PONTO 1: Procedimento do Júri PONTO 2: 1ª Fase Juízo de Acusação PONTO 3 Opções decisórias PONTO 4: 2ª Fase Juízo da Causa 1,. PROCEDIMENTO DO JURI

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1 PROCESSO PENAL PROCESSO PENAL PONTO 1: Procedimento do Júri PONTO 2: 1ª Fase Juízo de Acusação PONTO 3 Opções decisórias PONTO 4: 2ª Fase Juízo da Causa 1,. PROCEDIMENTO DO JURI A Lei 11.689/08 modificou o procedimento do Júri. Foi mantido o procedimento bifásico do Júri: 1ª Fase: Juízo de Acusação do recebimento da denúncia até a pronúncia. 2ª Fase: Juízo da Causa iniciava com o libelo, mas como ele foi extinto, começa como prazo do art. 422 do CPP e vai até o julgamento. 2. 1ª FASE - JUIZO DA ACUSAÇÃO Ao fim desta fase, não há juízo de mérito, mas sim uma filtragem das probabilidades para a pronúncia. Art. 412 do CPP Estabelece que o prazo do procedimento é de 90 dias. Deve-se entender que esse prazo é para a 1ª fase do procedimento. 2.1 Etapas da 1ª Fase: a) recebimento da denuncia ou queixa. A possibilidade da queixa se deve: a queixa subsidiária (diante da inércia do Ministério Público, ou ainda, quando há possibilidade de se ajuizar ação penal privada e publica, como por exemplo, quando há homicídio e estupro (litisconsórcio ativo entre particular e Ministério Público). b) Réu será citado para, em 10 dias (ou 20 dias), responder a acusação. Essa resposta não equivale a defesa preliminar. O prazo é contado a partir da efetiva citação do réu, conforme súmula 710 do STF. Se o réu não responder nesse prazo, será nomeado defensor público, e, nesta hipótese, o prazo para resposta será de 20 dias. Nesse prazo o réu pode: argüir nulidades; juntar documentos; arrolar testemunhas (Máximo 8); juntar justificações (previsto no CPC: ato processual que não há contraditório).

2 PROCESSO PENAL PERGUNTA: O juiz pode pronunciar exclusivamente com base na prova policial? Professor entende que se é possível o réu ser absolvido, impronunciado com base em prova estritamente policial, também seria possível basear a denúncia somente em provas advindas do órgão policial (sem contraditório). Quanto o número de testemunhas, há três posicionamentos: 1ª Corrente: afirma que o número máximo é de 8 testemunhas, independentemente do número de réus; 2ª Corrente: afirma que o número máximo é de 8 testemunhas por réu:. 3ª Corrente: afirma que o número máximo é de 8 testemunhas por fato delituoso anunciado. Essa é a corrente adotada no Brasil majoritariamente, respaldada no entendimento do STF, e, baseada no art. 407, parágrafo único do CPC. Professor sustenta que as partes podem arrolar até 8 testemunhas por fato e não por fato delituoso denunciado. c) Acusação será ouvida sobre resposta no prazo de 5 dias, mas somente se na resposta for argüida nulidades e/ou juntados documentos de justificação. d) Juiz procede ao 1º saneamento do procedimento. Prazo de 10 dias. e) Designação de audiência. Em principio, devera ser a única audiência nesta fase do procedimento. e.1) A vítima, se possível, será ouvida, independentemente de ser arrolada pelas partes. Caso não compareça, será conduzida coercitivamente. e.2) As testemunhas de acusação e defesa serão ouvidas nessa ordem. A inversão da ordem é possível somente com a permissão da defesa do réu. e.3) Antes da reforma vigorava o sistema presidencialista. Hoje, aplica-se o sistema CROSS EXAMINATION (art. 212 do CPP) : nesse, o juiz não mais inicia inquirindo a testemunha, as partes iniciam a inquirição e o juiz fará perguntas complementares sobre pontos relevantes que não foram esclarecidas pelas perguntas das partes. Há quem defenda que esse sistema é inconstitucional, pois feriria o sistema acusatório. e.4) Os peritos prestarão esclarecimento sobre os pontos dos laudos do processo especificado no requerimento. Serão intimados com 10 dias de antecedência. e.5) Acareação e reconhecimento de coisas e pessoas.

