ANÁLISE ENERGÉTICA EM SUCO, NÉCTAR E REFRIGERANTE DE MAÇÃ 1 RICARDO FIGUEIRA 2 & WALDEMAR GASTONI VENTURINI FILHO 3

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Transcrição:

Revista Energia na Agricultura ISSN 1808-8759 ANÁLISE ENERGÉTICA EM SUCO, NÉCTAR E REFRIGERANTE DE MAÇÃ 1 RICARDO FIGUEIRA 2 & WALDEMAR GASTONI VENTURINI FILHO 3 RESUMO: O objetivo deste trabalho foi comparar os valores de energia descritas nas informações nutricionais dos rótulos; pelo cálculo por meio dos dados da composição centesimal obtida por análises químicas, por análise em bomba calorimétrica e pela consulta a uma Tabela de Composição de Alimentos, em sucos, néctares e refrigerantes de maçã comerciais. Para este trabalho foram analisadas cinco amostras de suco de maçã, seis amostras de néctares e três amostras de refrigerantes de maçã encontrados no mercado brasileiro. A energia calórica dos produtos comerciais foi mensurada de forma direta por bomba calorimétrica, indireta por cálculo centesimal e também pela tabela de composição de alimentos e bebidas (somente para sucos). Os resultados da bomba calorimétrica e cálculo centesimal foram convertidos para kcal/200ml em função do Brix e densidade de cada amostra para facilitar a comparação com os resultados energéticos dos rótulos das amostras comerciais. Em seguida os dados de energia foram convertidos para Joule (Sistema Internacional de Medidas), utilizando o fator de 4,1868kJ para 1kcal. Foram considerados fora dos padrões de qualidade as bebidas de maçã cujos valores mensurados em laboratório extrapolem o intervalo de tolerância de ±20% calculados a partir dos valores dos rótulos das bebidas comerciais. A maioria das amostras de sucos, néctares e refrigerantes de maçã comerciais respeitam as determinações fixadas pela ANVISA em relação a quantificação energética declarada no rótulo. Palavras-chave: Suco, néctar e refrigerante. 1 Universidade Estadual Paulista / Faculdade de Ciências Agronômicas / Departamento de Gestão e Tecnologia A- groindustrial, C.P. 237 - CEP. 18603-970, Botucatu, SP, Brasil 2 Trabalho extraído de Tese (Doutorado em Agronomia/Energia na Agricultura) Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista, Botucatu (SP), 2008. 3 Professor Doutor do Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial, A quem a correspondência deve ser encaminhada. - venturini@fca.unesp.br Botucatu, vol. 24, n.3, 2009, p.119--130

ENERGETIC ANALYSIS IN APPLE JUICE, NECTAR AND SOFT DRINK SUMMARY: The objective of this work was to compare the value of energy describe in nutrition information of label by the calculation through the chemical analysis, by calorie bomb and consult the food composition table in juice, nectar and apple soft drink. For this work five samples of apple juice, six samples of nectar and three samples of soft drink collected in brazilian market were analyzed. The calorie energetic of commercial products was measured by direct form in calorie bomb, indirect by centesimal calculation and by the food and beverages composition table (only for juices). The results of calorie bomb and the centesimal calculation were converted to Kcal/200mL in function of Brix and density samples for facility the comparison with the energetic results of sample commercial label. The energy data was converted to Joule (International System) using the relation 4.1868KJ for 1Kcal. The apple beverages which values measured in laboratory to exceed the tolerance interval of ±20% calculated from the energetic values of commercial beverages label were considered outside de apple beverages quality standard. The majority samples of commercial juice, nectar and apple soft drink respects the Brazilian rule in relation to energetic quantification declared in the label. Keywords: Juice, nectar and soft drink. 1 INTRODUÇÃO No Brasil, as bebidas de maçã apresentam-se como uma das formas de industrialização do fruto, que valoriza economicamente o excedente de produção não comercializável, como fruta fresca, oferecendo produto nobre ao longo do ano, tanto para o mercado interno quanto para exportação (PROTZEK et al., 1999). Os sucos e néctares de maçã são consumidos e apreciados não só pelo seu sabor, mas, também, por serem fontes de minerais e vitaminas (MORGANO et al., 1999). Devido a esse fato, a composição química expressa no rótulo, além de obrigatória, deve estar correta e seguindo a legislação determinada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O Código de Proteção e Defesa do Botucatu, vol. 24, n.4, 2009, p.119-130 120

