Medidas de Proteção Ambiental

Documentos relacionados
PROJETO DE ESTRADAS Pr P of o. D r D. An A d n e d r e so s n o n Man a zo n l zo i

DRENAGEM DE RODOVIAS. DRENAGEM DE RODOVIAS -Sumário - DRENAGEM DE RODOVIAS - Introdução - DRENAGEM DE RODOVIAS - Introdução -

DRENAGEM AULA 04 DRENAGEM SUPERFICIAL

DRENAGEM E ESTUDO HIDROLÓGICO

PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS

DRENAGEM AULA 01 INTRODUÇÃO: CONCEITOS BÁSICOS TIPOS DE DRENAGEM ELEMENTOS DE PROJETO

MITIGAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS EM CONSTRUÇÃO DE GERAÇÃO

IV Seminário de Iniciação Científica

Companhia Energética de Minas Linhas de Transmissão VISTO N o.

SUSTENTABILIDADE EM ÁREAS URBANAS. Ações estruturais e não-estruturais para prevenção de acidentes e controle de risco

EUVG PARQ 5 TECNOLOGIAS E MATERIAIS E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO III

PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO

ESTRADAS E AEROPORTOS DRENAGEM DE VIAS. Prof. Vinícius C. Patrizzi

AGRICULTURA CONSERVACIONISTA

MANUTENÇÃO DE PAVIMENTOS

Debate. Sarjetas. As valetas construídas nos pés dos aterros servem para conduzir a água proveniente. e das sarjetas para os bueiros.

Itaúna, 15 de setembro de Cacimbas são construídas pelo SAAE na região do Córrego do Soldado

Traçado de Estradas. Aula de hoje: Desenvolvimento de Traçados. Prof. Paulo Augusto F. Borges

Teste 1 de Vias de Comunicação II GUIA DE CORRECÇÃO

XIV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ. Necessidades Energéticas e Consequências Ambientais.

13º Relatório de Monitoramento Socioambiental UHE Belo Monte

Uso do capim vetiver (sistema vetiver) na estabilização de taludes de rodovias, proteção de drenagens e de áreas marginais

ELEMENTOS ESTRUTURAIS

REVEGETAÇÃO DE TALUDES

Proposta de Técnicas de Controle da Erosão na rodovia PR-317 entre os Municípios de Floresta-PR e Peabirú-PR

12º Relatório de Monitoramento Socioambiental UHE Belo Monte

RELATÓRIO DE PLANTIO DO PROJETO PLANTE BONITO

SISTEMAS DE TRANSPORTES TT046

Importância do Manejo de Solos

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO CONTROLE DE EROSÕES E RECOMPOSIÇÃO DE VEGETAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

A BIOENGENHARIA DE SOLOS NA PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

TEMA 7. A Qualidade da Água e o Uso do Solo em Áreas Urbanas: problemas e soluções. Grupo: Dina, Jaqueline Raquel e Walter

IMPACTO AMBIENTAL DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL E MEDIDAS DE CONTROLE

15º Relatório de Monitoramento Socioambiental UHE Belo Monte

Projeto Geométrico de Rodovias. Estudo de Traçado

Drenagem de vias terrestre Notas de aulas

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO. Luís de Picado Santos Drenagem

verificar a progressão da voçoroca. Nessa ocasião percebe-se um avanço de 30 centímetros da

Recuperação da Paisagem Mestrado 1º ano 2º semestre

Experiências práticas e inovadoras na gestão da água em microbacias. Eng Agr Me Paulo José Alba

16º Relatório de Monitoramento Socioambiental UHE Belo Monte

MANEJO DA ÁGUA NO MEIO AGRÍCOLA: A adaptação necessária e o ganho de produtividade. Jean Minella

CAPÍTULO 10 GRAMA ARMADA PROTEÇÃO, CONTROLE E PREVENÇÃO DE EROSÃO INTEGRADO AO MEIO AMBIENTE

Preparo convencional e Preparo reduzido do solo. Prof. Dr. Amauri N. Beutler

Restauração Florestal com Alta Diversidade: Vinte Anos de Experiências

ORÇAMENTO DISCRIMINADO

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

Saneamento Urbano TH419

Segundo Aristóteles, a política é a ciência que tem por objetivo o bem estar tanto

