTES Em atendimento à Instrução CVM n.º 381, de 14 de janeiro de 2003, a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT informa que utiliza os serviços de Auditoria Independente da BDO Auditores Independentes na elaboração de suas demonstrações financeiras, cujo contrato foi assinado em 10 de abril de 2008 no valor de R$ 124,9 mil. O prazo de execução dos serviços é de 12 meses a contar da data de assinatura do instrumento, podendo haver renovações sucessivas, limitados ao máximo de 60 meses. O referido contrato foi aditado, prorrogando o prazo contratual por mais 12 meses, a contar do dia 10 de abril de 2009. Em 22 de setembro de 2009, houve um novo aditamento ao contrato, a fim de capacitar os profissionais da Concessionária para a implantação das Normas Internacionais de Contabilidade. O prazo de execução dos serviços é de 358 horas, no valor de R$ 31,2 mil. Em decorrência do acréscimo mencionado anteriormente, para efeitos legais, é dado ao presente contrato o valor de R$ 163,7 mil. A BDO Auditores Independentes possui contratos para a prestação de serviços de auditoria externa com a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica CEEE-D (no valor de R$ 163,7 mil) e Companhia Estadual de Energia Elétrica Participações CEEE-PAR (no valor de R$ 10,8 mil), que são concessionárias e empresas resultantes da cisão da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE. A política da CEEE-GT na contração de bens e serviços é elaborada através de licitação pública e quanto à contratação de serviços não relacionados à auditoria externa junto ao auditor independente fundamenta-se nos princípios que preserva a independência do auditor. Os Auditores Independentes declaram que a prestação de serviços não afeta a independência e objetividade necessárias ao desempenho dos serviços de Auditoria Externa, baseados no item n.º 1.2.10.6 m.2 da Resolução n.º 1.034/05 do Conselho Federal de Contabilidade. AGRADECIMENTOS A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT, através de sua Diretoria, agradece a todos os seus consumidores pela confiança depositada na Concessionária e pela satisfação manifestada com a prestação de seus serviços. Agradecemos aos empregados da CEEE-GT, fundamentais no dia-a-dia e, principalmente, aos esforços por eles prestados na reorganização e no fortalecimento da Concessionária, bem como o apoio dispensado pelos colegas da CEEE-D. Também aos nossos parceiros e fornecedores, por auxiliarem na melhoria de nosso desempenho e na ampliação da nossa capacidade de atendimento ao mercado. Aos nossos acionistas, em especial a Companhia Estadual de Energia Elétrica Participações CEEE-Par e a ELETROBRÁS Centrais Elétricas Brasileiras S.A., agradecemos pelo incentivo e auxílio oferecidos à atual Gestão. Ao Conselho de Administração, por orientarem e compartilharem nas decisões dessa Concessionária. Ao Conselho Fiscal, pelas judiciosas ações e manifestações. À Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, ao Operador Nacional do Sistema - ONS e à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE agradecemos pelo apoio setorial dispensado à CEEE-GT, bem como aos demais organismos dos Governos Federal, Estadual e Municipal, às Autoridades Constituídas e às Instituições Bancárias, sempre presentes frente ao apoio necessário. Às demais empresas do setor, em especial às geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia elétrica, localizadas no Estado do Rio Grande do Sul e na Região Sul, bem como às cooperativas gaúchas de eletrificação rural, o agradecimento pela ação coordenada e pelo trabalho em comum realizado, assegurando a operação e expansão do sistema, transmitindo assim a tranqüilidade necessária aos consumidores e à sociedade. Relatório de Administração Página 28

Agradecimentos ao Ministério de Minas e Energia, pela deferência e atenção aos nossos pleitos que foram encaminhados no decorrer do ano. Ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul expressamos um especial agradecimento, pela confiança, orientação e decisivo apoio a todas as atividades dessa Concessionária. Enfim, agradecemos a toda população gaúcha pelo reconhecimento e contribuição decisiva prestada a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT, promovendo dessa forma o desenvolvimento sócio-econômico do Estado. Porto Alegre, 01 de março de 2010. SÉRGIO CAMPS DE MORAIS Diretor Presidente CAIO TIBÉRIO DORNELLES DA ROCHA SERGIO TADEU LADNIUK Diretor Diretor até 08 de Fevereiro de 2010 SÉRGIO SOUZA DIAS Diretor ROGÉRIO SELE DA SILVA Diretor JOSÉ FRANCISCO PEREIRA BRAGA Diretor SILVIO MARQUES DIAS NETO Diretor Relatório de Administração Página 29

Demonstrações Financeiras Balanço Patrimonial Para exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (valores expressos em milhares de Reais) Balanço Patrimonial Página 30

Demonstração do Resultado do Exercício Para exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (valores expressos em milhares de Reais) Demonstração do Resultado do Exercício Página 31

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Para exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (valores expressos em milhares de Reais) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Página 32

Demonstração dos Fluxos de Caixa Para exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (valores expressos em milhares de Reais) Demonstração dos Fluxos de Caixa Página 33

Demonstração do Valor Adicionado Para exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (valores expressos em milhares de Reais) Demonstração do Valor Adicionado Página 34

Notas Explicativas Exercícios findos em Dezembro de 2009 e 2008 (Valores em milhares de reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT, sociedade anônima de capital aberto, é uma concessionária do serviço público de energia elétrica, sendo seu acionista controlador o Estado do Rio Grande do Sul, através da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE-PAR, que detém 65,92% do seu capital total. São objetos da Concessionária: a) projetar, construir e explorar sistemas de produção e transmissão de energia elétrica, bem como desenvolver atividades que visem idêntica finalidade; b) a prestação de serviços de natureza pública ou privada, no setor de energia elétrica; c) a exploração de sua infraestrutura, com a finalidade de gerar receitas alternativas, complementares ou acessórias, inclusive proveniente de projetos associados. A alteração do dispositivo constitucional que permitiu a CEEE a se adequar ao novo modelo, foi aprovada pela Emenda Constitucional nº 53, em 12 de setembro de 2006. Em 13 de setembro de 2006, foi aprovada a Lei nº 12.593 que permitiu a CEEE a promover a reestruturação societária. Em vista disso, a Concessionária retomou o processo de reestruturação com prazo de cisão em 27 de novembro de 2006, o qual foi transferido à Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica - CEEE-D o patrimônio responsável pelas atividades de distribuição de energia elétrica, ficando as atividades de Geração e Transmissão de energia com a CEEE, que devido a suas novas atribuições teve sua denominação social alterada para Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT com funcionamento efetivo das Concessionárias segregadas a partir de 01 de dezembro de 2006, já operando como Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT. A Cisão decorreu da desverticalização prevista no artigo 4º, 5º, da Lei nº 9.074, de 07 de julho de 1995, conforme alterado pela Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004. 1.1. Da Concessão a) Concessão de Geração O parque gerador da Concessionária é composto por 15 usinas hidrelétricas, agrupadas nos Sistemas Salto e Jacuí, totalizando uma potência própria instalada de 1.169,3 MW. A expansão da geração de energia elétrica vem agregando significativo incremento através da implantação de novos projetos em parcerias com outras empresas do setor. b) Concessão de Transmissão A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT detém a maioria das concessões de linhas de transmissão e de subestações na tensão de 230 kv, disponibilizadas no Estado do Rio Grande do Sul para a rede básica do Sistema Interligado Nacional. Também possui a concessão das instalações de conexão, em tensão menor ou igual a 138 kv, que são de uso Notas Explicativas Página 35

exclusivo das empresas geradoras e distribuidoras de energia. Essas instalações viabilizam o suprimento de energia às concessionárias que atuam no Rio Grande do Sul, assim como aos consumidores livres, produtores independentes e a outras empresas de geração que atuam no Estado. c) Concessão de Transmissão LT 230kV UTPM x Pelotas 3 Em 19 de dezembro de 2002, a CEEE assinou com a Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL o Contrato de Concessão de Transmissão de Energia Elétrica, referente à linha LT 230kV UTPM x Pelotas 3, com prazo de vigência até 19/12/2032, podendo ser prorrogado por mais 30 anos. d) Autorizações Em 30 de setembro de 1999, através dos atos nº 4390 e 4391, publicados no Diário Oficial da União em 14 de outubro de 1999, a CEEE recebeu da Agência Nacional de Telecomunicações ANATEL autorização para exploração do Serviço Limitado Especializado, submodalidade Serviço de Circuito Especializado, em âmbito interior e internacional, por prazo indeterminado, sem caráter de exclusividade e tendo como área de prestação de serviço todo o território nacional. e) Renovação das Concessões Geração Com exceção da Usina Hidrelétrica de Itaúba que possui prazo de concessão contratado até 2021 de acordo com a Portaria MME nº 278/99 o prazo de concessão das demais usinas hidrelétricas da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT, conforme o 2º do art. 4º da Lei nº 9.074/95, encerra no ano de 2015, todavia o Contrato de Concessão de Geração de Energia Elétrica nº 25/00, assinado com o Poder Concedente em 05 de abril de 1999, prevê na sua subcláusula primeira da cláusula segunda: Para assegurar a continuidade e qualidade da exploração dos aproveitamentos hidrelétricos e com base nos relatórios técnicos específicos, preparados pela fiscalização da ANEEL, o prazo das concessões poderá ser prorrogado pelo período máximo de até 20 (vinte anos), mediante requerimento da Concessionária. A eventual prorrogação do prazo da concessão estará subordinada ao interesse público e à revisão das condições estipuladas neste Contrato. Transmissão A Concessão da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT, conforme o 3º do art. 4º da Lei nº 9.074/95, encerra no ano de 2015, todavia o Contrato de Concessão de Transmissão de Energia Elétrica nº 55/01, assinado com o Poder Concedente em 01 de outubro de 2001, prevê na sua subcláusula primeira da cláusula décima segunda: Para assegurar a continuidade e qualidade do serviço público de transmissão e com base nos relatórios técnicos específicos preparados pela fiscalização da ANEEL, o prazo da concessão estabelecido no caput desta Cláusula poderá ser prorrogado pelo período de até 20 (vinte anos, mediante requerimento da Transmissora ao Poder Concedente. A eventual prorrogação do prazo da concessão estará subordinada ao interesse público e à revisão das condições estipuladas neste Contrato. Existem ainda indefinições sobre os Contratos de Concessão de Geração e Transmissão que vencem entre 2015 e 2031. 1.2. Atividades Não Vinculadas à Concessão A Concessionária possui uma estação de piscicultura no município de Tio Hugo. Notas Explicativas Página 36

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As Demonstrações Financeiras foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, pronunciamentos, orientações e interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC, normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários CVM e legislação específica aplicada às concessionárias de serviço público de energia elétrica, definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. A Concessionária adota a Lei nº 6.404/76 e suas alterações introduzidas pela Lei nº 11.638/07, que modificou, revogou e introduziu novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações. A referida lei visou, principalmente, a atualização da lei societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas constantes das Normas Internacionais de Contabilidade. A Concessionária adotou integralmente o Despacho ANEEL nº 4.722, de 18 de dezembro de 2009, o qual trata do encerramento do Exercício Social 2009. Em 03.12.2008, foi editada a Medida Provisória nº 449/08, convertida na Lei nº 11.941 de 27/05/2009, a qual introduziu algumas alterações à legislação societária, Lei n.º 6.404/76, e instituiu o Regime Tributário de Transição (RTT) de apuração do lucro real, pelo qual foi prevista a possibilidade da neutralidade tributária no biênio 2008/2009 sobre os ajustes contábeis decorrentes da adoção das alterações efetuadas pela Lei nº 11.638/07. No decorrer do exercício de 2009 o Comitê de Pronunciamentos Contábeis emitiu e a Comissão de Valores Mobiliários CVM aprovou diversos pronunciamentos contábeis alinhados com as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), com vigência para os exercícios sociais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2010 com aplicação retroativa a 2009 para fins de comparabilidade. Devido aos diversos pronunciamentos técnicos emitidos e a complexidade dos mesmos, a concessionária encontra-se avaliando os impactos nas demonstrações financeiras, considerando-se que ainda existem indefinições não há possibilidade de avaliá-los e quantificá-los com segurança. A autorização para conclusão das Demonstrações Financeiras foi aprovada pelo Conselho de Administração e Conselho Fiscal em 01 de março de 2010, conforme estabelece a Deliberação CVM 505, de 19 de junho de 2006. a) Reclassificações No Balanço Patrimonial foi reclassificado o saldo de Encargos de Dívidas de R$ 1.782 relativo ao exercício de 2008 para a rubrica de Empréstimos, Financiamento e Encargos de Dívidas, a fim de manter a comparabilidade entre os dois exercícios apresentados. Na Demonstração do Resultado do Exercício foram realizadas reclassificações em virtude da Concessionária ter adotado nova forma de apresentação das Outras Receitas e Outras Despesas, diante disso o exercício de 2008 foi reclassificado, transferindo valores da rubrica Outras Despesas Operacionais para Outras Receitas e Outras Despesas. b) Comparabilidade Em decorrência das mudanças nas práticas contábeis adotadas no Brasil durante 2008, introduzidas pela Lei Nº 11.638/07 e Medida Provisória Nº 449/08 (convertida pela Lei nº 11.941/09), a Concessionária efetuou em dezembro de 2008 o reconhecimento de R$ 5.983 referente a resultado de equivalência patrimonial relativa a exercícios anteriores, valor este que impactou o patrimônio líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2008. 3. SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS 3.1. Práticas Contábeis Regulatórias e Especificas do Setor de Energia Elétrica Notas Explicativas Página 37

a) Plano de Contas A Concessionária adota o plano de contas contido no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, instituído pela Resolução ANEEL n 444, de 26 de outubro de 2001, e suas alterações subseqüentes. b) Custos Indiretos de Obras em Andamento Parte dos gastos da administração central é mensalmente apropriada às imobilizações em curso de forma proporcional aos gastos com pessoal próprio e mão-de-obra de terceiros realizados em projetos de investimento. c) Operações de Compra e Venda de Energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE Os registros das operações de compra e venda de energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE estão reconhecidos pelo regime de competência de acordo com informações divulgadas por aquela entidade ou por estimativa da Administração da Concessionária, quando essas informações não estão disponíveis. d) Obrigações Vinculadas à Concessão do Serviço Público de Energia Elétrica Representa o saldo de valores e/ou bens recebidos de Municípios, de Estados, da União Federal e de Consumidores em geral, relativos a doações e participações em investimentos realizados em parceria com a Concessionária. Em atendimento à Instrução Contábil nº 6.3.23 do Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, as Obrigações Vinculadas à Concessão, registradas em grupo específico no Passivo Não Circulante, estão apresentadas como dedução do Ativo Não Circulante - Imobilizado. e) Questões Ambientais Os gastos relacionados com as ações ambientais de proteção, recuperação ou compensação dos impactos sócio-ambientais, na hipótese de ocorrerem, encontram-se registrados como Ativo Permanente ou Resultado, conforme determina o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico. Os projetos são identificados e monitorados pelos órgãos ambientais fiscalizadores, tais como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente IBAMA, Fundação Estadual de Proteção Ambiental - FEPAM, Secretaria Municipal do Meio Ambiente SEMA e ONG s. 3.2. Práticas Contábeis Gerais a) Numerário Disponível e Aplicações Financeiras Incluem os saldos de caixa, depósitos em bancos, certificados de depósitos bancários e aplicações financeiras com liquidez imediata, que estão registradas aos respectivos valores de mercado. b) Concessionárias e Permissionárias Inclui os valores vencidos e a vencer referentes a suprimento de energia elétrica e encargos de uso da rede até a data das demonstrações financeiras, apurados pelo regime de competência, bem como as vendas de energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE, conforme informações disponibilizadas pela CCEE. c) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Foi constituída por valor considerado suficiente para cobrir eventuais perdas na realização dos créditos com concessionárias e permissionárias. Notas Explicativas Página 38