Consumidor garante que diferentes produtos devem trazer informações claras e adequadas com especificação correta de sua composição, características e qualidade (BRASIL, 1990). Segundo definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), rotulagem nutricional é toda descrição destinada a informar ao consumidor sobre as propriedades nutricionais de um alimento (BRASIL, 1999). A rotulagem nutricional se aplica aos alimentos e bebidas produzidos, embalados na ausência do cliente e prontos para serem oferecidos aos consumidores, sendo no Brasil regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 2003). O rótulo da bebida deve ser previamente aprovado pelo MAPA, e constar, em cada unidade, sem prejuízo de outras disposições de lei, em caracteres visíveis e legíveis, o conteúdo, expresso na unidade correspondente de acordo com normas específicas (BRASIL, 1999). Segundo a ANVISA, é admitida uma tolerância de ±20% com relação aos valores de nutrientes declarados no rótulo (BRASIL, 2003). A unidade padrão para expressar o valor energético em alimento é o Joule (J) (Sistema Internacional - SI). Um Joule é a energia gasta para movimentar 1Kg pela distância de 1 metro utilizando uma força de 1 Newton. Porém, a energia de alimentos tem sido expressada em calorias. Apesar da recomendação de mais de 30 anos para utilizar somente o Joule, cientistas, nutricionistas e consumidores ainda tem dificuldade em abandonar o termo caloria. Por isso, na maioria das tabelas de composição de alimentos, estas duas unidades são representadas lado a lado (FAO, 2003). Para determinar o valor energético em alimentos devem-se analisar, por meio de métodos analíticos apropriados, os componentes dos alimentos (proteína, lipídeo, carboidrato, cinzas). Tais mensurações podem ser feitas de três formas: bomba calorimétrica, composição centesimal e pelas tabelas de composição de alimentos e bebidas. A bomba calorimétrica consiste em um cilindro metálico hermeticamente fechado, onde a amostra é colocada em recipiente com pressão entre 25 a 30 atmosferas de oxigênio. A combustão da amostra provoca a elevação da temperatura da água na qual a bomba se acha imersa. Medindo-se a elevação da temperatura da água e conhecendo-se o equivalente hidrotérmico da bomba (correções para a energia liberada pela oxidação do fusível e produção de gases) calcula-se a energia bruta da amostra (SILVA, 1990). Para expressar a composição química de uma bebida utiliza-se a análise centesimal (%), na qual os componentes básicos são: umidade, proteína, lipídio, carboidrato e cinzas (OETTERER, 2006). A partir dos resultados das análises, é feito o cálculo para a obtenção do valor calórico da bebida, por meio de fatores de conversão (BRASIL, 1999). Os componentes têm valores energéticos calculados através de fatores de conversão, onde carboidratos e proteínas fornecem 4 kcal g -1 e lipídios fornecem 9 kcal g -1, (ATWA- TER; BENEDICT, 1902 citado por FAO, 2003). Botucatu, vol. 24, n.4, 2009, p.119-130 121

