1 CERIMONIÁRIO UMA AJUDA EXTRA PARA SUAS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS! Celebremos o mistério deste dia com lâmpadas flamejantes São Cirilo de Alexandria (+444) Introdução geral Seguindo os preceitos da Lei de Moisés, São José e Nossa senhora levaram o Menino Jesus ao Templo de Jerusalém para entregá-lo ao Senhor, como mandava a Antiga Aliança (Ex 13, 2.11; Lv 12,2-4.8). Lá encontram a profetisa Ana e o profeta Simeão que anunciam a grandeza do menino, sua futura Paixão e, especialmente, sua futura Glória e Luz, termos que são usados com um sentido mais profundo do que o ordinário, dando as dimensões de uma realidade futura. Esta festa tem origem Oriental. A peregrina Etéria descreve sua festa em Jerusalém pelo ano de 390 e com o nome de Quadragesima de Epiphania, situada quarenta dias depois da Epifania e não da Solenidade do Natal. De lá ela estendeu-se por todo o Oriente com o nome de Ipapanté (do grego: encontro) e, provavelmente, começou a ser celebrada na cidade de Roma quando reinava o papa Sérgio I (687-701), que vinha das Províncias Orientais, especificamente da Síria. No decorrer dos séculos (talvez por volta do século X) ganhou a solene benção das velas, provavelmente vinda das liturgias galicanas e incorporadas a Liturgia romana. 1º Leitura: Ml 3,1-4 Salmo responsorial 23 2º Leitura: Hb 2,14-18 Evangelho: Lc 2,22-40 Leituras do dia Preparação remota Altar: a cor da celebração é branca, logo, as toalhas devem ser desta cor. (se usada). Sacristia: paramentos brancos para o sacerdote(s) e diácono (se há), capa pluvial branca Lugar do Encontro: velas para o povo e para a igreja (a não ser que eles já tragam de casa), microfone, asperge e caldeira com água benta.
2 Rito Ao contrário, por exemplo, do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, a Procissão de um Lugar, seja capela ou outro lugar conveniente, a Igreja ou a Entrada Solene são, praticamente, as mesmas, não diferindo nos ritos. Forma 1 Procissão 1. Na hora apropriada, os fiéis se reúnem em uma capela ou igreja menor. O sacerdote chega com os ajudantes. No lugar da casula branca, ele pode estar vestindo a capa da mesma cor. Se os fiéis não trouxerem velas de casa é bastante interessante que a Igreja proveja os fiéis das mesmas. O cerimoniário traz a vela do sacerdote, um acólito traz o asperge com a caldeirinha, enquanto outro carrega o Missal ou outro livro litúrgico correspondente para a benção. 2. Chegando ao local o sacerdote recita (ou o coro canta) a antífona prevista no Missal (p. 547). Vão-se acendendo as velas dos fiéis com a ajuda dos assistentes. Eis que virá o Senhor onipotente Iluminar os nossos olhos, aleluia. 3. Com as velas acesas, o sacerdote, voltado para o povo, saúda-o normalmente e, em seguida, introduz ao povo o significado da festa. O Missal provê um texto para tal (p. 547). 4. Depois, o sacerdote as mãos sobre o povo rezando uma das orações previstas. Um dos ajudantes entrega ao sacerdote o asperge, ou segura à caldeira, enquanto ele asperge o povo. Se o sacerdote usa a capa, um dos ajudantes segura a capa para poder liberar a mão do mesmo. 5. Terminada a aspersão, o sacerdote recebe a sua vela acesa e inicia a procissão dizendo ou cantando: Vamos em paz, Ao encontro do Senhor. 6. Forma-se a procissão da seguinte maneira: a. Turiferário (se for usado) b. Cruciferário ladeado por dois ceroferários c. Os outros acólitos e ministros d. Coro ou cantores e. Clero usando roupas de coro, ou seja, que não concelebram f. Diácono com o livro dos Evangelhos, se presente, senão, um leitor pode levar o livro. g. Concelebrantes
3 h. Celebrante (se o sacerdote usa capa, dois ajudantes vão junto a ele segurando a capa). i. O restante dos fiéis 7. O coro ou cantores cantam o Cântico de Simeão (Nunc dimittis) conforme previsto no Missal (p. 549) ou outro canto apropriado. Ao chegar à Igreja, o coro começa a entoar a Antífona de Entrada (Missal p. 549) ou um Canto de Entrada apropriado. Os ajudantes podem auxiliar os fiéis a tomarem seus lugares na Igreja. As velas são apagadas (ver n. 9). 8. A procissão aproxima-se do altar, aqueles que nada portam saúdam-no com uma vênia. O sacerdote o saúda e beija, se necessário, incensa-o. O turíbulo é devolvido ao turiferário, o sacerdote aproxima-se da cadeira e se usou a capa troca, neste momento, pela casula branca. O sacerdote, então, entoa ou recita o Glória. 9. Segue-se a oração do dia. A Missa segue como usual. 10. Dom Peter Elliot sugere que as velas sejam apagadas não no momento aonde os fiéis chegam à igreja e tomam seus lugares, mas, diretamente depois dos ritos iniciais e antes do começo da Liturgia da Palavra (ou seja, logo depois de terminada a Oração do Dia). Forma 2 Entrada Solene 1. Os fiéis reúnem-se em algum lugar dentro da igreja, uma capela ou próximo a porta. Se não trazem velas, elas devem ser providenciadas e entregues aos fiéis. Este local deve ser de fácil acesso, ao menos, para uma parte dos fiéis estarem presentes e participarem. 2. Em procissão, o celebrante e ajudantes vêm da sacristia, preferencialmente sem passar pelo altar principal, seguindo a ordem do item n. 6. Chegando, o sacerdote entoa a antífona (Eis que vira o Senhor) e as velas são acesas. 3. O sacerdote estende as mãos e, escolhendo uma das duas orações do Missal (p. 548) abençoa as velas e as asperge. Terminada a aspersão, recebe sua vela e convida o povo a iniciar a procissão (Vamos em paz). Segue-se a procissão até o altar (ns. 7 e 8) e a missa segue normalmente (n.9)
4 Bibliografia BERGAMINI, Augusto, Cristo, festa da Igreja O Ano litúrgico, Edições Paulinas, São Paulo, 1994. ELLIOT, Peter J. Ceremonies of the Liturgical Year According to the Modern Roman Rite, Ignatius Press, San Francisco, 2002. MISSAL Dominical Missal da Assembléia cristã. Edições Paulinas, São Paulo, 1980. MISSAL Romano. Edições Paulinas Editora Vozes, São Paulo, 1992.