CAMINHOS ACESSÍVEIS NA UFPB: PROJETANDO A ROTA PRIORITÁRIA

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Transcrição:

CAMINHOS ACESSÍVEIS NA UFPB: PROJETANDO A ROTA PRIORITÁRIA COSTA 1, Angelina Dias Leão SARMENTO 2, Bruna Ramalho FARIAS 3, Savina Brito de Centro de Tecnologia / Departamento de Arquitetura / PROBEX RESUMO O PROBEX 2013 CAMINHOS ACESSÍVEIS NA UFPB: PROJETANDO A ROTA PRIORITÁRIA se fundamenta no conceito do desenho universal no sentido de facilitar e conceber o livre acesso da comunidade à estrutura física da UFPB. Para tanto, está sendo projetado um trecho de rota prioritária acessível TRP para o Campus I da UFPB. O percurso estudado abrange as rotas externas de circulação de pedestres que interligam a Biblioteca Central ao Hospital Universitário Lauro Wanderley. O processo de concepção do TRP inclui a aplicação de uma sequência metodológica: pesquisa bibliográfica; walkthrough; vivência de acessibilidade; passeios acompanhados; atualização do levantamento arquitetônico; e sistematização e análise de dados; que embasa toda a elaboração do anteprojeto arquitetônico do TRP. Algumas das técnicas aplicadas contaram com a participação de voluntários usuários da Instituição, que alertaram sobre as necessidades físicas nas rotas de pedestres da Universidade. Desta maneira, o Projeto pretende disponibilizar uma utilização abrangente e segura do espaço físico da UFPB, oferecendo aos seus usuários espaços acessíveis, como de direito. PALAVRAS-CHAVE: Acessibilidade, Rota Acessível, Desenho Universal. 1. INTRODUÇÃO A acessibilidade é uma característica de extrema necessidade em projetos arquitetônicos, e se apresenta como a melhor maneira de garantir uma ampla funcionalidade destes. Neste sentido, está sendo elaborado o anteprojeto arquitetônico de um trecho de rota prioritária acessível TRP para pedestres no Campus I da UFPB, de maneira que se reduzam as barreiras de acesso as principais edificações, independente das limitações dos usuários. O trecho selecionado parte da Biblioteca Central - BC até os acessos do 1 UFPB, professor orientador, angelinadlcosta@yahoo.com.br 2 UFPB, técnica colaboradora, brunarsarmento@hotmail.com 3 UFPB, discente bolsista, vina.brito@hotmail.com

Hospital Universitário Lauro Wanderley HULW. A seleção do trecho considerou o papel acadêmico e social que estes edifícios representam na Instituição. Destaca-se que este PROBEX advém de outros 03 projetos de extensão (COSTA, 2009, 2010, 2012) e 01 projeto de pesquisa INCLUIR/MEC (COSTA, 2010) desenvolvidos no Laboratório de Acessibilidade da UFPB (LACESSE). 2. ACESSIBILIDADE NO AMBIENTE CONSTRUÍDO O conceito de Acessibilidade, segundo a NBR 9050:2004 (ABNT, 2004), baseia-se na possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos. Outro conceito primordial trabalhado é a definição de rotas acessíveis, que se caracterizam como trajetos contínuos, desobstruídos e sinalizados, conectando ambientes externos ou internos de espaços e edificações. Quando externa, uma rota acessível pode incorporar estacionamentos, calçadas rebaixadas, faixas de travessia de pedestres, rampas, etc.; e quando interna pode incorporar corredores, pisos, rampas, escadas, elevadores, etc. (ABNT, 2004). Partindo desse contexto, percebe-se que através da arquitetura é possível aplicar recursos que contribuam para a acessibilidade do ambiente construído, garantindo uma boa condição de percepção e apropriação do espaço com segurança e autonomia, independente das limitações dos usuários. Visto que, a implantação de rotas acessíveis contribui para um percurso seguro e direcional, oferecendo um uso igualitário nos trechos em que se aplica. A rota acessível também atua como percurso guia para qualquer novo usuário do espaço, já que conecta as principais áreas e oferece uma ampla informação. 3. MÉTODO No decorrer do projeto está sendo seguida uma metodologia de trabalho norteada no aprofundamento de técnicas e conceitos referentes à acessibilidade. Pretende-se, junto a esta, promover no anteprojeto, conforto e autonomia a todos os usuários, atingindo as recomendações legais exigidas.

Para concepção do anteprojeto arquitetônico já foram desenvolvidas as seguintes etapas: o referencial teórico; a aplicação da técnica do walkthrough; a vivência de acessibilidade; os passeios acompanhados; a atualização do levantamento arquitetônico das barreiras físicas existentes; e a sistematização e análise de dados. A elaboração do anteprojeto arquitetônico, seus possíveis ajustes e o relatório final se encontram em andamento; como segue na Figura 1: Figura 1 Quadro esquemático em ordem sequencial da metodologia, com atividades realizadas, atividades em andamento e atividades previstas para conclusão do projeto. Atividades Realizadas Atividade em Andamento Atividades Previstas Pesquisa bibliográfica Walkthrough Vivência de Acessibilidade (DISCHINGER, 2000) Passeio acompanhado Levantamento Arquitetônico Sistematização e Análise de Dados Projeto Arquitetônico Ajustes na proposta Relatório final METODOLOGIA Absorção de conceitos e técnicas referentes à pesquisa, como acessibilidade, mobilidade urbana, desenho universal e rotas acessíveis. Reconhecimento do objeto de estudo com um percurso dialogado com um voluntário, levantando observações através de fotografias, croquis e gravação de vídeo e áudio (RHEINGANTZ et al, 2009). Técnica realizada no trecho onde será implantada uma rota acessível, para análise de suas deficiências físicas. É realizada com ajuda de voluntários que simulam ter alguma deficiência (em cadeiras de rodas, com andadores, muletas ou venda nos olhos). Neste caso, foi simulada a deficiência visual. Experiência realizada para traçar diretrizes de projeto. Este exercício é realizado com o apoio de pessoas com dificuldade de locomoção, que indicam as barreiras físicas que dificultam a mobilidade. Levantamento da estrutura física do trecho e digitalização do mesmo para o programa AUTOCAD. Após os exercícios realizados anteriormente, pode-se analisar o trecho e finalizar as diretrizes de projeto. Elaboração do anteprojeto do TRP. Correções do anteprojeto arquitetônico. Elaboração do relatório final e produção de artigo científico reunindo todos os dados encontrados. 4. RESULTADOS INICIAIS Através dos resultados da metodologia aplicada foi possível identificar problemas no trecho em estudo. A partir das técnicas utilizadas pode-se enumerar recomendações iniciais de projeto de arquitetura a serem consideradas (Figura 2):