As Tabelas de Composição de Alimentos fornecem informações sobre a composição química de alimentos e bebidas como, por exemplo, a quantidade de proteína, lipídio, cinzas, carboidratos, energia, etc. Segundo a tabela da United States Department of Agriculture, USDA, (2008) o suco de maçã apresenta a seguinte composição química: 87,93% água, 0,06% proteína, 0,11% lipídio total, 0,22% cinzas e 11,68% de carboidrato (por diferença). O valor calórico é de 359KJ ou 86Kcal/200g. O objetivo deste trabalho foi comparar os valores de energia descritas nas informações nutricionais dos rótulos com os obtidos pelos cálculos por meio dos dados da composição centesimal obtida por análises químicas, por análise em bomba calorimétrica e pela consulta a uma Tabela de Composição de Alimentos, em sucos, néctares e refrigerantes de maçã comerciais. 2 MATERIAL E MÉTODOS 2.1 Material Para este trabalho foram analisadas duas amostras de suco adoçado, três amostras de suco integral, seis amostras de néctares e três amostras de refrigerantes de maçã encontrados no mercado brasileiro. 2.2 Método A energia calórica dos produtos comerciais foi mensurada de forma direta por bomba calorimétrica, indireta por cálculo centesimal e pela tabela de composição de alimentos da United States Department of Agriculture (USDA). 2.2.1 Bomba calorimétrica Na análise em bomba calorimétrica, as amostras foram liofilizadas e uma massa aproximada de 1g foi introduzida no aparelho para determinação do seu poder calorífico (1261 Automatic Isoperibol Bomb Calorimeter). Os resultados da bomba calorimétrica foram convertidos para kcal/200ml em função do Brix e densidade de cada amostra. Esta transformação foi realizada para comparar os resultados obtidos das análises em laboratório com os dados energéticos dos rótulos das amostras. Em seguida, os dados de Botucatu, vol. 24, n.4, 2009, p.119-130 122

energia foram convertidos para Joule (Sistema Internacional de Medidas), utilizando o fator de 4,1868kJ para 1kcal 2.2.2 Composição centesimal As análises para a caracterização do valor energético através da composição centesimal foram feitas em acordo com Brasil, 2005. O teor de umidade foi realizado em estufa através da perda de peso da amostra aquecida a 105ºC±1ºC, até peso constante. A quantidade de proteína foi mensurada mediante a determinação do nitrogênio total, pelo método de Kjeldahl, e conversão em proteína, multiplicando o valor obtido pelo fator 6,25. Lipídio foi obtido pelo método Soxhlet. Para a quantificação das cinzas foi realizada a incineração da matéria orgânica e, posteriormente, as amostras foram levadas à mufla a 550ºC, para total calcinação. Com os resultados das análises de umidade, proteína, lipídio e cinzas calculou-se a quantidade de carboidrato por diferença. Após determinação da composição centesimal, cada componente teve seu valor energético calculado através de fatores de conversão de carboidratos (4 kcal g -1 ), proteínas (4 kcal g -1 ) e lipídios (9 kcal g -1 ). Os resultados do cálculo estequiométrico foram convertidos para kcal/200ml em função do Brix e densidade de cada amostra. Esta transformação foi realizada para comparar os resultados obtidos das análises em laboratório com os dados energéticos dos rótulos das amostras. Em seguida, os dados de energia foram convertidos para Joule. Os resultados obtidos pela bomba calorimétrica e cálculo centesimal foram comparados com os valores de rótulo e com os valores de tabela de composição de alimentos e bebidas, esta última somente para sucos. Foram consideradas fora dos padrões de qualidade as bebidas de maçã cujos valores mensurados em laboratório extrapolaram o intervalo de tolerância de ±20% calculados a partir dos valores dos rótulos das bebidas comerciais (BRASIL, 2003). 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A composição centesimal dos sucos, néctares e refrigerantes de maçã comerciais esta representada na Tabela 1. Com os valores das análises de carboidrato, proteína, lipídeo, cinzas e umidade não foi possível definir um padrão que caracterizasse o suco, néctar e o refrigerante de maçã (Tabela 1). Botucatu, vol. 24, n.4, 2009, p.119-130 123

