INICIATIVA NOVAS OPORTUNIDADES DOIS ANOS EM BALANÇO

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INICIATIVA NOVAS OPORTUNIDADES DOIS ANOS EM BALANÇO

2 Índice I. UMA NOVA OPORTUNIDADE PARA OS ADULTOS 3 I.1. Dinamização da procura e expansão da oferta de educação e formação 3 I.2. Alargamento da rede e dinamização da procura 8 I.3. Assegurar a qualidade do sistema nacional de qualificações 13 II. UMA OPORTUNIDADE NOVA PARA OS JOVENS 14 II.1. Reforço da oferta de dupla certificação 14 II.2. Adequar a oferta 15 II.3. Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO) 17 II.4. Campanha alargada de informação e sensibilização para a qualificação 18 -

3 1 Apresentada em Setembro de 2005 na Assembleia da República pelo Primeiro Ministro, a Iniciativa Novas Oportunidades está agora a cumprir dois anos de actividade. A criação da Agência Nacional para a Qualificação, em 2007, organismo tutelado pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade e pelo Ministério da Educação, constitui um momento de reforço da coordenação na execução das políticas de educação e formação em Portugal. A prossecução dos objectivos e concretização das metas estabelecidas na Iniciativa Novas Oportunidades assumem grande centralidade na missão deste organismo. Estes são alguns dos principais resultados já alcançados. I. UMA NOVA OPORTUNIDADE PARA OS ADULTOS I.1. Dinamização da procura e expansão da oferta de educação e formação A expansão e consolidação da rede de Centros Novas Oportunidades, a reestruturação expansão dos Cursos de Educação e Formação de Adultos e a gestão desconcentrada desta oferta, são factores que contribuíram decisivamente para melhorar a capacidade de resposta das estruturas do sistema de educação e formação. N.º de adultos abrangidos pela Iniciativa Novas Oportunidades Até ao final do ano de 2007, foram abrangidos pela Iniciativa Novas Oportunidades Adultos 352.563 adultos, 150.542 dos quais procuraram uma qualificação de nível secundário. 1

4 Total de adultos abrangidos pela Iniciativa Novas Oportunidades Básico Secundário Centros Novas Oportunidades 174 759 148 708 Cursos de Educação e Formação de Adultos 27 262 1 834 Total 202 021 150 542 352.563 Fonte: SIGO, Dezembro de 2007, Programas Operacionais, IEFP. N.º de adultos inscritos na Iniciativa Novas Oportunidades em 2007 Os adultos abrangidos pela Iniciativa Novas Oportunidades apresentam, em 31 de Dezembro de 2007, um posicionamento diferenciado no seu processo de qualificação, tendo em conta as etapas que constituem a actividades dos Centros Novas Oportunidades. Total de adultos abrangidos pela Iniciativa Novas Oportunidades, por situação (31.Dez.2007) Básico Secundário Centros Novas Oportunidades 174 759 148 708 Inscritos 42 518 80 331 Em diagnóstico 19 014 47 721 Encaminhados 3 359 2 710 Em processo de RVCC 59 068 17 778 Certificados 50 800 168 Cursos de Educação e Formação de Adultos 27 262 1 834 Fonte: SIGO, Dezembro de 2007, Programas Operacionais, IEFP. Relativamente ao balanço da Iniciativa Novas Oportunidades para o ano de 2007, refira-se que 82% do total de adultos abrangidos inscreveram-se neste ano, registando-se uma procura muito acentuada da qualificação de nível secundário.

5 Adultos que se inscreveram na Iniciativa Novas Oportunidades em 2007 Básico Secundário Centros Novas Oportunidades 130 578 143 032 Cursos de Educação e Formação de Adultos 13 718 1 834 Total 144 296 144 866 289 162 Fonte: SIGO, Dezembro de 2007. Adultos que se inscreveram na Iniciativa Novas Oportunidades em 2007 segundo o género (em %) Básico Secundário Femino 55 53 Masculino 45 47 Total 100 100 Fonte: SIGO, Dezembro de 2007. Adultos que se inscreveram na Iniciativa Novas Oportunidades em 2007 segundo a idade(em %) Básico Secundário 18-24 10 15 25-34 25 36 35-44 36 29 45-54 22 17 55-64 6 3 65 ou mais 1 - Total 100 100 Fonte: SIGO, Dezembro de 2007.

