A TEORIA DIALÉTICA DA HISTÓRIA NO JOVEM MARX ENTRE MARCUSE E GIANNOTTI André de Góes Cressoni Mestrado Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Bolsista CNPq cressoni@gmail.com De início, devemos, aqui, assumir a tese de que Marx estabelece o trabalho como princípio primordial ial de sua teoria: no trabalho todas as especificidades do ser humano se completam se fazem de fato existir. A alienação, porém, se mostra como uma mediação histórica que inverte o sentido imediato da universalidade da espécie humana, mas que está pressuposta na própria efetivação desta imediaticidade. Tal como Hegel põe a questão, assim em Marx, a alienação seria o momento necessário da universalidade humana se pôr no mundo, o que, no materialismo histórico, é o desenvolvimento das forças genéricas da espécie. Ao que tudo indica, a alienação somente rompeu o reconhecimento do homem em relação a si mesmo enquanto espécie e em relação ao objeto produzido por ele, a sociabilidade ainda estando ali presente. Assim, tal como Hegel colocaria, o homem somente está estranhado daquilo que ele de fato é. Em outras palavras, a alienação estranhou o homem apenas de sua essência. Deste modo, o homem alienado é, integralmente, social, e reproduz este caráter concretamente. Entretanto, justamente por estar alienado, ele não reconhece este caráter de seu ser, o concreto e o social. Em termos hegelianos, é o homem que não tem a certeza de sua verdade. Entretanto, a essência humana, por ser a verdade imanente, está sempre a emergir de seu esquecimento. A sociabilidade teria caminhado por diversos trajetos da alienação para a atingir a si mesmo tal como é. Na superação da alienação, a imediaticidade da identidade entre o homem e a espécie estaria realizadaada pela mediação da particularização, e esta já não teria a significação de estranhamento to do homem, mas demarcaria a efetivação das potências humanas colocadas à disposição da espécie. As determinações genéricas, universais, têm a sua realização na particularidade das coisas, e somente assim pode o homem ter consciência de si enquanto espécie concretamente realizada: Graças à reflexão consciente, cada indivíduo visa o universal pelo particular, de maneira a somente e atingir a autoconsciência perdendo-se na particularidade das - 261 - PPG-Fil - UFSCar
coisas. Daí o sentido dinâmico do carecimento humano (...) (GIANNOTTI, 1985, p. 176). O fim último e essencial do trabalho é a realização da espécie, e, que perpassa os incômodos da particularização, pois deve realizar-se concretamente nos objetos, e neles estar presente o sentido exterior ao indivíduo e interior ao gênero. No processo de realização do universal, ocorre a particularização para, em cada partícula, realizar-se o todo universal. A relação estabelecida entre homem e natureza pressupõe uma troca energética: no trabalho, o homem exterioriza as suas forças genéricas e as transferem para o interior da natureza humanizada, que, por sua vez, é absorvida pelo homem enquanto espécie. Neste processo, a resistência da natureza à liberdade e projeto humanos impõe ao homem que se especialize, obrigando-o a reduzir a sua universalidade indeterminada a uma particularidade seminatural (GIANNOTTI, 1985, p. 177). Entretanto, a sociabilidade está imanente à essência humana, e dela emerge constantemente como um aquietamento: Instaura-se assim um processo de autoprodução que é ao mesmo tempo autoliberação: a história, cujas raízes se aprofundam na estrutura básica de nosso ser e cujo escopo se orienta para a abolição de todo e qualquer obstáculo à plenitude da vida social e da intensa liberdade (GIANNOTTI, 1985, p. 177). O que fica exposto na análise do trabalho é o caráter da dialética hegeliana presente no movimento de constituição histórica da espécie. De fato, o trabalho se torna, em Marx, o ato ontológico por excelência (GIANNOTTI, 1985, 179), a partir do qual toda