1. Dados e-bidim #39. e-bidim # 39. Data 21/01/2005. Caso de Obra. Tema

8º Relatório de Monitoramento Socioambiental UHE Belo Monte

PROJETOS DE EXTENSÃO DO CAMPUS MANHUAÇU

Saneamento Urbano I TH052

Controle de Enchentes e Colheita de Chuva em Microbacia Urbana

Introdução à Engenharia Geotécnica

BARRAGENS SUCESSIVAS DE PEDRAS PARA CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS

PROGRAMA DE DISCIPLINA

ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS ESTRADAS

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM. Prof. Fernando Campos Mendonça. Aula 11 Drenagem Subterrânea

Ademar Barros da Silva Antônio Raimundo de Sousa Luciano José de Oliveira Accioly

Minimização e Coleta de Chorume

MEIOS FIOS, SARJETAS E SARJETÕES

REVEGETAÇÃO DE TALUDES E ÁREAS CILIARES DA REPRESA DO HORTO E DA NASCENTE DO IF Sudeste MG CAMPUS RIO POMBA

PLANO DE ENSINO FICHA Nº 01 (PERMANENTE)

COMUNIDADE SÃO JOSÉ. Abril/ /08/2016 NITERÓI - RJ

Alguns processos erosivos que contribuem para o empobrecimento do solo

REVEGETAÇÃO - PLANTIO E TRATOS CULTURAIS - PLANO DIRETOR RECONFORMAÇÃO E DRENAGEM DA PILHA DE ESTÉRIL IMA - MIGUEL BURNIER

SISEMA. Sistema Estadual de Meio Ambiente. POLÍCIA MILITAR D E M I N A S G E R A I S Nossa profissão, sua vida.

50005 Regularização e compactação do subleito (*) m² 2.400,000 2, ,00

UFPR DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES SISTEMAS DE TRANSPORTES TT 046. Aula 02

Difratometria por raios X

Centro Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves, InBIO, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, Portugal 2

Iniciando pela chuva, temos basicamente 4 destinos para as águas pluviais:

Infraestrutura UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL. SNP38D58 Superestrutura Ferroviária

Escoamento Superficial Em Encosta Coberta Por Capim Vetiver Plantado Em Diferentes Espaçamentos

Adubos verdes para Cultivo orgânico

Notas de aulas de Estradas (parte 14)

Ação de estabilização de emergência pós incêndio Medidas a curto prazo

PHA Hidrologia Ambiental. Bacias Hidrográficas

Bacias Hidrográficas. Universidade de São Paulo PHA3307 Hidrologia Aplicada. Escola Politécnica. Aula 3

PROCEDIMENTO OPERACIONAL IDENTIFICAÇÃO VERSÃO FOLHA No. Controle ambiental da obra

PCS 502 CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA PROF. MARX LEANDRO NAVES SILVA

INFILTRAÇÃO APROXIMADA DE ÁGUA NO SOLO DE TALUDE REVEGETADO COM CAPIM VETIVER EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS

Controle de erosão em taludes executados em meio urbano

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DO CAPIM VETIVER PARA PROTEÇÃO DE ENCOSTAS: QUANTIFICAÇÃO DA PERDA DE SOLO POR EROSÃO HÍDRICA

ANEXO 2 Área Urbana (ações especificadas)

Relatório Plante Bonito

Atividades para subsidiar a agricultura conservacionista

5º Relatório de Monitoramento Socioambiental UHE Belo Monte

UFABC- Universidade Federal do ABC- PROEXT 2011/2012. Gestão de Riscos Geológicos em Ambiente Urbano: Escorregamentos e Processos Correlatos

Contributo das Técnicas T Engenharia Natural na Recuperação de Ecossistemas

Recuperação de Matas Ciliares na Bacia do Rio das Velhas. Profa Maria Rita Scotti Muzzi Depto de Botânica/ICB/UFMG

Instrução Normativa IDAF nº 15 DE 23/10/2014

Estudos dos impactos da agricultura na quantidade e qualidade da água no solo e nos rios

EROSÃO EM ÁREAS URBANAS

CICLOVIA LINHA 15 PRATA: CORREDOR VERDE COMO ELEMENTO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

Microdrenagem urbana

Figura 34: Marco superficial, aterro Bandeirantes, São Paulo SP. Fonte: A autora, 2009.