Observando a composição centesimal informada no rótulo das bebidas comerciais com a composição centesimal obtida em laboratório, para carboidrato, os valores calculados em laboratório foram superestimados em relação as informações nutricionais do rótulo, salvo a amostra 13. Para proteína, lipídeo e cinzas, esta comparação não foi possível porque, na maioria das amostras comerciais, estes parâmetros foram mensurados em 0,00%. Este fato é previsto em legislação especifica que permite a representação nula quando as quantidades de proteína e lipídeo forem menores que 0,5 grama. Na quantificação de cinzas, este arredondamento também ocorre. Para sódio, cálcio e ferro, valores inferiores a 25mg, 8mg e 0,14mg, respectivamente, também são representados em 0,00%. Não foi possível a comparação dos dados de umidade porque, no rótulo das bebidas de maçã comerciais, esta informação não está disponível (Tabela 1) (ANVISA, 2005). A composição centesimal dos sucos de maçã mensurada em laboratório e a composição centesimal informada no rótulo das bebidas comerciais também podem ser comparadas com os valores da USDA (2008). Dessa forma, os dados de carboidrato, cinzas e umidade da Tabela 2 foram maiores que os valores quantificados em laboratório, com exceção das amostras 3 e 4 (cinzas) e da amostra 5 (umidade). Em relação as análises de proteína e lipídio, os valores calculados em laboratório foram superiores aos informados pela USDA. Tabela 1 - Composição química do suco de maçã. Componentes Unidades 200 gramas % Água g 175,86 87,93 Energia Kcal 86 - Energia KJ 359 - Proteina g 0,12 0,06 Lipídio total g 0,22 0,11 Cinzas g 0,44 0,22 Carboidrato (por diferença) g 23,36 11,68 Adaptado: United States Department of Agriculture - USDA (2008) Botucatu, vol. 24, n.4, 2009, p.119-130 124

Tabela 2 - Composição centesimal de sucos, néctares e refrigerantes de maçã comerciais. Carboidrato Lipídeo Cinzas Umidade Bebida Comercial Proteína (%) N (%) (%) (%) (%)* AQ IN AQ IN AQ IN AQ IN AQ IN 1 Suco Adoçado 9,95 11,56 0,26 0,14 0,25 0,10 0,15 0,03 89,39-2 Suco Adoçado 9,45 11,47 0,24 0,00 0,64 0,00 0,09 0,00 89,58-3 Suco Integral 9,06 11,45 0,47 0,00 0,11 0,00 0,27 0,00 90,09-4 Suco Integral 7,36 9,09 0,43 0,00 0,24 0,00 0,66 0,00 91,31-5 Suco Integral 11,43 14,39 0,26 0,00 0,56 0,00 0,14 0,00 87,61-6 Néctar 10,02 14,26 0,31 0,00 0,24 0,00 0,04 0,00 89,39-7 Néctar 10,33 14,69 0,24 0,00 0,23 0,00 0,13 0,00 89,08-8 Néctar 9,06 11,42 0,29 0,10 0,56 0,00 0,03 0,07 90,06-9 Néctar 9,74 11,42 0,35 0,00 0,34 0,00 0,05 0,00 89,52-10 Néctar 9,13 10,48 0,27 0,00 0,81 0,00 0,04 0,05 89,76-11 Néctar 10,00 11,42 0,30 0,00 0,30 0,00 0,05 0,00 89,35-12 Refrigerante 8,83 10,07 0,21 0,00 0,44 0,00 0,05 0,00 90,48-13 Refrigerante 6,41 3,81 0,28 0,00 0,73 0,00 0,07 0,00 92,51-14 Refrigerante 8,49 9,60 0,20 0,00 0,56 0,00 0,01 0,00 90,74 - AQ = Análise Quantitativa (estimada em laboratório) IN = Informação Nutricional (rótulo das bebidas comerciais) *Nas bebidas comerciais não é declarada a Umidade. Na Tabela 3, o valor energético fornecido no rótulo das amostras comerciais de suco, néctar e refrigerante de maçã foi comparado com o valor energético medido pelo cálculo centesimal, bomba calorimétrica e pela tabela de composição de alimentos e bebidas (somente para suco). Botucatu, vol. 24, n.4, 2009, p.119-130 125