Engloba os recebíveis faturados, até o encerramento do balanço, contabilizado com base no regime contábil de competência. d) Estoque São valorados ao preço médio de aquisição e deduzidos das provisões para perdas, quando aplicável. Os estoques destinados à operação e manutenção estão classificados no ativo circulante e os destinados aos novos investimentos estão classificados no ativo imobilizado em curso. e) Investimentos Os investimentos em coligadas nos quais a companhia exerça influência significativa sobre a investida são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os demais investimentos estão registrados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perdas, quando aplicável. f) Imobilizado Em Serviço Líquido - Está registrado ao custo de aquisição ou construção, deduzida da sua depreciação acumulada. A depreciação é calculada utilizando o método linear, com base no tempo de vida útil estimada do ativo conforme Resolução ANEEL nº 367 de 02 de junho de 2009 e práticas do setor no Brasil. Em Curso Corresponde aos custos incorridos nas obras e investimentos em andamento e inclui a capitalização dos juros e demais encargos financeiros relativos aos financiamentos diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção dos ativos. g) Intangíveis Registrado em consonância com as disposições da Deliberação CVM nº 553, de 12 de novembro de 2008, pelo custo de aquisição das faixas de servidões permanentes e softwares este último deduzido da amortização acumulada calculada conforme Resolução ANEEL nº 367 de 02 de junho de 2009 e práticas do setor no Brasil. h) Redução ao Valor Recuperável de Ativos Impairment Na elaboração das Demonstrações Financeiras, a Concessionária aplica os procedimentos do Pronunciamento Contábil - CPC 01 Redução ao Valor Recuperável dos Ativos para apurar o valor recuperável dos ativos. O valor recuperável de um ativo é o maior valor entre: (a) seu valor justo menos custos que seriam incorridos para vendê-lo, e (b) seu valor de uso. O valor de uso é equivalente ao resultado dos fluxos de caixa futuros descontados, antes dos impostos, derivados do uso contínuo do ativo até o final da concessão. Quando o valor residual contábil do ativo exceder seu valor recuperável, a Concessionária reconhece uma redução do saldo contábil deste ativo (impairment ou deterioração) no resultado do período. i) Empréstimos, Financiamentos e Encargos de Dívidas Os Empréstimos e Financiamentos estão atualizados com base nos índices estabelecidos contratualmente. Os juros são calculados considerando-se os dias incorridos até a data das demonstrações financeiras e incluídos na rubrica de encargos dívidas e os custos de Empréstimos e Financiamentos diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de novos ativos são capitalizados até que estes estejam em condições de operação. j) Plano de Benefícios e Compromissos Previdenciais Complementares As obrigações futuras, estimadas com base na avaliação atuarial, elaborada anualmente por atuários independentes, são registradas para cobrir os gastos com contribuições para o fundo de pensão dos Notas Explicativas Página 39

funcionários, bem como com complementação de aposentadoria incentivada e de aposentados exautárquicos. O custo do serviço passado do plano de contribuição definida implantado em outubro de 2002 está sendo reconhecido no resultado no tempo remanescente de serviço dos empregados, conforme item 38 da NPC 26 do IBRACON, aprovada pela Deliberação CVM nº 371 de 13 de dezembro de 2000. k) Apuração de Resultado As receitas e despesas são reconhecidas pelo regime contábil de competência de cada exercício apresentado. As receitas de todos os serviços prestados são reconhecidas quando auferidas. As receitas e despesas de juros são reconhecidas pelo método da taxa efetiva de juros na rubrica de receitas/despesas financeiras. l) Imposto de Renda e Contribuição Social - Corrente e Diferido A provisão para imposto de renda foi calculada e contabilizada à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, mais adicional de 10%, e a contribuição social à alíquota de 9%, calculada e contabilizada sobre o lucro antes do imposto de renda, ajustado na forma da legislação vigente. A Concessionária fez adesão ao Regime Tributário de Transição RTT, instituído pela Medida Provisória nº 449/08, posteriormente convertida na Lei nº 11.941/09. Com a referida opção, o contribuinte garante a neutralidade tributária, para fins de apuração do lucro real, sobre as modificações inseridas na Lei das sociedades por ações, 6.404/76, no tocante ao critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas, alterações essas trazidas pela Lei nº 11.638/07, bem como pela própria Lei nº 11.941/09. O imposto de renda e a contribuição social diferidos sobre provisões temporariamente não dedutíveis, controlados na Parte "B" do LALUR, estão apresentados no realizável a longo prazo e foram classificados de acordo com a expectativa de sua realização. m) Outros Ativos e Passivos Os outros ativos e passivos sujeitos à variação monetária ou cambial por força de legislação ou cláusulas contratuais estão corrigidos com base nos índices previstos nos respectivos dispositivos, de forma a refletir os valores atualizados até a data das demonstrações financeiras. Os demais estão apresentados pelos valores incorridos na data de formação, sendo os ativos reduzidos de provisão para perdas, quando aplicável. n) Provisão para Contingências Estão registradas até a data do Balanço pelo montante provável de perda, observada a natureza de cada contingência. Os fundamentos e a natureza das provisões estão descritos na nota explicativa. 6.9. o) Uso das estimativas A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração da Concessionária faça estimativas e adote premissas que de fato afetem os valores reportados de ativos e passivos,receitas e despesas bem como sua respectiva divulgação nas demonstrações financeiras. Os resultados concretos desses fatos podem divergir dessas estimativas. As principais estimativas relacionadas às demonstrações financeiras referem-se ao registro dos efeitos decorrentes da provisão para créditos de liquidação duvidosa, vida útil do imobilizado, provisão para contingências, imposto de renda, premissas de plano de aposentadoria e benefícios pós-emprego e transações envolvendo a compra e venda de energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE, que são reconhecidas com base nas estimativas, sendo que o faturamento e liquidação final estão sujeitos a revisão dos participantes da CCEE. Notas Explicativas Página 40

4. ATIVO CIRCULANTE 4.1. Numerário Disponível e Aplicações Financeiras Os saldos compõem-se de: Descrição / Banco Tipo de Aplicação Vencimento Remuneração 2009 2008 Numerário Disponível Circulante 3.046 4.844 SIAC / BANRISUL Circulante Diário SELIC OVER 29.920 55 Aplicações Financeiras Circulante (Vide Nota Explicativa 15.a) 29.920 55 Total Numerário Disponível/Aplicações Financeiras 32.966 4.899 SIAC Especial / BANRISUL Não Circulante Diário SELIC 5 5 Aplicações Financeiras Não Circulante (Vide Nota Explicativa 15.a) 5 5 a) SIAC / BANRISUL O valor de R$ 29.920 (R$ 55 em 31 de dezembro de 2008) refere-se ao valor aplicado no Sistema Integrado de Administração de Caixa - SIAC/BANRISUL instituído pelo Decreto Estadual nº 33.959, de 31 de maio de 1991. Estes valores foram repassados ao SIAC conforme contrato assinado entre a Concessionária e o Governo do Estado do Rio Grande do Sul em 10 de outubro de 2008, denominado Contrato de Repasse Temporário de Recursos Monetários Disponíveis. O saldo aplicado está sendo remunerado pela variação da taxa SELIC OVER, com liquidez imediata. b) SIAC Especial / BANRISUL O valor de R$ 5 (R$ 5 em 31 de dezembro de 2008) refere-se a remuneração sobre o principal já resgatado aplicado no Especial/BANRISUL - SIAC Sistema Integrado de Administração de Caixa instituído pelo Decreto Estadual nº 33.959, de 31 de maio de 1991. Este saldo permanece aplicado, sendo remunerado com base na variação da taxa SELIC, sem liquidez imediata, visto que depende de dotação orçamentária por parte do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. 4.2. Concessionárias e Permissionárias Os saldos compõem-se de: 2009 2008 Suprimento de Energia... 34.437 32.270 Encargo de Uso da Rede... 49.406 47.016 Energia de Curto Prazo - CCEE... 6.760 1.814 90.603 81.100 a) Energia de Curto Prazo Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE O valor de R$ 6.760 (R$ 1.814 em 31 de dezembro de 2008) refere-se à energia vendida no mercado de curto prazo, conforme informações divulgadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE, demonstrado na nota explicativa nº 19.d. 4.3. Títulos de Crédito a Receber Os valores de R$ 453 (R$ 524 em 31 de dezembro de 2008) registrados no Ativo Circulante e R$ 806 (R$ 1.114 em 31 de dezembro de 2008), no Ativo não Circulante, referem-se a parcelamentos relativos à venda de ativos. Notas Explicativas Página 41

4.4. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa O valor de R$ 1.402 (R$ 1.227 em 31 de dezembro de 2008) refere-se à provisão de recebíveis relativos a valores de concessionárias e permissionárias diversas, vencidos a mais de 3 meses. 4.5. Tributos e Contribuições Sociais Compensáveis Os saldos compõem-se de: CIRCULANTE 2009 2008 PASEP/COFINS a compensar... 352 432 ICMS a compensar... 2.479 968 IRPJ e CSLL a compensar... 9.468 748 Outros Créditos a Compensar... 955 636 13.254 2.784 NÃO CIRCULANTE 2009 2008 PASEP/COFINS a compensar... 2.748 2.706 ICMS a compensar... 4.566 1.239 IRPJ e CSLL a compensar... 28.192 - Outros Créditos a Compensar... 607-36.113 3.945 4.6. Estoque Os saldos compõem-se de: 2009 2008 Estoque de Operação... 6.948 6.618 (-) Provisão para Perdas... (609) (606) 6.339 6.012 Os saldos de estoque referem-se a materiais destinados à manutenção das operações, em processo de classificação, resíduos e sucatas e destinados à alienação, todos valorados a preço médio e deduzidos das provisões para perdas. 4.7. Outros Créditos a Receber Os saldos compõem-se de: 2009 2008 Pesquisa e Desenvolvimento - P&D... 1.676 1.017 Adiantamento a Fornecedores... 87 130 Adiantamento a Empregados... 1.762 1.502 Aluguel de Postes/ Serviços Prestados/Cedência de Funcionários... 2.756 2.569 Fundo Investimentos em Direitos Creditórios - FIDC... 3.974 4.352 Empréstimo Compulsório ELETROBRÁS (Vide Nota Explicativa nº 15.b.II)... - 1.347 Conta Gráfica (Vide Nota Explicativa nº 15.b.I)... 2.105 - Outros Devedores... 14.806 5.469 27.166 16.386 a) Pesquisa e Desenvolvimento P&D O valor de R$ 1.676 (R$ 1.017 em 31 de dezembro de 2008) refere-se a projetos de Pesquisa e Desenvolvimento destinados à capacitação e desenvolvimento tecnológico da Concessionária, visando à geração de novos processos ou produtos, ou o aprimoramento de suas características. Notas Explicativas Página 42

b) Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios FIDC O valor de R$ 3.974 (R$ 4.352 em 31 de dezembro de 2008) refere-se ao montante retido em excesso às parcelas liquidadas, permanecendo aplicado no Fundo para liquidação de parcelas futuras, avaliados pelo valor de custo. c) Conta Gráfica O valor de R$ 2.105 refere-se aos saldos dos contratos de compartilhamento das atividades de Tecnologia da Informação e de atividades de Telecomunicações entre a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT e a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica CEEE-D. 4.8. Despesas Pagas Antecipadamente O valor de R$ 911 (R$ 671 em 31 de dezembro de 2008), corresponde à apropriação das quotas de custeio PROINFA relativo às concessionárias do serviço público de transmissão que atendam consumidor livre e/ou autoprodutor com unidade de consumo conectada às instalações de Rede Básica do Sistema Interligado Nacional e às majorações de alíquota do PASEP e da COFINS introduzidas pelas Leis nº 10.637/02 e 10.833/03. Com a Resolução Homologatória nº 843, de 25 de junho de 2009, foi ajustado o Ativo Regulatório de PASEP e da COFINS, sendo este amortizado na medida de sua inclusão na receita anual permitida do período. 5. ATIVO NÃO CIRCULANTE 5.1. Comercialização de Energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE O valor de R$ 65.777 (R$ 65.136 em 31 de dezembro de 2008) refere-se à Energia Vendida no Curto Prazo no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE, conforme nota explicativa nº 19.d. A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT, em 31 de dezembro de 2009 atualizou os saldos registrados nas demonstrações financeiras e considerou as prováveis perdas decorrentes do suprimento de energia livre, face ao término do prazo de cobrança da Recomposição Tarifária Extraordinária RTE, estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, nos termos da legislação vigente, conforme demonstrado: 2009 2008 Saldo Inicial... 65.136 64.110 Atualização... 3.751 3.725 Recebimento... (8) (178) Perdas... (3.102) (2.521) Saldo Final... 65.777 65.136 5.2. Depósitos Vinculados a Litígios O valor de R$ 6.007 (R$ 7.140 em 31 de dezembro de 2008) refere-se a depósitos judiciais dos processos de natureza trabalhista e cível que não possuem perda provável. Os demais depósitos judiciais estão apresentados de forma dedutiva, retificando o saldo das Provisões para Contingências Passivas a que se referem. (Vide Nota Explicativa nº 6.9) 5.3. Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos Representam imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre provisões temporariamente não dedutíveis, controladas na Parte B do LALUR, cuja dedutibilidade ocorrerá através dos pagamentos efetivos, ou da reversão dessas provisões: Notas Explicativas Página 43