formação histórico-social pode ser compreendido através de sua ótica. No movimento do trabalho se encarna o processo histórico de mediação do universal simples e imediato, que se particulariza e efetiva suas potências, primeira negação, e desta alienação/particularização atinge a negação da negação que estabelece a universalidade concreta porque mediatizada. O universal se realiza em cada particularidade efetiva. Como aponta Giannotti, este é o movimento do conceito presente na formulação hegeliana: É de fato possível ver o movimento do trabalho no ritmo ternário do conceito. O projeto é o universal primeiro e abstrato, a execução, o momento do particular, o - 262 - PPG-Fil - UFSCar
produto, a totalidade resultante da união dos tempos anteriores (GIANNOTTI, 1985, p. 179). O que o idealismo hegeliano estabelecia como o movimento da consciência com o da lógica e da história (GIANNOTI, 1985, p. 179), Marx, do seu lado, opondode forma concreta se ao idealismo, estabelece como o movimento do trabalho, a compor a reflexão que se estabelece na história. É baseando-se nestas determinações que Giannotti é levado a afirmar que Marx introduz, na objetividade da história, uma lógica subjetiva, aquela da Fenomenologia do Espírito de Hegel. Destaca, também, que esta adoção da dialética hegeliana confere à filosofia da história do jovem Marx uma pobreza em relação ao seu papel constitutivo. Isso se dá, sobretudo, como aponta Giannoti, de que a história, nestes termos, teria para o jovem Marx a capacidade de formar apenas três ordens de realidade: a comunidade natural, a sociedade civil, e o comunismo futuro (GIANNOTTI, 1985, p. 180). Toda história de formação do homem antes de atingir o comunismo e depois de sair da comunidade natural sendo demarcada meramente como regime de propriedade privada, momento da alienação. Por outro lado, entretanto, seguindo a ótica de Marcuse, o movimento histórico, da negação da negação em Marx acarretará na transformação do elemento crítico hegeliano em uma teoria da prática revolucionária. Vejamos melhor. Na filosofia da história de Hegel há um movimento dialético de negação que percorre todos os momentos do desenvolvimento do espírito. A alienação se mostra, nesse sentido, como a negação que o espírito opera e que recai sobre si, perdendo-se no seu ser-outro para produzir a sua substância, que confirmará, por conseguinte, a verdade de si mesmo. Desta maneira, é na negatividade da alienação que o espírito pode ser para si o que de fato é em si. Surge, então, o sentido positivo da negação, a saber, a negação da negação, que não somente perpassa todos os momentos da história, mas é o próprio princípio de negatividade como movimento e produção de si mesmo do espírito. Esta negatividade se realiza, por sua vez, no trabalho, de modo que o espírito se faz objetivo, externo e estranho a si para assim efetivar no seu oposto a si mesmo integralmente. Esta inovação profunda de Hegel, e que Marx já identifica e reconhece sua grandeza, acarreta no fato de que a história da essência humana é constituída por meio de uma histórica prática, onde o homem realiza a si mesmo através da negatividade, isto é, trata-se de uma essência profundamente transformadora, que supera cada momento dado que se lhe apresenta: - 263 - PPG-Fil - UFSCar
Com isso, Marx aliás de forma extremamente aguda descobre o sentido original da história da essência do homem exposta na Fenomenologia como história da consciência ia de si, história essencial aquela que é uma prática, e uma auto-realização livre, que toma a facticidade imediata a cada momento pressuposta e a supera e transforma (MARCUSE, 1972, p. 54). O que está expressoso em toda Fenomenologia do Espírito é uma estrutura de ser que acarreta ao homem uma essência prática e contestadora, ou seja, uma essência essente, desenvolvendo-se numa atividade vital transformadora de sua situação histórica dada. O novo