Soluções em Geossintéticos.

Transcrição:

Medidas de Proteção Ambiental

Eixos de sustentabilidade PODER PÚBLICO LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA

(Re)intervenção nas Microbacias Ações negociadas e acordadas com a gente Demanda e oferta

Princípios para uma Agricultura Sustentável ( Adaptado de Pretty Hine, 2000)

Diversificação pela adição de novos componentes regenerativos (Leguminosas x Gramíneas; sistemas agroflorestais)

Processos sociais e participativos levando a ações grupais (Pesquisa participativa; enfoque em microbacias; formação de grupos diversos)

Construção do capital humano através de programas de formação contínuos (Agricultor-agricultor; uso do computador; conhecimento e agroecologia)

MEDIDAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ASSOCIADAS AO MELHORAMENTO DE ESTRADAS RURAIS

Medidas de proteção ambiental e controle da erosão

TRAÇADO Fonte: Adaptado de KELLER & SCHERER, 2005

Permitir a drenagem eficiente das águas superficiais que contribuem à plataforma. Fonte: Baesso, 2010

Permitir a drenagem eficiente das águas superficiais que contribuem à plataforma. Exagero!! Coerência

Fonte: Adaptado de KELLER (2008)

Fonte: Adaptado de KELLER (2008)

1. Traçados próximos aos divisores de água 4. Reduzir a velocidade da água e a distância que ela percorre 2. Traçados integrados à paisagem Princípios para um bom sistema de drenagem 3. Evitar a construção de estradas em áreas úmidas, instáveis ou com fortes rampas

5. Plataformas com gabaritos mais racionais 6. Utilizar-se de drenagens transversais, onde necessário Princípios para um bom sistema de drenagem 7. Remover a água da plataforma sem danificar a estrutura da estrada

1. Sarjetas 2. Bigodes 3. Caixas coletoras 4. Valetas de proteção 3.2 Dispositivos de drenagem superficial De crista de corte De pé de aterro 5. Dissipadores de energia Em sarjetas Em saídas de bueiros Em saídas de bigodes

Dispositivos executados ao longo da borda da plataforma e junto ao pé dos cortes,... 1. Sarjetas... cuja função é a de coletar as águas de escoamento superficial da pista e dos taludes, Fonte: Baesso, 2010... Conduzindo-as para um talvegue natural ou bueiro.

Problemas ambientais decorrentes de sarjetas negligenciadas

2. Bigodes Dispositivos cuja função é a de coletar as águas provenientes das sarjetas e conduzi-las para fora da plataforma Fonte: Baesso, 2010

3. Caixas coletoras 4. Valetas de proteção Elementos construídos junto aos bueiros de greide e destinados à captação das águas superficiais provenientes das sarjetas Pequenos canais abertos próximos à crista do talude de corte ou de aterro... Fonte: Baesso, 2010... cuja função é a de proteger a estrada dos efeitos erosivos das águas que contribuem à plataforma. Fonte: Adaptado de Baesso, 2010

5. Dissipadores de energia Dispositivos transversais para reter e redistribuir o fluxo, reduzindo a velocidade do mesmo...em sarjetas...

...Em saídas de bueiros... Fonte: Adaptado de Baesso, 2010 Fonte: Adaptado de Baesso, 2010

...Em saídas de bigodes... Fonte: Adaptado de Baesso, 2010 Fonte: Adaptado de Baesso, 2010

6. Bacias de retenção São dimensionadas de forma a receberem as águas da drenagem superficial (bueiros, bigodes, etc.) armazenando-as durante um determinado período de tempo, para que possam infiltrar, retendo assim o sedimento. Em casos de solos muito argilosos, pode ocorrer o selamento superficial e reduzir a infiltração, podendo inclusive ocorrer o transbordamento. São recomendadas quando o entorno da estrada não permite conduzir as águas diretamente aos talvegues naturais.

