COMPONENTES DE UM SISTEMA ROBÓTICO

Documentos relacionados
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA.

1 ESCOLA POLITÉCNICA DA USP Aspectos Gerais Eduardo L. L. Cabral ESCOLA POLITÉCNICA DA USP

MECATRÔNICA MANIPULADORES ROBÓTICOS

1- INTRODUÇÃO AOS ROBÔS INDUSTRIAIS

ROBÓTICA CINEMÁTICA. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial

Introdução à Robótica Industrial. Aula 2

ROBÓTICA SISTEMAS DE REFERÊNCIA. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial

Controle de Robôs Manipuladores. Prof. Valdir Grassi Junior sala 2986 (prédio antigo)

1- INTRODUÇÃO AOS ROBÔS INDUSTRIAIS MODELAGEM GEOMÉTRICA

Robótica Industrial: Fundamentos, Tecnologias, Programação e Simulação

ROBÓTICA BRAÇO ROBÓTICO. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial

ROBÓTICA (ROB74) AULA 1. INTRODUÇÃO A ROBÓTICA PROF.: Michael Klug

INTRODUÇÃO A ROBÓTICA. Prof. MSc. Luiz Carlos Branquinho Caixeta Ferreira

Robótica. Acetatos de Apoio às Aulas. Programação de sistemas robóticos. Paulo Augusto Ferreira de Abreu. Elaborados por: (Professor Auxiliar)

Manipulação Robótica. Aula 2

Manufatura assistida por computador

CAPÍTULO Robôs industriais. 2. Classificação dos robôs. industriais. 3. Sensores. 4. Acionamento e controle de robôs

Paulo Roberto Chiarolanza Vilela 1

ASPECTOS CONSTRUTIVOS DE ROBÔS

Walter Fetter Lages. Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Elétrica ENG04479 Robótica A

Estrutura e características gerais dos robôs. - Configuração básica de um robô - Articulações - Movimento e precisão

Eduardo L. L. Cabral

BRAÇO MECÂNICO 2.1. Introdução

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

São apresentadas as seguintes configurações básicas para um manipulador de acordo com os movimentos realizados por suas juntas.

Graus de Liberdade Cadeias Cinemáticas Exercícios Recomendados Bibliografia Recomendada. EESC-USP M. Becker /48

ROBÓTICA. Equacionamento da Cinemática Direta de Robôs

ROBÓTICA PLANEJAMENTO DE TRAJETÓRIAS. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial

Unidade 1 Introdução. 1.1 Robôs industriais

Introdução Robôs Industriais

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

Disciplina: Robótica Aula 02: Conceitos Básicos

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Departamento de Sistemas Elétricos de Automação e Energia ELE228 Robótica A.

Sistemas Robotizados

ROBÓTICA DENAVIT- HARTENBERG. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial

M E C A N I S M O S. Cadeias Cinemáticas e Imposição de Movimento. Prof. José Maria

4444W-02 Sistemas Robotizados

Prof. Daniel Hasse. Robótica Industrial

4444W-02 Sistemas Robotizados

DEFINIÇÃO DE ROBÔ INDUSTRIAL

SEM Aula 2 Graus de Liberdade em Cadeias Cinemáticas. Prof. Dr. Marcelo Becker

viabilizar sua aplicação como robô manipulador. Na seção 3.1 deste capítulo são apresentados

Elementos de Robótica

Introdução. Walter Fetter Lages

Robótica. Executores. Prof. Oswaldo Flório Filho Profª. Alice Flora Madeira Ribeiro Flório Prof. Wagner Toscano

Grande precisão (posicionamento do atuador final); Carga inercial (momento) fixa, ao longo da área de trabalho;

ROBÓTICA PROGRAMAÇÃO DE ROBÔS

Cinemática de Robôs Móveis

1 ESCOLA POLITÉCNICA DA USP Estrutura Mecânica Eduardo L. L. Cabral ESCOLA POLITÉCNICA DA USP

Capítulo 1 INTRODUÇÃO

Classificação. Classificação. Classificação. Classificação. Classificação. Introdução à Robótica Manipuladores e Robótica Móvel (classificação)

DEFINIÇÃO DE ROBÔ A palavra robô deriva-se da palavra eslava robota

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA.

AUTOMAÇÃO ROBOTIZADA

Classificação. Classificação. Classificação. Classificação. Classificação 03/23/2016

hardware software software computador microcontrolador hardware sensores sistema de controle de malha fechada.

