RESUMO 05 5. PERSECUÇÃO PENAL 5.1 CONCEITO: É o caminho percorrido pelo Estado-Administração para que seja aplicada uma pena ou medida de segurança àquele que cometeu uma infração penal, consubstanciando-se em três fases: Investigação preliminar ação penal e execução penal. (BONFIM, p.99) 5.1.1 PERSECUTIO CRIMINIS IN JUDICIO Ajuizamento da ação penal pelo Ministério Público acompanhando-a até final. 5.1.2 PERSECUTIO CRIMINIS 5.2 - OBJETO Para que o Ministério Público possa levar ao conhecimento do juiz a notícia de um fato infringente da norma apontando-lhe o autor, faz-se necessário colheita de elementos que comprovem o fato e a autoria. A Polícia Judiciária se encarrega dessa investigação corporificada na maioria das vezes no inquérito policial. a) apuração do fato verificando-se a ocorrência de suspeita de transgressão e sua autoria; b) confirmada a suspeita da transgressão busca-se a aplicação da punição prevista em lei. 5.3 - PERSECUÇÃO E TIPICIDADE Recebida a noticia da infração para que a autoridade policial dê início à investigação faz-se necessário a verificação se a suposta transgressão constitui fato tipificado no Código Penal. Se essa cautela não for observada configura-se constrangimento ilegal ao denominado status dignitatis. Não se configura a justa causa (art. 648, I do CPP), por conseqüência deverá ser o inquérito ou a ação penal trancada. JUSTA CAUSA para a ação penal é o conjunto de elementos probatórios razoáveis sobre a existência do crime e a autoria (GRECO, p.78) RESUMO 06 6. NOTÍCIA DO CRIME 6.1 - CONCEITO: A notícia do crime é o conhecimento, espontâneo ou provocado, pela autoridade policial de um fato aparentemente criminoso. 6.2 CLASSIFICAÇÃO a) A cognição é espontânea, ou imediata, quando o delegado de polícia toma conhecimento do crime diretamente por intermédio de suas atividades rotineiras, portanto, sem a intermediação de qualquer pessoa. Tal ocorre, por exemplo, quando a autoridade transita pela via pública e se depara com a situação de um fato criminoso que acabara de ocorrer e, então, deve tomar espontaneamente todas as providências para a instauração do inquérito destinado a apurá-lo. (MACHADO, p.60) b) Será provocada, ou mediata, a notitia criminis quando a ciência do crime chegar à autoridade policial por meio de interposta pessoa. Essa pessoa tanto pode ser a própria vítima ou seu representante legal, quando um deles requer a instauração do inquérito; quanto pode ser ainda qualquer pessoa por meio da delação (delatio criminis). Essa delação poderá ser até mesmo anônima ou apócrifa, caso em que caberá à autoridade policial verificar a procedência da notícia. Será também mediata a notícia do crime no caso de requisição do
Ministro da Justiça para a instauração de inquérito ou nas hipóteses do art. 7º, 3º, do CP e nos crimes contra a honra do Presidente da República ou de Chefes de Estado estrangeiro (art. 145, parágrafo único, do CP). Os agentes policiais poderão também mediar a notítia criminis quando, por exemplo, atendem alguma ocorrência e lavram o respectivo boletim entregando-o posteriormente ao delegado de polícia (MACHADO, p.60) c) É coercitiva a cognição da notítia crimins nas hipóteses de requisição pelo juiz ou promotor de justiça, bem como nos casos de prisão em flagrante, quando a autoridade policial, juntamente com a notícia do crime, recebe o criminoso, as testemunhas, os instrumentos e o produto do crime, não lhe restando alternativa senão instaurar o inquérito policial. 6.3 FORMAS DE APRESENTAÇÃO 1) REQUERIMENTO: É uma solicitação, passível de indeferimento, razão pela qual não tem a mesma força de uma requisição. Pode ser formulado: a) por qualquer do povo (crimes de Ação Penal Pública Incondicionada) (art. 5º, 3º, 27 e 301, CPP) b) pela própria vítima (nos crimes de Ação Penal Pública Incondicionada); (art. 5º, I, CPP) c) pelo ofendido ou por quem possa representá-lo legalmente (nos crimes de Ação Penal Privada, art. 30, 31, CPP); 2) REPRESENTAÇÃO a) Pela autoridade policial: Representação é a exposição de um fato ou ocorrência, sugerindo ou solicitando providências, conforme o caso. Trata-se do ato da autoridade policial, como regra, explicando ao juiz a necessidade de ser decretada uma prisão preventiva ou mesmo de ser realizada uma busca e apreensão. Pode não ser atendida. b) Pelo ofendido ou quem o represente: Por outro lado, pode cuidar-se do ato do ofendido que, expondo à autoridade competente o crime do qual foi vítima, pede providências. Nesse caso, recebe a denominação de delatio criminis postulatória. A representação não precisa ser formal, vale dizer, concretizada por termo e expresso nos autos do inquérito ou do flagrante. (Nucci, p.154) A representação é formulada pela própria vítima ou por quem a represente nos crimes de Ação Penal Pública Condicionada. (art, 39, CPP) MODELO: TERMO DE REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO PARA AÇÃO PÚBLICA CONDICIONADA (NUCCI) Distrito Policial:.