construção naval e offshore no Brasil



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Transcrição:

construção naval e offshore no Brasil 1

agenda a indústria naval e offshore no Brasil a indústria naval e offshore no mundo visão do negócio empresas Brasileiras demanda Petrobras gestão de engenharia gestão de produção desafios conclusões 2

a indústria de construção naval e offshore no Brasil 3

a retomada do setor Após duas décadas de declínio, seguidas por uma estagnação, o setor de construção naval brasileiro começou a reverter a situação no final da década de 90, com algumas encomendas de embarcações de apoio offshore. A partir de 2000 o setor destacou-se no cenário nacional por conta de uma política industrial baseada em três pilares: a. demanda do setor offshore; b. desoneração na importação de insumos/partes/peças e, mais tarde, estendida aos fornecedores diretos nacionais; c. garantia de financiamento a taxas atrativas pelo FMM-Fundo de Marinha Mercante. 4

o papel da Petrobras na retomada A construção no Brasil da plataforma P-51 (2004-2008) foi um marco na retomada do setor. O PROMEF viabilizou a implantação do Estaleiro Atlântico Sul e do VARD Promar e a revitalização do Estaleiro Mauá. Os cascos replicantes viabilizaram a implantação do Polo Naval do Rio Grande. As contratações das embarcações de apoio fortaleceram os pequenos e médios estaleiros. O programa de contratação de sondas viabilizou a implantação dos estaleiros Enseada e Jurong Aracruz e a expansão do Polo Naval do Rio Grande. As conversões dos cascos da Cessão Onerosa viabilizaram a revitalização do Estaleiro Inhaúma. 5

a indústria de construção naval e offshore no mundo 6

referências CHINA 45% participação no mercado, com carteira de 111 milhões DWT (67 milhões GT) no fim de 2012 COREIA DO SUL 29% participação no mercado, com carteira de 70 milhões DWT (53 milhões GT) no fim de 2012. JAPÃO 18% participação no mercado com carteira de 45 milhões DWT (28 milhões GT) no fim de 2012. 7

desafios mundiais excesso de capacidade produtiva, quase 200 milhões DWT/ano. lançamento de navios constante num mercado de fretes baixos. competição acirrada entre estaleiros, agravada pela queda do Ien japonês. difícil acesso a finaciamento. redução de margens de lucro para estaleiros e armadores. 8

tendências redução do número de estaleiros, 75 na China, 10 Coréria do Sul e 15 no Japão. avanços tecnológicos (eco-design e eco-speed) são mais importantes para o armador do que descontos no preço do produto. atividade de sucateamento em alta devido ao baixo frete e o surgimento de projetos mais econômicos. preços atingiram o mínimo histórico em 2013 e o cenário favorece uma escalada a partir de 2014. 9

visão de negócio 10

modelagem carteira projetada capital tecnologia pessoas cadeia de fornecedores logística instalações requisitos legais stakeholders 11

principais categorias industriais ESTALEIROS Unidades industriais equipadas para construir e reparar embarcações de grande, médio e pequeno porte. CANTEIROS DE INTEGRAÇÃO Unidades industriais equipadas para receber grandes embarcações do tipo FPSO ou Semisubmersível e integrá-las as suas plantas de produção de óleo e gás. CANTEIROS DE MÓDULOS Unidades industriais especializadas na construção de módulos de plantas de produção de óleo e gás. 12

tipos de estaleiros GRANDE PORTE Estaleiro com área superior a 500.000 metros quadrados, equipado para construir e reparar embarcações de grande porte, tipo VLCC. Possui dique de grandes proporções. MÉDIO PORTE Estaleiro estruturado para construir e reparar embarcações de médio porte, tipo PANAMAX. Equipado com carreira de lançamento ou dique. PEQUENO PORTE Estaleiro voltado para a construção e reparo de pequenas embarcações, tipo apoio offshore. Utiliza carreira ou cais para edificação. 13

abrangência da atuação no mercado estaleiro de grande porte estaleiro de médio porte canteiro de integração estaleiro de pequeno porte canteiro de módulos 14

offshore e marinha mercante offshore marinha mercante 15

construção, reparo e conversão construção conversão reparo 16

empresas brasileiras 17

estaleiros de grande porte Suape-PE Maragogipe-BA Aracruz-ES Rio de Janeiro-RJ Angra dos Reis-RJ Rio Grande RS 18

estaleiros de médio porte Suape-PE Rio de Janeiro-RJ Niteroi-RJ 19

estaleiros de pequeno porte Guarujá-SP Rio de Janeiro / Niterói Itajai-SC 20

principais canteiros de integração Candeias-BA Paranaguá-PR S. Francisco Sul-SC Rio Grande RS São José do Norte-RS 21

principais canteiros de módulos Maceió-AL Itaguaí-RJ Niteroi-RJ Itajai-SC Charqueadas RS 22

