Lições da experiência portuguesa. Fernando Teixeira dos Santos. Ministro de Estado e das Finanças. Universidade do Minho Maio

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Transcrição:

Ministério das Finanças as e da Administração PúblicaP Euro@10 Lições da experiência portuguesa Fernando Teixeira dos Santos Ministro de Estado e das Finanças as Universidade do Minho Maio 2009 1

Índice O Euro e a construção europeia O Euro e os mercados financeiros O Euro e a estabilidade macroeconó O Euro e as finanças as públicasp O Euro e a actual crise econó 2

O Euro e a construção europeia O Euro é um projecto político e económico cujo sucesso tornou-o o um dos grandes pilares do processo de construção europeia O sucesso político do Euro deve ser valorizado e não recordar apenas os impactos económicos positivos permitidos pela União Econó e Monetária (UEM) O Euro tornou-se um verdadeiro instrumento da cidadania europeia ao permitir às s pessoas a liberdade de se deslocar para diferentes países sem os obstáculos associados às trocas cambiais 3

O Euro permitiu aprofundar a integração financeira e reduzir os custos de financiamento, à Euro@10: Lições da experiência portuguesa O Euro e os mercados financeiros medida que os mercados se tornaram mais transparentes (preços) e os custos de transacção diminuíram Convergência das taxas de juro de curto e longo prazo para níveis n reduzidos 16,0 14,0 Portugal Área do Euro 12,0 10,0 8,0 Taxas de Juro Nominais de Longo Prazo 6,0 4,0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Fonte: Ameco Aumento do financiamento proveniente do exterior (Spiegel, 2004): Portugal aumentou o volume de empréstimos obtidos de outros países da área do euro (de 37,5% do total de empréstimos no período 1986-1991 1991 para 85,6% no período 1999-2003) Ausência de crises cambiais na área do euro (v.g. crise cambial de 1992-93 93 no SME) e spillovers positivos para outros países (SW, DK) que adoptaram um peg da sua moeda com o euro 4

O Euro e a estabilidade macroeconó Política Econó: Gestão de Ciclos Económicos na UEM Política Monetária centralizada: conduzida por uma única entidade, responsável por assegurar a estabilidade de preços Governos nacionais deixam de dispor dos instrumentos taxa de juro e taxa de câmbio para promover a competitividade e ajustamentos conjunturais, o que é particularmente significativo para pequenas economias como Portugal Política Orçamental descentralizada: : estabilizadores automáticos ticos e medidas discricionárias rias No entanto, os Estados Membros devem cumprir as regras orçamentais estabelecidas no Pacto de Estabilidade e Crescimento, que impõe restrições no uso da política orçamental como instrumento de promoção de ajustamentos conjunturais Disciplina Orçamental 5

O Euro e a estabilidade macroeconó Política Econó: Gestão de Ciclos Económicos na UEM Ajustamento estrutural (reformas microeconós s) ) e sólida s gestão macroeconó emergem como os principais instrumentos de política econó disponíveis para os governos nacionais Agenda de Lisboa - Foco no crescimento e no emprego - Preocupação pela sustentabilidade - Reformas estruturais (bens e serviços, mercados financeiros e mercado do trabalho) 6

O Euro e a estabilidade macroeconó A experiência portuguesa Na segunda metade da década d de 90, a corrida à UEM e a adopção do euro permitiram à economia portuguesa um forte impulso da procura interna, associado em grande parte ao aumento da riqueza resultante do bom período económico, à forte descida das taxas de juro e à eliminação das barreiras à concessão de crédito. 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 Crescimento do PIB (variação em %, preços constantes) 1,0 0,0 1996 1997 1998 1999 2000 Fonte: Eurostat. Portugal Área do Euro 7

O Euro e a estabilidade macroeconó Crescimento do PIB baseado na procura interna (consumo e investimento) 1996 1997 1998 1999 2000 PIB (variação, %) 3,6 4,2 4,8 3,9 3,9 Contributos para o Crescimento Procura Interna 3,7 5,8 7,4 6,4 3,6 Procura Externa Líquida -0,2-1,6-2,6-2,5 0,3 Fonte: Eurostat. alimentada pelo efeito riqueza resultante das baixas taxas de juro j e do aumento da concessão de crédito e, consequentemente, da diminuição das taxas de poupança. a. O gap de produtividade com a UE diminuiu,, resultado dos fortes investimentos em infra-estruturas de transporte e comunicações ões Produtividade do Trabalho por Hora Trabalhada 1996 1997 1998 1999 2000 60,8 62,5 63,5 64,7 66,1 PIB em paridades de poder de compra por hora trabalhada face à UE15 (UE15 = 100) Fonte: Eurostat. 8

Portugal cumpriu os critérios rios de convergência (nominais) e tornou-se co-fundador da Zona Euro No entanto Euro@10: Lições da experiência portuguesa O Euro e a estabilidade macroeconó O aumento da oferta potencial foi reduzida: Crescimento da procura não foi acompanhado por um aumento paralelo na oferta potencial, devido essencialmente às s insuficiências na implementação de reformas microeconós s que não permitiram que o crescimento da produtividade sustentasse se a dinâ de convergência. Efeito riqueza associado ao bom período económico atrasou a urgência na implementação de reformas estruturais Circunstâncias políticas (falta de um apoio político forte; Governo era apoiado por maioria relativa no Parlamento) conduziram à concentração dos esforços os na implementação das medidas necessárias ao cumprimento dos critérios rios de Maastricht (e.g. consolidação orçamental) em vez da dispersão da vontade política tica por várias v reformas em simultâneo A adesão ao euro foi prioridade política para atingir a disciplina orçamental 9