está sempre a surgir pelas próprias mãos humanas, contestando o que está envelhecendo. Trata-se, sobretudo, do movimento de realização do conceito. O princípio crítico na dialética hegeliana está justamente no processo de figuração, onde uma figura dada é superada para dar lugar a outra figura. Como aponta Rosenfield, o termo crítica na época de Hegel consistia muito mais na significação kantiana de ser um organon epistemológico. Entretanto, buscando o termo no sentido que estamos aqui tratando, pode se dizer que é o direito do homem de dizer não: Em lugar de buscar a ocorrência deste termo nos textos hegelianos, pareceu mais frutífero extrair desta noção uma atitude teórica e prática de não subordinação ao real, e cujo fim é precisamente possibilitar que o ser possa entregar-se ao movimento de sua própria interioridade essencial. A verdade do conceito é, então, a realidade que ele se dá conscientemente. Pode-se, assim, resumir este movimento numa fórmula cujo sentido procura tornar o conceito consciente de sua própria história: é o direito de dizer não (ROSENFIELD, 1983, p. 24). Este direito de dizer não, entretanto, se torna antes um dever, er, pois a prática crítica do homem, na concepção de Hegel, é o próprio movimento o da liberdade. A filosofia da história hegeliana caminha para a realização do conceito, este que, por sua vez, é a idealidade da liberdade realizada. O espírito só é capaz de se auto-produzir na medida em que carrega na sua interioridade o fundamento da liberdade, de modo que todo o movimento da história é um movimento de libertação. Nesse sentido, ser livre é a capacidade de contestação do real, daquilo que é imediatamente dado: O assentimento arbitrário à imediação das coisas é, na verdade, uma recusa de viver a presença da liberdade (RONSENFIELD, 1983, p. 24). O homem é contestador por ser livre, e é livre não somente por contestar o que está dado, mas, sobretudo, desta contestação tornar-se sua prática, de modo que a crítica é essencialmente - 264 - PPG-Fil - UFSCar
transformadora da realidade. É onde o direito de dizer não se torna em seu dever: A vontade tem, então, o direito de dizer não ao que acontece historicamente, ela tem o direito (e o dever) de transformar o existente, ela tem o direito de não aceitar o que lhe é imposto (ROSENFIELD, 1983, p. 25). A posição de Rosenfield é extremamente apropriada para a abordagem que Marcuse está tomando em relação à dialética hegeliana e com a qual Marx está lidando. De fato, Rosenfield cita Marcuse, quando este afirma que para Hegel el o pensamento é extremamente perigoso, na acepção de uma atividade que busca subverter as formas tradicionais da cultura. De e fato, a essência humana, segundo o movimento dialético da negatividade, é, como o afirmamos, profundamente crítica. Entretanto, é preciso que esta lógica especulativa seja uma forma prática real. É com o que Marx está preocupado quando se põe a criticar o modo que Hegel concebe a história. Marx busca colocar o homem e sua história na concreticidade do mundo, reprimindo a teoria hegeliana por compreende-las na sua forma lógico-especulativa. Entretanto, reconhece que Hegel descobriu a expressão especulativa do movimento da história (MARX, 1844, p. 245). Como aponta Marcuse, esta frase carrega ao mesmo tempo o reconhecimento da inovação hegeliana e a crítica que se reprime no mesmo. De um lado, está o fato de que Hegel resumiu-se a colocar a forma lógica e abstrata do homem tal como é; de outro lado, entretanto, Marx vislumbra no movimento da história concebida por Hegel a história concreta: o princípio transformador. Assim, ele procura estabelecer uma teoria que dê conta de superar o formalismo hegeliano ao mesmo tempo em que preserve o princípio de negatividade da dialética. Nesse sentido, Marx estabeleceu o movimento o da história baseada na produção concreta do trabalho, de forma que a alienação seja superada