6 Adultos que se inscreveram na Iniciativa Novas Oportunidades em 2007 segundo a situação face ao emprego (em %) Básico Secundário Empregado 64 79 Desempregado 31 18 Outra 5 3 Total 100 100 Fonte: SIGO, Dezembro de 2007. Adultos que se inscreveram na Iniciativa Novas Oportunidades em 2007 segundo a região (em %) Básico Secundário Norte 43 36 Centro 23 26 Lisboa 19 22 Alentejo 11 10 Algarve 3 5 R. A. da Madeira 1 1 Total 100 100 Fonte: SIGO, Dezembro de 2007. N.º de adultos certificados na Iniciativa Novas Oportunidades O número de adultos certificados através dos Centros Novas Oportunidades e dos Cursos de Educação e Formação de Adultos cresceu de forma muito significativa nos últimos dois anos, sendo que os últimos dois anos representam cerca de 60% dos adultos que já alcançaram uma certificação através destas vias de educação e formação de adultos desde 2001.

7 Total de adultos certificados TOTAL 143.010 2001 a 2005 59.040 Centros Novas Oportunidades 44253 Cursos de Educação e Formação de Adultos 14787 2006 e 2007 83.970 Centros Novas Oportunidades 76922 Cursos de Educação e Formação de Adultos 7048 Catálogo Nacional de Qualificações O Catálogo Nacional de Qualificações, elemento constitutivo do Sistema Nacional de Qualificações, é um instrumento que contribui para o desenvolvimento de um quadro de qualificações mais legível que promove a flexibilidade na obtenção das qualificações e na construção dos percursos individuais de aprendizagem ao longo da vida, facilitando e valorizando o reconhecimento das qualificações, independentemente das vias de acesso. O Catálogo Nacional de Qualificações integra cerca de 240 qualificações de nível não superior, distribuídas por 41 áreas de educação e formação. Estão definidos para cada qualificação o respectivo perfil profissional, bem como o referencial de formação associado, organizado numa lógica modular. Foram já construídas mais de 5000 Unidades de Formação de Curta Duração, certificáveis de forma autónoma, permitindo uma maior flexibilidade no acesso à qualificação. Cerca de 800 são Unidades de Formação de Curta Duração transferíveis entre diferentes percursos de qualificação, promovendo não apenas uma maior mobilidade intra e inter áreas de educação e formação, como também uma maior mobilidade profissional.

8 As qualificações inseridas no Catálogo Nacional das Qualificações são acessíveis por via da formação de adultos ou por via de processos de reconhecimento e validação de competências. Campanha Novas Oportunidades Foi lançada, no primeiro semestre de 2007, uma campanha alargada de informação e sensibilização, nos meios de comunicação social, com o objectivo de promover a valorização social do investimento em educação e formação de adultos, numa óptica de aprendizagem ao longo da vida, e em particular do sistema de reconhecimento de competências como oportunidade de certificação e reforço de aprendizagens. Nos meses de Março e Abril de 2007 surgiram os primeiros anúncios na televisão, na rádio e imprensa nacional e regional, bem como na Internet, multibanco e outdoors. Estes anúncios incidiram em testemunhos de adultos evidenciando a importância, do ponto de vista pessoal, social e profissional, de retomar os estudos e salientando a valorização da experiência de vida na conclusão de um percurso escolar. A mensagem da campanha, cujo slogan consistia em Aprender Compensa, foi reforçada com a distribuição de folhetos que divulgavam os percursos formativos para adultos, incentivando os mesmos a dirigirem-se a um Centro Novas Oportunidades, entidades responsáveis pelo seu encaminhamento com vista à obtenção de uma qualificação. I.2. Alargamento da rede e dinamização da procura Alargamento da rede A rede de Centros Novas Oportunidades (ex-centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências) conheceu uma forte expansão em 2006, passando de 98 para 269 Centros, ultrapassando-se assim em larga medida a meta fixada para este ano na Iniciativa Novas Oportunidades.