polos navais Estaleiros no Brasil Estaleiros Atuantes 11 a 20 4 a 10 1 a 3 Fonte: SINAVAL, 2012. 6 6 2 Capacidade de Processamento % do total nacional por estado 30 a 50% 1/4/5 11 a 30% 1 a 10% 5 1/4/5 271.000 mt/ano Fonte: SINAVAL, 2012. APLs Metalmecânicos Quantidade Empresas por APL 1000 a 3500 2/6 5 1/2/3/5 101 a 999 1 a 100 Fonte: GTP-APL, 2012. Empresas de NAVIPEÇAS Fornecedores aprovados Catálogo 1 Naval Navios 2 Naval EAMs 3 Offshore Módulos e integrações 4 Offshore Cascos 5 Offshore Sondas 6 Barcaças e rebocadores portuários 3/4/5 1/2 140.000 mt/ano 531.000 mt/ano 100 a 200 20 a 99 1 a 19 Fonte: NAVIPEÇAS ABDI-ONIP, 2012. 23

demanda Petrobras 24

unidades de produção NE de Tupi (P-72) SE Águas Profundas Lula Alto (Cidade de Maricá) Iara NW (P-71) Lula Central (Cidade de Saquarema) Lula Ext. Sul (P-68) Revitalização Marlim I Papa-Terra (P-61+TAD) Lula Sul (P-66) Lula Oeste (P-69) Sul do Parque das Baleias Espadarte III Norte do Parque das Baleias (P-58) Búzios I (P-74) Búzios III (P-76) Maromba SE Águas Profundas II Roncador IV (P-62) Lapa (Cidade de Caraguatatuba) Tartaruga Verde e Mestiça Aguas profundas Sergipe Revitalização Marlim II Sapinhoá Norte (Cidade de Ilhabela) Lula Norte (P-67) Iara Horst (P-70) Carcará Júpiter Florim Iracema Sul (Cidade de Mangaratiba) Iracema Norte (Cidade de Itaguaí) Buzios II (P-75) Buzios IV (P-77) Entorno de Iara (P-73) Buzios V Libra I 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 25

unidades de perfuração SS Bracuhy NS Itaoca NS Copacabana NS Curumim NS Sahy SS Urca NS Leblon NS Siri NS Guarapari SS Frade SS Portogalo SS Mangaratiba NS Ondina NS Camburi NS Boipeba NS Itaúnas NS Comandatuba NS Casino NS Ipanema NS Salinas NS Interlagos NS Itapema NS Arpoador NS Grumari NS Pituba NS Leme NS Marambaia SS Botinas 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 26

apoio marítimo tipo 2 2 2 1 5 12 AHTS 5 5 10 LH 7 4 9 3 23 OSRV 8 3 7 1 19 PLSV 9 9 8 17 1 44 PSV 1 4 5 SDSV 11 6 1 18 UT 43 33 27 22 6 131 2014 2015 2016 2017 2018 total 27

gestão de engenharia 28

contratação marinha mercante contrato produto documentação técnica 29

contratação - offshore contrato contrato documentação técnica documentação técnica unidade contrato contrato documentação técnica documentação técnica contrato contrato documentação técnica documentação técnica 30

fluxo de documentação projeto suprimento construção e montagem comissionamento documentação técnica produzida pela projetista documentação técnica produzida pelos fornecedores documentação técnica produzida pela construção e montagem documentação técnica produzida pelo comissionamento 31

gestão de produção 32

macro fluxo da produção planejamento construção e montagem projeto e suprimento garantia da qualidade 33

tecnologia e produtividade tecnologia do produto e do processo produtivo são fundamentais para a indústria. a definição dos processos produtivos deve estar compatível com a tecnologia selecionada. a produtividade deve ser constantemente avaliada e melhorada, sendo que a melhor referência para o processo é o preço final do produto. dinâmica do mercado: a posição e o movimento dos líderes. 34

desafios 35

desafios superados retomada após longo período de retração. agentes financeiros: Banco do Brasil e Caixa, além do BNDES, BASA e Banco do Nordeste. garantias: criação do Fundo Garantidor. performance bond e builder s risk: bancos oferecendo estes produtos. 36

desafios no presente obtenção de garantia pelos armadores; transferência de tecnologia; planejamento robusto; gestão integrada dos processos; aumento de produtividade; velocidade da curva de aprendizado; cumprimento do prazo de entrega. 37

conclusões 38

conclusões a indústria naval e offshore no Brasil encontra-se na fase de consolidação de processos e busca por produtividade; tecnologia e gestão de processos são críticos para o sucesso da indústria; a atuação da Petrobras, enquanto maior cliente, é pautada pelo compromisso com o desenvolvimento de uma indústria nacional forte; a expectativa da Petrobras é realizar sua carteira de investimentos no prazo e custo planejados e ter acesso a uma indústria naval e offshore estabelecida, capaz de apoiar suas atividades de exploração e produção 39

obrigado pela atenção fernando bortoli machado ENG-SUB/CAUN fernando.b.machado@petrobras.com.br 40