PREVENÇÃO DE USO DE ÁLCOOL DE RISCO POR ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS: UM SEGUIMENTO DE DOIS ANOS

Documentos relacionados
APLICAÇÃO DE INTERVENÇÃO BREVE EM ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIO QUE APRESENTAM BEBER DE RISCO

PADRÃO DE USO DE ÁLCOOL ENTRE HOMENS E MULHERES NA GRANDE SÃO PAULO

Conceitos básicos em álcool e drogas: classificação das drogas, uso nocivo e dependências, padrões de uso, noções de tratamento 4/02/2011

PERFIL DO CONSUMO DE ÀLCOOL EM MULHERES DE UM NÚCLEO DE SAÚDE DA FAMÍLIA

1ª Jornada Preparatória para o XXIII CBABEAD

Beber se embriagando (binge drinking): estudo de uma população de estudantes universitários que fazem uso de álcool de risco

Experiência com o tratamento de Dependentes Químicos

GRUPO DE ESTUDOS DA SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO

Instrumentos de Triagem para consumo de Bebidas Alcoólicas e Outras Drogas

Como Prevenir e Tratar as Dependências Químicas nas Empresas?

Intervenção Breve. Cultura da Paz! Luca Santoro Gomes

Resumo. Efeitos deletérios do abuso do álcool são amplamente conhecidos e descritos. A prevenção ao abuso de álcool. Abstract

Prevenção: A Perspectiva da Medicina do Trabalho. Jorge Barroso Dias, Médico do Trabalho

Efeitos da Ampla Modificação no Estilo de Vida como Dieta, Peso, Atividade Física e Controle da Pressão Arterial: Resultado de 18 Meses de Estudo

Cerveja e Risco Cardiovascular

Os padrões de consumo de crack, álcool e outras drogas e alguns instrumentos de avaliação e codificação

A mulher e o consumo de bebidas alcoólicas Clarissa Mendonça Corradi-Webster Larissa Horta Esper Ana Maria Pimenta Carvalho

Organização de serviços. Coordenação: prof. Dr. Ronaldo Laranjeira Apresentação: Dr. Elton P. Rezende UNIAD INPAD Unifesp

Consumo de bebidas alcoólicas e seus efeitos

Diretrizes da OMS para diagnóstico de Dependência

Estudo epidemiológico realizado de 4 em 4 anos, em colaboração com a Organização Mundial de Saúde.

Arianna Legovini Development Impact Evaluation Initiative (DIME) World Bank O que falam algumas das evidências sobre prevenção de HIV

PREVENÇÃO AO USO DE ÁLCOOL POR ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

Adriano Marum Rômulo. Uma Investigação sobre a Gerência de Projetos de Desenvolvimento de Software em Órgãos do Governo do Ceará com Base no MPS-BR

TÍTULO: AUTORES: INSTITUIÇÃO ÁREA TEMÁTICA: INTRODUÇÃO

Pesquisa Nacional de Saúde

Encontro de Empresas Mesa redonda: Programa de Assistência ao Empregado: para onde encaminhar. Ambulatório

1. Problema Geral de Investigação

ENVELHECIMENTO, SUBJETIVIDADE E SAÚDE: EXPERIÊNCIAS DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA POR MEIO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

TRABALHADORES DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DO RIO GRANDE DO SUL

A Motivação no Tratamento da Dependência Química

A psicologia tem uma dimensão prática que se integra em vários contextos e instituições sociais: escolas, hospitais, empresas, tribunais, associações

ANEXO AO PROTOCOLO DE SERVIÇOS

INFLUÊNCIAS DA KINESIOTAPING NO DESEMPENHO DO SALTO EM DISTÂNCIA, EM INDIVÍDUOS SADIOS JOVENS

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders

CONSUMO DE ÁLCOOL E TABACO ENTRE ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA E FISIOTERAPIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Investigação em Anatomia Patológica. Álcool e Jovens em Idade Escolar: Comportamentos e Conhecimentos Associados ao Consumo

QUESTIONÁRIO SOBRE ATENÇÃO À SAÚDE DOS IDOSOS

Álcool e Saúde Pública nas Americas Dr Maristela G. Monteiro Assessora Principal Controle de Tabaco, Álcool e Outras Drogas OPAS/OMS

OBJETIVOS: GERAL: Determinar a prevalência do alcoolismo em Policiais Militares do Estado do Amazonas.