1. Objetivos 2. Efeito das raízes na estabilidade de taludes 3. Práticas de proteção vegetal 4. Espécies de proteção vegetal

4.1 - Objetivos Evitar impacto de gota Evitar ou reduzir a erosão Aumentar a segurança em taludes Imprimir beleza cênica à rodovia (paisagismo) Fonte: SEACAP (2009)

Fator de segurança em taludes Evitar impacto de gota Fonte: Coelho e Pereira, 2006

4.2 - Efeito das raízes na estabilidade de taludes Arquitetura das raízes O impressionante sistema radicular do capim vetiver Fonte: Coelho e Pereira, 2006 As raízes: Agregam partículas de solo, aumentando a coesão. Aumentam a resistência do solo Aumentam a taxa de infiltração de água no solo Aumentam a porosidade Funcionam como canais de sucção Fonte: Ribeiro, 2005 Fonte: http://www.vetiversystem.org

4.3 Práticas de proteção vegetal 4.3.1 - Cobertura morta (mulch) Aspectos a considerar: Pode ser feita semeadura sobre o mulch Podem ser plantadas mudas de barreiras vivas

4.3.2 - Mantas

4.3.3 - Cordões vegetados Especialmente utilizados para proteger cristas de taludes, taludes e bordos de aterros e para proteger e sinalizar bordos da estrada

4.3.4 - Proteção vegetal permanente (semeadura e plantio de mudas)

4.3.5 - Proteção vegetal permanente (leivas) Aspectos a considerar: Dar preferência a gramas de pasto local Vantagem de trazer banco de sementes As leivas que secam servem como mulch

4.3.6 Espécies para proteção vegetal Herbáceas Fonte: DNIT (2009)

Fonte: DNIT (2009) Arbóreas

Fonte: DNIT (2009) Arbustivas

4.3.7 - Espécies para bioengenharia Amora preta Aroeira vermelha

4.3.8 - Viveiros

Medidas de proteção ambiental e controle da erosão

Técnica de proteção (especialmente de taludes e aterros) que integra práticas de engenharia civil com o uso de espécies vegetais

Função física das plantas nos taludes Fonte: SEACAP (2009)

Função hidrológica das plantas nos taludes Fonte: SEACAP (2009)

Fonte: Adaptado de KELLER (2008)

1. Diagnóstico Sequencia de atividades na proteção de talude com o uso de bioengenharia. [Fonte: SEACAP (2009)]

2. Preparo do talude

Gramas e estacas 3. Preparo de material vegetativo

4. Instalar obras estruturais (engenharia)

5. Plantar espécies vegetais

6. Plantas em desenvolvimento

Fonte: SEACAP (2009) Outro exemplo de bioengenharia

REVESTIMENTO DRENAGEM BUEIROS Monitoramento Grau de incidência de defeitos Elementos e indicadores Assoreamento Erosão a jusante do bueiro Ruptura da cabeça Vegetação e galhos Trincamento de bueiros Água parada sobre a plataforma Erosão longitudinal da plataforma Erosão transversal da plataforma Erosão na valeta lateral Obstrução na valeta lateral (afloramentos) Leira Surgência de água do lençol freático Atoleiro Sabão Pedras Afloramentos Areão Segregação lateral Panela Costeleta Pista seca derrapante Grau de incidência dos defeitos Insignificante (X) Médio (XX) Alto (XXX) Fonte: Adaptado de D ÁVILA (2001)

Paisagismo 1. Barreiras vivas de espécies arbustivas florísticas Os cordões vegetados formados com a mescla de espécies de contenção do processo erosivo (por exemplo, o vetiver) e de espécies florísticas (por exemplo: hortência, lantana, grinalda de noiva, azaléia...).

2. Forrações com espécies florísticas Forrações para proteção de taludes e aterros formadas com espécies florísticas, tais como o boldo chileno, vedélia, tapete inglês... Amendoim forrageiro Boldo chileno Vedélia

2. Forrações com espécies florísticas Tapete inglês

3. Cordão próximo à sarjeta com espécies arbustivas florísticas Espécies florísticas tipo cercas vivas (exemplo: hortência, moréia...)

Espécies arbóreas nativas Onde houver espaço no entorno da estrada podem ser plantadas espécies frutíferas nativas, ou árvores símbolo

OBRIGADO