AULA 14. Espécies de Intervenção de terceiro no novo CPC. d) Incidente de desconsideração da personalidade jurídica

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Turma e Ano: Master A (2015) 11/05/2015 Matéria / Aula: Direito Processual Civil / Aula 14 Professor: Edward Carlyle Silva Monitor: Alexandre Paiol AULA 14 CONTEÚDO DA AULA: denunciação da lide a) Assistência b) Denunciação da lide Espécies de Intervenção de terceiro no novo CPC c) chamamento ao processo d) Incidente de desconsideração da personalidade jurídica e) Amicus Curiae obs1: A oposição não é mais espécie de intervenção de terceiro. Ela passou a ser procedimento especial e está no art. 682 e seguintes do NCPC 6) DENUNCIAÇÃO DA LIDE (art. 50 a 55 CPC e art. 119 a 123 NCPC) O NCPC para melhorar as dúvidas o legislador tentou facilitar a redação dos dispositivos, dessa forma houve algumas alterações. 6.1 Conceitos É uma ação de regresso ajuizada por alguma das partes da demanda principal em face de um terceiro contra o qual eles possuam uma pretensão de reembolso dentro do mesmo processo, caso venham a sucumbir na demanda principal Denunciação da lide é uma espécie de intervenção de terceiros que se caracteriza por ser uma ação regressiva proposta pelo autor ou pelo réu da demanda principal, dentro do mesmo processo, contra um terceiro, que recebe o nome de denunciado, em face do qual ele possua pretensão indenizatória (reembolso) caso venha a sucumbir na demanda principal.

6.2 Natureza Jurídica É pacífico o entendimento de que a natureza jurídica da denunciação da lide é de ação ação regressiva condenatória incidental: Regressiva é manejada contra terceiro perante o qual se tem uma pretensão de reembolso; Condenatória objetivo efetivamente é condenar o terceiro; Incidental ajuizada dentro de um processo já em curso. 6.3 As Finalidades de Denunciação da Lide. Exercer uma pretensão indenizatória. O denunciante quer uma indenização pelo fato de poder vir a sucumbir na demanda principal, razão pela qual, ainda em trâmite, ajuíza uma demanda incidental para garantir que, no caso de sair derrotado na demanda principal, possa no mesmo processo ser indenizado pelos eventuais prejuízos dessa derrota.. Trazer para o processo principal alguém que auxilie o denunciante. Nos termos do arts. 74 e 75 do CPC ou 127 e 128 NCPC, o terceiro denunciado passa a ser litisconsorte do denunciante. Há divergência doutrinária e jurisprudencial a esse respeito Art. 74. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado, comparecendo, assumirá a posição de litisconsorte do denunciante e poderá aditar a petição inicial, procedendose em seguida à citação do réu. Art. 75. Feita a denunciação pelo réu: I - se o denunciado a aceitar e contestar o pedido, o processo prosseguirá entre o autor, de um lado, e de outro, como litisconsortes, o denunciante e o denunciado; II - se o denunciado for revel, ou comparecer apenas para negar a qualidade que Ihe foi atribuída, cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até final; III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor, poderá o denunciante prosseguir na defesa. Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante

e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu. Art. 128. Feita a denunciação pelo réu: I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado; II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva; III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva. 6.4 Hipóteses de Cabimento da denunciação da Lide No código de 1973 está no art. 70 CPC e no NCPC fica no art. 175 NCPC Da Denunciação da Lide Art. 70. A denunciação da lide é obrigatória: I - ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção Ihe resulta; II - ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada; III - àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda. Aqui tinha uma grande discussão sobre a obrigatoriedade em todos os casos