e.6) Interrogatório do réu, assegurada a entrevista com seu defensor antes do interrogatório. e.7) Alegações finais Havendo 1 réu: Ministério Público tem 20 min. prorrogáveis por mais 10 min. Defesa réu tem 20 min. prorrogáveis por mais 10 min. Assistente de acusação disporá de 10 min. Esse período será acrescido à defesa do réu. Professor entende que o artigo 477 se referiu ao caso de litisconsórcio ativo (homicídio + estupro), e não ao caso de existir assistente de acusação, que não é acusação, mas sim assistente. 3 Por analogia, a assistência pode invocar o artigo 411, 6º, para reivindicar metade do tempo da acusação para apresentar as alegações orais. Havendo 2 réus: Fazendo uso do artigo 411, 5º, a divisão de tempo ficaria assim: MP: 20 min. prorrogáveis por mais 10 min. para cada um dos réus. Defesa: 20 min. prorrogáveis por mais 10 min. para defender cada um dos réus. e.8) Decisão em audiência ou no prazo de 10 dias. Professor entende que o prazo de 10 dias para o juiz só é necessário quando incidir o artigo 403, 3º. Caso contrário, as alegações são proferidas oralmente e o juiz decide em audiência. 3. OPÇÕES DECISÓRIAS Decisões e impugnações: pronúncia RSE impronúncia Apelação absolvição sumária Apelação desclassificação RSE 3.1 PRONÚNCIA Quando o juiz se convencer da existência: a. De prova da materialidade do fato; e b. De indícios suficientes de autoria ou de participação

4 PROCESSO PENAL A prova da materialidade pode advir de testemunha. As majorantes e as qualificadoras só valem quando descritas na denúncia e submetidas ao crivo do contraditório. Quanto às agravantes e atenuantes, hoje, entende-se que não serão mais apreciadas pelos jurados; e o juiz só as aplicará se suscitadas no júri. Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação. 1 o A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena. A Pronúncia é uma decisão interlocutória mista não terminativa, por isso pronuncia não transita em julgado. O que ocorre é a preclusão pro judicato, que tem aplicação somente para o juiz. A pronúncia preclui, art. 421 do CPP. Uma vez preclusa, a pronúncia pode ser modificada em razão da prova nova, nesse caso, a pronúncia deve ser aditada. Intimação da pronúncia: a. Intimados pessoalmente: MP, defensor público e réu. b. Intimados por Nota de Expediente: defensor constituído, assistente de acusação e querelante. c. Edital (se não encontrado): réu solto ou foragido. É possível ele ser julgado sem estar presente. O réu pode requerer o não comparecimento no julgamento, desde que contenha sua assinatura e do seu defensor. 3.2 IMPRONÚNCIA Trata-se também de decisão interlocutório, mas terminativa, pois põe fim ao processo. Porém, diante de prova nova, poderá ocorrer nova denúncia, pelo mesmo fato. Esta prova nova refere-se a prova substancialmente nova. Destarte, prova formalmente nova não serve, pois trata-se daquela que foi reeditada. 3.3 ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA O Art. 415 do CPP. Traz as hipóteses: I provada a inexistência do fato; II provado não ser ele autor ou partícipe do fato; III o fato não constituir infração penal;