a) Base de Cálculo dos Créditos Fiscais Diferidos 2009 2008 Provisão Ex-Autárquicos (Lei 3.096/56)... 298.473 283.708 Provisão para Contingências Trabalhistas... 224.047 196.095 Provisão para Contingências Fiscais e Cíveis... 16.864 20.048 Outras Provisões... 1.364 1.198 Base de Cálculo... 540.748 501.049 Alíquota Aplicável (IR e CS)... 34% 34% Total do Crédito Fiscal a ser Diferido sobre Diferenças Temporárias... 183.855 170.357 Parc. não realiz. no período de 10 anos, previsto na Inst. CVM 371/02... - (67.031) Saldo Contábil... 183.855 103.326 Não Circulante 183.855 103.326 Imposto de Renda e Contribuição Social s/ Diferenças Temporárias... 183.855 103.326 Com base no histórico de rentabilidade e em estudo técnico de viabilidade, conforme estabelecido pela Instrução CVM nº 371 de 2002 a Concessionária reconheceu neste exercício de 2009 um incremento de R$ 80.529 em seu ativo fiscal diferido referente a diferenças temporárias. A expectativa de realização deste ativo nos próximos 10 anos está a seguir demonstrada: b) Estimativa de Realização dos Créditos Fiscais Diferidos Estimativa % de Realização R$ Exercício de 2010... 9,99% 18.367 Exercício de 2011... 10,18% 18.716 Exercício de 2012... 9,77% 17.963 Exercício de 2013... 9,51% 17.485 Exercício de 2014... 9,27% 17.043 Exercício de 2015 a 2016... 17,86% 32.837 Exercício de 2017 a 2020... 33,42% 61.444 100,00% 183.855 A estimativa de realização dos créditos fiscais foi definida de acordo com as projeções elaboradas pela Concessionária, aprovadas pela Administração, tendo como principais premissas para a receita da Geração os contratos existentes em ambiente regulado e livre, além do aumento da capacidade de geração, assim como a recontratação dos produtos existentes a preços maiores, no entanto, este estudo está sendo atualizado com o intuito de ajustar as premissas, considerando o impacto da crise do setor, bem como o prazo de concessão divulgado na nota explicativa 1.1., assim, somente após a sua conclusão, será possível mensurar os prováveis reflexos nas demonstrações financeiras da Concessionária. Para a receita da Transmissão foram considerados valores relativos a receita permitida sobre as subestações e linhas de transmissão existentes, mais a receita de conexões da transmissão com a distribuição e a geração. Também foi considerada a diminuição da receita pela implementação da Parcela Variável a partir de maio de 2008 (Resolução ANEEL nº 270/2007). c) Créditos Tributários sobre Prejuízos Fiscais a Compensar e Bases de Cálculos Negativas da Contribuição Social Em 31 de dezembro de 2009, a Concessionária apresentava saldo de prejuízos fiscais a compensar de R$ 606.030 e base negativa de contribuição social de R$ 101.883. Conforme a legislação vigente, o limite de compensação destes prejuízos é de 30% do lucro real apurado em cada exercício. Estes valores não têm prazo de prescrição e os respectivos créditos fiscais, nos montantes de R$ 151.507 e R$ 9.169, respectivamente, não estão registrados contabilmente. Notas Explicativas Página 44

5.4. Outros Créditos a Receber Os saldos compõem-se de: 2009 2008 Fornecedores - Contrato 1000-1001/87... 39.941 39.941 Quotas Subordinadas - FIDC (Vide Nota Explicativa nº 7.2.b)... 29.925 17.125 Contrato Mútuo (Vide Nota Explicativa nº 15.b)... 37.980 - Contas de Resultado a Compensar - CRC... 1.376.430 - Outros... 3.704 3.459 1.487.980 60.525 a) Fornecedores Contratos 1000-1001/87 Referem-se aos Contratos 1000/87 (Consórcio Sulino) e 1001/87 (Consórcio Conesul) que tratam do fornecimento de equipamento e materiais para instalação de seis subestações, cujas obras civis e montagens foram de responsabilidade da Concessionária e a construção de cinco subestações com fornecimento de equipamentos em empreitada global na modalidade turn-key. Estes contratos estão sendo questionados através de uma ação cível pública cujo objeto é a declaração de nulidade dos referidos contratos e a devolução dos valores pagos a maior, encontrando-se atualmente na fase de cálculo pericial. O valor de R$ 39.941 refere-se as notas vinculadas a estes contratos, cujos pagamentos foram suspensos à época em razão da ação judicial em andamento e está igualmente registrado no passivo não circulante, conforme nota explicativa nº 7.1. b) Quotas Subordinadas FIDC O valor de R$ 29.925 (R$ 17.125 em 31 de dezembro de 2008) é referente à aquisição de Quotas Subordinadas do FIDC Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, sendo seu valor de mercado em dezembro de 2009 de R$ 34.505. c) Contrato de Mútuo Em 29 de outubro de 2008, através do Despacho nº 3.984, a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL anuiu à operação de mútuo entre a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE-GT (mutuante) e a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica - CEEE-D (mutuária) no valor de R$ 50.000 com regramento contratual de devolução em 12 parcelas mensais, a partir de agosto de 2009 e juros com base no CDI. O Contrato de Mútuo entre as partes foi celebrado em 31 de janeiro de 2009 e o montante disponibilizado em 12 de março de 2009. Posteriormente, em 23 de março de 2009, através do Despacho nº 1.045, a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL anuiu nova operação de mútuo entre a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE-GT (mutuante) e a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica - CEEE-D (mutuária) no valor de R$ 50.000 sob os mesmos regramentos do Contrato de Mútuo em vigência. O Contrato de Mútuo entre as partes foi celebrado em 25 de março de 2009, bem como o montante disponibilizado na mesma data. Em 09 de julho de 2009, a mutuante recebeu o saldo total atualizado de R$ 51.399, líquido de impostos, da mutuária, por meio de quitação antecipada, referente ao contrato de mútuo celebrado em 25 de março de 2009. Em 04 de janeiro de 2010 foi efetuado o pagamento das parcelas 04/12 e 05/12, referente ao Contrato de Mútuo anuído em 29 de outubro de 2008. d) Conta de Resultado a Compensar CRC Em Março de 1993, a Concessionária ingressou com Ação Ordinária contra a União Federal pleiteando o reconhecimento da Conta de Resultados a Compensar CRC, cuja decisão favorável à Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT transitou em julgado no âmbito do Supremo Tribunal Federal em 31 de março de 2009, caracterizando um direito não passível de questionamento. Na referida decisão foi reconhecido o direito da Concessionária registrar como custo do serviço os valores relativos à complementação e suplementação de aposentadoria de seus empregados ex- Notas Explicativas Página 45

autárquicos, com suas respectivas correções monetárias e juros moratórios dos exercícios de 1981 a 1993, para fins de ajustes na Conta de Resultados a Compensar CRC e Reserva Nacional de Compensação e Remuneração RENCOR. A realização deste crédito será efetuada conforme o estabelecido na Lei Federal nº 8.631, de 4 de março de 1993, alterada pela Lei Federal nº 8.724, de 28 de outubro de 1993, ou seja, através da compensação de dívidas da Concessionária com a União, e o saldo com a autorização do Tesouro Nacional para compensação com tributos e/ou abatimento da dívida do Estado do Rio Grande do Sul. Em virtude da desverticalização, a Lei Estadual nº 12.593/06 concedeu ao Poder Executivo a possibilidade de adquirir, pelo seu valor de face, a título oneroso, os direitos da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE ou das empresas resultantes da reestruturação de que trata esta Lei, que sejam provenientes dos saldos credores da Conta de Resultados a Compensar CRC. O processo de liquidação da sentença por artigos encontra-se em andamento na Vara Federal Ambiental, Agrária e Residual de Porto Alegre aguardando publicação da decisão proferida em 03 de novembro de 2009. Concomitantemente ao trâmite da ação de liquidação de sentença por artigos, foi contratado perito contábil para quantificar os valores na forma prevista na Lei nº 8.631/93 (com as alterações da Lei nº 8.724/93), conforme determina Acórdão do STJ. O trabalho pericial apresentado quantificou o crédito em favor da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT no montante de R$ 1.376.430, correspondendo a 40 % do valor, conforme definido na Proposta de Justificação de Cisão. (Vide nota explicativa nº 8.1.c e 11.a) 5.5. Bens e Direitos Destinados à Alienação O valor de R$ 2.152 (R$ 2.265 em 31 de dezembro de 2008), refere-se ao valor de custo dos imóveis que se encontram sem utilização pela Concessionária e que serão alienados. 5.6. Investimentos a ) Participações Societárias Permanentes Os saldos compõem-se de participação no capital das seguintes empresas: 2009 2008 Machadinho Energética S/A - MAESA... 23.533 23.458 Campos Novos Energia S/A - ENERCAN... 44.775 37.085 Jaguari Energética S/A... 1.241 1.341 Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S/A - ETAU... 6.162 4.457 Companhia Energética Rio das Antas - CERAN... 155.400 142.092 Investimentos Avaliados pela Equivalência Patrimonial... 231.111 208.433 Centrais Elétricas S/A - ELETROSUL... 323 324 Foz do Chapecó Energia S/A... 57.363 35.878 Transmissora Porto Alegrense Ltda... 4 - Outras Empresas... 554 553 Investimentos Avaliados pelo Custo... 58.244 36.755 b) Demonstração dos Investimentos Avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial 289.355 245.188 Notas Explicativas Página 46

* Valor referente à diferença do reconhecimento do resultado de equivalência patrimonial de 2008 entre o balanço auditado e o provisório de 2008. b.1) Machadinho Energética S/A MAESA Em julho de 1997 foi formalizado contrato de concessão entre o Empreendimento Machadinho, formado pela TRACTEBEL e Machadinho Energética S.A. MAESA, e Poder Concedente para construção e exploração da UHE Machadinho com 1.140 MW de potência, cuja operação comercial iniciou em 2002. A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT faz parte da MAESA, tendo aumentado sua participação societária em 2007 com a aquisição de parte das ações alienadas pela empresa Centrais Elétricas de Santa Catarina CELESC. Com esta aquisição, a participação da Concessionária na MAESA e por conseqüência no Empreendimento Machadinho passou a ser de 6,66% (5,86% anterior) e 5,53% (4,85% anterior) respectivamente, representando uma potência de 63 MW e energia garantida de 26,16 MW médios. b.2) Campos Novos Energia S/A ENERCAN Refere-se à participação de 6,51% na Empresa Campos Novos Energia S/A ENERCAN, localizada no rio Canoas, entre os municípios de Campos Novos e Celso Ramos, no estado de Santa Catarina, através do contrato de concessão nº 43/2000, com a Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. A potência instalada corresponde a 880 MW, sendo que a 1ª unidade geradora passou a operar comercialmente em 03 de fevereiro de 2007, a 2ª unidade em 17 de fevereiro de 2007 e a 3ª unidade entrou em operação em 09 de maio de 2007. b.3) Jaguari Energética S/A Refere-se à participação da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT na Jaguari Energética S/A, para a construção da PCH Furnas do Segredo, localizada no rio Jaguari, no Estado do Rio Grande do Sul, cujo início das operações ocorreu em setembro de 2005. Em 30 de agosto de 2004, a participação da Concessionária reduziu de 30% para 14,19% de acordo com a Resolução de Diretoria nº 2.124, isto porque o Acordo de Quotistas estabelecia que o acionista Guascor financiaria o capital próprio da Concessionária caso a sociedade obtivesse um financiamento mínimo de 80%, o qual não foi aprovado pelo BNDES, que financiou 55,2% do projeto. Também em agosto de 2004 foi firmado contrato de empréstimo entre Guascor Serviços Ltda e Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT, no valor de R$ 1.857 para integralização do capital social da Concessionária na investida. A Concessionária pagará a devedora através dos dividendos que terá direito do resultado da Jaguari Energética S/A. Em novembro de 2006, conforme Resolução de Diretoria nº 486, a Concessionária não manifestou interesse em acompanhar os aportes deliberados pelos demais acionistas da empresa, reduzindo a participação para 10,5%. b.4) Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S/A ETAU Em 18 de dezembro de 2002 a Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S/A ETAU, firmou Contrato de Concessão 82/2002 ANEEL, tendo por objeto a concessão do serviço público de energia elétrica referente à Linha de Transmissão Campos Novos, Lagoa Vermelha, Santa Marta 230 kv; a entrada em operação se deu em 17 de abril de 2005. A Concessionária tem participação de 10% na ETAU, sendo que o capital social correspondente foi integralizado com a emissão de notas promissórias pro soluto, as quais serão resgatadas mensalmente até a quitação de sua parcela no patrimônio do empreendimento, através do Contrato de Operação e Manutenção ETAU/CEEE-GT. Notas Explicativas Página 47

