HORTA COMO FERRAMENTA INTEGRADORA ENTRE ESCOLA/ALUNO/PIBID

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Transcrição:

HORTA COMO FERRAMENTA INTEGRADORA ENTRE ESCOLA/ALUNO/PIBID Leila Trindade da Silva 1 Rodrigo Serafim de Araújo 1 Vladimir Vieira do Nascimento 1 Ivaneide Alves Soares da Costa 2 RESUMO O projeto Horta-escolar foi desenvolvido pelo PIBID/Biologia da UFRN em uma escola de básico Natal/RN, contemplando toda a comunidade escolar. A mobilização para a execução do projeto foi fundamental para contar com a participação ativa dos participantes, sendo eles: alunos, professores e funcionários. Após esta socialização inicial com a comunidade escolar foi necessário realizar um registro informacional sobre o local, onde seria feita a implantação da horta. Em seguida, ocorreu a aplicações de oficinas, ministradas pelos bolsistas PIBID/Biologia que visava preparar os alunos para as etapas seguintes. Cada encontro apresentava uma duração de 2 horas, e o objetivo principal consistia em instrumentar os alunos quanto à preparação e sua manutenção. Estas oficinas foram desenvolvidas em duas etapas: a primeira apresentava o intuito de reconhecer a área de implantação da horta, neste momento os alunos receberam instruções necessárias sobre os aspectos que estão ligados a sua construção e manutenção; na segunda etapa, os alunos foram conduzidos até a um ambiente formal, no qual foram levantadas algumas considerações sobre como construir e manter uma horta. A preparação para a construção da horta foi elaborado por meio de um trabalho coletivo, entre alunos e bolsistas. A metodologia do trabalho seguiu várias etapas predeterminadas que resultaram no desenvolvendo da horta-escolar. Após ter preparado o ambiente para a implantação da horta, a etapa seguinte implicou na adubação. Durante a execução do 1 Alunos licenciandos bolsistas PIBID/BIOLOGIA/UFRN. leila_trinde@hotmal.com; rodrigoserafim25@yahoo.com.br; vlad_nascimento_@hotmail.com. 2 Coordenadora do PIBID/ Biologia, Dra. Professora Adjunta I, UFRN/Centro de Biociências, Depto. Microbiologia e Parasitologia, Lab. de Microbiologia Aquática (LAMAq). iasoaresc@gmail.com.

projeto foram utilizados 6 canteiros, com medidas variadas entre 4 a 8 metros de comprimento, sendo plantadas os seguintes tipos de hortaliças: tomate, rúcula, alface, coentro, pimentão e cenoura. Para a sua manutenção ocorreram reuniões mensais que envolvia toda a comunidade escolar, estas apresentavam como objetivo sensibilizar todos os participantes sobre a importância da manutenção continua do espaço verde, assim como a construção de um cronograma e a sua atualização, cuja finalidade era a de organizar semanalmente o procedimento de rega da mesma. A ação obteve êxito ao cumprir os seus objetivos, ficando evidente que a atividade contribuiu positivamente para a inserção e integração dos bolsistas do PIBID/BIOLOGIA com o ambiente escolar. Com isto, percebe-se que a horta inserida no ambiente escolar pode ser utilizada como uma ferramenta eficaz na formação integral do estudante. Podendo assim abordar claramente diversos conteúdos, entre eles: a importância dos vegetais e do meio ambiente, nesse sentido afirma-se que a horta escolar é um espaço propício para que os alunos aprendam os benefícios e as formas de cultivo mais saudáveis, despertando interação entre alunos e escola, aguçando o trabalho coletivo, consciência ecológica e alimentar. E por fim podemos inferir que a horta representa uma ferramenta interdisciplinar. Palavras-chaves: Horta-Escolar; PIBID/Biologia; Ferramenta de Ensino; Comunidade Escolar.