A robótica abrange tecnologia de mecânica, eletrônica e computação. Alem disso, participam em menor grau teoria de controle, microeletrônica,

SEM Aula 2 Graus de Liberdade e Cadeias Cinemáticas. Prof. Assoc. Marcelo Becker

Sistema de Controle Um sistema de controle é realizado por meio de hardware e software. Este sistema processa os sinais de entrada e converte estes

Gerações de Robôs 1ª Geração

Quando utilizamos os robôs?

Robótica. Linguagens de Programação para Robótica (manipuladores)

Sistemas para Automação e

Automação da Produção

ROBÓTICA CONCEITOS. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial

1) Em relação a figura abaixo relativa a um sistema de controle em malha fechada responda:

Seminário: Uso de Simuladores no Ensino da Robótica

Robótica. Prof. Reinaldo Bianchi Centro Universitário FEI 2016

Robótica Industrial: Fundamentos, Tecnologias, Programação e Simulação

Aluno bolsista CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS Av. dos Imigrantes, 1000, Bairro Vargem Varginha MG

QUAIS FATORES BENEFICIARAM O DESENVOLVIMENTO DE ROBÔS INDUSTRIAIS?

Cinemática Inversa de Manipuladores

Atuadores em Robótica

PROGRAMAÇÃO DE CÉLULAS ROBOTIZADAS DE SOLDADURA

Robótica Móvel Locomoção e Controle. Douglas Wildgrube Bertol DEE - Engenharia Elétrica CCT

Automação da Produção

LISTA DE EXERCÍCIOS 01

ROBÓTICA INDUSTRIAL MECATRÔNICA

7. A linguagem robcomm


Plano de Trabalho Docente 2017 Ensino Técnico

Sistemas Mecatrônicos 1

Modelagem Cinemática de Robôs Industriais. Prof. Assoc. Mário Luiz Tronco

PROGRAMAÇÃO DE CÉLULAS ROBOTIZADAS DE PALETIZAÇÃO

ROBÓTICA (ROB74) AULA 6. PLANEJAMENTO DE TRAJETÓRIAS PROF.: Michael Klug

OPERAÇÃO E PROGRAMAÇÃO DE ROBÔS INDUSTRIAIS

Definição Tipos de Robôs Exemplos Garras Aplicações Conceitos Importantes

Robótica - utilização, programação, modelagem e controle de robôs industriais

IMPLEMENTAÇÃO DE UM CONTROLADOR PARA UM ROBÔ COM SEIS GRAUS DE LIBERDADE. Palavras-chave: Robótica, Controladores, Automação Industrial

ROBÓTICA NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO. Prof a. Dra. GIOVANA TRIPOLONI TANGERINO Tecnologia em Automação Industrial

Aula 2 - Planejamento de Trajetória, Controle PID e UArm II

Modelagem Cinemática de Robôs Industriais. Prof. Assoc. Mário Luiz Tronco

MODELAGEM CINEMÁTICA DE UM ROBÔ ANTROPOMÓRFICO COM DOIS GRAUS DE LIBERDADE 1

GERENCIAMENTO DE PROJETOS - 20h - EaD

Introdução à Robótica Industrial p. 1/23

ESTUDO DA MODELAGEM MATEMÁTICA PARA UM ROBÔ COM SEIS GRAUS DE LIBERDADE

Linha AW. Series. Comando Siemens. Comando Fanuc. Processo de Usinagem de Rodas de Alumínio utilizando Máquinas e Robô Hyundai F500 L500/600AW

Até mm (0.1mm usualmente) Aceleração Até 25 m/s 2. A partir de 2 a 3 kg até limites ~ 350kg. Relação Peso/Carga Em torno de 30 a 40

Transcrição:

COMPONENTES DE UM SISTEMA ROBÓTICO Introdução Um robô é um equipamento programável, multifuncional designado a mover partes, materiais, ferramentas utilizando movimentos programados. (Robotics Institute of America) 1

Função do Robô Gerar movimentos específicos das juntas Integrar ferramentas e sensores Processamento Seguir trajetórias Mover através de configurações repetitivas Telerobotica Movimento de alvos versus movimentos ensinados Alguns termos importantes Repetibilidade Capacidade de retornar a mesma posição/configuração previamente ensinada. Acurácia Capacidade de mover para um alvo no espaço que não tinha sido previamente ensinado. dardoealvo.exe Velocidade da ferramenta Velocidade linear quando a ferramenta esta movendo em uma trajetória linear ou curvilínea Velocidade rotacional Velocidade quando a ferramenta esta rodando ao redor de um eixo no espaço. Movimento de interpolação de eixos Interpolação entre os movimentos de juntas para determinar o movimento de outras juntas. 2