9 Os 269 Centros actualmente existentes são promovidos por uma tipologia diversificada de entidades, assegurando a cobertura de todo o território (Continente e Região Autónoma da Madeira). O processo de alargamento da rede de Centros passou a abranger uma nova tipologia de entidades, como escolas secundárias ou sedes de agrupamento escolar, centros de formação do Instituto de Emprego e Formação Profissional, organismos da Administração Pública e empresas. A alteração da designação de Centros de RVCC para Centros Novas Oportunidades espelha bem a existência de um novo contexto de actuação, em que os Centros passam a assumir a função de porta de entrada para qualquer pessoa, com mais de 18 anos, que pretenda obter uma qualificação, cabendo às equipas técnicopedagógicas dos Centros Novas Oportunidades definir o encaminhamento mais adequado ao perfil de cada adulto encaminhamento para processos de RVCC ou para ofertas educativas e formativas. Centros Novas Oportunidades por tipo de entidade Entidade Nº Escolas Públicas 94 Escolas Profissionais 23 Outras instituições de ensino 8 Centros de Formação Profissional 57 Empresas e Associações Empresariais 32 Instituições de Desenvolvimento Local 23 Autarquias, Empresas Municipais e Associações de Municípios 9 Outras Entidades 23 Total 269 Agência Nacional para a Qualificação, Dezembro de 2007. O processo de alargamento da rede corresponde a uma efectiva consolidação institucional e metodológica do sistema nacional de reconhecimento, validação e certificação de competências, no âmbito da qual foi desenvolvido um exaustivo plano

10 de formação, acompanhamento e monitorização da actividade dos Centros Novas Oportunidades. Está presentemente em curso uma nova fase de alargamento da rede de Centros Novas Oportunidades, estimando-se que já em 2008 a rede de Centros se aproxime da meta fixada para 2010, ou seja, 500 Centros. Principais protocolos celebrados no âmbito da Iniciativa Novas Oportunidades Com o objectivo de mobilização de entidades empregadoras e trabalhadores para o esforço de qualificação foram celebrados mais de 500 protocolos e acordos de cooperação que envolvem a ANQ, o IEFP e outras entidades. Apresentam-se em seguida os protocolos mais significativos celebrados desde o início de implementação da iniciativa que abrangem no total cerca 600 mil pessoas. Entidades Data de Assinatura Portugal Telecom 26-09-2005 Estaleiros Navais de Viana do C. 05-11-2005 Associações Empresarias, Industriais e Comerciais do Distrito de Braga: Associação Comercial e Industrial de Barcelos, Associação Comercial de Braga, Associação Empesarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, Associação Comercial e Industrial de Famalicão, Associação Comerical e Industrial de Guimarães, Associação Comercial e Industrial de Vizela 16-01-2006 AEP (Associação Empresarial de Portugal) 19-05-2006 Ministério da Defesa Nacional 30-05-2006 Exército Português 30-05-2006 Casa Pia de Lisboa, Associação dos Cegos e Ambilíopes de Portugal (ACAPO), Associação Portuguesa de Surdos (APS) Centro Novas Oportunidades Arrábida, APPACDM de Setúbal, CERCIMB, CERCISA, RUMO, CERCIMA, CERCIZIMBRA 04-07-2006 28-09-2006 Centro de Reabilitação Profissional de Gaia 06-12-2006

11 Núcleo Regional do Centro da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (NPR-APPC) 27-09-2007 Ministério da Administração Interna (MAI) 16-12-2007 AIP (Associação Industrial Portuguesa) 31-05-2007 Unicer Bebidas de Portugal. SGPS, SA 23-07-2007 Grupo Jerónimo Martins 04-07-2007 Câmara do Comércio e Indústria Luso-Alemã 21-09-2007 União das Misericórdias Portuguesas 17-11-2007 Estrutura de Missão da RD do Douro, DREN, Turismo de Portugal, DRAgricultura do Norte e a DR da Cultura do Norte 16-11-2007 El Corte Inglês 07-12-2007 Direcção Geral dos Serviços Prisionais 10-12-2007 Instituto do Desporto de Portugal e o Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol 10-12-2007 Empresa Portuguesa das Águas Livres, EPAL, S.A. 10-12-2007 Câmara de Comércio Luso-Sueca 10-12-2007 Comunidade Muçulmana Ismaili 10-12-2007 Sistemas Mac Donald s Portugal, Lda 10-12-2007 Carta de Qualidade dos Centros Novas Oportunidades Em 2007 foi apresentada a Carta de Qualidade dos Centros Novas Oportunidades que é o instrumento, por excelência, regulador e orientador da sua actividade, visando promover a exigência, clarificar estratégias de acção e níveis de serviço. Esta Carta de Qualidade define a missão, princípios estruturantes e as diferentes dimensões de intervenção dos Centros Novas Oportunidades. Para além disto, a Carta de Qualidade