b.5) Companhia Energética Rio das Antas - CERAN Refere-se à participação de 30% na Companhia Energética Rio das Antas - CERAN, para implantação e exploração dos empreendimentos hidrelétricos nas usinas Castro Alves, Monte Claro e 14 de Julho, todas localizadas no estado do Rio Grande do Sul, cuja potência instalada corresponderá a 360 MW. Em 29 de dezembro de 2004, entrou em operação comercial a primeira das duas turbinas da Usina Hidrelétrica Monte Claro e em 29 de novembro de 2006 a segunda turbina com potência total instalada de 59 MW. Na UHE Castro Alves entrou em operação a primeira turbina em 04 de março, a segunda em 02 de abril e a terceira em 06 de junho de 2008. A UHE 14 de Julho iniciou a operação comercial de fornecimento de energia referente à primeira unidade geradora em 25/12/2008 e a segunda unidade geradora em 13/03/2009. c) Investimentos Avaliados pelo Custo c.1) Centrais Elétricas S.A. - ELETROSUL Refere-se à participação de 0,116% no Capital Social da Centrais Elétricas S.A.- ELETROSUL c.2) Foz do Chapecó Energia S/A Em 1º de março de 2007 a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT, juntamente com a CPFL Geração de Energia S/A e a Chapecoense Geração S/A, assinaram o Acordo de Acionistas da Foz do Chapecó Energia S/A FCE, sociedade por ações de propósito específico SPE, com distrato do consórcio anteriormente formalizado entre as partes. A Resolução Autorizativa ANEEL nº 879, de 17 de abril de 2007, autorizou a transferência da quotaparte detida pela Chapecoense Geração S/A na concessão do UHE Foz do Chapecó para a Foz do Chapecó Energia S/A FCE, alterando-se a estrutura acionária, que passou a ter a seguinte composição: CPFL 51%, CEEE-GT 9% e Chapecoense 40%. A potência instalada da usina, localizada no rio Uruguai, entre os municípios de Águas de Chapecó no estado de Santa Catarina, e Alpestre no Rio Grande do Sul, corresponderá a 855 MW, distribuída em quatro grupos geradores, com previsão para o início da operação em agosto de 2010 para a 1ª unidade e março de 2011 para a última. O BNDES aprovou financiamento para o empreendimento na ordem de R$ 1,658 bilhão, cujo prazo de financiamento é de utilização e carência até 15 de setembro de 2011 e amortização em 192 meses. A Concessionária assinou o contrato na condição de interveniente na operação do financiamento e aportou capital em dezembro de 2007, no montante de R$ 5,9 milhões, o qual já foi repassado através de empréstimo do Banco Bradesco diretamente a Foz do Chapecó Energia S/A. c.3) Transmissora Porto Alegrense Ltda Em junho de 2009, a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE- GT e a PROCABLE Energia e Telecomunicações constituíram a Sociedade de Propósito Específico denominada TPAE - Transmissora Porto Alegrense de Energia Ltda. que venceu o Leilão da ANEEL processo nº 48500.000368/2009-18 para a exploração da Concessão do Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica, mediante a construção, a montagem, a operação e manutenção do empreendimento Linha de Transmissão Subterrânea em 230kV Porto Alegre 9 - Porto Alegre 4. Conforme Memorando de Entendimentos firmado entre as partes, a Concessionária seria responsável pela Operação e Manutenção do Empreendimento, pelas Licenças Ambientais, revisões, acompanhamento técnico e fiscalização da obra e a PROCABLE seria responsável pela preparação do Projeto Básico e Executivo do Empreendimento, construção, fornecimento de materiais, obras civis, instalações, testes e realização de comissionamento. A Concessionária e a PROCABLE, em conjunto, seriam responsáveis pela estruturação e contratação do financiamento para implantação do Empreendimento. Estima-se que ao final do Empreendimento o Capital Social deverá estar em torno de R$ 17.500 e, considerando a estrutura de capital próprio na Transmissora Porto Alegrense de 35% (definida no Notas Explicativas Página 48

Anexo VI do Contrato de Concessão com a ANEEL) e a sua participação de 20%, a Concessionária deverá realizar aportes de R$ 3.500 mediante créditos que tem ou venha a ter com a TPAE. d) Outros Investimentos Os saldos compõem-se de: 2009 2008 Investimento em Recursos Florestais e Ambientais... 4.647 4.916 Bens e Direitos p/uso Futuro no Serv. Concedido e Bens de Renda... 765 592 Empreendimento Dona Francisca... 69.950 71.274 75.362 76.782 d.1) Investimentos em Recursos Florestais e Ambientais O valor de R$ 4.647 (R$ 4.916 em 31 de dezembro de 2008) contempla os investimentos no Centro Técnico de Aperfeiçoamento e Formação CETAF, em Estação de Piscicultura onde são produzidos alevinos e peixes visando o repovoamento dos reservatórios da Concessionária de forma a manter um perfeito equilíbrio da fauna íctica existente e de Hortos de Proteção, normalmente localizados junto às usinas e no entorno de seus reservatórios, que visam à preservação das faixas ciliares, exigência legal dos órgãos ambientais e condição para obter as Licenças de Operação das Usinas da Empresa. Do total apresentado, R$ 455 referem-se ao Centro Técnico de Aperfeiçoamento e Formação - CETAF o qual está vinculado a garantias ou penhoras em ações judiciais e parcelamento de impostos. Essas penhoras ou garantias referem-se principalmente ao PAES, conforme nota explicativa nº 6.8.a. e a ações trabalhistas e cíveis. Referidos bens não fazem parte da concessão e foram autorizados a serem vinculados a garantias pela ANEEL, conforme Ofício nº 835 SFF/ANEEL, de 26 de outubro de 2001. d.2) Bens e Direitos para Uso Futuro no Serviço Concedido O valor de R$ 765 (R$ 592 em 31 de dezembro de 2008) contempla os imóveis locados e os destinados à futura utilização pela Concessionária, no serviço concedido. d.3.) Empreendimento Dona Francisca O saldo de R$ 69.950 (R$ 71.274 em 31 de dezembro de 2008) refere-se ao investimento no Empreendimento Dona Francisca realizado na fase de implantação da obra, representado pelo valor do terreno de propriedade da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT, infraestrutura de urbanização para sua viabilização, bem como as primeiras sondagens e fundações e outros gastos incorridos posteriormente, decorrentes principalmente de indenizações por desapropriação de áreas que foram alagadas. Através deste investimento a Concessionária obteve a participação sobre uma energia assegurada na Usina (80 MW médios) de 5% nos primeiros dez anos, 10% do décimo primeiro ao vigésimo ano e 15% a partir do vigésimo primeiro ano. A potência instalada da Usina é de 125 MW e a Concessionária comercializa a energia correspondente à sua participação.o direito de exploração hidrelétrica pertence à Concessionária, que é responsável pela operação da Usina, recebendo dos demais consorciados o reembolso dos custos pagos na proporção de suas participações no Empreendimento, amortizando o valor do investimento com o montante de energia elétrica recebido e comercializado. Notas Explicativas Página 49

5.7. Imobilizado e Intangíveis a) Imobilizado b) Intangíveis c) Encargos Financeiros e Efeitos Inflacionários De acordo com a Instrução Contábil nº 6.3.10 item 4, do Manual de Contabilidade do Setor Elétrico e a Instrução CVM nº 193, de 11/07/1996, os encargos financeiros sobre capital de terceiros aplicados em imobilizações em curso foram apropriados no resultado e transferidos para o imobilizado em curso, conforme demonstrativo abaixo: Geração Transmissão Total 2009 2008 2009 2008 2009 2008 Encargos Financ. Contabil. no Resultado... 3.462 4.447 10.151 13.090 13.613 17.537 (-) Transf. para o Imobilizado em Curso... - - (10) (39) (10) (39) Efeito Líquido no Resultado... 3.462 4.447 10.141 13.051 13.603 17.498 Notas Explicativas Página 50

d) Vinculação dos Bens à Concessão De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto nº 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, os bens e instalações utilizados na produção e transmissão de energia são vinculados a esses serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador. A Resolução ANEEL nº 20/99, regulamenta a desvinculação de bens das concessões do Serviço Público de Energia Elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando ainda, que o produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada, para aplicação na referida concessão. e) Obrigações Vinculadas à Concessão do Serviço Público de Energia Elétrica O montante de R$ 4.694 (R$ 4.665 em 31 de dezembro de 2008) refere-se, principalmente, ao recebimento em doação, no ano de 2003, dos ativos pertencentes a LT 230 KV Ramal Fibraplac e a Subestação Fibraplac, localizadas no município de Glorinha/RS. Em 2007 foram recebidos em doação pelo Operador Nacional do Sistema - ONS, através de Termo de Transferência relativo aos equipamentos do projeto SINOCON, conforme Resoluções ANEEL nº 318/04 e nº 171/05, Unidades Terminais Remotas para diversas SE s. f) Valor Recuperável dos Ativos Os principais ativos tangíveis da Concessionária são Usinas Hidrelétricas, Linhas de Transmissão de 69Kv, 138Kv e 230Kv e Subestações.Desde 2008, esses ativos são examinados periodicamente para verificar se existem indicações de que eles estejam registrados contabilmente por um valor superior àquele passível de ser recuperado por uso ou por venda. O valor contábil líquido dos correspondentes ativos é ajustado ao seu valor recuperável, determinado com base no modelo de fluxos de caixa futuros descontados, sempre que este for inferior ao valor contábil. As revisões são efetuadas ao nível de Unidades Geradoras de Caixa, definidas por Contrato de Concessão para as quais a Concessionária consegue atribuir fluxos de caixa futuros significativamente independentes. Para fins de análise do valor de recuperação dos ativos, são observadas todas as alterações adversas ao ambiente empresarial ou regulatório, assim como o seu desempenho, considerando as seguintes particularidades do setor de energia elétrica: Atividades desenvolvidas são suportadas por um contrato de concessão que tem como objetivo, dentre outros, assegurar o equilíbrio econômico financeiro da concessão; As tarifas devem cobrir os custos necessários ao desenvolvimento das atividades, desde que assegurado o adequado nível de eficiência e a acuracidade das informações contábeis/financeiras; Custos extraordinários e relevantes e eventuais desajustes econômicos serão objeto de revisão tarifária; O contrato de concessão ou permissão é de longo prazo, o que viabiliza melhor planejamento das atividades; As taxas de depreciação estão em conformidade com o que determina o órgão regulador, levando em consideração a vida útil econômica e estimada dos bens; Ao término da concessão, os bens retornarão à União, sendo a Concessionária devidamente ressarcida pelo valor desses bens, determinado conforme normas específicas estabelecidas pela legislação aplicável. A Concessionária apura anualmente o valor recuperável de suas Unidades Geradoras de Caixa, considerando o disposto no item 21 do Pronunciamento Técnico CPC 01 Ajuste ao Valor Recuperável de Ativos, e considera que não existem perdas a serem reconhecidas. Notas Explicativas Página 51

g) Seguros Os ativos com cobertura para incêndio, queda de raio, explosões e danos elétricos foram aqueles considerados essenciais, em que ocorrendo o sinistro, implicará na possibilidade de comprometer a garantia e a confiabilidade na continuidade da prestação de serviço. A Concessionária considerou como ativo sem cobertura de seguro aqueles em que, na ocorrência de sinistro, não comprometem a confiabilidade operacional e produtiva. Um novo processo de licitação foi executado em dezembro de 2009 sendo a empresa TOKIO MARINE BRASIL SEGURADORA S/A, vencedora. Atualmente, o processo encontra-se na fase final de contratação. 6. PASSIVO CIRCULANTE 6.1. Fornecedores Os saldos compõem-se de: 2009 2008 Encargos de Uso da Rede...3.900 3.886 Materiais e Serviços... 13.205 19.511 Retenção Contratual... 15.920 17.393 33.025 40.790 6.2. Folha de Pagamento - Consignações O valor de R$ 8.948 (R$ 7.581 em 31 de dezembro de 2008) refere-se a consignações em favor de terceiros (diversas Entidades de Classe, como a Associação dos Funcionários das Companhias e Empresas de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul - AFCEEE, Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul - SENERGISUL e a Fundação CEEE de Seguridade Social - ELETROCEEE) e tributos e contribuições sociais retidos na fonte. 6.3. Tributos e Contribuições Sociais Os saldos compõem-se de: 2009 2008 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS... - 139 Contribuição ao Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS... 2.767 1.950 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - COFINS... 3.493 6.169 Contribuição ao Programa de Integração Social - PIS / PASEP... 758 1.346 Contribuição ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS... 1.171 826 Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social... 2.721 7.212 Outros... 690 510 11.600 18.152 6.4. Plano de Benefícios Previdenciais Complementares Os saldos compõem-se de: Nota CIRCULANTE Explicativa 2009 2008 Contas a Pagar Aposentadoria Incentivada - CTP... 0 9.898 7.917 Contribuição Patrocinadora - ELETROCEEE... 15.f 3.070 3.443 Fundação ELETROCEEE Contr. 1254/95 Benef. Empregados... 15.f 11.208 12.405 Provisão para Complementação Aposentadoria Ex-autarquicos - 0 Lei Estadual nº 3.096/56 - EXA... 0 40.091 38.173 64.267 61.938 Notas Explicativas Página 52

Nota NÃO CIRCULANTE Explicativa 2009 2008 Contas a Pagar Aposentadoria Incentivada - CTP... 0 274 1.869 Fundação ELETROCEEE Contr. 1254/95 Benef. Empregados... 15.f 84.989 92.349 Provisão para Complementação Aposentadoria Ex-autarquicos - 0 Lei Estadual nº 3.096/56 - EXA... 0 258.382 245.535 Ajuste Deliberação CVM 371/00 - Planos de Benefícios - 0 CEEEPREV e PLANO ÚNICO...0 - (2.536) 343.645 337.217 a) Contas a Pagar Aposentadoria Incentivada - CTP Em decorrência de acordo coletivo de trabalho, a Concessionária é responsável pelo pagamento do benefício de complementação de aposentadoria por tempo de serviço que tenha sido concedida pela Previdência Oficial ao participante regularmente inscrito na Fundação ELETROCEEE e que ainda não tenha cumprido todos os requisitos para a sua fruição, ocasião em que o ex empregado será definitivamente aposentado pela Fundação. Desta forma, a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT provisionou os valores integrais dos compromissos futuros relativos a estas complementações salariais, considerando o prazo médio de pagamento destes benefícios, ajustados a valor presente, incluindo as contribuições à Fundação. b) Contribuição Patrocinadora ELETROCEEE A Contribuição Patrocinadora - ELETROCEEE refere-se às contribuições mensais da Patrocinadora relativas aos Planos de Benefícios denominados Plano Único e CEEEPREV e a Parcela de Reserva Amortizar CEEEPREV. b.1) Plano de Benefício Definido Trata-se de compromissos junto à Fundação ELETROCEEE do Plano de Beneficio Definido denominado Plano Único. b.2) Plano de Benefício de Contribuição Definida O Plano CEEEPREV foi implantado em outubro de 2002 com a migração de 59% dos empregados participantes do Plano Único, tendo sido aprovado pela Secretaria de Previdência Complementar - SPC em 08 de agosto de 2002. Para os participantes que migraram do Plano Único para o Plano CEEEPREV foram preservados os benefícios com direitos já acumulados no plano de origem de forma saldada. c) Fundação ELETROCEEE Contrato 1254 Benefícios aos Empregados No total da obrigação atuarial está contemplado o montante do contrato com a ELETROCEEE n SF 1254/95, referente ao contrato de confissão de dívida por contribuições não pagas, cuja renegociação foi efetuada em agosto 2003 de acordo com seu quinto termo aditivo cuja carência foi até dezembro 2004, tendo o reinício dos pagamentos das amortizações de principal a partir de janeiro 2005, sendo seu término previsto para 31 de julho de 2018. d) Provisão para Complementação Aposentadoria Ex-Autárquicos Lei Estadual nº 3.096/56 - EXA Esta provisão refere-se ao compromisso da Concessionária com empregados ex-autárquicos aposentados, remanescentes da antiga Comissão Estadual de Energia Elétrica, autarquia que foi sucedida pela Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT, por força da Lei Estadual nº 4.136/61, registrado conforme cálculo atuarial. Notas Explicativas Página 53