TCP - Tool center point ponto central da ferramenta. Limites de juntas limites de ambos do software ou fisico o qual delimita o alcance do robô. Normalmente o limite do alcance do software é menor que o físico. Limite de velocidade de juntas Velocidade limite das juntas do robô, a qual limita a rapidez que as juntas e hastes do robô podem transladar ou rodar. Movimentação ponto a ponto Caracterizado polo início e parada entre configurações ou a medida que a junta move entre alvos ou pontos. Movimento contínuo através de um caminho Caracterizado por um movimento contínuo entre configurações e alvos, seguindo um caminho determinado. Capacidade de interpolação (Cinemática) O robô usualmente é capaz de realizar cinemática direta e inversa. Ambas combinam-se para dar ao robô a capacidade de mover no espaço de junta ou espaço cartesiano. Normalmente chamamos de interpolação de movimento de junta, linear ou circular. Cinemática direta Especificação de valores de junta para permitir que o robô mova-se para uma nova configuração no espaço. 3

Cinemática inversa Solução do modelo matemático da cinemática do robô para determinar valores necessários de juntas para mover a ferramenta para um alvo desejado no espaço. I/O - Input/output que consistem de valores de sinais ON/OFF ou outros, que serão utilizados para controlar ou responder sistemas e sensores externos necessários na sequência de operação da célula de trabalho. Linguagem de programação A linguagem é a construção lógica utilizada para programar o conjunto de instruções operacionais utilizadas no controle de movimento do robô e interação com sensores e outros equipamentos da célula. Exemplos: DARL, VAL II, RAIL, AML, KAREL, Robpac/C etc. Multi-tasking Habilidade de processar mais de um programa ao mesmo tempo ou valores I/O simultaneamente. Capaciade de carga (payload) Capacidade de aplicação de força e torque do robô na ferramenta Teach Pendant Interface do operador com o robô usada para ensinar ao robô configurações e instruções programáveis simples. 4

Principais vendedores de robôs Kuka (Alemanha) Fanuc (Japão) ABB (Suécia, EUA) Adept (EUA) Panasonic (Japão) Sankyo (Japão) Mitsubishi (Japão) Seiko (Japão) Motoman (Japão) Especificações 5

Paradigma homem x robô Robô Manipulador e o Braço Humano O braço mecânico hastes e juntas A ferramenta pinça, tochas, etc. 6

Os atuadores (motores elétricos, por exemplo) e fonte de energia = sistema de potência Sistema de controle e os sensores (internos ou externos) O Controlador: 7

ASPECTOS CONSTRUTIVOS DE ROBÔS Hastes e Juntas 8

Tipos de juntas Juntas prismáticas (ou lineares) P - Quando o movimento de duas hastes adjacentes for linear Juntas de rotação (ou de revolução) R Quando o movimento de duas hastes adjacentes for de rotação 9

Juntas esférica (ou rótula) - permite a rotação em torno de três eixos simultaneamente. Tem 3 GDL Combinação de 3 juntas de rotação para realizar movimento esféricos Graus de liberdade um objeto que é livre para mover (ou rodar) em qualquer direção, tem 6 graus de liberdade 10

Par cinemático Baixo São juntas que tem apenas 1 grau de liberdade de movimento relativo. Juntas de revolução, juntas prismáticas, parafusos, etc. Alta Tem 2 graus de liberdade de movimento relativo entre as hastes. Cames. Graus de liberdade (Degrees of Freedom (DOF)) em robótica: Número de entradas independentes requeridas para definir a posição de todas as hastes de um mecanismo. 11

3 graus (x, y, θ) 1 grau (θ) (Par baixo, subtrai 2 graus) 1 grau (x) - (Par baixo, subtrai 2 graus) 2 graus (x, θ) contato, subtrai 1 grau 0 grau fixo ao chão, subtrai 3 graus Equação de Gruebler F = 3(n-1) - 2f 1 - f 2 Onde: n número de hastes f 1 número de juntas baixas f 2 Número de juntas altas 12

Exemplo F = 3(n-1) - 2f 1 - f 2 n = f 1 = f 2 = 5 5 0 n = f 1 = f 2 = 6 7 0 F = 2 F = 1 Exceções Quando há redundância DOF = 0, de acordo com a equação DOF = 1, em desacordo com a equação devido a geometria 13

Exemplos de diferentes configurações Tarefa de pegar e colocar (pick and place task) 3 GDL lineares e 1 GDL rotacional para executar a tarefa Tarefa pontual Tarefa pontual 3 GDL lineares para posicionamento e 2 GDL rotacionais para direcionamento 14

Tarefa de inserção 5 GDL se o objeto é cilíndrico e 6 GDL se é de seção quadrada O Braço Humano 7 GDL - o sétimo grau de liberdade é para o cotovelo se mover independente da mão!!!!!!!! 15