INTRODUÇÃO De acordo com Wojciechowski (2006), a educação ambiental surge como uma necessidade das sociedades contemporâneas, uma vez que as questões sócioambientais têm sido cada vez mais discutidas e abordadas pelos vários segmentos da sociedade, em decorrência da gravidade da degradação do meio natural e social. Nesta perspectiva, o trabalho com horta propicia o cumprimento do princípio da transversalidade e de transdisciplinaridade que supera o conceito de disciplina e da interdisciplinaridade que é a integração curricular, os quais os interesses próprios de cada disciplina são preservados (BARBOSA, 2007 e ROCHA, 2009a). Segundo (LIMA, 2009) a Horta Didática não deve apenas ficar restrita ao processo de produção de alimentos, mas deve ser trabalhada como um processo pedagógico. A horta inserida no ambiente escolar é uma ferramenta bastante eficaz na formação integral do estudante, pois este tema aborda diversas áreas de conhecimento, podendo ser desenvolvido durante todo o processo de ensino/aprendizagem. Conforme Kaufmann (1998), a horta é um espaço onde os alunos podem trabalhar de maneira espontânea, com autonomia, o que foi ocorrendo ao longo de todas as etapas desta proposta. Conforme Golemann (1995), aprendemos mais quando temos alguma coisa que nos interessa e sentimos prazer quando nos empenhamos nela. Assim foi este trabalho, horta como ferramenta integradora, que relaciona-se à necessária criação de comunidades sustentáveis, fazendo-se estimular a percepção do meio em que estão inseridas. PERCURSO METODOLÓGICO Implementação e manutenção A ação foi desenvolvida pelos bolsistas do sub-projeto PIBID/biologia, realizado de Julho à Dezembro do ano de 2012, contemplando toda a comunidade escolar: Alunos, professores e funcionários. Este trabalho foi realizado com a turma do EJA, considerada, por muitos dos professores, uma turma complicada e difícil de trabalhar, pelo fato de se tratar de uma turma de jovens e adultos, que não tinha uma frequência positiva nas aulas, e com índice de evasão escolar relativamente alto, e

ainda contar com o fato de, a maioria trabalhar; porém, esta ação integradora, e a partir dos relatos dos participantes, percebeu-se que, com a construção da horta, esta realidade foi melhorada, os laços afetivos entre os alunos foram estreitados, e o envolvimento deles em outras disciplinas. A etapa de socialização do projeto, se deu com toda comunidade escolar, onde foi realizado o levantamento dos alunos interessados em participar juntamente com a turma do EJA. A aplicação das oficinas, ministradas pelos bolsistas, foram apresentadas através de recursos multimídia (slides), que visava preparar os alunos. Cada encontro apresentava uma duração de 2 horas, com objetivo principal de instrumentar os alunos quanto à preparação e manutenção da horta. A primeira oficina apresentava o intuito de demonstrar a área de implantação da horta, assim como os benefícios da mesma para o ambiente escolar; na segunda oficina, apresentava o intuito de demonstrar a área de implantação da horta, assim como algumas considerações sobre a utilização de determinados equipamentos para construção da horta, onde foram levantadas algumas considerações sobre como construir e manter uma horta, fazendo um elo, mostrando os principais objetivos da implantação do projeto. Logo em seguida decorreu a etapa Mão na massa, que consistiu na limpeza e adubação dos canteiros, assim como plantação das hortaliças. Durante a execução de cada etapa os alunos passaram a criar fortes laços de confiança com os bolsistas. A construção da horta se deu em todos os momentos, por meio do trabalho coletivo, e pela colaboração de voluntários para participarem de um mutirão de limpeza que envolvia: capinar e preparar o local da criação da horta. Durante a execução do projeto foram utilizados 6 canteiros, com medidas entre 4 a 8 metros de comprimento, sendo plantadas as seguintes hortaliças: Tomate, rúcula, alface, coentro, pimentão e cenoura. Para manter a positividade deste projeto, houve reuniões mensais com os alunos, funcionários, supervisor, coordenadores e bolsistas envolvidos com o projeto, com o objetivo de socializar como seria feito a manutenção da horta, dificuldades e experiências, sendo apresentado um cronograma elaborado com a finalidade de organizar semanalmente a manutenção da horta. Socialização e coletividade na colheita Petter (2005, p. 2) afirma que o trabalho coletivo é de fundamental relevância, pois faz com que o indivíduo trabalhe e respeite os seus colegas.