6.4.1 Política Contábil Adotada pela Patrocinadora no Reconhecimento de Ganhos e Perdas Atuariais Plano de Benefício denominado Plano Único, Compromissos Previdenciais CTP e Ex-Autárquicos O valor do reconhecimento dos ganhos ou perdas atuariais corresponderá à parcela de ganho ou perda que exceda o maior entre 10% do Valor Presente da Obrigação Atuarial e 10% do Valor Justo dos Ativos do Plano, conforme item 53 da Deliberação CVM 371/00. Plano de Benefício denominado CEEEPREV Neste plano, o risco atuarial (benefícios menores que o esperado) e o risco de investimentos (ativos investidos e rendimento desses ativos serem insuficientes para cobrir os benefícios esperados) são dos participantes do plano. A contabilização dos custos normais do CEEEPREV, pela Concessionária, é determinada pelos valores das contribuições de cada período ocorrido efetivamente, não existindo, assim, ganho ou perda atuarial. Dessa forma o reconhecimento é efetuado com base nas contribuições efetivamente realizadas no exercício. Com relação ao custo do serviço passado, esse é reconhecido pelo método de linha reta, despesa, pelo período de amortização da Provisão a Constituir junto ao Plano CEEEPREV. Quanto ao reconhecimento do ganho ou perda atuarial com relação a esse compromisso de serviço passado, esse (a) será totalmente reconhecido (a) no exercício. Notas Explicativas Página 54

6.4.2 Conciliação dos Ativos e Passivos Reconhecidos no Balanço Baseada no resultado da avaliação atuarial conduzida sob a responsabilidade de atuários independentes, a Empresa registrou provisão para contribuição adicional ao fundo de pensão. O custo do serviço passado do CEEEPREV contribuição definida no montante de R$ 158.160 em 31 de dezembro de 2009 (R$ 171.432 em 31 de dezembro de 2008) está sendo reconhecido na Companhia no tempo remanescente de serviço dos empregados, estimado em 12 anos, conforme item 38 da Deliberação CVM 371/00. Notas Explicativas Página 55

6.4.2 Conciliação dos Ativos e Passivos Reconhecidos no Balanço (continuação) Notas Explicativas Página 56

6.4.3. Hipóteses e Premissas Atuariais Adotadas para os Cálculos. 6.5. Passivo Regulatório Os saldos compõem-se de: CIRCULANTE 2009 2008 Parcela de Ajuste - Res. Homologatória nº 670/2008... - 14.428 Parcela de Ajuste - Res. Homologatória nº 843/2009... 8.778-8.778 14.428 O detalhamento das Revisões Tarifárias homologadas no exercício de 2009 está divulgado na nota explicativa nº 19.b. 6.6. Obrigações Estimadas Os saldos compõem-se de: 2009 2008 Provisão para Férias, 13º Salário, Gratificações e Encargos Sociais... 14.032 12.331 Retenção da Remuneração... - 401 Prêmio Assiduidade...213 230 14.245 12.962 6.7. Encargos do Consumidor a Recolher (RGR/CCC/CDE) Os saldos compõem-se de: 2009 2008 Reserva Global de Reversão - RGR... 1.690 12.123 Conta de Consumo de Combustíveis - CCC... 2.102 2.129 Conta de Desenvolvimento Energético - Quota da CDE... 2.484 2.310 6.276 16.562 a) Reserva Global de Reversão - RGR Foi criada através da Lei n.º 8.631, de 04 de março de 1993, com a finalidade de prover recursos para reversão, encampação, expansão e melhoria dos serviços públicos de energia elétrica. O valor referese à parcela mensal do exercício de 2009. b) Conta de Consumo de Combustíveis CCC Foi criada para subsidiar a geração de energia elétrica com o uso de combustíveis fósseis, disciplina o rateio dos custos de aquisição desses combustíveis entre todas as concessionárias ou autorizadas do país, para garantir os recursos financeiros ao suprimento de energia elétrica a consumidores de Notas Explicativas Página 57

localidades isoladas do sistema de geração e distribuição, bem como da geração termelétrica que atende, principalmente, a demanda de ponta dos sistemas interligados, com tarifas uniformizadas. c) Conta de Desenvolvimento Energético Quotas da CDE Através da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, no artigo 13 foi criada a Conta de Desenvolvimento Energético - CDE visando o desenvolvimento energético dos Estados e a competitividade da energia produzida a partir de fontes eólica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, gás natural e carvão mineral nacional, nas áreas atendidas pelos sistemas interligados, a promoção da universalização do serviço de energia elétrica em todo o território nacional, devendo seus recursos observar as vinculações e limites previstos em Lei. 6.8. Encargos Parcelados Os saldos compõem-se de: CIRCULANTE 2009 2008 Parcelamento de Débitos Fiscais Lei nº 11.941/09... 17.279 9.537 Parcelamento Previdenciário... 306 331 17.585 9.868 NÃO CIRCULANTE 2009 2008 Parcelamento de Débitos Fiscais Lei nº 11.941/09... 59.574 33.376 Parcelamento Previdenciário... 867 1.173 60.441 34.549 a) Parcelamento de Débitos Fiscais Lei nº 11.941/09 A Concessionária efetuou em 20/11/2009 pedido de parcelamento de débitos fiscais junto a Receita Federal e Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, nos termos da Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009 e da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 06, de 22 de julho de 2009. Os débitos se relacionam ao Programa de Integração Social PIS e a Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social COFINS, bem como a obrigações fiscais junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social INSS. No tocante ao Parcelamento Especial PAES, instituído pela Lei nº 10.684, de 31 de maio de 2003, a Concessionária realizou a migração de seu saldo remanescente junto ao ente fazendário, para quitálo consoante os critérios da Lei nº 11.941/09. Ainda, no que tange a diferença de saldo oriunda do PAES, até então apresentada entre o sistema de consulta da RFB/PGFN e o contabilizado nas demonstrações financeiras, a Concessionária, em face da adesão ao novo diploma legal, reconhece, neste momento, o saldo vigente do órgão fazendário. A Concessionária vem efetuando o pagamento das parcelas mínimas disciplinadas na Lei nº 11.941/09, já obtendo o deferimento de seu requerimento de adesão. Os débitos parcelados ainda não se encontram consolidados por parte dos órgãos competentes, fato que deverá se realizar ao longo do exercício de 2010. O total da dívida objeto do parcelamento monta R$ 78.199, já contemplando o reparcelamento do PAES, bem como os descontos de multa e juros oferecidos ao contribuinte pela Lei nº 11.941/09 e Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 06/09. Deste montante, R$ 36.906, referem-se à multa e juros, os quais serão liquidados com a utilização de prejuízos fiscais do imposto de renda e bases negativas da contribuição social, o saldo restante será quitado em 180 meses com atualização pela Taxa Selic. b) Parcelamento Previdenciário Refere-se ao parcelamento proveniente do Auto de Infração nº 35.572.001-9. A Concessionária foi autuada em 25 de agosto de 2005 por deixar de declarar em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social GFIP dados relativos ao pagamento de reclamatórias trabalhistas. Após julgado improcedente o recurso promovido pela Notas Explicativas Página 58

Concessionária, restou devido R$ 2.186 sendo que deste valor foi compensado o depósito recursal anteriormente efetuado no montante de R$ 656. O saldo remanescente de R$ 1.530 foi parcelado em 60 vezes que vem sendo quitado na proporção de seu vencimento. 6.9. Provisão para Contingências As provisões e contas a pagar reconhecidas para contingências passivas, líquidas dos depósitos judiciais correspondentes, estão compostas como segue: CIRCULANTE 2009 2008 Provisão Contingências Trabalhistas... 57.429 49.788 Provisão Contingências Cíveis...12.725 6.705 70.154 56.493 NÃO CIRCULANTE 2009 2008 Provisão para Contingências Trabalhistas... 166.618 181.527 Provisão para Contingências Cíveis... 1.804 12.625 Provisão para Contingências Fiscais...2.335 1.742 (-) Depósitos Judiciais - Contingências Trabalhistas e Cíveis... (57.141) (51.096) 113.616 144.798 TRABALHISTAS CÍVEIS FISCAIS TOTAL Saldo Inicial Janeiro/2009 231.315 19.330 1.742 252.387 (+) Novos Ingressos... 40.472 648 2.335 43.455 (-) Pagamentos... (35.979) (308) - (36.287) (-) Montantes Revertidos... (41.061) (7.459) (1.742) (50.262) (+) Atualização Monetária... 29.299 2.319-31.618 (-) Depósitos Judiciais... (38.640) (4.697) - (43.337) (-)Atualização de Depósitos Judiciais... (11.526) (2.278) - (13.804) (=) Saldo Final Dezembro/2009 173.880 7.555 2.335 183.770 a) Provisão para Contingências Trabalhistas A Concessionária vem permanentemente aprimorando a apuração dos valores contingentes embasada no histórico de dados referentes aos pagamentos com a finalização das discussões judiciais de assuntos de natureza trabalhista. Foi feita uma análise criteriosa das chances de êxito da Concessionária envolvendo processos trabalhistas, com o objetivo de suportar o adequado julgamento quanto à necessidade ou não da constituição de provisões. As estimativas quanto ao desfecho e os efeitos financeiros das contingências foram determinadas com base em julgamento da Administração, considerando o histórico de perdas em processos de mesma natureza e a expectativa de êxito de cada processo. As principais ações ingressadas contra a Concessionária referem-se a verbas rescisórias, responsabilidade subsidiária, complementação de proventos de aposentadoria, responsabilidade solidária, vínculo empregatício, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, correto enquadramento e prêmio assiduidade. b) Provisão para Contingências Cíveis A Concessionária está sendo citada em diversos processos judiciais de natureza cível para os quais foi registrada provisão para os valores cuja expectativa de pagamentos foi considerada provável, pelos seus assessores jurídicos, em uma análise efetuada individualmente por processo. As ações ingressadas contra a Concessionária referem-se à danos morais e materiais, sustação de cobrança, honorários advocatícios, contrato de compra e venda de energia, desapropriação e revisão de contratos. Notas Explicativas Página 59

c) Provisão para Contingências Fiscais O montante refere-se a Contribuições Previdenciárias, provisionado para fazer frente ao Auto de Lançamento nº 35.067.180-0, lavrado pela fiscalização do INSS, em razão de eventual ausência de recolhimento das aludidas contribuições. O contribuinte busca defesa, por meio de recurso voluntário, interposto na esfera administrativa, classificado como perda provável. A Concessionária obteve êxito na ação judicial de Compensação de Créditos Derivados Demanda do Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural FUNRURAL, Processo CEEE nº 3252/98, em 06 de abril de 2006, obtendo o direito de suspender todos os recolhimentos efetivados a título da contribuição previdenciária destinada ao FUNRURAL até 1º de setembro de 1989, data em que a Lei nº 7.789/89 passou a vigorar, tornando a referida contribuição legalizada. Desta forma, os valores recolhidos até esta data, devidamente atualizados, foram compensados nas parcelas vincendas ao INSS, observando-se o limite passível de compensação mensal que é de 30% do valor a ser recolhido em cada competência. O valor total pleiteado é da ordem de R$ 135.000, entretanto, tendo em vista a falta de clareza quanto ao que está expresso na decisão do acórdão, procedemos a contabilização do valor de R$ 7.420 para a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT, referente ao período de setembro de 1989 a junho de 1991, haja vista que neste período a legislação deixava claro que o percentual de 2,4% do FUNRURAL está inserido no total do INSS. Até dezembro de 2007 a Concessionária compensou o montante de R$ 7.420 não havendo mais saldo remanescente a compensar. A Concessionária recebeu, em dezembro de 2007, Notificação de Lançamento de Débito da Fiscalização previdenciária do INSS referente aos valores compensados a título de FUNRURAL. A Concessionária vem discutindo no âmbito administrativo essa matéria e segundo parecer da área jurídica o desfecho negativo para a Concessionária é considerado como possível. 6.10. Valores Destinados à Aplicação em Recursos P&D Os saldos compõem-se de: CIRCULANTE 2009 2008 Recursos P & D...6.308 4.280 Recursos FNDCT... 495 3.577 Recursos MME... 247 1.789 7.050 9.646 NÃO CIRCULANTE 2009 2008 Recursos P & D... 10.347 8.495 10.347 8.495 O P&D é um programa de investimento, estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, para as concessionárias de energia elétrica, calculados com base na receita operacional líquida das empresas, que resulta na capacitação e desenvolvimento tecnológico. Ao programa de Pesquisa e Desenvolvimento, a Concessionária destina anualmente, no mínimo, 1% da receita operacional líquida. Dos valores destinados ao P&D, 40% são aplicados em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, 40% são recolhidos ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FNDCT, e 20% ao Ministério de Minas e Energia MME. A composição dos saldos passivos dos respectivos programas são os seguintes: Notas Explicativas Página 60