Capítulo 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

ANÁLISE DE RELATOS DE PAIS E PROFESSORES DE ALUNOS COM DIAGNÓSTICO DE TDAH

QUESTIONÁRIO SOBRE CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

O USO DE ÁLCOOL ENTRE JOVENS ESTUDANTES

Dependência Química - Classificação e Diagnóstico -

Amamentar: um investimento na qualidade de vida futura. Bernardo Lessa Horta

Prof. Ana Cláudia Fleck Coordenadora da Academia de Professores da ESPM-Sul

QUALIDADE Noções iniciais

Tratamento: Estratégias Integradas para o Crack. Sibele Faller

CERTIFICAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE E/OU AMBIENTAL (ISO 9001 / 14001) Palavra chave: certificação, qualidade, meio ambiente, ISO, gestão

Consumo de álcool por adolescentes e gênero. Tatiane Vilela Coelho Raínne Costa Sousa

Em resumo, trata-se de seis (6) modalidades de serviços de 24 horas:

ACOMPANHAMENTO DE AGENTES DE SAÚDE APÓS TREINAMENTO EM EDIBS EM RIBEIRÃO PRETO

Pessoas com Deficiência nos Censos Demográficos Brasileiros

Centro Regional de Referência ES. CURSO 1: Atualização sobre Intervenção Breve e Aconselhamento Motivacional em Crack e outras Drogas

Transformando a pergunta de pesquisa em estratégia de busca. Elisabeth Biruel BIREME/OPAS/OMS

Elevada auto-estima materna no pós-parto: um fator de proteção ao aleitamento exclusivo?

LISTAS DE FIGURAS, GRÁFICOS E TABELAS

Educação Financeira nas Escolas 1ª Conferência Internacional

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro Cortantes. HOSPITAL...

Avaliação das campanhas antitabagismo na mídia de massa

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Programa de Estudos e Assistência ao Uso Indevido de Drogas

ABUSO DO CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS, UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA. Senhor Presidente,

Coisas simples que todo médico

Como actuar perante o consumo nocivo de álcool? Guia para cuidados de Saúde Primários

Estudo de Fatores Associados à Ocorrência de Abandono do Tratamento do HIV/AIDS

Tratamento da Dependência Química: Um Olhar Institucional.

CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL

Liliana de Fátima Nogueira Pinto Nº Questionário

ORIENTAÇÕES PARA INSCRIÇÃO DE TRABALHOS:

Epidemiologia. Profa. Heloisa Nascimento

O que podemos aplicar no Brasil para avançar com a prevenção?

Comportamentos de Risco Entre Jovens Brasileiros

Preparação para a Certificação de Auditor da Qualidade

ARCO - Associação Recreativa dos Correios. Sistema para Gerenciamento de Associações Recreativas Plano de Desenvolvimento de Software Versão <1.

Como levantar o ciclo de serviço:

1º Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira

Estudos de Psicologia ISSN: X Universidade Federal do Rio Grande do Norte Brasil

VIGITEL 2014 Periodicidade Parceria: População monitorada entrevistas

1 em cada 4 pessoas são afetadas por um problema de saúde mental a cada ano. Vamos falar sobre isso?

I Seminário. Estadual de enfrentamento ao CRACK. O papel da família no contexto da prevenção e do enfrentamento aos problemas decorrentes do CRACK

O retrato do comportamento sexual do brasileiro

CUIDAR DE CUIDADORES: PROGRAMA DE TREINAMENTO PARA CUIDADORES DE IDOSOS DEPENDENTES

Equipe: Ronaldo Laranjeira Helena Sakiyama Maria de Fátima Rato Padin Sandro Mitsuhiro Clarice Sandi Madruga

13/12/2013 9h00m às 11h00m

Pesquisa experimental

Sumário Executivo. Avaliação Econômica do Programa Mais. Centro de Integração Empresa Escola (CIEE/RJ)

Relatório do estudo - Notificação

Ana Carolina Ferreira Gonzaga OBJETIVOS PROFISSIONAIS FORMAÇÃO ACADÊMICA

PESQUISA DE ENDIVIDAMENTO E INADIMPLÊNCIA DO CONSUMIDOR - PEIC

PESQUISA DE ENDIVIDAMENTO E INADIMPLÊNCIA DO CONSUMIDOR - PEIC

Transcrição:

PREVENÇÃO DE USO DE ÁLCOOL DE RISCO POR ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS: UM SEGUIMENTO DE DOIS ANOS Material organizado por Florence Kerr-Corrêa INEBRIA, 8-10/10/2008 Ribeirão Preto, SP

