ÍNDICE DE RENDIMENTO NA DISCIPLINA DE ANATOMIA HUMANA

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Transcrição:

CONEXÃO FAMETRO: ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE XII SEMANA ACADÊMICA ISSN: 2357-8645 ÍNDICE DE RENDIMENTO NA DISCIPLINA DE ANATOMIA HUMANA Ana Milena Brandão Moreira, Angeline de Araújo Martins, Elielton Alves de Oliveira, José Marcos Sousa Gomes, Maíra Maria Leite de Freitas e Francisco Herculano Campos Neto FAMETRO Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza herculanocampos@gmail.com; anamilenabrandao@hotmail.com; angelaraujomartins@gmail.com; elielton.oliveira@icloud.com; j.markinhos32@hotmail.com; maira.m.l.f@hotmail.com; APRESENTAÇÃO O ensino das disciplinas básicas na concepção dos profissionais da área da saúde, dentre elas, a Anatomia Humana, por vezes, tem sido pautado em metodologias conservadoras ou tradicionais. Estas metodologia parecem promover um conflito em atender às necessidades de aprendizagem dos alunos. Neste contexto, é preciso pensar em alternativas que contribuam positivamente para a formação técnico-científica almejando as competências e habilidades propostas nas Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação da Saúde. Estratégias alternativas podem auxiliar no desenvolvimento de senso crítico-reflexivo, com rigor científico e intelectual capaz de tomar as decisões acertadas de acordo com as situações vivenciadas. O uso de métodos de formação ativa podem influenciar diretamente na construção do processo de ensino e aprendizagem.

No meio educacional tem percebido cada vez mais a necessidade de criar estratégias metodológicas dinâmicas e inovadoras que atraiam e estimulem os discentes a construção do conhecimento. Nesse sentido temos a pedagogia renovada a qual tem como princípio norteador a valorização do indivíduo como ser livre, ativo e social. Tendo como centro da atividade escolar não mais o professor e nem os conteúdos disciplinares, mas sim o aluno, como ser ativo e curioso. O professor irá facilitar o desenvolvimento livre e espontâneo do indivíduo, contudo o processo de busca pelo conhecimento deve partir do aluno (PEREIRA, 2003). O estudante precisa assumir um papel cada vez mais ativo, descondicionando-se da atitude de mero receptor de conteúdos, buscando efetivamente conhecimentos relevantes aos problemas e aos objetivos da aprendizagem (MITRE et al, 2008). Nesse contexto, temos a monitoria, um instrumento pedagógico do processo de ensino-aprendizagem oferecido aos alunos que tenham interesse em aprofundar e solidificar seus estudos, contribuindo na formação dos aprendizes proporcionando uma ampliação dos conhecimentos através de metodologias dinâmicas e integradoras. A monitoria acadêmica está prevista na Lei nº 5540/68 que fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá outras providências, a qual determina, em seu Art. 41, que as universidades deverão criar funções de monitor para alunos do curso de graduação (ASSIS et al, 2006). A monitoria possibilita a experiência da vida acadêmica promovendo a integração de alunos de períodos mais avançados com os demais, a participação em diversas funções da organização e desenvolvimento das disciplinas do curso, além de treinamento em atividades didáticas, conforme as normas estabelecidas pela Instituição de Ensino Superior. O monitor tem como atividades a serem desenvolvidas na monitoria a participação de atividades de ensino e pesquisa, auxiliar o docente na organização e planejamento das atividades e colaborar para o esclarecimento das dificuldades apresentadas pelo aluno. A monitoria abrange o conteúdo curricular, no qual os conhecimentos ou as habilidades, ou uma combinação de ambos, são trabalhados pelo monitor com um grupo de alunos (NATÁRIO; SANTOS, 2010). Na área de Anatomia Humana torna-se necessário à implementação de uma monitoria para o fortalecimento das atividades práticas que são indispensáveis e desenvolvidas pela disciplina por meio da utilização de práticas pedagógicas voltadas às atividades de ensino e pesquisa com enfoque no Corpo Humano.

Acreditando que um dos principais objetivos do ensino é lutar contra a artificialidade da escola e aproximá-la da realidade da vida, é preciso, cada vez mais, orientar proce - dimentos e conferir motivação, permitindo que o estudante participe de maneira responsável do seu processo de aprendizagem (BODERNAVE, 2011). A disciplina de Anatomia Humana está presente no currículo dos cursos da área da saúde no primeiro ano, sendo pré-requisito para outras disciplinas. Seja no modelo tradicional ou no currículo sustentado por metodologias ativas de ensino é possível perceber um ponto de encontro que norteiam a formação, aqui expressos pelos conhecimentos de uma ciência básica como a Anatomia Humana (SILVA et al, 2013). Ela compreende o estudo dos aspectos macroscópicos do corpo humano, localização topográfica e organização morfofuncional dos órgãos e sistemas corpóreos com aplicação à prática de enfermagem. Sendo de fundamental importância a sua compreensão para o exercício profissional na área da saúde. No presente estudo, tem-se como objetivo, descrever e discutir sobre a contribuição da monitoria acadêmica no desempenho dos alunos, acerca das notas de avaliação, considerando os alunos frequentes e os não-frequentes às monitorias. Tal trabalho se justifica para que se tenha o registro concreto dos valores das notas dos alunos e demonstrar aos atuais acadêmicos, com o intuito de estimular sua participação e o mesmo perceber sua importância no processo de ensino e aprendizagem. PERCURSO METODOLÓGICO As monitorias de Anatomia Humana foram realizadas no período de Agosto a Dezembro de 2015 em diferentes dias da semana para contemplar as diversas turmas, sempre alternando as modalidades de ensino, quer sejam teóricas com discussão de questões e situações clínicas, quer seja com conteúdo prático em laboratório e no final da apresentação da matéria era feito um simulado para testar o nível individual de aproveitamento da disciplina. Os alunos que participavam das monitorias reforçavam assim, o conhecimento construídos nas aulas com o professor, na parte teórica com a resolução dos estudos dirigidos solucionavam junto com o monitor as possíveis dúvidas que ainda tinha sobre o assunto e testavam o nível de seu aprendizado perante o mesmo. Já na parte prática com as peças anatômicas disponíveis e Atlas no laboratório eles conheciam mais detalhadamente cada estrutura aumentando sua compreensão

