DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS E AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE MELANCIA NO TOCANTINS

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Transcrição:

DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS E AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE MELANCIA NO TOCANTINS Mateus Sunti Dalcin 1 ; Gil Rodrigues dos Santos 2 1 Aluno do Curso deagronomia; Campus de Gurupi; e-mail: mateussuntidalcin@hotmail.com PIBIC/CNPq 2 Orientador do Curso de Agronomia; Campus de Gurupi; e-mail: gilrsan@uft.edu.br RESUMO O Tocantins destaca-se nacionalmente na produção de melancia, existindo, porém, carência de pesquisas em relação às doenças e aos sistemas produtivos utilizados. Objetivou-se identificar as doenças e comparar cinco sistemas de produção. Utilizou-se delineamento em blocos ao acaso, com cinco tratamentos e quatro repetições: Sistema Convencional I: espaçamento 2,70 x 1,2 m, 850 kg ha -1 de NPK + fungicidas e inseticidas semanalmente, sem eliminação de frutos; Sistema Convencional II: idem ao anterior, dois frutos/planta; Sistema de Produção Integrada I: espaçamento 2,0 x 2,0 m, adubação conforme análise de solo, fungicidas e inseticidas conforme MIP, sem eliminação de frutos; Sistema de Produção Integrada II: idem ao tratamento anterior, dois frutos/planta; Sistema de Produção Orgânica: espaçamento 2,0 x 2,0 m, 4 kg de esterco bovino/cova, sem aplicação de agrotóxicos, insetos-praga eliminados manualmente a cada dois dias, dois frutos/planta. Avaliou-se a severidade das doenças por meio de escala de notas de 0 a 9. Determinou-se o conteúdo de sólidos solúveis totais no suco dos frutos em refratômetro. Estimou-se a produtividade/ha por meio da pesagem dos frutos. O Sistema de Produção Orgânica produziu frutos mais doces, enquanto os Sistemas de Produção Convencional I e II apresentam uma produtividade superior com relação aos outros tratamentos devido ao maior adensamento da cultura. Os Sistemas de Produção Integrado I e II apresentaram os menores resultados de nível de severidade do crestamento gomoso do caule. Palavras-chave: Citrullus lanatus; Didymella bryoniae; manejo integrado; produtividade INTRODUÇÃO Os sistemas de produção tem influência nas características comerciais dos frutos produzidos. Entretanto torna-se necessária a realização de pesquisas que comparem

diferentes sistemas devido às vantagens/desvantagens econômicas, sociais e ambientais inerentes a cada sistema (Araújo et al, 2010). Várias doenças afetam a melancia [Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum. & Nakai], sendo o crestamento gomoso do caule causado pelo fungo Didymella bryoniae (Auersw) Rehm, considerada a principal, devido aos seus efeitos na redução da produtividade e na qualidade dos frutos (Santos e Café Filho, 2006). Nos últimos anos, o Tocantins vem se destacando na produção nacional de melancia, entretanto existe carência de pesquisas relacionadas à produção dessa espécie no estado. Objetivou-se com este trabalho realizar o diagnóstico de doenças e a avaliação de sistemas de produção de melancia no Tocantins. MATERIAL E MÉTODOS Este trabalho foi conduzido na estação experimental da Universidade Federal do Tocantins Campus de Gurupi, localizada nas coordenadas 11 43 45 S e 49 04 07 W, altitude de 280 m e clima úmido com moderada deficiência hídrica segundo Köppen. Realizou-se o preparo da área de forma convencional e aplicou-se calcário dolomítico na dosagem de 2 ton ha -1. Utilizou-se a cultivar Crimson Sweet, semeandose cinco sementes/cova -1, numa profundidade de dois centímetros. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram: SCI-Sistema Convencional I: espaçamento de 2,70 x 1,2 m, adubação com 850 kg ha -1 de NPK (05-25-15) + aplicação nas doses comerciais recomendadas de fungicidas (Tiofanato Metílico e Metalaxil-mancozeb) + inseticidas (Acefato e Deltrametrina) semanalmente e sem eliminação de frutos; SCII- Sistema Convencional II: idem ao tratamento anterior e mantendo-se dois frutos/planta; SPI1-Sistema de Produção Integrada I: plantio no espaçamento de 2,0 x 2,0 m, adubação conforme análise de solo, aplicação de fungicidas e inseticidas conforme monitoramentos a cada três dias, baseados no Manejo Integrado de Pragas e sem eliminação de frutos; SPI2-Sistema de Produção Integrada II: idem ao tratamento