12 integra um Sistema de Indicadores de Referência para a Qualidade que define níveis de serviço e resultados a obter em cada uma dessas dimensões de intervenção. Complementarmente à monitorização e avaliação enquadrada pela Carta de Qualidade lançou-se, recentemente, um processo avaliação externa da Iniciativa Novas Oportunidades e da Rede de Centros. Certificação de nível secundário A aprovação do referencial de competências-chave de nível secundário, lançado em finais de 2006, constitui um passo decisivo na concretização da Iniciativa Novas Oportunidades. Em 2007 foi implementado um plano de formação faseado que abrangeu as equipas técnico-pedagógicas de todos os Centros Novas Opoprtunidades, podendo estes, após a frequência da formação, realizar processos de nível secundário. No final do ano, todos os centros da rede estavam habilitados a certificar adultos com o nível secundário. De referir que a certificação formal dos adultos em processo RVCC é feita em sessões de júri dinamizadas com recurso a avaliadores externos acreditados pela Agência Nacional para a Qualificação. Nestas sessões realiza-se a avaliação e validação final das competências evidenciadas ao longo do processo RVCC. Também em 2007 foram lançados os Cursos de Educação e Formação de Adultos de nível secundário, cuja formação de base integra, de forma articulada, as três áreas de competências-chave constantes do respectivo referencial de competências. Estes cursos, organizados, à imagem dos de nível básico, numa lógica de dupla certificação, vêm dar um contributo decisivo à generalização do nível secundário como qualificação mínima da população adulta. Desconcentração dos processos de certificação e simplificação administrativa Em 2007 o processo de certificação dos adultos foi descentralizado, passando a ser os próprios Centros Novas Oportunidades a emitir os certificados e/ou diplomas a partir

13 do Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO). Esta alteração permitiu, por um lado, tornar mais célere um processo que muito contribui para a credibilização do sistema, e, por outro, o estabelecimento de parcerias entre as entidades, uma vez que os certificados emitidos por entidades privadas têm de ser homologados por escolas da rede pública (ou estabelecimentos de ensino com paralelismo pedagógico) ou por centros de formação profissional do IEFP. A cooperação institucional que desta forma se fomenta, consubstanciada em texto de protocolo, é um factor determinante para a organização de respostas de qualificação territorialmente contextualizadas por parte das várias entidades que operam no sistema de educação e formação. Foram também implementados mecanismos de simplificação e desconcentração administrativa ao nível dos processos de autorização de funcionamento dos Cursos de Educação e Formação de Adultos. Paralelamente, foram consolidadas estruturas locais de acompanhamento, no âmbito dos serviços regionais do Ministério da Educação e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. I.3. Assegurar a qualidade do sistema nacional de qualificações A aprovação do Sistema Nacional de Qualificações constitui um momento de viragem no modelo de organização e de funcionamento das entidades promotoras das actividades de formação. A garantia de qualidade do Sistema Nacional de Qualificações é um objectivo central presente nos vários elementos que constituem este sistema, designadamente através da certificação das entidades formadoras e da qualificação dos formadores e outros técnicos de formação. A certificação das entidades formadoras, obrigatória para o acesso a financiamento público da actividade formativa, é significativamente reforçada, através da realização de auditorias externas anuais a todas as entidades e da simplificação e desburocratização do processo de certificação