Alcohol & Alcoholism Vol. 43, No. 4, pp. 470 476, 2008 Advance Access publication 25 March 2008 doi: 10.1093/alcalc/agn019 EPIDEMIOLOGY AND PREVENTION Prevention of Risky Drinking among Students at a Brazilian University Maria Odete Simão, Florence Kerr-Corrêa, Sumaia I. Smaira, Luzia A. Trinca, Tricia M.F. Floripes, Ivete Dalben,Raul A. Martins, Janaina B. Oliveira,Mariana B. Cavariani, Adriana M. Tucci (Advance access publication 25 March 2008) Abstract Aim: The aim of this paper was to compare the quantity and frequency of alcohol use and its associated negative consequences between two groups of college students who were identified as being risky drinkers. Subjects were randomly allocated in a clinical trial to intervention or control groups. Methods: Risky drinking use was defined as Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) 8 and/or Rutgers Alcohol Problem Index (RAPI) 5 problems in the previous year. Students who had undergone the Brief Alcohol Screening and Intervention for College Students (BASICS) (N = 145 at baseline; 142 at 12 months, and 103 at 24 months, loss of 29.7%) were compared with a control group (N = 121 at baseline; 121 at 12 months and 113 at 24 months, loss of 9.3%), the nonintervention group. Variables included drinking frequency, quantity and peak consumption, dependence assessment, and family and friends abuse assessment. Results: Treated students at a 24-month followup decreased quantity of alcohol use per occasion and lowered AUDIT and RAPI scores. Conclusions: This is the first brief intervention work on risky drinking with college students in Brazil and the results are encouraging. owever, it is difficult to conduct individual prevention strategies in a country where culture fosters heavy drinking through poor public policy on alcohol and lack of law enforcement.

Uso excessivo álcool se associa a: 1. Acidentes e mortes 2. Violência, vandalismo, estupro 3. Gravidez não planejada 4. Doenças sexualmente transmissíveis 5. Mal rendimento e reprovação escolar 6. Dificuldade de relacionamentos 7. Uso de outras drogas 8. Instalação de dependência precoce WECHSLER et al., 1994, 1995; MARLATT, 1989; KELLOGG, 1999; KERR-CORRÊA et al, 1999; IML- SP, 2000; DIMEFF et al, 2002; NIAAA, 2003.

Beber se embriagando (binge( drinking) Beber 5 ou mais drinques em uma única ocasião para homens e 4 ou mais drinques em uma única ocasião para mulheres Padrão comum entre jovens (KREITMAN, 1986; WECHSLER et al, 1994; MARLAT et al, 1998; DIMEFF et al, 2002; DE JONG, 2003; NIAAA, 2003)

DEFINIÇÃO DE DRINQUE destilado (50 ml) ou 1 latinha (350 ml) vinho (150 ml) martini (75 ml)

Prevenção em universitários experiência internacional Técnicas motivacionais, auto-monitoramento do consumo, com ou sem treinamento de habilidades mostraram-se promissores (GARVIN, 1990; MILLER & ROLLNICK, 1991; BAER, 1993; LAIMER et al 1994; MARLATT, BAER & LARIMER 1995) Projeto grupo Universidade de Washington (EUA): orientações, evitando diagnóstico, confronto ou metas de mudança de comportamental (BAER, 1993) do consumo dos sujeitos da intervenção menos conseqüências negativas 3 anos de acompanhamento BASICS - Brief Alcohol Screening and Intervention for College Students (MARLATT, 1995; DIMEFF et al, 2002) específico para estudantes redução de danos comportamento de risco

Este é o primeiro trabalho de intervenção breve com seguimento longitudinal feito com estudantes universitários brasileiros

OBJETIVOS

Objetivos Comparar a quantidade e freqüência do uso de álcool e suas conseqüências negativas em dois grupos de estudantes universitários que faziam uso de álcool de risco e que foram alocados aleatoriamente para um grupo de intervenção e um grupo controle em um ensaio clínico. Aprovado pela Comissão Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP (7/02/2000)

SUJEITOS E MÉTODOS

Sujeitos Grupo inicial = 4100 respondentes, 1.057 calouros com uso de risco (2000 e 2004) 334 calouros da área Biológica: uso de álcool de risco 266 foram randomizados depois de assinar o TCLE: Tratamento e Controle Seguidos e avaliados aos 12 e 24 meses Randomização foi feita a cada ano após o rastreamento

Sujeitos Sujeitos (N=266) Grupo Intervenção breve: N=145 na linha de base; 142 aos 12 meses e 103 aos 24 meses, perda de 29,7%) Grupo controle: N=121 na linha de base; 121 aos 12 meses e 113 aos 24 meses, perda de 9,3%), Características Maioria: 18 e 20 anos (média=19,6; dp=1,8) de ambos os sexos (56% homens e 44% mulheres), todos solteiros, de classe média ou média alta.