A denunciação da lide é obrigatória? 1ª Corrente Clássica (Moacyr Amaral Santos, Marcos Afonso Borges) - É obrigatória nos três incisos do art. 70. CPC, sob pena da perda do direito de regresso. 2ª Corrente. José Rubens Tostes, Fredie Didier - É facultativa nos três incisos, pois é inadmissível que a falta de realização de um ato processual acarrete a perda do direito material. O direito de regresso poderá ser exercido em ação autônoma. Portanto, a obrigatoriedade, na verdade, seria um ônus processual, que uma vez não realizado, acarretaria na perda da possibilidade de discutir o direito de reembolso juntamente com a demanda principal, 3ª Corrente. Athos Gusmão Carneiro, Aroldo Plínio Gonçalves (MG) é necessário distinguir garantia própria (formal) de garantia imprópria (simples). Esta corrente é muito difundida em provas de alguns concursos! Garantia Própria ou Formal - é aquela oriunda da transmissão de um direito, gerando para aquele que transmitiu o dever de garantir a regularidade dessa transmissão (evicção). De acordo com essa corrente, os casos de evicção compreendem as hipóteses dos incisos I, II e alguns casos do III do art. 70 CPC. Nestes casos, a denunciação da lide seria obrigatória, sob pena da perda do direito de regresso Garantia Imprópria ou Simples é aquela oriunda de qualquer outro caso de responsabilidade civil, abrangendo os outros casos do inciso III. Se não exercida, caberá ação autônoma para buscar o direito de regresso. 4ª Corrente: Jurisprudência e Doutrina (Barbosa Moreira, Dinamarco, Humberto Theodoro) A denunciação da lide nos casos de evicção é obrigatória, sob pena de perda do direito de regresso (art. 456 CC). Porém, somente o inciso I do art. 70 é hipótese de evicção. Nos casos dos incisos II e III do art. 70 do CPC, a denunciação é facultativa, ou seja, não sendo exercida a denunciação da lide, a pretensão indenizatória poderá ser exigida através de ação autônoma.

Posição dominante a denunciação da lide é obrigatória apenas no inciso I. As demais hipóteses previstas nos incisos II e III não são casos de evicção, sendo a denunciação da lide apenas facultativa, admitindo-se ação autônoma para exigir o direito de reembolso. Da Denunciação da Lide - NCPC Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam; II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. 1 o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida. Deixar de ser promovida diz que não é mais obrigatória em qualquer hipótese 2 o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma. Agora no novo código a denunciação é tratada após art. 125 (não diz que é obrigatória ou facultativa) 6.5 Momento para a Ocorrência da Denunciação da Lide CPC/73 Art. 71. A citação do denunciado será requerida, juntamente com a do réu, se o denunciante for o autor; e, no prazo para contestar, se o denunciante for o réu. NCPC Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o denunciante for autor, ou na contestação, se o denunciante for réu, devendo ser realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131. Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na

contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento. Denunciação pelo autor na petição inicial uma petição contra o réu original e outra contra o denunciado. Em tese, seria possível ambos os pedidos na mesma petição, desde que muito bem delineados os pedidos em relação a cada um (melhor seriam as petições em separado). Denunciação pelo réu no prazo para resposta. (contestação) O momento correto para o oferecimento da denunciação da lide é na petição inicial, quando proposta pelo autor, ou na contestação, quando proposta pelo réu. Porém, se a pretensão de reembolso surgir posteriormente (geralmente após a réplica, ação declaratória incidental ou reconvenção), a denunciação deverá ser proposta no prazo de 15 dias após o fato que deu ensejo ao surgimento da pretensão de reembolso. 6.6 Natureza da Participação de um Denunciado no Processo Principal. Novo código de Processo civil Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu. CPC 1973 Art. 74. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado, comparecendo, assumirá a posição de litisconsorte do denunciante e poderá aditar a petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu. Art. 128. Feita a denunciação pelo réu: I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado; II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva;

III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva. 6.7 A Sentença na Denunciação da Lide A sentença na denunciação da lide é tecnicamente chamada de sentença objetivamente complexa, pois apesar de formalmente ser una, materialmente será complexa, pois decidirá duas relações jurídicas de direito material ação principal + denunciação da lide. Em primeiro lugar é julgada a ação principal. A sentença da demanda principal é prejudicial em relação à denunciação da lide. Para o denunciante ter direito de regresso em relação ao denunciado é necessário que ele sucumba na ação principal. Art. 129 NCPC. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide. Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado. Art. 76. CPC/73 A sentença, que julgar procedente a ação, declarará, conforme o caso, o direito do evicto, ou a responsabilidade por perdas e danos, valendo como título executivo. Improcedência do pedido da ação principal denunciação da lide (conteúdo da decisão): 1) Extinção do processo sem resolução do mérito por falta de interesse de agir superveniente (art. 267, VI CPC)

2) Improcedência do Pedido (exame de mérito) Teoria da Asserção. Na prática, o mais comum é a extinção do processo sem resolução do mérito, porém isso pode gerar alguns problemas em relação aos recursos. É possível julgamento da denunciação da lide sem o julgamento da ação principal? Não, a ação principal sempre deverá ser julgada em primeiro lugar. Já o inverso - julgamento da causa principal sem julgamento da denunciação da lide - é possível, sendo hipótese de embargos de declaração por omissão. Caso os embargos de declaração não sejam providos ou interpostos, caberá apelação com base em error in procedendo. Fim da aula 14