Tabela 3 - Comparação entre o valor energético fornecido no rótulo dos sucos, néctares e refrigerantes maçã comerciais e os valores estimados do cálculo centesimal, bomba calorimétrica e tabela de composição de alimentos e bebidas. N Bebida Comercial Valores Referentes a 200mL da Bebida Comercial Rótulo Limite +20% 1 Limite -20% 1 Cálculo Bomba Calorimétrica Tabela Kcal KJ Kcal KJ Kcal KJ Kcal KJ Kcal KJ Kcal KJ 1 Suco Adoçado 98,00 409,64 117,60 491,57 78,40 327,71 86,13 326,57 79,45 332,09 86,00 359,48 2 Suco Adoçado 98,00 409,64 117,60 491,57 78,40 327,71 89,01 372,05 79,40 331,89 86,00 359,48 3 Suco Integral 90,00 376,20 108,00 451,44 72,00 300,96 78,23 327,01 78,58 328,45 86,00 359,48 4 Suco Integral 80,00 334,40 96,00 401,28 64,00 267,52 66,61 278,42 78,57 328,43 86,00 359,48 5 Suco Integral 129,00 539,22 154,80 647,06 103,20 431,38 103,58 432,97 79,97 334,26 86,00 359,48 6 Néctar 118,00 493,24 141,60 591,89 94,40 394,59 86,90 363,24 80,13 334,95 - - 7 Néctar 120,00 501,60 144,00 601,92 96,00 401,28 88,64 370,50 80,05 334,62 - - 8 Néctar 100,00 418,00 120,00 501,60 80,00 334,40 84,91 354,91 80,03 334,53 - - 9 Néctar 100,00 418,00 120,00 501,60 80,00 334,40 86,89 363,21 80,10 334,81 - - 10 Néctar 90,00 376,20 108,00 451,44 72,00 300,96 89,65 374,75 80,09 334,76 - - 11 Néctar 100,00 418,00 120,00 501,60 80,00 334,40 87,79 366,98 80,12 334,90 - - 12 Refrigerante 85,00 355,30 102,00 426,36 68,00 284,24 80,12 334,92 75,89 317,23 - - 13 Refrigerante 41,00 171,38 49,20 205,66 32,80 137,10 66,71 278,87 73,56 307,48 - - 14 Refrigerante 80,00 334,40 96,00 401,28 64,00 267,52 79,61 332,76 72,77 304,18 - - 1 Limite de ±20% calculado sobre os valores informados nos rótulos dos produtos comerciais Comparando os resultados energéticos do rótulo dos sucos de maçã comerciais com os resultados energéticos da tabela de composição de alimentos e bebidas (USDA, 2008 Tabela 2), o rótulo forneceu valores superiores em relação aos resultados consultados na tabela de composição de alimentos, com exceção da amostra 4. Quando os resultados energéticos do rótulo das bebidas de maçã foram comparados com a mensuração energética realizada pelo cálculo centesimal e bomba calorimétrica, o rótulo novamente teve resultados superiores que os dois métodos citados, com exceção da amostra 13 (Tabela 3). De acordo com Philippi et al. (1995), o valor energético informado no rótulo, geralmente, é obtido em tabelas de composição de alimentos. Porém, na embalagem destes sucos, não foi encontrado nenhuma informação a respeito do método utilizado para se estimar o valor calórico ou qual tabela de composição de alimentos o valor energético foi consultado. Queiroz (2005) cita que muitos autores condenam a determinação das informações nutricionais através de tabelas de composição de alimento. Segundo Pedrosa et al. (1994), as tabelas não consideram que as matérias-primas podem variar ao longo do ano o que influencia no cálculo Botucatu, vol. 24, n.4, 2009, p.119-130 126