14 II. UMA OPORTUNIDADE NOVA PARA OS JOVENS II.1. Reforço da oferta de dupla certificação A aposta na diversificação das modalidades de educação e formação de nível secundário, medida emblemática da Iniciativa Novas Oportunidades na vertente dos jovens, permitiu já inverter a tendência de perda de alunos no ensino secundário, bem como reduzir a taxa de retenção e, consequentemente, prevenir a saída precoce do sistema de ensino. Em 2007 estão matriculados em cursos de dupla certificação de nível secundário 120.764 jovens. A expansão da população estudantil no ensino secundário deve-se, em larga medida, ao aumento dos alunos matriculados em cursos profissionais nas escolas secundárias públicas, que passaram de 44.466 alunos, no ano lectivo de 2006/2007, para 62.996, no ano lectivo de 2007/2008. O peso dos jovens inseridos nas vias profissionalizantes de nível secundário representa já 40 por cento do total de inscritos nesse nível de ensino. Esta percentagem tem vindo a aproximar-se, gradualmente, dos valores registados nos países da OCDE, nos quais cerca de 50 por cento dos jovens optam por estas vias de formação, meta definida na Iniciativa Novas Oportunidades para 2010. Nº de jovens em cursos de dupla certificação de nível secundário CURSOS 2005 2006 2007 Cursos Tecnológicos 49.800 42.676 29.042 Cursos Profissionais 33.341 44.466 62.996 Cursos de Aprendizagem 21.769 20.563 18.309 Cursos de Educação e Formação de Jovens (Rede ME) 3.103 4.898 6.212 Cursos de Educação e Formação de Jovens (IEFP) 337 1.149 1.949 Cursos do Ensino Artístico Especializado 2.063 2.256 2.256* TOTAL 110.413 116.008 120.764 Programação Novas Oportunidades 110.000 115.000 120.000 Fonte: GEPE, Recenseamento Escolar. IEFP. * Estimado com base no valor relativo ao ano de 2006.

15 Em 2007, no nível básico de ensino, encontram-se inseridos em cursos de dupla certificação 44.129 jovens, valor este que tem vindo a apresentar um grande crescimento desde 2005. Este crescimento é tributário da forte aposta nos Cursos de Educação e Formação onde estão inscritos mais de 41 mil jovens -, oferecidos nas escolas públicas, nos Centros de Formação Profissional e em entidades privadas, designadamente nas Escolas Profissionais. A aposta nesta modalidade tem constituído uma opção fundamental no combate ao abandono escolar precoce, sendo muito significativo o número de jovens que, para além de concluírem por esta via o ensino básico, escolhem prosseguir estudos para o ensino secundário. A prioridade dada ao alargamento do ensino profissional às escolas secundárias públicas reflecte-se, também, no elevado grau de concretização de mais uma das medidas inscritas na Iniciativa Novas Oportunidades. No ano lectivo de 2007/08, foram constituídas 1.019 novas turmas (1.º ano), contra 615 turmas no ano lectivo de 2006/07 (em 2005/2006 tinham sido criadas 85 turmas de ensino profissional nas escolas secundárias). Presentemente, 73% das escolas da rede pública com ensino secundário integram na sua oferta cursos profissionais (a meta é de 100% para 2010). II.2. Adequar a oferta Para além do reforço das oferta de cursos de dupla certificação, onde importa sublinhar ainda, a prioridade atribuída a estas modalidades na planificação da actividade formativa do Instituto de Emprego e Formação Profissional, promoveramse estratégias de adequação destas respostas à situação diversificada do público alvo que constitui a potencial procura desta Iniciativa. Mais oportunidades para a conclusão do ensino secundário O desenvolvimento da oferta de Cursos EFA de habilitação escolar vai neste sentido, permitindo, por exemplo, que os jovens abrangidos por ofertas que apenas permitiam a obtenção de uma qualificação inicial possam completar o ensino secundário concluindo um Curso EFA de habilitação escolar.