CIRCULANTE FNDCT MME 2009 2008 2009 2008 Ano 2009... - 3.577-1.789 Ano 2010... 495-247 495 3.577 247 1.789 CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE P&D 0 0 2009 2008 2009 2008 A aplicar... 4.756 4.280 0 8.476 6.254 Atualização Monetária do Saldo Pendente... 1.552-0 1.871 2.241 6.308 4.280 10.347 8.495 6.11. Outros Passivos Os saldos compõem-se de: 2009 2008 Energia de Curto Prazo - CCEE (vide nota explicativa nº 19.d)... 1 583 Compensação Financeira para Utilização de Recursos Hídricos... 4.592 3.757 Obrigações com Empreendimentos... 33.038 33.038 Obrigações com Obras da Transmissão... 17.737 16.083 Programa de Participação nos Resultados - PPR... 2.662 2.607 Conta Gráfica...- 1.115 Obrigações com Coligadas/Controladas... 2.505 5.827 Outros Credores... 5.928 3.433 66.463 66.443 a) Obrigações com Empreendimentos O valor de R$ 33.038 (R$ 33.038 em 31 de dezembro de 2008) decorre da liquidação da Usina Termelétrica S.A TERMOGAÚCHA, valor este objeto de contestação pela Concessionária no Poder Judiciário. b) Obrigações com Coligadas/Controladas O valor de R$ 2.505 (R$ 5.827 em 31 de dezembro de 2008) refere-se ao saldo a vencer do arrendamento da UHE Machadinho. As obrigações referentes ao contrato de mútuo celebrado entre a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT e a Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S/A ETAU, que tinha a finalidade custear a realização do empreendimento, foram quitadas em junho de 2009. 7. PASSIVO NÃO CIRCULANTE 7.1. Outros Passivos Os saldos compõem-se de: 2009 2008 Fornecedores - Contratos 1000-1001/87 (vide nota explicativa n 5.4.a)... 39.941 39.941 Provisão Prêmio Assiduidade... 1.227 1.198 Autos de Infração... 13.891 12.637 Outras... 5.499 5.902 60.558 59.678 a) Autos de Infração Do valor de R$ 13.891, R$ 8.549 refere-se à provisão da multa apagão e R$ 5.342 pelo não cumprimento dos prazos e ao descumprimento do Contrato de Concessão 055/2001 estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Notas Explicativas Página 61

7.2. Empréstimos, Financiamentos e Encargos de Dívidas Os saldos compõem-se de: Notas Explicativas Página 62

7.2. Empréstimos, Financiamentos e Encargos de Dívidas (continuação) As parcelas de Longo Prazo dos Empréstimos e Financiamentos vencem como segue: Demonstrativo de Composição do Saldo da Dívida por Moeda/Indexador: a) Cauções e Depósitos Vinculados O valor de R$ 31.708 (R$ 49.560 em 31 de dezembro de 2008), refere-se, basicamente, a valores de Dívida de Médio e Longo Prazo DMLP, caucionados conforme estabelecido no inciso II do contrato de confissão e consolidação de dívidas celebrado com a União. Estas quantias destinam-se a amortizar os valores de principal relativos ao Par Bond e ao Discount Bond, quando da exigência de tais pagamentos em 2024. b) Fundo de Investimento em Direitos Creditórios FIDC I, FIDC III e FIDC V A Concessionária efetuou a estruturação de captação de recursos através de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios FIDC I, iniciada no segundo semestre de 2005, tendo como Administrador e Agente de Recebimento do Fundo o Banco do Estado do Rio Grande do Sul - BANRISUL; a Agência de Classificação de Risco foi a Standard & Poor s e o Custodiante é o Deutsche Bank S.A. A operação foi lastreada em recebíveis da geração e transmissão, no valor total de R$ 123.000, onde R$ 115.450 referiram-se a quotas sênior (investidores) e o saldo de R$ 7.550 relativos a quotas subordinadas (tomadora). A liquidação financeira (ingresso dos recursos) ocorreu nos meses de fevereiro e março de 2006. As contas a receber são repassadas ao Fundo no momento do faturamento, até o limite da parcela mensal. A Concessionária iniciou, em 2007, tratativas com o mercado financeiro para a constituição de novo FIDC III, com cessão de direitos creditórios de alguns contratos de venda de energia e de uso da rede de transmissão, com valor de R$ 150 milhões. Em decorrência da elevação do Rating do FIDC I, efetivado em 2006, para AAbr+, construiu-se um ambiente favorável de vinculação do FIDC III aos mesmos recebíveis do FIDC I de forma subordinada, não aumentando o comprometimento da receita operacional da Concessionária. Notas Explicativas Página 63

Em virtude das tratativas iniciadas e considerando as necessidades conjunturais da Concessionária, houve a antecipação de parte do valor do FIDC III através da emissão de Notas Promissórias no valor de R$ 50 milhões que ingressaram na Concessionária no mês de setembro de 2007. Em dezembro de 2007 houve a constituição do fundo FIDC III e sua respectiva liquidação, fazendo com que os recursos ingressassem imediatamente no caixa da Concessionária, momento em que houve o resgate das Notas Promissórias. Visando obter recursos para investimento, bem como para atender necessidades de caixa para o ano de 2009, a Concessionária firmou termo de contrato com o Banco do Estado do Rio Grande do Sul - BANRISUL visando à estruturação do FIDC V, num montante de R$ 200.000 com recursos advindos do FI FGTS. A disponibilização do referido fundo foi efetivada em 11 de março de 2009. 8. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 8.1. Capital Social a) Posição Acionária Os acionistas aprovaram, em Assembléia Geral Extraordinária realizada no dia 02 de outubro de 2009, o grupamento da totalidade das ações representativas do capital social da Concessionária, na proporção de 1000 (mil) ações para 1 (uma) ação da mesma espécie, nos termos do Art.12 da Lei n 6.404/76, passando o capital social a ser representado por 387.229.828 ações nominativas, sem valor nominal, sendo 380.669.270 ações ordinárias e 6.560.558 ações preferenciais, sem direito a voto, permanecendo inalterado o valor do capital social da Concessionária no montante de R$ 588.447, com a seguinte composição: 2009 2008 CEEE-Par...65,92% 65,92% ELETROBRÁS... 32,59% 32,59% Municípios... 0,92% 0,92% Outros... 0,57% 0,57% 100,00% 100,00% b) Destinação do Lucro Líquido do Exercício Após as deduções e absorção dos Prejuízos Acumulados, conforme os artigos 48 e 49 do Estatuto da Concessionária, os lucros terão a seguinte destinação e nesta ordem: a) 5% (cinco por centro) do Lucro Líquido para constituição da Reserva Legal; b) 50 % (cinqüenta por cento) do Lucro Líquido Ajustado, a título de dividendo obrigatório; b.1) às Ações Preferenciais um dividendo anual mínimo, não cumulativo, de 10% (dez por cento) sobre o Capital Próprio a essa espécie de ações, que será entre elas rateado igualmente; b.2) às Ações Ordinárias, havendo saldo, um dividendo anual não cumulativo, o qual será entre elas rateado igualmente; c) 10% (dez por cento) do Lucro Líquido para constituição de Reserva para Expansão. Notas Explicativas Página 64

c) Reserva de Incentivos Fiscais A Administração da Concessionária propôs a constituição da Reserva de Incentivos Fiscais em atendimento ao art. 195 e 195 A da Lei nº 6404/76, no valor de R$ 1.376.430 correspondente à Conta de Resultados a Compensar - CRC contabilizada no resultado deste exercício e posteriormente transferida para Reserva de Incentivos Fiscais. (Vide nota explicativa nº 5.4.d e 11.a). 9. RESULTADO DOS EXERCÍCIOS 9.1. Receita Operacional 9.1.a. Suprimento de Energia Elétrica O valor de R$ 307.148 (R$ 289.476 em 31 de dezembro de 2008) refere-se aos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado CCEAR. A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT vendeu no primeiro leilão de energia existente, realizado em dezembro de 2004, 260 MW médios para o período de 2005 a 2012 e 152 MW médios para o período 2006 a 2013. A comercialização da energia da Área de Geração, durante 2005 e 2006 foi realizada através dos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado - CCEAR, firmados com trinta e cinco empresas Distribuidoras de Energia Elétrica. A partir de 2007 a Concessionária passou a comercializar energia no Ambiente de Contratação Livre, assinando contratos bilaterais com comercializadoras e consumidores livres. 9.1.b. Disponibilização do Sistema de Transmissão O valor de R$ 438.735 (R$ 404.072 em 31 de dezembro de 2008) refere-se às receitas derivadas da disponibilização do sistema de conexão da Geração e do Sistema de Transmissão a terceiros. 9.2. Deduções da Receita Operacional 9.2.a. PASEP e COFINS Os saldos compõem-se de: 2009 2008 PASEP... 8.608 8.156 COFINS... 39.694 37.584 48.302 45.740 9.3. Custo com Energia Elétrica 9.3.a. Custo com Energia Elétrica Comprada de Terceiros O valor de R$ 1.737 (R$ 5.438 em 31 de dezembro de 2008) refere-se à Comercialização de Energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE. Notas Explicativas Página 65

10. CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS Os saldos compõem-se: (*) O valor gasto com Custos de Operação e Despesas Operacionais com Administradores durante o período findo em 31 de dezembro de 2009 foi de R$ 489 (R$ 185 em 31 de dezembro de 2008), deste total, R$ 52 (R$ 25 em 31 de dezembro de 2008) refere-se a honorários, R$ 105 (R$ 55 em 31 de dezembro de 2008), a verba de representação da diretoria e R$ 332 (R$ 105 em 31 de dezembro de 2008), a despesas com os conselheiros fiscais e de administração, bem como os encargos sociais de diretores não empregados. Notas Explicativas Página 66

11. OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OUTRAS RECEITAS 2009 2008 Ganho nas Alienações e Outros Ganhos do Ativo Permanente... 1.396 1.379 Conta de Resultados a Compensar - CRC... 1.376.430 - Outras... 1.132 348 1.378.958 1.727 OUTRAS DESPESAS 2009 2008 Perdas na Alien. e Desat. de Bens e Direitos... (1.144) (11.863) Provisão para Desvalorz./Valoriz. de Outros Investimentos... (1.606) (285) Outras... (2.659) (2.672) (5.409) (14.820) a) Outras Receitas O valor de R$ 1.376.430 refere-se ao reconhecimento dos créditos da Subvenção Governamental para Investimento - Conta de Resultados a Compensar CRC, decorrentes das compensações realizadas na forma da Lei nº 8.631/93 (com alterações pela Lei nº 8.724/93). O CPC - 07 que trata da Subvenção e Assistência Governamentais, aprovado pela Deliberação CVM nº 555 de 12 de novembro de 2008, em convergência com as normas internacionais de contabilidade, determina que as doações e subvenções governamentais devam ser registradas em conta de Resultado do Exercício (receitas). Por proposta da Administração da Concessionária, foi constituída a Reserva de Incentivos Fiscais, em atendimento ao art. 195 e art.195 A da Lei nº 6404/76, do valor referente a CRC. De acordo com o art. 18 da Lei nº 11.941 de 27 de maio de 2007, os valores relativos à subvenção governamental devem ser mantidos em Reserva para Incentivos Fiscais, não estando sujeitos a tributação e não integram a base de cálculo do dividendo obrigatório. (Vide nota explicativa nº 5.4.d e 8.1.c) 12. RECEITA/DESPESA FINANCEIRA Os saldos compõem-se de: 2009 2008 RECEITA FINANCEIRA Renda de Aplicações Financeiras (SIAC) (Vide NE 15.a)... 7.976 834 Receitas Financeiras com Parcelamentos... 108 - Variações Monetárias de Empréstimos e Financiamentos... 40.450 45.056 Base Negativa CSLL e IR Prejuizo Fiscal... 36.907 - Atualização Monetária dos Depósitos Judiciais... 1.794 12.010 Outras Receitas Financeiras... 8.678 7.340 95.913 65.240 DESPESA FINANCEIRA Encargos de Dívidas... (13.603) (17.498) Despesas Financeiras com PAES... (28.310) (2.075) Despesas Financeiras com P&D/FNDCT... (1.189) (1.174) Despesas Financeiras com Empreendimentos... (4.729) (6.030) Variações Monetárias de Empréstimos e Financiamentos... (61.686) (88.875) Outras Despesas Financeiras... (15.244) (10.951) (124.761) (126.603) TOTAL DESPESA FINANCEIRA LÍQUIDA (28.848) (61.363) Notas Explicativas Página 67

13. DESPESA COM IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Demonstração do cálculo da despesa com imposto de renda - IRPJ e contribuição social - CSLL. Os saldos compõem-se de: 2009 2008 IRPJ CSLL IRPJ CSLL Lucro Líquido antes do IRPJ e da CSLL... 1.552.849 1.552.849 166.046 166.046 Efeito líquido de provisões temporárias não dedutíveis constituídas/realizadas no exercício... (1.329.235) (1.329.235) 29.499 29.499 Despesas não dedutíveis e outras adições permanentes... 34 34 33 33 Receitas não tributáveis e outras exclusões permanentes... (29.883) (29.883) (11.049) (11.049)... Lucro real e base de cálculo da contribuição social antes das compensações... 193.765 193.765 184.529 184.529 Compensação de prejuízos fiscais e base negativa da contribuição social... (58.130) (58.130) (55.359) (55.359) Lucro real e base de cálculo da contribuição social após as compensações... 135.635 135.635 129.170 129.170 Alíquota 25% 9% 25% 9% IR e CS às aliquotas da legislação... 33.885 12.207 32.269 11.625 IRCS Diferido... (59.213) (21.316) - - Incentivo PAT = 4%... (814) - (775) - (814) - (775) - Incentivo Lei Rouanet (Patrocínio - Art. 18)... Contribuições FECA - CEDICA/RS = 1%... (203) - (194) - Incentivo a Lei do Esporte = 1%... (100) - - - Total IRPJ e CSLL (27.259) (9.109) 30.525 11.625 Notas Explicativas Página 68

14. BALANÇO PATRIMONIAL POR SEGMENTOS Em atendimento às instruções e orientações da Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, apresentamos as demonstrações financeiras, em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, das Unidades de Negócio: Geração e Transmissão. A coluna eliminações refere-se a operações entre os segmentos Geração e Transmissão. a) Ativo Notas Explicativas Página 69

b) Passivo Notas Explicativas Página 70

c) Demonstração do Resultado do Exercício por Segmento Notas Explicativas Página 71

15. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Foram realizadas transações com partes relacionadas incluindo compra e venda de energia elétrica e transações de financiamento, sendo que a energia elétrica vendida é ofertada através de Leilão Público de venda de energia realizado através da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE. (a) Controladora A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT é controlada diretamente pela Companhia Estadual de Energia Elétrica Participações - CEEE-PAR, visto que esta participa com 65,92% de seu capital social. Porém, a Concessionária sofre o controle indireto do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, que participa com 99,99% do capital da Companhia Estadual de Energia Elétrica Participações - CEEE-PAR. O montante transacionado com o Governo do Estado do Rio Grande do Sul foi de: CONTAS PATRIMONIAIS Notas Explicativas 2009 2008 ATIVO CIRCULANTE SIAC... 4.1 29.920 55 Total a Receber 29.920 55 ATIVO NÃO CIRCULANTE SIAC... 4.1 5 5 Total a Receber 5 5 CONTAS DE RESULTADO 2009 2008 Receitas Financeiras Rendimentos SIAC... 12 7.976 834 Total 7.976 834 (b) Entidades com controle conjunto ou influência significativa sobre a entidade A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT sofre influência significativa da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica CEEE-D e da Centrais Elétricas Brasileiras S/A - ELETROBRÁS. I) A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT é uma Sociedade Anônima que possui controlador comum com a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica - CEEE-D, ou seja, é controlada pela Companhia Estadual de Energia Elétrica Participações - CEEE-PAR. O montante transacionado com a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica - CEEE-D foi como segue: Notas Explicativas Página 72

CONTAS PATRIMONIAIS Notas Explicativas 2009 2008 CIRCULANTE Conta Gráfica... 4.7 2.105 - Total a Receber 2.105 - Conta Gráfica... 6.11-1.115 Total a Pagar - 1.115 NÃO CIRCULANTE Contrato de Mútuo... 5.4 37.980 - Total a Receber 37.980 - CONTAS DE RESULTADO 2009 2008 Receitas Operacionais 58.552 48.576 Suprimento de Energia Elétrica... 8.876 5.858 Disponib do Sist de Transmissão e Distribuição... 49.676 42.718 Receitas Financeiras 392 715 Conta Gráfica... 160 715 Contrato de Mútuo... 232 - Total 58.944 49.291 A Conta Gráfica é composta pelos saldos dos contratos de Compartilhamento das Atividades de Aplicação dos Recursos de Tecnologia da Informação (Ressarcimento de CTI) e Compartilhamento de Atividades e das Infraestruturas de Rede Elétrica e de Telecomunicações, Desenvolvimento Implantação, Operação e Manutenção de Sistemas de Informação e Sistemas de Telecomunicações (TELECOM). O contrato de Ressarcimento de CTI estipula o pagamento por parte da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT de 25% dos custos apurados na CTI, sendo corrigido pela variação do IGPM, havendo a possibilidade de seus termos serem revistos em qualquer tempo em vista de necessidade de estabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro do objeto contratado. O contrato TELECOM estipula o equilíbrio entre os compromissos assumidos quando houver contrapartida financeira, não podendo gerar crédito financeiro para as partes. Nestes contratos não são exigidas garantias, bem como não são constituídas provisões para créditos de liquidação duvidosa relacionada a estes saldos. As operações de Suprimento de Energia Elétrica e Disponibilização do Sistema de Transmissão são realizadas em conformidade com as tarifas aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, sendo realizadas em condições de similaridade com o praticado no mercado. II) A Centrais Elétricas Brasileiras S/A - ELETROBRÁS participa com 32,59% do capital social da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT, participando nas decisões financeiras e operacionais desta. O montante transacionado com a Centrais Elétricas Brasileiras S/A - ELETROBRÁS foi de: Notas Explicativas Página 73

CONTAS PATRIMONIAIS Nota Explicativa 2009 2008 ATIVO CIRCULANTE Empréstimo Compulsório ELETROBRÁS... 4.7-1.347 Total a Receber - 1.347 PASSIVO CIRCULANTE Empréstimos... 7.2. 16.937 31.166 Total a Pagar 16.937 31.166 PASSIVO NÃO CIRCULANTE Empréstimos... 7.2. 37.354 40.348 Total a Pagar 37.354 40.348 Os valores transacionados com a Centrais Elétricas Brasileiras S/A - ELETROBRÁS são provenientes de diversos empréstimos, vide nota explicativa 7.2, sendo obtidos a taxas inferiores às do mercado. (c) Coligadas I) Jaguari Energética S/A CONTAS DE RESULTADO A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT detém 10,50% do capital social da Jaguari Energética S/A (vide nota explicativa 5.6, b.3). II) Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S/A ETAU 2009 2008 Receitas Financeiras - 880 Atualização Empréstimo Compulsório... - 880 Despesas Financeiras (5.825) (8.076) Empréstimos... (5.825) (8.076) Total (5.825) (7.196) A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT detém 10% do capital social da Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S/A - ETAU (vide nota explicativa 5.6, b.4). Foi firmado contrato entre as empresas que apresenta como objeto a prestação por parte da Concessionária à Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S/A - ETAU de todos os serviços de O&M, em conformidade com os Procedimentos de Rede utilizando a mesma infraestrutura e logística com as quais realiza a Operação e Manutenção das instalações e equipamentos que compõem as suas concessões de transmissão. O contrato é valido até o término do Contrato de Concessão. Em 21 de julho de 2005 foi firmado contrato de mútuo entre as acionistas e a Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S/A - ETAU para custear a realização do investimento. A Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE não aportou recursos financeiros uma vez que as acionistas acordaram que a mesma integralizará sua participação mediante a compensação com os serviços de Operação e Manutenção. Notas Explicativas Página 74

CONTAS PATRIMONIAIS 2009 2008 PASSIVO CIRCULANTE Contrato de Mútuo... 0-759 Total a Pagar - 759 CONTAS DE RESULTADO Receitas Operacionais 2.111 1.978 Renda da Prestação de Serviços... 0 2.111 1.978 Despesas Financeiras (41) (398) Contrato de Mútuo... 0 (41) (398) Total 2.070 1.580 III) Companhia Energética Rio das Antas - CERAN A Concessionária detém 30% do capital social da CERAN (vide nota explicativa 5.6, b.5), em 2009, foi registrado o valor de R$ 1.215 referente à receita de prestação de serviços. IV) Campos Novos Energia S/A ENERCAN A Concessionária detém 6,51% do capital social da Empresa Campos Novos Energia S/A ENERCAN (vide nota explicativa 5.6, b.2). V) Machadinho Energética S/A MAESA O saldo a pagar de R$ 2.505 (R$ 5.068 em 31 de dezembro de 2008) refere-se ao arrendamento da usina, sobre o qual não incide juros, multas ou outro tipo de atualização monetária. (d) Outros Investimentos I) Empreendimento Dona Francisca Energética S/A A Concessionária possui investimento no Empreendimento Dona Francisca que garante participação em sua energia assegurada, vide nota explicativa 5.6, d.3. O montante transacionado entre as partes refere-se ao contrato de operação e manutenção com Dona Francisca, firmado em 03 de janeiro de 2000, pelo qual recebeu no ano de 2009 R$ 2.753. II) Transmissora Porto Alegrense Ltda A Concessionária possui investimentos avaliados pelo custo na Transmissora Porto Alegrense Ltda. Através de memorando entre as partes ficou sob responsabilidade da Concessionária a Operação e Manutenção do Empreendimento, sendo que no ano de 2009 não foram prestados serviços dessa natureza. (e) Pessoal chave da administração da entidade ou da respectiva controladora A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT considera como pessoal-chave da administração seus Diretores e os Membros do Conselho Fiscal e do Conselho de Administração. O montante gasto com remuneração e encargos dos Administradores até dezembro de 2009 foi de R$ 489 (R$ 185 em 31 de dezembro de 2008) (vide Nota Explicativa 10). Os Diretores e Conselheiros da Patrocinadora, sem vínculo empregatício com esta, estão vedados de participar da Fundação ELETROCEEE conforme estabelecido em seu estatuto, entretanto, para os empregados que exerçam cargo de Diretor ou Conselheiro, é respeitado o estabelecido no Regulamento do Plano de Benefício respectivo. Notas Explicativas Página 75

(f) Outras partes relacionadas I) Fundação ELETROCEEE A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT proporciona a seus funcionários a opção de se associarem a um plano de benefícios pós-emprego, sendo que para os funcionários admitidos na Concessionária até o ano de 2002 foi oferecida a participação no plano de benefício definido denominado Plano Único o qual, atualmente, está em extinção. Após 2002 o plano de benefícios oferecido é o CEEEPREV, que se caracteriza por ser um plano de contribuição definida. Os saldos existentes relacionados com a Fundação ELETROCEEE são os seguintes: CONTAS PATRIMONIAIS Nota Explicativa 2009 2008 PASSIVO CIRCULANTE Emprestimo Fundação ELETROCEEE / Aluguel / Imóveis 7.2 5.703 5.369 Contribuição Patrocinadora - Fundação ELETROCEEE... 6.4 3.070 3.443 Empréstimo Fundação ELETROCEEE Contr. 1254... 6.4 11.208 12.405 Total a Pagar 19.981 21.217 PASSIVO NÃO CIRCULANTE Emprestimo Fundação ELETROCEEE / Aluguel / Imóveis 7.2 14.773 19.557 Empréstimo Fundação ELETROCEEE Contr. 1254... 6.4 84.989 92.349 Total a Pagar 99.762 111.906 CONTAS DE RESULTADO 2009 2008 Despesas Operacionais - Pessoal (43.995) (37.397) Contribuição Patrocinadora - Fundação ELETROCEEE... (28.652) (18.153) Emprestimo Fund. ELETROCEEE Contr. 1254... (12.967) (16.669) Fundação ELETROCEEE - Ex-Autárquicos... (2.376) (2.575) Despesas Financeiras (2.816) (3.913) Aquisição de bens... (2.816) (3.913) Total (46.811) (41.310) II) Empresas controladas pelo Estado do Rio Grande do Sul A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT também reconhece como partes relacionadas as empresas que possuem como acionista controlador o Estado do Rio Grande do Sul, entretanto, não realiza transações com estas partes. 16. INSTRUMENTOS FINANCEIROS A Comissão de Valores Mobiliários CVM através da Instrução nº 475 de 17 de dezembro de 2008 e Deliberações nº 550 de 17 de outubro de 2008 e nº 566 de 17 de dezembro de 2008, estabeleceu a divulgação de Instrumentos Financeiros em nota explicativa, reconhecidos ou não nas suas demonstrações financeiras. A Concessionária não possuiu operações com características de derivativos no período findo em 31 de dezembro de 2009, conforme definido na referida instrução. Valor de Mercado dos Instrumentos Financeiros Os valores contábeis dos empréstimos e financiamentos de longo prazo, vinculados aos projetos específicos de infraestrutura básica, obtidos em moeda estrangeira, junto as instituições Notas Explicativas Página 76

internacionais, assim como os valores contábeis dos empréstimos e financiamentos vinculados a projetos, obtidos em moeda nacional, junto à Centrais Elétricas Brasileiras S/A - ELETROBRÁS, à Fundação ELETROCEEE e FIDC estão compatíveis com o valor de tais operações, não disponíveis no mercado financeiro. Os principais fatores de risco de mercado que afetam o negócio da Concessionária são os seguintes: a) Risco de Taxa de Câmbio O endividamento e o resultado das operações da Concessionária são afetados significativamente pelo fator risco de taxa de câmbio. Em 31 de dezembro de 2009 a Concessionária possui empréstimos em moeda estrangeira no montante de R$ 87.592. A Concessionária não mantém operações financeiras com finalidade de proteger-se dos riscos de perdas com flutuações nas taxas de juros e cambiais. b) Risco de Crédito A Concessionária atua nos mercados de Geração e Transmissão de energia elétrica, na sua área de concessão conforme previsto nos contratos de concessão assinados com a Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. c) Risco de Preço Os preços referentes aos contratos de Geração, até 2004 eram autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL a partir da realização do leilão 001/04 a geração passou a comercializar sua energia com um grande número de distribuidoras, a preços definidos pelo mercado. A Transmissão tem sua remuneração definida pela ANEEL através da receita permitida e corrigida pelo IGP-M. As tarifas, de acordo com o contrato de concessão, devem permitir o equilíbrio econômico - financeiro da concessão. d) Risco de Mercado (*) A energia da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE-GT foi comercializada através de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado - CEAR s e através de Contratos Bilaterais no Ambiente de Contratação Livre ACL. A Concessionária detém o risco de descontratação de sua energia previstos na legislação citada acima. Os montantes comercializados estão relacionados na tabela abaixo: Tipo de Contratação Produto MWh MW Médios Participação(%) Energia 2005-2012 2.123.718 2909,15 52,12 CCEARS 2006-2013 1.169.519 1739,18 28,70 2007-2014 131.399 180,03 3,22 2009-2016 78.839 108,11 1,93 ACL 2009 256.703 345,45 6,30 Sobras de energia Mercado de Curto Prazo 314.282 432,73 7,71 Total 4.074.460 5.714,65 100,00 As sobras de energia foram vendidas no mercado de curto prazo e, portanto, sujeitos a variação dos preços deste mercado (nota explicativa nº 9.1.a). (*) Dados em MWh não passíveis de exame pelo auditor independente. Notas Explicativas Página 77

e) Risco de não Renovação das Concessões A Concessionária detém concessões para exploração dos serviços de geração e transmissão de energia elétrica com a expectativa, pela Administração, de que sejam renovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL e/ou Ministério das Minas e Energia. A Lei nº 9.074/95 não prevê a renovação das concessões cujos contratos já foram prorrogados. Até o momento existem indefinições quanto à renovação dos contratos de concessão dos serviços de Geração e Transmissão que vencem entre 2015 e 2031. 17. PROGRAMA DE PARTICIPAÇÃO DE RESULTADOS A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT possui um programa de participação dos empregados nos resultados cujo objetivo é incentivar a melhoria de qualidade, níveis de produtividade e resultados globais da Concessionária, através do comprometimento de todos os empregados. O montante contabilizado em 2009 totalizou R$ 2.608. 18. QUESTÕES AMBIENTAIS A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT trata as questões socioambientais de forma clara, objetiva e continuada, de maneira a minimizar impactos ambientais negativos e potencializar impactos ambientais positivos decorrentes de suas atividades. Em 2009, dentre as ações voltadas à preservação de meio ambiente destacam-se: A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT fez o descarte de aproximadamente 6.941 lâmpadas, 11m³ de resíduos industriais, sendo realizados os descartes ecologicamente corretos. O projeto Recicle é responsável pela coleta seletiva de lixo seco e orgânico, bem como recolhimento de pilhas e baterias de celulares nas dependências da Concessionária. Em 2009 foram doados a comunidades carentes 10,4 toneladas de resíduos entre lixo seco, papel e sucatas. Com o Programa de Repovoamento de Alevinos foram soltos 410.000 unidades de peixes nos reservatórios da CEEE - GT, devidamente autorizada pelo órgão ambiental. Os alevinos são originários do Posto de piscicultura localizado junto à UHE Ernestina, no município de Tio Hugo. Em dezembro de 2009 a empresa obteve a renovação da "Certificação Ambiental" da Usina Hidrelétrica de Canastra e da Sede da Divisão do Sistema Salto, com base na NBR ISO 14.001/2004. Com as oficinas de Eco Arte, em 2009 a Concessionária promoveu 28 eventos reunindo um público de 1.061 participantes. O projeto busca através da arte valorizar os conceitos ligados ao meio ambiente e combate ao desperdício. Nas linhas de transmissão foram promovidas atividades de monitoramento da avifauna, diagnóstico ambiental, incluindo avaliação arqueológica e aspectos bióticos, bem como o acompanhamento técnico ambiental. Foi dada continuidade ao convênio firmado com a Prefeitura de Cachoeirinha para utilização das faixas de segurança de linhas de transmissão, em áreas urbanas, através de hortas comunitárias como forma de minimizar o intrusamento e proporcionar melhor qualidade de vida para as populações do entorno dos empreendimentos. Foram realizados estudos para Obtenção de Licença de Operação para capina química em todas as áreas das 60 subestações. RECURSOS APLICADOS 2009 2008 Ativo... 1.481 1.489 Resultado... 1.836 1.518 3.317 3.007 Notas Explicativas Página 78