sobre o assunto, no final era proposto um simulado prático onde eles testavam o quanto tinham absorvido da disciplina. Com isso o desempenho de cada acadêmico era aumentado, tendo em vista que com as monitorias era revisado todo o conteúdo causando uma maior compreensão do assunto abordado, com a troca de conhecimentos entre o monitor e o aluno. Para esse trabalho, vamos apresentar os resultados obtidos das médias das notas dos alunos em diferentes contextos (evolução da nota entre a 1 a e 2 a médias e índice de aprovação disciplina sempre fazendo a comparação entre o aluno que frequentava e o que não frequentava a monitoria. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Iniciamos a apresentação dos resultados com os dados de um grupo: A turma A, composta inicialmente por 56 alunos, apresentou, no decorrer da disciplina, 9 desistentes. Restaram portanto 47 alunos no final do semestre. Destes, 30 participavam das monitorias. Ao analisar o rendimento da turma, realizou-se uma comparação entre os alunos que frequentaram as monitorias e os que não compareceram. Os resultados demonstraram uma grande desvantagem no rendimento deste segundo grupo em relação ao primeiro, como mostram os gráficos abaixo:

A partir da análise do gráfico 1, evidenciam-se os seguintes achados: 32% da turma (15 alunos) apresentou regressão entre a primeira nota parcial (AP1) e a segunda (Ap2), dos quais 53% (8 alunos) não frequentavam as monitorias. Para esta análise foi considerado regressão os casos em que o aluno obteve na segunda avaliação, média menor que a atingida na primeira; 77% (21 alunos) dos que evoluíram em até 100% da nota entre a avaliação parcial 1 e avaliação parcial 2, estava presente nas monitorias ministradas; 11% da turma (5 alunos) evoluiu mais que 100% da nota. Destes, 40% frequentava as monitorias. Vale ressaltar que um viés deste trabalho se concentra nos alunos que já possuíam nota máxima (10,0) na Ap1, pois mesmo se obtivessem dez na ap2, não haveria evolução mensurável. O gráfico 2 demonstra o perfil de aprovação da turma A. Mediante sua análise observa-se que: 81% da turma (38 alunos) obteve aprovação. Destes 76% (29 alunos) frequentava as monitorias. Sendo assim, dos 30 alunos que participaram das monitorias, apenas 1 foi reprovado. Tal resultado confirma objetivamente as contribuições da monitoria no rendimento acadêmico dos discentes. 19% da turma (9 alunos) foi reprovada, destes 89% (8 alunos) não frequentava as monitorias; ou seja, dos 17 que não compareceram às monitorias, 8 foram reprovados. No que se refere ao 2 o grupo temos o seguinte resultado: Foi analisado a lista de frequência da turma de Nutrição do primeiro semestre compostas por 61 alunos,6 desistência, onde 10 compareceram as monitorias e 55 não as frequentaram, o resultado foi encontrado fazendo a média aritmética das médias finais de cada aluno que participou ou não das monitorias. Alunos que participaram das monitorias: Média final:: 8,8 Alunos que não participaram: Média final: 7,39

CONSIDERAÇÕES FINAIS Com esse trabalho podemos concluir que o Programa de Monitoria é uma ferramenta fundamental para o reforço do aprendizado sendo decisiva para um aumento do desempenho acadêmico dos alunos que dela participam, pois ela se torna um um ponto de refúgio no qual o aluno pode tirar as suas dúvidas e desenvolver as suas habilidades perante o tema proposto, gerando com isso uma maior segurança para a realização de avaliações, segurança esta, que foi fortalecida pelo aumento do domínio do conteúdo proporcionado por essa aula complementar. Em certa parte percebe-se que a monitoria acadêmica alcança seus objetivos, pois melhora a formação acadêmica e o aprendizado do aluno monitor bem como promove a interação deste com outras turmas, mas ainda precisa ser melhorada, de maneira a contribuir para formação do acadêmico, quanto a seu preparo para o exercício do magistério. REFERÊNCIAS BORDENAVE J.D. Estratégias de ensino-aprendizagem. 28. ed. Rio de Janeiro:Vozes, 2007. DANGELO, J.G., FATTINI, C.A. Anatomia Humana: sistêmica e segmentar. 3 ed. São Paulo/SP: Atheneu, 2007. 142p. FORNAZIERO, C.C; GORDAN, P.A. e GARANHANI, M.L. O ensino da anatomia: integração do corpo humano e meio ambiente. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro, v. 34, n. 2, p. 290-297, June 2010. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0100-55022010000200014&lng=en&nrm=iso>. access on 11 Feb. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/s0100-55022010000200014 SOUSA JÚNIOR, José Alencar de; SILVA, Adriano Leite da; MAGNO, Alexandre; SANTOS, Maria Betania Hermenegildo dos; BARBOSA, José Alves. Importância do monitor no ensino de química orgânica na busca da formação do profissional das ciências agrárias.