O Euro e a estabilidade macroeconó No entanto Choques externos negativos severos Intensificação da concorrência internacional (e.g. Ásia - comércio global de vestuário e calçado). ado). liberalização do Alargamento da União Europeia abriu os mercados europeus às s economias emergentes do Leste Europeu. Estas economias emergentes também m desviaram Investimento Directo Estrangeiro de Portugal. A A competitividade portuguesa ainda estava assente em produtos tradicionais e reduzidos níveis n de capital humano. agravado pelo forte crescimento dos custos unitários do trabalho alimentado por expectativas demasiado optimistas e por um mercado do trabalho rígido r induzido pela dinâ dos mercados de bens não transaccionáveis (menos competitivos) 10

O Euro e a estabilidade macroeconó Abrandamento económico em Portugal 2001 2002 2003 2004 2005 PIB (variação, em %) 2,0 0,8-0,8 1,5 0,9 Contributos para o Crescimento Procura Interna 1,8 0,1-2,2 2,7 1,6 Procura Externa Líquida 0,2 0,7 1,4-1,2-0,7 Desemprego (%) 4,0 5,0 6,3 6,7 7,6 Fonte: Eurostat. O processo de convergência português foi revertido Crescimento do PIB (variação em %, preços constantes) 2,5 2,0 1,5 1,0 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Fonte: Eurostat. 0,5 0,0-0,5 2001 2002 2003 2004 2005-1,0 Portugal Área do Euro 11

O Euro e a estabilidade macroeconó O euro foi responsável pelo abrandamento económico e pelo ajustamento económico severo? Não. Simplesmente, o euro e a perda dos instrumentos taxa de juro o e taxa cambial, usados tradicionalmente como placebos,, tornaram mais visível vel a necessidade de ajustamentos reais (estruturais) Na Primavera 2005, a Estratégia de Lisboa Renovada foi assumida como prioridade do novo Governo e representou uma viragem no ritmo de implementação de reformas (nos domínios macro e microeconómicos micos) Principais Reformas: Finanças as PúblicasP Modernização da Administração PúblicaP Capital Humano (qualificações, empregabilidade e educação) Mercado de Trabalho Ciência e Tecnologia Segurança a Social Sistema de Saúde 12

O Euro e a estabilidade macroeconó A Estratégia de Lisboa e a Qualidade das Finanças as Públicas P devem estar no centro da Política Econó na Área do Euro Qualidade das Finanças as PúblicasP - Eficácia cia e eficiência das Políticas PúblicasP Estabilidade Macroeconó -Política Monetária única -Pacto de Estabilidade e Crescimento Estratégia de Lisboa - Crescimento e emprego - Políticas microeconós s e reformas estruturais 13

O Euro e a actual crise econó A recente crise econó mostrou que: O BCE, instituição chave no quadro do euro, assumiu um papel de liderança a mundial no combate à crise financeira, nomeadamente através da adequada garantia de liquidez às s instituições financeiras Apesar do esforço o muito positivo de coordenação, é um facto que o quadro orçamental da UE não dispõe dos instrumentos adequados para promoção de uma política orçamental centralizado e de dimensão significativa anti-cíclica clica de carácter cter Perante os benefícios da UEM, em geral e no actual contexto, alguns países não pertencentes à Área do Euro têm intensificado os esforços os para cumprimento dos critérios rios de adesão à moeda única 14

Conclusões Euro@10: Lições da experiência portuguesa Lições da experiência Portuguesa: 1. Expectativas quanto ao rendimento futuro devem ser vistas com cautelas, especialmente em bons períodos económicos; 2. Idealmente, as reformas devem ser implementadas antes da adesão ao euro, para que a economia se torne mais flexível e sujeita a ajustamentos estruturais sem custos elevados como o aumento do desemprego; - coordenação entre reformas estruturais e políticas de estabilização (orçamental e monetária) é mais fácil f antes da UEM - altos níveis n de competitividade resultantes das reformas estruturais permitem tirar melhor partido da UEM e da abertura de mercados e da concorrência internacional proporcionadas pela globalização 15

Conclusões Euro@10: Lições da experiência portuguesa Lições da experiência Portuguesa: 3. Apoio e disciplina políticos são necessários para implementar reformas. Em Portugal, o apoio político permitiu o cumprimento dos critérios rios (nominais) de Maastricht, mas não foi suficiente para apoiar as reformas estruturais necessárias Atraso nas reformas Ajustamento Real custoso Mas nunca é tarde para melhorar, apesar de que jáj poderíamos ter beneficiado dos resultados das reformas háh mais tempo. A Estratégia de Lisboa tem mostrado ser um quadro institucional extremamente útil de promoção de reformas estruturais. 16