segundo a praxis humana de contestar o dado imediato. Em outras palavras, Marx concilia o princípio crítico do movimento histórico de Hegel para estabelecer a prática revolucionária que irá subverter o regime da propriedade privada: (...) sob essa ocultação lógico-especulativa é necessário que elas sejam atuantes em sua conexão prática: isto é, como formas necessária e realmente superadoras, transformadoras. É preciso que na Fenomenologia já esteja oculta a crítica, a crítica no sentido preciso, revolucionário, que Marx deu a esse conceito (MARCUSE, 1983, p. 55). - 265 - PPG-Fil - UFSCar
Na citação, Marcuse aborda ao mesmo tempo a tentativa marxiana de colocar o movimento da história no mundo concreto e o princípio transformador da negatividade dialética de Hegel. Assim, a herança da dialética hegeliana de Marx está posta no sentido de tratar o homem como essencialmente libertador de si mesmo, na medida em que produz a sua vida, ou seja, de acordo com a dialética do trabalho. O elemento da contestação é o fundamento para a reviravolta revolucionária do comunismo como princípio enérgico sobre o capitalismo. É baseando-se na negatividade histórica que Marx vislumbra a superação da propriedade privada. De fato, Marx não postulou uma proposta concreta daquilo que seria o comunismo, mas postulou a sua concepção baseando-se na contestação daquilo que é o regime do capital. Com a negatividade histórica posta na essência humana, Marx pôde postular filosoficamente a sua teoria revolucionária: Com isso Marx caracterizou com toda precisão a conexão interna da teoria revolucionária com a filosofia de Hegel (MARCUSE, 1983, p. 55). Não cabe aqui colocarmos ou avaliarmos a veracidade da teoria de ambos. Cabe, entretanto, expressarsar que, por um lado, ambos estão apontando o para a presença inegável da dialética hegeliana nos escritos de juventude de Marx, e, por outro lado, que, se Giannotti reprime e a teoria marxiana por deixar uma teoria da história fraca e precária, Marcuse, ao contrario, demarca a efetivação de uma teoria que conseguiu, ao conciliar-se com a herança hegeliana, postular um princípio filosófico para afirmação da revolução. Do mesmo modo, e principalmente, ambos estão lidando com a dialética do trabalho e com o termo fundador da dialética histórica hegeliana: a Aufhebung. Ao mesmo tempo em que Giannotti aponta claramente para o carecimento do carecimento como termo fundamental para a compreensão do trabalho, Marcuse, por seu turno, apesar de não cita-la segundo estes termos, está trabalhando com seus pressupostos quando trata do homem como ser livre e universal. De fato, não se pode fugir ao fato de que o homem é um ser de carecimento, de que o mundo concreto, o, natural, enfim, objetivo é o fundamento de seu ser; de que também a sociedade está pressuposta direta ou indiretamente nos carecimentos humanos. Entretanto, o trabalho surge para entificar esta qualidade humana, uma vez que nenhum ser pode existir senão objetivamente. O trabalho é a parte principal do carecimento humano, já que Marx se apóia nele principalmente, resultando naquilo que Giannotti determinou como dialética do carecimento. Portanto, o ser universal está constituído conjuntamente ao ser livre, uma vez que está ali presente o termo de superação do dado imediato das condições naturais - 266 - PPG-Fil - UFSCar