INSTRUMENTOS

Alcohol Use Disorders Identification Test - AUDIT 10 questões Quantidade e freqüência do uso de bebidas Compulsão não consegue parar bebe a mais Rutgers Alcohol Problems Inventory - RAPI Quantas vezes aconteceram com você as situações abaixo, enquanto estava bebendo ou por causa de seu hábito de beber (nos últimos 12 meses/ último mês) Conseqüências Dependência blackouts remorso críticas verifica: acidentes, rendimento escolar, envolvimento em brigas e outras conseqüências sociais 23 itens escore 0-23 em cada período Escore > ou =8: consumo de risco Babor et al., 1992; Figlie et al., 1997; Babor & Higgle-Bibble, 2003; Lima et al., 2007

Instrumentos Avaliação do consumo de bebidas alcoólica lica Quantidade/freqüência Perfil breve do bebedor (Dimeff et al., 2002) Perfil de consumo alcoólico esporádico (Miller & Rollnick, 1984, adaptado por Dimeff et al., 2002) Avaliação de dependência e problemas relacionados ao uso do álcool - EDA Escala de dependência do álcool (Skinner & Horn,, 1984) 25 itens variação de 0 a 47 pontos escore 9 uso problemático Avaliação de antecedentes familiares de uso de álcool (Johnston et al, 1999; Smart et al, 1982)

Fase I Avaliação Calouros AUDIT 1 RAPI 2 Calouros que bebiam muito Intervenção Breve para Prevenção 3 Reavaliações 12 e 24 meses 1 Babor et al, 1992 ; 2 White & Labouvie, 1989; 3 Marlatt et al, 1998; Dimeff et al, 2002

Intervenção Caracterizar o uso excessivo de álcool Reduzir o uso para níveis mais baixos Ser breve B rief A lcohol S creening and I ntervention for C ollege S tudents Fundamentação psicologia cognitiva redução de danos entrevista motivacional (Marlatt et al 1998; Dimeff et al, 2002) Feito em 2 sessões Avaliação Intervenção

PRIMEIRA SESSÃO BASICS: AVALIAÇÃO Vínculo; Contexto do uso de bebidas; Expectativas sobre a bebida; Incentivos (motivação) para parar de beber; Avaliação: estado mental, comportamento de risco, uso de drogas, antecedentes familiares; Dependência ou contra-indicação médica para moderação; Atitudes dos amigos em relação ao uso de álcool e drogas.

Primeira sessão: avaliação Instrumentos Quantidade e freqüência (Perfil do bebedor típico e ocasional) Avaliação familiar do uso de bebidas/drogas Comportamento de risco Uso de drogas (Smart et al, 1982) Cartão de monitoramento

Segunda sessão: intervenção Revisão dos dados da primeira sessão Avaliação e discussão do cartão (monitoramento) Revisão do padrão de uso de bebida Revisão dos riscos e conseqüências negativas pessoais (prós e contras) Informações sobre o álcool Estratégias para diminuir o consumo de álcool Gráfico de feedback Material informativo Sempre personalizado

Análise estatística Análise multivariada de variância para seis variáveis* na linha de base mostraram diferença estatística entre o grupo de tratamento e o controle (p=0,0014). Modelo de análises repetidas para investigar o seguimento para cada variável incluiu medidas na linha de base como uma covariável para ajustar os resultados para possíveis diferenças entre os grupos na linha de base. Modelo incluiu os efeitos de tratamento e tempo e efeitos de interação entre tratamento e tempo, todos controlados para diferenças de gênero e covariáveis. Usou-se o pacote estatistico SAS (SAS, 1996). *AUDIT, RAPI, freqüência, número de drinques (por ocasião, por final de semana, nos últimos 30 dias).

RESULTADOS

Comparando estudantes que fazem uso arriscado de bebidas ou não Bebedores com risco Bebedores sem risco N= 266 N= 3043 Média D. P. Média D. P. % Mulheres 43.6 62.0 % Estudantes que moram em repúblicas 67.3 44.2 Idade 19.6 1.8 19.8 2.9 % Solteiro 100 97.4 Drinques 1 por ocasião 3.4 1.3 1.3 1.5 Freqüência (durante a semana) 2.6 1.0 1.0 0.9 Drinques 1 nos finais de semana 4.2 2.2 1.4 1.6 RAPI (problemas) 7.3 5.9 0.7 1.3 AUDIT 9.7 3.6 2.5 2.3 EDA (escore) 5.7 3.9 1.1 2 1.8 2 % Histórico familiar de abuso de álcool 25.9 24.6 2 Acidentes (todos) 15.8 8.7 2 Acidentes após uso de álcool 8.5 1.5 2 1 drinque = 45 ml destilados a 40%; 350 ml Cerveja 4-5%; 150 ml Vinho 12%; 75 ml Vinho do Porto, Vermute ou Martini (12 grams of ethanol). 2 data from 138 students only.