º DP Termo n.º Município: Comarca: TERMO DE REPRESENTAÇÃO Aos dias do mês de de, nesta cidade, onde se achava presente o Doutor, Delegado de Polícia, comigo escrivão ao final assinado, compareceu (vítima e qualificação). Inquirida pela autoridade policial quanto ao seu desejo de representar contra o
agressor (nome e qualificação), sabendo ler e escrever, declarou que tem a intenção de representar, em razão das lesões corporais sofridas, para o fim de vê-lo devidamente processado criminalmente. Nada mais disse, nem lhe foi perguntado. Lido e achado conforme, segue assinado por todos, e por mim, escrivão que o digitei. Autoridade Policial Vítima Escrivão MODELO: REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL PELA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA (NUCCI) A autoridade policial instaurou inquérito para apurar vários roubos de cargas de veículos de transporte ocorridos em uma determinada região, em curto espaço de tempo. Ouvidos vários depoimentos, inclusive as declarações das vítimas, obtiveram-se indícios suficientes da atuação de uma quadrilha especializada nessa infração penal. Com o objetivo de monitorar as conversas telefônicas entre os integrantes suspeitos, representa pela interceptação.. o Distrito Policial da Comarca Inquérito n. o Ofício n. Comarca, data. Meritíssimo Juiz REPRESENTAÇÃO PELA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA Instaurou-se a presente investigação policial para apurar o roubo de cargas de veículos de transporte, ocorridas nas últimas semanas, sempre na Rodovia, entre os quilômetros e, dando a entender tratar-se de quadrilha especializada nessa espécie de infração penal. As vítimas foram ouvidas e contribuíram para a realização do retrato falado dos suspeitos (fls. ). Estes, conforme indica o livro de registro de fotografias de indiciados por roubo neste Estado, coincidem com os seguintes suspeitos:. Há testemunhas, igualmente, que viram a ocorrência de determinados roubos, proporcionando a mesma descrição feita pelos ofendidos. Com a finalidade de dar prosseguimento à investigação, antes de alertar os suspeitos para a descoberta ora empreendida, REPRESENTO a Vossa Excelência pela interceptação telefônica dos seguintes números:, nos termos do art. 3.º, I, da Lei 9.296/96. Tal diligência é indispensável à apuração do delito em tela, pois as quadrilhas que agem na região dispõem de sofisticado esquema de atuação, o que dificulta, sobremaneira, a realização de prisão em flagrante. Na oportunidade, renovo a Vossa Excelência os meus protestos de estima e consideração.
Excelentíssimo Senhor Dr. Autoridade policial Meritíssimo Juiz de Direito da.ª Vara Criminal da Comarca. 3) REQUISIÇÃO: É a exigência para a realização de algo, fundamentada em lei. Não se deve confundir requisição com ordem, pois nem o representante do Ministério Público, nem tampouco o juiz, são superiores hierárquicos do delegado, motivo pelo qual não lhe podem dar ordens. Requisitar a instauração do inquérito significa um requerimento lastreado em lei, fazendo com que a autoridade policial cumpra a norma e não a vontade particular do promotor ou do magistrado. (Guilherme de Souza Nucci, 2010, p.153) Leciona Ismar Estulano Garcia (p.41): Prevista no art. 5º, II, do Código de Processo Penal, é cabível a requisição nos crimes de ação pública (incondicionada ou condicionada). Essa requisição é feita mediante ofício firmado pelo juiz ou pelo representante do Ministério Público. No caso de ação pública condicionada, a representação deve acompanhar o ofício requisitório. Prossegue o autor: Nos crimes de ação pública incondicionada, pode ocorrer a requisição, na hipótese de chegar a notícia da infração penal ao conhecimento do juiz ou do órgão do Ministério Público, no caso de ação pública condicionada, não se trata de simples notícia da infração penal que chega ao conhecimento de ambos, mas, sim, de representação escrita que lhes é endereçada, ou de representação oral tomada por termo, conforme dispõe o art.39, 1º, do Código de Processo Penal. Assim conclui GARCIA: Em qualquer das modalidades, ação pública, incondicionada ou condicionada, recebida a requisição, a