IV demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. Essa era a única causa prevista na lei anterior. Na hipótese do inciso IV, quando a imputabilidade for a única tese para a isenção da pena o juiz absolve sumariamente e aplica medida de segurança. Mas, se houver outras teses, o juiz pronuncia. Os pressupostos para a medida de segurança são: fato típico e ilícito e periculosidade. Lei anterior previa que o juiz devia recorrer de ofício diante da absolvição sumária (antigo art. 411), mas o art. 415 do CPP não trata deste recurso. O Prof. Avena defende que o recurso de ofício ainda existe e fulcra seu entendimento no art. 574, II do CPP, que por sua vez, remete ao extinto art. 411. Prof. Marcelo entende que este recurso foi revogado. 5 3.4 DESCLASSIFICAÇÃO Ocorre na hipótese de o juiz entender que o fato descrito não consiste em crime doloso contra a vida. Não pode o juiz do Júri dizer qual o crime novo que se configurou. Deve dizer, tão somente, que não houve crime doloso contra a vida. Caso contrário, ele estará usurpando a competência do juiz da vara criminal. Se verificado, na vara criminal, que houve crime doloso contra a vida, o TJ deverá remeter os autos ao juiz do Júri (Avena, mas há posição diversa). Se o TJ entender que não houve crime doloso, devolve o processo ao juiz da vara criminal. 4. 2ª FASE JUÍZO DA CAUSA réus; 1) Artigo 422, do CPP prazo de 5 dias sem diferenciação quanto ao número de 2) 2º saneamento do processo: - relatório do processo por escrito: trata-se de uma notícia, relatando o que ocorreu até o momento no processo. processo: Finda esta fase, ainda é necessário os seguintes requisitos para o julgamento do a) alistamento de jurados Faz-se uma lista geral provisória até 10 de outubro, quando se abre prazo para reclamação, tendo legitimidade qualquer pessoa.

Até 10 de novembro, define-se a lista geral, que admite RSE dirigido ao presidente do TJ que julgara em 20 dias. A decisão não tem efeito suspensivo. A lista geral definitiva de 2008 serve para jurados que irão atuar em 2009. Aqueles que compuseram um corpo de sentença, não poderão julgar no ano seguinte (impedimento). Pode ser jurado: cidadão (brasileiro nato ou naturalizado), maior de 18 anos e com notória idoneidade. Trata-se de múnus publico irrecusável. A falta acarreta multa. A recusa injustificada acarreta na prestação de serviço alternativo, que, se não cumprido, poderá ocasionar a perda dos direitos políticos. Garantias do jurado que cumpre o serviço: presunção de idoneidade moral; prisão especial; preferência em licitações; direito de preferência nos concursos públicos, preferência nas remoções no caso de ser servidor publico. 6 Sorteio Sorteiam-se 25 jurados da lista geral para a reunião ordinária. As reuniões ordinárias ocorrerão de fevereiro a dezembro na capital; e, no interior, em março, maio, julho, setembro novembro e dezembro. A OAB, o MP e a Defensoria Pública serão intimados para a realização do sorteio dos 25 jurados. Os 25 jurados serão comunicados, em regra, pelo correio. Publica-se um edital com nome e profissão dos 25 jurados e com a pauta de julgamento das sessões ordinárias a realizar-se (data dos julgamentos). O edital serve para que os defensores possam fazer as recusas no dia do julgamento. Imotivadamente, pode-se recusar ate três jurados. Motivadamente, podem-se recusar todos. Se houver, no mínimo 15 jurados a sessão pode ser instalada. Passando-se ao pregão realizado pelo oficial de justiça que certifica nos autos, pois é após o pregão que poderão ser argüidas nulidades ocorridas após a pronuncia. São sorteados 7 dos 25 jurados para formar o conselho de sentença. O primeiro a escolher é a defesa (a única oportunidade no processo em que a defesa fala primeiro). No caso de 2 ou mais réus, com mesmo defensor, é possível apenas três recusas. Se houver defensor distinto, cabível três recusas para cada réu.

Se não for composto o conselho (composto por 6 jurados, devido o número de recusas, por exemplo), haverá nova data para julgar o participe e o autor. O réu só ficara algemado, excepcionalmente, isto é, se houver perigo para o andamento do processo. A decisão deve ser feita antes de entrar na sala. Não poderão as partes utilizar o fato de o preso estar algemado para argumentação, sob pena de nulidade absoluta do julgamento. A lei proíbe as partes utilizar a pronúncia para argumentação, chamado de argumento de autoridade. Professor entende que a lei está equivocada, pois a defesa e a acusação são feitas com base na pronúncia. É possível ler a pronúncia, o que não se pode é interpretá-la. Da mesma forma, não se pode utilizar o fato de o acusado valer-se do direito ao silêncio. Debates: 1 réu: * MP: 1h 30 min + 1h de réplica * Defensor: 1h 30 min + 1h de tréplica 2 ou mais réus (art. 477 do CPP): * MP: 2h 30min + 2h de réplica * Defesa A e Defesa B: 2h 30 min + 2h de tréplica 7