16 Também a reorganização dos Cursos de Especialização Tecnológica, possibilitando a conclusão nesta via do ensino secundário, constituiu um importante contributo para diversificar as oportunidades de qualificação dos jovens. No caso dos jovens com o ensino secundário incompleto, a obtenção de uma qualificação profissional de nível IV, além de permitir concluir aquele nível de escolaridade (com base na frequência de módulos adicionais), assegura a formação de quadros intermédios que respondem a necessidades manifestas do mercado de trabalho. Também a criação de respostas para quem frequentou, sem concluir, percursos formativos de nível secundário de educação, desenvolvidos ao abrigo de planos de estudo já extintos ou em processo de extinção, constitui um importante passo no sentido da adequação das respostas às situações concretas das pessoas. Deste modo, quem abandonou numa fase adiantada de frequência o ensino secundário, tem agora a possibilidade de obter o diploma de nível secundário através da realização de exames ou da frequência de módulos de formação do Catálogo Nacional de Qualificações. Coerência e legibilidade da oferta Tendo em vista um reforço da coerência e legibilidade da oferta de dupla certificção foi iniciado o processo de revisão da estrutura curricular dos Cursos de Aprendizagem com vista à harmonização da carga horária destes cursos com a de outras ofertas análogas, designadamente dos Cursos Profissionais. O objectivo de reforçar a coerência e legibilidade da oferta de dupla certificação beneficiou ainda com a regulamentação do processo de reorientação do percurso formativo dos alunos. Esta regulamentação veio facilitar a mudança de curso, evitando que os estudantes fiquem retidos no mesmo ano de escolaridade, situação que, frequentemente, contribui para o acumular de retenções e para o abandono da escola antes da conclusão do nível secundário de educação. São abrangidos os jovens dos cursos científico-humanísticos, tecnológicos, artísticos especializados nos domínios das artes visuais e dos audiovisuais, profissionais e dos cursos de educação e formação, podendo concretizar-se com recurso ao regime de permeabilidade ou ao regime de equivalência entre disciplinas.

17 O Catálogo Nacional de Qualificações é um instrumento que também contribuirá para reforçar a coerência entre as várias tipologias de oferta de educação e formação, uma vez que todos os referenciais de formação estão organizados de acordo com uma lógica modular. Prevê-se que todas as ofertas de educação e formação de dupla certificação venham a ser estruturadas de acordo com o CNQ. II.3. Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO) A implementação do Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO), medida estruturante da Iniciativa Novas Oportunidades, passou pela concretização dos seguintes pontos: construção de uma plataforma integradora da oferta educativa e formativa profissionalmente qualificante anteriormente dispersa por diferentes organismos do Ministério da Educação e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, sendo de assinalar progressos significativos, nomeadamente ao nível da legibilidade da rede de oferta, da simplificação administrativa e da utilização da plataforma como instância de lançamento, acompanhamento e monitorização da oferta (também a dirigida a adultos). Foram assim criadas condições para efectuar uma efectiva e racional regulação da rede; publicação de duas edições do Guia de Acesso ao Secundário Educação e Formação (Maio de 2006 e Maio de 2007), instrumento fundamental de apoio à orientação escolar e profissional, possibilitando aos jovens escolhas mais diversificadas, mais informadas e mais adequadas ao seu perfil e projecto profissional; criação do Conselho de Gestão do SIGO. 0

18 II.4. Campanha alargada de informação e sensibilização para a qualificação Em 2007 tem lugar uma campanha alargada de informação e sensibilização, nos meios de comunicação social, com o objectivo de promover a escolarização do 12.º ano e a valorização social da escola e da formação profissional. Numa primeira fase, em Abril, reforçou-se a importância do investimento em qualificação para aceder a melhores oportunidades de emprego e realização pessoal. Em Julho, tem lugar a segunda fase da campanha dirigida aos jovens com uma mensagem de valorização da escola pública enquanto espaço integrador de múltiplas ofertas e de informação sobre a diversidade de saídas profissionais e promotores que integram a rede. Esta fase envolveu diferentes meios de comunicação social, tais como televisão, rádio, imprensa, e ainda a produção e distribuição de folhetos por todas as caixas de correio. Estes folhetos destinaram-se aos encarregados de educação e também aos mais jovens, nomeadamente aos alunos na faixa dos 14-15 anos, altura em que fazem a escolha de um curso do nível secundário de educação. Paralelamente, foram distribuídos kits Novas Oportunidades junto das escolas. Estes kits continham folhetos apenas destinados ao público-alvo juvenil e diverso material didáctico.

19 Informação aos públicos Novas Oportunidades A implementação do contact centre Novas Oportunidades (707 24 2004), a partir de 7 de Março, deu resposta à necessidade de informar e esclarecer dúvidas junto dos públicos-alvo das campanhas. Através deste contact centre, cujo número foi divulgado em todas as campanhas, tem sido possível informar mais detalhadamente jovens e adultos, encaminhando-os para os percursos educativos e formativos mais adequados às suas expectativas e interesses. Desde a sua implementação até ao final de 2007, foram atendidas aproximadamente 80.000 chamadas. Este serviço, prestado pela Agência Nacional para a Qualificação, respondeu, em igual período, a aproximadamente 23.000 e-mails.