19. ASSUNTOS REGULATÓRIOS a) Geração Comercialização de Energia (*) A energia da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE-GT foi comercializada nos Leilões de Energia Existente, realizados no Ambiente de Contratação Regulada a partir de Dezembro de 2004, através de Ofertas Públicas realizadas pela Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE-GT e participação em chamadas públicas de compradores. Em 12 de setembro de 2007, a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE-GT realizou a Oferta Pública de Venda de Energia 003/2007 para o Ambiente de Contratação Livre, na qual foi comercializada a cota de energia da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE-GT do Consórcio MAESA (UHE Machadinho) e sobras de energia decorrentes da descontratação de CCEARs. A tabela a seguir apresenta os montantes de energia comercializados em cada leilão ou oferta e o período de encerramento do contrato. A redução entre os montantes inicialmente contratados e os valores atuais decorrem da aplicação do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits - MCSD. (*) Dados em MWm não passíveis de exame pelo auditor independente. b) Receita Anual Permitida da Transmissão b.1) Revisão Tarifária Periódica De acordo com a Décima e a Décima Primeira Subcláusulas da Cláusula Sexta do Contrato de Concessão de Transmissão nº 055/01, assinado entre a CEEE e a Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL em 1º de outubro de 2001, as Revisões Tarifária s Periódicas devem ocorrer de 4 em 4 anos sendo a primeira em 2005 e a segunda em 2009. A primeira Revisão Tarifária Periódica da parcela referente à Rede Básica Novos Investimentos - RBNI, componente da Receita Anual Permitida RAP que deveria ter ocorrido em julho de 2005 só aconteceu em julho de 2007. No ano de 2009 deveria ter ocorrido a 2ª Revisão Tarifária Periódica, que não aconteceu, pois a Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL adiou a implantação para 2010, devido a fortes pressões das empresas de Transmissão. Esta revisão deverá acontecer em julho de 2010 com base nas obras que entraram em operação no período de 01 de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2008. Notas Explicativas Página 79

b.2) Reajuste Tarifário - Transmissão A Resolução Homologatória nº 843 de 25 de junho de 2009 e Nota Técnica nº 040/2009-SRT ANEEL de 22 de junho de 2009 determinaram os valores da Receita Anual Permitida das Concessionárias de transmissão de energia para o período de 2009/2010. Na Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT, o impacto sobre a receita total (RBSE + RBNI) foi de 10,09% líquidos, com vigência a partir de 1º de julho de 2009. A mesma resolução apurou o valor negativo líquido de tributos, de R$ 16.779, referente à parcela de ajuste sobre a Receita Anual Permitida do período 2009/2010 que deverá ser compensado nas tarifas do período de julho de 2009 a junho de 2010. Tais valores foram registrados contabilmente na rubrica Passivo Regulatório no Passivo Circulante (Nota Explicativa 6.5). b.3) Formação da Receita da Transmissão RBNI A primeira autorização de receita e, portanto, a primeira RBNI, aconteceu em 25/10/2000. Assim, a evolução da receita ao longo do primeiro período tarifário foi conseqüência exclusiva da aplicação do mecanismo de reajuste previsto no Contrato de Concessão, com atualização pelo do índice IGP-M. De acordo com cláusula contratual, a primeira revisão tarifária periódica ocorrida em julho/2007, com base em junho/2005, destinou-se apenas às novas instalações, designadas de RBNI, autorizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL a partir de 2000 mediante ato específico, com direito a uma receita anual permitida inicial. Este valor permaneceu fixo, sendo apenas reajustado anualmente, até a revisão tarifária subseqüente, quando então a receita foi reposicionada a partir da base de remuneração e dos custos operacionais. De acordo com a Nota Técnica nº 065/2006 SRT/ANEEL, Anexo V da NT nº 068/2006 SRT/ANEEL, de 18/04/2006, as obras que ainda não passaram pela revisão tarifária periódica (RBNI após julho/2005) terão o perfil de remuneração alterado de degrau para plano na próxima revisão da transmissão, prevista para julho/2009. A alteração da RAP, está fundamentada no item III.1.5, parágrafos 49 e 50 da referida Nota Técnica e foram transcritos abaixo: Parágrafo 49. No caso de novas instalações autorizadas por meio de Resolução específica, deverão ser adotados os mesmos critérios propostos na remuneração das novas instalações para fins de revisão tarifária. Por se tratarem de equipamentos bem identificados e com data de entrada em operação e vida útil regulatória conhecidas, torna-se conveniente estabelecer a remuneração através de uma anuidade que será atribuída ao ativo, ou unidade modular, estabelecendo um perfil de remuneração plano. Parágrafo 50. Essa receita deverá ser calculada considerando um fluxo de caixa durante toda a vida útil da instalação. Para atender ao princípio da continuidade do serviço público, quando o ativo tiver sido totalmente depreciado, o concessionário deverá substituí-lo para ter o direito de permanecer com a mesma receita, evitando, assim, saltos tarifários entre gerações de usuários.. Assim, a receita das novas obras (RBNI) constante da RAP apresenta duas situações: 1. Obras da RBNI que foram objeto da revisão tarifária periódica em julho/2007- obras que entraram em operação comercial até junho/2005, tiveram sua receita alterada de degrau para plano; 2. Obras da RBNI que ainda não foram objeto de revisão tarifária periódica - a esta receita aplicam-se os critérios de reajuste e revisão previstos no contrato, ou seja, no cálculo da receita tem uma redução de 50% a partir do 16º (décimo sexto) ano de operação comercial, estendendo-se até o término do prazo da concessão fixado no contrato. Os impactos desta redução de receita são diluídos conforme contratos de concessão que tem vencimentos diferenciados. Notas Explicativas Página 80

b.4) Reforços Implantados A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT teve reconhecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL a receita de reforços implantados que não estavam sendo remunerados na Subestação Porto Alegre 8 e na Linha de Transmissão de 230 kv Gravataí 2 x Porto Alegre 8. A empresa continua pleiteando junto a ANEEL a receita de reforços implantados nas subestações de Campo Bom, Livramento 2, Porto Alegre 10, Porto Alegre 13 e Pelotas 3. b.5) Parcela Variável A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE-GT obteve uma redução de R$ 993 relativos Parcela Variável, devido à indisponibilidade de Linhas de Transmissão e Equipamentos em Subestações. c) Processo do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits - MCSD (*) O Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits - MCSD, por saída de consumidores livres, alterações de mercado até 4% a partir do ano seguinte, e a entrada em operação da energia decorrente de contratos assinados até 16 de março de 2004, previstos pelo Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004, cujas regras foram aprovadas pela Resolução Normativa nº 161 de julho de 2005 e homologadas pela Resolução ANEEL nº 211 de 03 de outubro de 2005, reduziram os montantes de energia e potência associada consideradas nos Contratos de Compra e Venda de Energia Elétrica no Ambiente Regulado - CCEAR. Em decorrência da aplicação do MCSD, ocorreram reduções contratuais para Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT de 17,57 MW médios do produto 2005-2012, 7,08 MW médios do produto 2006-2013 e 0,52 MW médios do produto 2006-2008 desde o início dos respectivos contratos. Esta energia descontratada foi comercializada novamente, nos leilões de energia do ACR e em ofertas realizadas pela Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT, gerando a contratação de montantes apresentados na tabela anterior. O saldo de energia descontratada está sendo comercializada através de ofertas públicas mensais ou liquidada no mercado de curto prazo ao Preço de Liquidação de Diferenças. (*) Dados em MW não passíveis de exame pelo auditor independente. d) Comercialização de Energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE Os saldos compõem-se de: 2009 2008 ATIVO CIRCULANTE Energia de Curto Prazo - CCEE (vide nota explicativa 4.2.a)... 6.760 1.814 ATIVO NÃO CIRCULANTE (*) Ressarcimento Acordo - CCEE (vide nota explicativa 5.1)... 65.777 65.136 PASSIVO CIRCULANTE Energia de Curto Prazo - CCEE (vide nota explicativa 6.11)... 1 (583) PASSIVO NÃO CIRCULANTE Energia de Curto Prazo... (73.058) (73.058) Total (520) (6.691) (*) Valor referente ao acordo de ressarcimento correspondente a despesas com a compra de energia no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE, denominada como Energia Livre, realizadas durante o período de racionamento, decorrentes da redução da geração de energia elétrica nas usinas participantes do Mecanismo de Realocação de Energia - MRE. Este valor está sendo cobrado dos consumidores finais dos submercados sujeitos ao racionamento pelas respectivas distribuidoras e será repassado à Concessionária. Notas Explicativas Página 81

SÉRGIO CAMPS DE MORAIS Diretor Presidente CAIO TIBÉRIO DORNELLES DA ROCHA Diretor SÉRGIO TADEU LADNIUK Diretor até 08/02/2010 SÉRGIO SOUZA DIAS Diretor ROGÉRIO SELE DA SILVA Diretor JOSÉ FRANCISCO PEREIRA BRAGA Diretor SILVIO MARQUES DIAS NETO Diretor MARCIA BEATRIZ GARCIA RODRIGUES Contadora - CRCRS 42897 Notas Explicativas Página 82

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES SEM RESSALVA Aos administradores e acionistas Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT Porto Alegre - RS 1. Examinamos o balanço patrimonial da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT em 31 de dezembro de 2009 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado correspondentes ao exercício findo nessa data, elaborado sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Companhia, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT em 31 de dezembro de 2009, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido, seus fluxos de caixa e os valores adicionados nas operações referentes ao exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Conforme detalhado na nota explicativa nº. 19.d. às demonstrações contábeis, em 31 de dezembro de 2009, a Companhia tem registrado no ativo não circulante valores a receber nos montantes de R$ 65.777, referentes ao reembolso a receber da Revisão Tarifária Extraordinária, e no passivo não circulante valores a pagar no montante de R$ 73.058, relativos às transações de venda e compra de energia realizada no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE (anteriormente Mercado Atacadista de Energia Elétrica MAE) ocorridas em exercícios anteriores. Esses valores foram registrados com base em cálculos preparados e divulgados pela CCEE e podem estar sujeitos à modificação dependendo de decisão de processos judiciais em andamento movidos pela Companhia e por outras empresas do setor, relativos, em sua maioria, à interpretação das regras do mercado em vigor para aquele período. Os demais assuntos regulatórios que impactam as demonstrações contábeis estão descritos na nota explicativa nº 19 às demonstrações contábeis. Parecer dos Auditores Independentes Página 83

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES SEM RESSALVA Aos administradores e acionistas Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica CEEE-GT Porto Alegre - RS 5. Conforme descrito na nota explicativa nº 6.8 a, em 20 de novembro de 2009 a Companhia aderiu ao novo programa de parcelamento de tributos federais estabelecido pela Lei nº 11.941 de 27 de Maio de 2009(REFIS IV). As diferenças entre os valores registrados na contabilidade e os informados no sistema junto a Receita Federal, relativamente aos débitos existentes no Pedido de Parcelamento Especial PAES até 30 de setembro de 2009 foram incluídas na composição do saldo do novo parcelamento. A Companhia aguarda a definição dos trâmites na Receita Federal relativos ao Processo Administrativo solicitando a homologação dos valores calculados, sendo que a contabilização e classificação das dívidas foram efetuadas de acordo com as condições estabelecidas nos programas. Conseqüentemente, a confirmação da totalidade das obrigações dependerá da finalização, pelas autoridades competentes, das análises das dívidas declaradas. Assim, somente após a conclusão desta análise será possível determinar os possíveis reflexos nas demonstrações, se houver. 6. Conforme descrito na nota explicativa número 6.4 d, a Concessionária optou por reconhecer em suas demonstrações contábeis findas em 31 de dezembro de 2009 o montante de R$ 1.376.430 decorrente do trânsito em julgado em 31 de março de 2009 da decisão proferida nos autos da Ação Ordinária ajuizada em face da União Federal, onde a Companhia teve reconhecido o direito de computar na Conta de Resultados a Compensar (CRC) os valores pagos a título de complementação/suplementação de aposentadoria com os servidores exautárquicos que integravam seu quadro. A Companhia aguarda designação do perito judicial para definição dos valores, no processo de liquidação de sentença, porém o montante contabilizado está suportado pelo calculo realizado pelo perito assistente contratado pela Administração. Consequentemente, somente após a homologação dos cálculos do perito pelo juízo da liquidação será possível determinar os reflexos nas demonstrações contábeis, se houver, bem como a realização destes créditos, considerando que as formas de utilização do saldo credor da Conta de Resultados esta disciplinada em lei federal (Lei n 8.631/93). 7. As demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2008 foram por nós revisadas e o nosso parecer emitido em 13 de março de 2009, sem ressalvas e com parágrafo de ênfase sobre os mesmos assuntos dos parágrafos 4 e 5. Porto Alegre, 01 de março de 2010. Parecer dos Auditores Independentes Página 84