energético. Tannus et al. (2001) sugere que a abordagem mais adequada para se obter o valor energético de alimentos é a calorimetria direta, a qual permite a determinação precisa do conteúdo energético, por meio da combustão completa do alimento. Conforme determinado pela ANVISA (BRASIL, 2003), para bebidas de maçã, são considerados fora dos padrões de qualidade os valores dos rótulos dos produtos que não estiverem dentro do intervalo de tolerância de ±20%. Dessa forma, comparando os valores energéticos do cálculo centesimal, bomba calorimétrica e tabela de composição de alimentos com os valores mencionados no rótulo dos sucos adoçados comerciais, foi possível concluir que as amostras 1 e 2 estão de acordo com as normas da ANVISA (Tabela 3). Para sucos integrais de maçã, os valores energéticos do cálculo centesimal foram comparados com os valores mencionados no rótulo. Desta forma, foi possível concluir que todas as amostras estão dentro do intervalo de tolerância determinado pela ANVISA (BRASIL, 2003). Quando a comparação é feita com os valores energéticos mensurados pela bomba calorimétrica e tabela de composição de alimentos, as a- mostras 3 e 4 estão de acordo com a legislação brasileira. Na amostra 5, os valores energéticos obtidos pela bomba calorimétrica e tabela de composição de alimentos tiveram resultados inferiores ao limite de - 20%. Dessa forma, a amostra 5 está fora do intervalo determinado pela ANVISA (Tabela 3). Em néctares de maçã, as amostras 8, 9, 10 e 11 apresentam seus valores energéticos, mensurados pelo cálculo centesimal e bomba calorimétrica, no intervalo de tolerância de ±20%. Dessa forma estão em acordo com a norma brasileira (BRASIL, 2003). Já as amostras 6 e 7 tiveram resultados mensurados pelo cálculo centesimal e bomba calorimétrica fora do intervalo de tolerância e, portanto, não estão legais (Tabela 3). Quando se comparou os valores energéticos do cálculo centesimal e bomba calorimétrica com os valores mencionados no rótulo dos refrigerantes de maçã comerciais, foi possível concluir que as amostras 12 e 14 estão de acordo com as normas de ANVISA (BRASIL, 2003). Na amostra 13, todos os métodos usados para a análise energética (cálculo centesimal e bomba calorimétrica) tiveram resultados superiores ao limite de +20%. Portanto, a amostra 13 está fora do padrão determinado pela ANVISA (Tabela 3). 4 CONCLUSÕES Para sucos de maçã, nenhuma tabela brasileira de composição de alimentos informa o valor calórico deste produto. Assim, a comparação entre o valor energético calculado em laboratório com o valor energético informado em tabelas de composição de alimentos só foi possível consultando uma referência estrangeira. Este procedimento não seria indicado visto as diferenças alimentares entre países. Botucatu, vol. 24, n.4, 2009, p.119-130 127

Dependendo do método utilizado para a mensuração energética (tabela de composição de alimentos, cálculo centesimal ou bomba calorimétrica) uma mesma amostra pode estar inserida ou excluída do intervalo estabelecido pela legislação brasileira. Assim recomenda-se cautela na classificação destas bebidas. Devido à falta de descrição dos procedimentos analíticos utilizados no cálculo energético ou pelo uso de técnicas inadequadas, algumas amostras apresentam valores energéticos que extrapolam o amplo intervalo de tolerância (±20%) permitido pela legislação (BRASIL, 2003). 5 AGRADECIMENTO À FAPESP, processo n 06/60898-7. 6 REFERÊNCIAS Agência Nacional de Vigilância Sanitária: manual de orientação às indústrias de alimentos. Brasília, DF: Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Universidade de Brasília, 2005. 44 p. 2. Versão. BRASIL. Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 de setembro de 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/l8078.htm>. Acesso em: 21 mar. 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Decreto n. 3.029, de 16 de abril de 1999. Aprova o Regulamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e dá outras providências. Brasília, DF, 19 de abril de 1999. Disponível em: <http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showact.php?id=16605&word=>. Acesso em: 21 mar. 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4. ed. Brasília, DF, 2005. 1018 p. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RDC n.360, de 23 de dezembro de 2003. Aprova o regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados, Botucatu, vol. 24, n.4, 2009, p.119-130 128

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