As atividades desenvolvidas na horta trouxeram benefícios à escola, como a colheita das hortaliças para ser implementada na merenda escolar, o restante foi dividido entre os alunos, professores, funcionários e coordenadores, que possibilitou uma maior integração entre bolsistas-alunos-supervisor, projeto possibilitou o contato direto dos alunos com a terra, por meio deste espaço estabelecemos momento de associação entre a horta e os ciclos alimentares de semeadura, plantio, cultivo, estimular o cuidado com as plantas e colhê-las, adubação do solo, além de ser um momento em que os alunos aprenderam a respeitar a natureza, ajudando na higiene do local da horta, manutenção e irrigação da mesma. Possibilitou aos alunos a abertura para o diálogo aberto durante todas as etapas, não havendo resistência quanto ao projeto, alguns até agradeciam, se sentindo privilegiados por estarem à frente da horta, tendo assim maior responsabilidade o que despertou o interesse por parte doa alunos pela própria escola, já que eram eles os cuidadores da horta. Figura 1 - Visita ao local de implantação da horta e Mutirão de Limpeza. Fonte: Arquivo Pessoal. Figura 2- Organização do material para aplicação das oficinas.

Fonte: Arquivo Pessoal. Figura 3 - Etapa de Adubação e rega (Bolsistas e alunos) Fonte: Arquivo Pessoal. Figura 4 - Etapa de germinação e plantação das sementes das hortaliças pelos alunos. Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 5 - Etapa de colheita e doação das hortaliças para as merendeiras da escola. Fonte: Arquivo Pessoal. CONSIDERAÇÕES FINAIS O projeto possibilitou uma interação ampla sobre toda a comunidade escolar, permitindo uma atividade coletiva, envolvendo todo o corpo escolar, promovendo e estimulando o alunado uma visão mais ambiental e crítica sobre seus hábitos alimentares, mostrando a importância de preservar os espaços verdes, podendo aplicar seus conhecimentos teóricos em uma prática prazerosa ensinando o que foi aprendido mediante todas as etapas deste projeto. A ação como um todo contribuiu, positivamente para a inserção e integração dos bolsistas do PIBID/BIOLOGIA na escola, disseminando experiências para ambos os lados em uma relação bolsista-escola. Isto corroborou para que a ação caracteriza-se como significativa, pois a confiança foi um fator crucial para sensibilizar os alunos quanto à importância do ato de preservar. Além disto, pode-se criar uma relação gradativa da horta com os hábitos alimentares dos alunos, assim como utilizá-la como recurso didático de ensino, atuando como um laboratório vivo.

REFERÊNCIAS PETTER, C. M. B. A construção coletiva de uma horta escolar. In: IV Encontro Ibero-Americano de coletivos escolares e redes de professores que fazem investigação na sua escola. Lajeado, RS, 2005. LIMA, F. C. et al. Horta didática: abordagens sobre a utilização desta ferramenta para auxiliar no ensino de ciências. TCC Centro Universitário de Lisboa, Rio de Janeiro, 2009. PINHEIRO, C. N. A. A importância do trabalho com a horta escolar para o ensino de ciências de forma interdisciplinar. 2012. ix, 43 f., il. Monografia (Licenciatura em Ciências Biológicas) Consórcio Setentrional de Educação a Distância, Universidade de Brasília, Universidade Estadual de Goiás, Brasília, 2012. WOJCIECHOWSKI, Taís. Projetos de Educação Ambiental no Primeiro e no Segundo Ciclo do Ensino Fundamental: Problemas Socioambientais no Entorno de Escolas Municipais de Curitiba. Dissertação Programa de Pós- Graduação em Educação Setor de Educação da Universidade Federal do Rio Grande: Curitiba. 2006. BARBOSA, Najla Veloso Sampaio. Horta Escolar Dinamizando o Currículo da Escola. Brasília. 1ª Edição. Brasil. 2007. ROCHA, Paula Fernanda de Melo. Caderno 1: A horta escolar dinamizando o currículo da escola- 2 edição. Brasília. Brasil.2009 a. GOLDEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva. 1995.