anterior e mantendo-se dois frutos/planta; SPO-Sistema de Produção Orgânica: Plantio no espaçamento de 2,0 x 2,0 m, adubação com 4 kg de esterco bovino por cova, sem aplicação de pesticidas, insetos-praga eliminados manualmente a cada dois dias e mantendo-se dois frutos/planta. A avaliação da severidade da doença foi feita por meio de escala de notas de 0 a 9, descrita por Santos et al. (2005). O conteúdo de sólidos solúveis totais ( Brix) foi determinado, com auxílio de refratômetro ótico, diretamente do suco homogeneizado. A produtividade/área e o peso médio dos frutos foram obtidos por meio da pesagem dos frutos a campo. Realizou-se também a contagem dos frutos podres/tratamento. RESULTADOS E DISCUSSÃO O SPO se destacou dos demais tratamentos com relação ao ºBrix (Tabela 1). Tabela 1. Efeito de diferentes sistemas de produção de melancia sobre o peso de frutos, frutos podres, produtividade e Sólidos Solúveis Totais, em Gurupi, Tocantins Frutos Produtividade SST Tratamentos* Peso (Kg) Podres (ton/ha) ( Brix) SCI-Sistema Convencional I 3,5 a 5 a 48,3 a 10,5 b SCII-Sistema Convencional II 3,6 a 0 a 44,2 a 10,6 b SPI1-Sistema de Produção Integrada I 3,5 a 4 a 31,1 b 8,9 c SPI2-Sistema de Produção Integrada II 4,0 a 2 a 38,4 ab 10,8 b SPO-Sistema de Produção Orgânico 3,5 a 3 a 36,2 ab 11,8 a *Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). Na maioria dos tratamentos, o teor de sólidos solúveis totais foi superior a 10 ºBrix, exceto para o SPI1 o qual foi de 8,9 havendo diferença estatística com outros tratamentos. O não desbaste de frutos pode ter ocasionado maior demanda na distribuição de nutrientes entre todos, resultando em menor grau de sólidos solúveis totais por fruto individualmente, prejudicando o peso e o número de frutos podres. Com relação à produtividade (Tabela 1), observou-se que o SPI1, diferenciou-se estatisticamente dos SCI e SCII, não apresentando, no entanto, diferença significativa entre o SPI2 e o SPO. Segundo Embrapa (2010), a produtividade média de melancia no Brasil varia de 3,7 a 31,1 ton/ha. Todos os tratamentos superaram a máxima nacional,

com exceção do SPI, que mostrou valores semelhantes à média nacional. Também foi possível notar que o SCI superou em mais de 17 toneladas a média máxima nacional. Pode-se observar que não houve diferença entre os tratamentos com relação ao peso médio dos frutos (Tabela 1). Segundo Rocha et al, (2011), o peso que o fruto deve atingir para ser comercializado é de 6 kg, massa que apenas alguns atingiram, não em quantidade significativa pois as médias de todos tratamentos não atingiram tal valor. Este fato pode ter sido resultante da incidência do crestamento gomoso em todos os tratamentos (Figura 1), que pode ter influenciado na redução do peso médio dos frutos. Figura 1. Progresso do Crestamento gomoso da melancia em plantas conduzidas sob diferentes sistemas de produção, no município de Gurupi, Tocantins, safra 2012. Sendo: T1-Sistema Convencional I, T2- Sistema Convencional II, T3- Sistema de Produção Integrada I, T4-Sistema de Produção Integrada II, T5- Sistema de Produção Orgânica Os valores de quantidade de frutos podres não foram significativos entre tratamentos (Tabela 1), principalmente devido à alta variação na incidência observada entre as parcelas, resultando em alto valor do coeficiente de variação, não permitindo a observação de diferenças estatísticas entre tratamentos. A doença teve inicio e apresentou grau visível de severidade apenas na fase reprodutiva das plantas, no período de formação de frutos, a partir de 65 dias após o plantio (Figura 1). Observou-se que até os 80 DAP, todos os tratamentos tiveram níveis semelhantes de severidade e a partir desta época houve um incremento da doença. Ao

final do ciclo verificou-se maior nível de crestamento gomoso para o SPO (T5), seguido do SCII (T2). Menor nível de doença foi verificado no SPI2 (T4). O fato da produção orgânica ter apresentado maior nível de doença pode ser explicado pela não aplicação de fungicidas protetores e curativos nas plantas deste tratamento. Os SPI1 (T3) e SPI2 (T4), proporcionaram maior nível controle do crestamento gomoso nas folhas da melancia (Figura 1). Este fato pode ter ocorrido devido ao correto manejo da doença, de acordo com a avaliação da severidade em campo a cada três dias e seguindo-se as recomendações do manejo integrado. Os resultados mostraram-se positivos, pois as medidas de controle com o uso de fungicidas foram feitas no melhor momento para o controle da doença. De acordo com os resultados, pode-se inferir que apesar dos sistemas convencionais (T1 e T2) terem permitido maiores produtividades, no presente trabalho, estes não devem ser considerados os melhores tratamentos, principalmente se forem levados em consideração os possíveis danos ecológicos que poderão ocasionar no meio ambiente. Também se deve considerar que os sistemas de produção integrados e orgânico também possibilitaram uma boa produtividade e tiveram outras vantagens, como por exemplo, menor agressão ao ambiente, menor custo e a produção de produtos mais saudáveis. LITERATURA CITADA ARAÚJO, J.F. et al. Genótipos de melancia sob sistema de cultivo orgânico irrigado no Submédio São Francisco. Horticultura Brasileira, v. 28, n.2: S2911-S2917, 2010. EMBRAPA. Sistema de produção de melancia: custo e rentabilidade. Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/fonteshtml/melancia/sistemaproducao Melancia/rentabilidade.htm Acesso em 7 out 2013. ROCHA M.R. et al. Produtividade, qualidade dos frutos e distribuição do sistema radicular da melancia em diferentes sistemas de cultivo. R. Bras. Ci. Solo, v. 35, p. 1377-1386, 2011. SANTOS, G.R.; CAFÉ-FILHO, A.C. Ocorrência do crestamento gomoso do caule em melancia no Tocantins causado por Didymella bryoniae. Fitopatologia Brasileira, v. 31, n. 2, p. 208-208, 2006. SANTOS, G.R. et al. Manejo integrado de doenças da melancia. Viçosa: UFV, 2005. AGRADECIMENTOS "O presente trabalho foi realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq Brasil"