Figura 2 Tabela indicando as barreiras arquitetônicas encontradas e suas possíveis recomendações para o anteprojeto de arquitetura. PROBLEMAS ENCONTRADOS Desníveis sem proteção; Ausência de referenciais nos percursos; Tampas de concessionárias desniveladas; Rampas inacessíveis com i>8,33%; Ausência de sinalização sonora; Ausência de piso podotátil no passeio. Ausência de piso podotátil em faixas elevadas; RECOMENDAÇÕES Instalar guias de balizamento; Prever a implantação de jardins sensoriais; Indicar o nivelamento das tampas de concessionárias; Reduzir a inclinação das rampas conforme recomendação da NBR 9050 (ABNT, 2004); Propor postes com sinal sonoro ; Implantação de piso podotátil no passeio; Implantação de piso podotátil nas faixas de pedestres; A partir do exercício da vivência de acessibilidade e dos passeios acompanhados identificou-se a presença de barreiras arquitetônicas no percurso (Quadro 2). Desse modo, indica-se o investimento na instalação de piso podotátil nos passeios; na sinalização sonora e podotátil das faixas de pedestres para garantir maior segurança no momento da travessia; além da instalação de guias de balizamento para alertar dos desníveis. Outro caso bastante interessante foi a dificuldade apontada pelos usuários em uma rampa; que apesar de estar de acordo com a NBR 9050: 2004 (ABNT, 2004), com inclinação de 8,33%, proporcionou certa dificuldade na sua utilização, o que demonstra que nem sempre as normas atendem completamente o conforto dos usuários. Algumas pessoas também relataram desconhecer o piso podotátil e sua funcionalidade. Até mesmo aqueles que se beneficiam com esta implantação, no caso, os usuários com deficiência visual afirmaram desconhecê-lo. Isso alerta para uma questão: a acessibilidade não se restringe apenas aos setores físicos da Universidade, mas também aos educacionais e de informação. Sabendo da amplitude de caminhos para pedestres que da Universidade propõe-se ainda a implantação de outros dispositivos de orientação, como jardins sensoriais e corrimões nas rampas; que se caracterizam como elementos de fácil aplicação e baixo custo. Partindo destas recomendações e após a conclusão do levantamento arquitetônico do trecho onde indica-se a implantação do TRP, foram definidas as diretrizes finais de projeto: instalação de postes sonoros e piso podotátil sobre passeios e faixas de pedestres; rampas com inclinação entre 6% e 7%, com corrimão; inclinação em 5% do contrapiso das calçadas para evitar alagamento; piso podotátil de alerta e direcional em

cimento e areia pigmentado, com dimensão (lxl) 25 x 25cm, e direcionamento destes para um dos lados dos passeios; e guia de balizamento nas extremidades do lado mais próximo ao piso podotátil para servir de mais um ponto de referência para os usuários. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por fim, observa-se o quão necessário se faz a elaboração e execução de um trecho de rota acessível no Campus I da UFPB, que apresenta um crescente número de alunos e frequentadores com dificuldades de locomoção; os quais, muitas vezes, tem sua mobilidade prejudicada em razão das barreiras arquitetônicas existentes. Desse modo, espera-se que o PROBEX 2013 Caminhos acessíveis na UFPB: Projetando a rota prioritária venha contribuir para minimizar essa situação, ampliando a possibilidade de acesso físico a Instituição. 6. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050 Acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. COSTA, Angelina D. L. PROBEX 2009. Rotas Acessíveis para o Centro de Tecnologia Da UFPB. UFPB. João Pessoa, 2009. COSTA, Angelina D. L. PROBEX 2010. Sinalização da Rota Acessível do Centro de Tecnologia da UFPB. UFPB. João Pessoa, 2010. COSTA, Angelina D. L. Projeto Incluir 2011. UFPB para todos: eliminando barreiras. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Superior. UFPB. João Pessoa, 2010. COSTA, Angelina D. L. PROBEX 2012. HULW acessível: Por uma UFPB para todos. UFPB. João Pessoa, 2012. DISCHINGER, Marta. Designing for all senses: accessible spaces for visually impaired citizens. Göteborg, Suécia, 2000. Department of Space and Process, School of Architecture, Chalmers University of Technology. RHEINGANTZ, Paulo Afonso; AZEVEDO, Giselle Arteiro; BRASILEIRO, Alice; ALCANTARA, Denise de; QUEIROZ, Mônica. Observando a qualidade do lugar: Procedimentos para a avaliação pós-ocupação. Coleção PROARQ. FAU/UFRJ. Rio de Janeiro/RJ, 2009.