presentes. Isto é, trata-se do fundamento enérgico do trabalho, pois, novamente, o homem não simplesmente carece passivamente, mas supera, de modo prático, as condições naturais para se propor, para transformar a natureza segundo seus fins. Portanto, é ser livre, uma vez que esta superação não é senão o fato do homem tomar a si mesmo, enquanto gênero, o objeto, conteúdo e fim de si mesmo. Surge, então, a Aufhebung hegeliana na medida em que Marx está sempre operando com a negatividade enquanto princípio de superação e conservação do superado. Fica claro como que o princípio presente é de fato a Aufhebung, pois a superação, tal como em Hegel, tanto quanto em Marx, pressupõe não a eliminação do termo superado, mas antes a suprassunção, ou a suspenção. Trata-se de não eliminar, mas de superar o dado de modo a mantê-lo como o parte integrante do ser que se constituiu processualmente. Assim, em Hegel a boa-consciência mantém, na sua própria delimitação, tanto o em-si imediato e imanente, quanto o ser-outro contingente e exterior, formando o imediato mediatizado, o para-si. Assim, também, em Marx o comunismo mantém da sociabilidade originária a identidade imediata do homem individual de seu gênero humano, e da alienação, a particularização do trabalho que concretiza o desenvolvimento das forças genéricas, formando o comunismomo que realiza mediatizando o imediato essencial, o homem verdadeiro. Ambos Giannotti i e Marcuse apontam, portanto, para um contraponto entre Hegel e Marx baseando-se e na dialética do primeiro herdado pelo segundo. Ao que tudo indica, a dialética do trabalho e a Aufhebung de Hegel herdada por Marx remete a um fato com o qual ambos estão preocupados: a formação histórica do homem. Nesse sentido, Marx e Hegel buscaram fundamentar uma teoria que comporte ao mesmo tempo a formação da essência humana, a substância histórica, e o homem como sujeito desta formação, isto é, como autor de sua própria história. Suas teorias buscavam, enfim, tratar de superações históricas. Esta, como bem apontou Marcuse, é o ponto central não só da Fenomenologia do Espírito e dos Manuscritos Econômico- Filosóficos, mas de toda teoria hegeliana e marxiana. Assim, trataram de fundamentar uma natureza humana que seja essencialmente processual, mas de modo que seu desenvolvimento busque incessantemente uma formação cada vez mais humana, isto é, o ser humano na qualidade de de ser universal e livre. Que seja segundo um idealismo que configura o homem como saber absoluto de si mesmo; que seja segundo um materialismo que trate o homem enquanto concreto, essencialmente relativo às questões materiais de sua condição. o. Ainda assim, ambos autores buscam, cada um segundo suas - 267 - PPG-Fil - UFSCar
convicções filosóficas, conceber uma essência humana que é completamente capaz de tomar as rédeas da história ia e superar todas as condições imediatas de modo a realizar-se segundo sua própria essência: ser universal e livre, que toma a si mesmo como objeto, conteúdo e fim de si mesmo. BIBLIOGRAFIA COSTA, Mônica H. M. da. A exteriorização da vida nos Manuscritos s de 1844. Ensaios Ad Hominem. N 1, Tomo IV Dossiê Marx. Santo André: Estudos e Edições Ad Hominem, 2001. GIANNOTTI, José Arthur. Origens da dialética do trabalho: estudo sobre a lógica do jovem Marx. Porto Alegre: e: L&PM Editores, 1985. HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do Espírito. Tradução Paulo Meneses. Petrópolis: Editora Vozes, 2005. HYPPOLLITE, Jean. Gênese e Estrutura da Fenomenologia do espírito de Hegel. Tradução Andrei José Vacsi, Denílson Soares Cordeiro, Gilberto Tedéia, Luis Sérgio Repa, Rodnei Antônio do Nascimento, com coordenação de Sílvio Rosa Filho. São Paulo: Discurso Editorial, 1999. MARCUSE, Herbert. Idéias sobre uma teoria crítica da sociedade. Tradução Fausto Guimarães. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1972. MARKUS, Gyogy. Teoria do conhecimento do Jovem Marx. Tradução Carlos Nelson Coutinho e Reginaldo Di Piero. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974. MARX, Karl. Manuscritos Econômico-Filosóficos. Tradução Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo Editora, 2004. MENESES, Paulo. Para ler a Fenomenologia do Espírito. São Paulo: Edições Loyola, 1985. ROSENFIELD, Denis L. Política e Liberdade em Hegel. São Paulo: Editora Brasililense, 1983. SANTOS, Laymert G. dos. Alienação e Capitalismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982. - 268 - PPG-Fil - UFSCar