Variável Média(DP) Média(EP) Número de drinques por ocasião Médias ajustadas para tempo em cada grupo Linha de base Linha de base 12 meses 24 meses Valor-p Média(EP) Média(EP) Grupo controle 5.5(2.5) 5.1(0.20) 4.9(0.20) 5.0(0.21) 0.8868 Grupo tratamento 4.2(2.7) 4.5(0.18) 4.6(0.18) 3.7(0.22) 0.0017 Freqüência Grupo controle 2.7(0.9) 2.6(0.08) 1.8(0.08) 2.5(0.08) <.0001 Grupo tratamento 2.4(0.9) 2.5(0.07) 2.6(0.07) 2.3(0.09) 0.0323 Número de drinques nos últimos 30 dias Grupo controle 3.6(1.6) 3.5(0.11) 3.1(0.11) 3.2(0.12) (Tempo) (Tratamento xtempo) Grupo tratamento 3.1(1.3) 3.2(0.10) 3.1(0,10) 2.9(0.12) 0.0231 0.2775 0.0424 <.0001

Médias ajustadas para tempo em cada grupo Linha de base Linha de base 12 meses 24 meses Valor-p Variável Média(DP) Média(EP) Número de drinques por final de semana Média(E P) Média(EP) Grupo controle 4.3(2.1) 4.1(0.14) 4.1(0.14) 3.9(0.14) 0.5416 Grupo tratamento 4.0(2.2) 4.0(0.12) 3.8(0.12) 4.3(0.15) 0.0380 AUDIT Grupo controle 10.1(3.8 ) 9.6(0.24) - 8.6(0.25) 0.0044 Grupo tratamento 9.3(3.3) 9.6(0.22) - 7.3(0.26) <0.0001 RAPI (Tempo) Grupo controle 8.1(6.2) 7.6(0.43) 4.9(0.43) 3.9(0.45) <0.0001 (Tratamento xtempo) 0.0474 0.0091 Grupo tratamento 6.6(5.8) 7.0(0.39) 3.0(0.39) 4.3(0.46) <0.0001 0.0163

Limitações do estudo Ajuste do BASICS aos estudantes brasileiros que em geral: Não gostam de fazer diários (Q/F consumo de álcool): cartões de monitoramento descartados; Rejeitaram a idéia do informante colateral; Alguns avaliaram as entrevistas como muito longa; Perda significativa de dados do follow-up foi devido ao número de estudantes que não compareceram às reuniões ou adiada por três ou mais ocasiões.

Limitações do estudo Ajuste do BASICS aos estudantes brasileiros que em geral Os instrumentos (RAPI, ADS, AUDIT, escalas de quantidade e freqüência) foram de fácil compreensão e entendimento. Contextos onde o álcool era consumido foram muito semelhantes às descritas nos E.U.A. (Larimer et al. 2001, 2005; Marlatt et al., 1998; Wechsler et al., 1994, 1995).

CONCLUSÕES

Conclusões Redução significativa na freqüência e quantidade do uso de álcool entre alunos que fizeram tratamento medida pelo AUDIT e quantidade de drinques por vez; BASICS, programa visa a moderação, em vez de abstinência, foi bem aceito pelos alunos.

Prevenção de uso de álcool de risco por estudantes universitários: um seguimento de dois anos Obrigada! Florence Kerr-Corrêa correaf@fmb.unesp.br www.viverbem.fmb.unesp.br

Rutgers Alcohol Problems Inventory - RAPI QUANTAS VEZES ACONTECERAM COM VOCÊ AS SITUAÇÕES ABAIXO, ENQUANTO ESTAVA BEBENDO OU POR CAUSA DE SEU HÁBITO DE BEBER (nos últimos 12 meses/ último mês) verifica: acidentes, rendimento escolar, envolvimento em brigas e outras conseqüências sociais 23 itens escore 0-230 em cada período 0 - Nunca 1 - Uma a duas vezes 2 - Três a cinco vezes 3 - Seis a dez vezes 4 - Mais que dez vezes Exemplos 1. Foi incapaz de fazer uma tarefa ou estudar para uma prova 2. Brigou, agiu mal ou fez coisas erradas 3. Perdeu bens por gastar muito com bebidas 4. Foi para a escola alto(a) ou bêbado(a) 5. Não conseguiu se divertir sem beber White & Labouvie,, 1989