autoridade policial deverá tão somente baixar portaria, determinando o cumprimento e a instauração do inquérito policial. Existem duas modalidades de requisição previstas em nossa legislação penal. Uma, feita pelo juiz ou pelo Ministério Público, outra, pelo ministro da Justiça: a) Pelo órgão do Ministério Público ou juiz (nos crimes de Ação Penal Pública Incondicionada, art.129, VIII, CF)) b) Pelo Ministro da Justiça (nos crimes contra a honra do Presidente da República, art. 145, parágrafo único do CP) MODELO: REQUISIÇÃO DE REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO OU JUIZ PARA INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL Comarca, data. Ofício n. o. Senhor Delegado de Polícia Chegando ao meu conhecimento, nesta data, que Z, (qualificação), valendo-se de um talão de cheques pertencente a V, passando-se por este, ingressou no estabelecimento comercial denominado, situado à Rua, n. o, nesta cidade, emitiu cheque e retirou mercadoria, obtendo, para si, vantagem ilícita, em
prejuízo alheio, levando o comerciante a erro, o que caracteriza, em tese, o delito de estelionato, conforme declarações prestadas pela vítima em meu Gabinete (documento anexo), requisito de Vossa Senhoria as providências necessárias para a instauração do inquérito policial, nos termos do art. 5.º, II, do CPP. Indico, desde logo, as seguintes testemunhas, que poderão ser encontradas no mesmo endereço do estabelecimento comercial supra referido:,, e. Nesta oportunidade, renovo a Vossa Senhoria os meus protestos de elevada estima e distinta consideração. Promotor de Justiça Ilmo. Sr. Dr.. DD. Delegado de Polícia da Comarca de..º Distrito Policial Bairro. OBSERVAÇÕES: Requisitar não é facultativo é dever jurídico e exigência. Não é ordem ante a ausência de subordinação. Não cabe indeferimento. No entanto, segundo Nucci (p.154) é possível que a autoridade policial refute a instauração de inquérito requisitado por membro do Ministério Público ou por Juiz de Direito, desde que se trate de exigência manifestamente ilegal. A requisição deve lastrear-se na lei; não tendo, pois, supedêneo legal, não deve o delegado agir, pois, se o fizesse, estaria cumprindo um desejo pessoal de outra autoridade, o que se coaduna com a sistemática processual penal. (NUCCI, p.154) Requerimento o que pode ser feito é objeto de requerimento. Pode ser indeferido e do indeferimento cabe recurso. Assegura Nucci (p.156) Diz a lei que cabe recurso ao chefe da Polícia, que, atualmente, considera-se o Delegado-Geral de Polícia, superior máximo exclusivo da Polícia Judiciária. Há quem sustente, no entanto, cuidar-se do Secretário da Segurança Pública. Entretanto, de uma forma ou de outra, quando a vítima tiver seu requerimento indeferido, o melhor percurso a seguir é enviar seu inconformismo ao Ministério Público ou mesmo ao Juiz de Direito da Comarca, que poderão requisitar a instauração do inquérito, o que, dificilmente, deixará de ser cumprido pela autoridade policial. (art, 5º, 2º, CPP) 6.4 ÓRGÃOS Polícias civis dos estados Polícia federal Polícias militares, corpos de bombeiros militares Ministro da Justiça Juiz (vide art. 40 CPP) Ministério Público Câmara (vereadores, deputados), Senado, CPI. Administrador judicial (na falência) Médico ou aquele que exerce profissão sanitária; Capitão do porto nos crimes de engajamento e deserção (art. 3º parágrafo único, do Decreto-lei nº 4.124/42) 6.5 DESTINATÁRIOS
São destinatários da notícia do crime todas as autoridades que têm competência para levar instaurar e processar o inquérito. Nos crimes comuns são a autoridade policial, a judiciária e o Ministério Público. 6.6 REGISTRO (OCORRÊNCIA POLICIAL) A Ocorrência Policial pode ser conceituada como sendo a documentação, ou o registro, de notícia de infração penal, seja verbal, seja em livro próprio ou boletim, em regra geral postulatória. Qualquer que seja a forma de registro, livro, boletim ou arquivo informatizado, as anotações da ocorrência deverão conter dados visando responder as seguintes questões: Quem? O quê? Onde? Como? Quando? Por quê? (GARCIA, p.43/44) MODELO BOLETIM DE OCORRÊNCIA (GARCIA, p.43/44) Expediente de / / Dia da semana: Plantão de / / p/ / / Grupo BOLETIM DE OCORRÊNCIA N. Natureza da ocorrência: Local: Circunscrição: Comunicação do fato, feita por: (nome) Em: Endereço: Data e horário do acontecimento: INDICIADO: Nome; VÍTIMA: Veio à Delegacia? C.I. nº Espécie e órgão emissor do doc. Identidade: Idade; Nac.: Naturalidade: Cor: Estado Civil: Profissão: Pai: Mãe: Residência: Local de Trabalho: Nome Houve socorro médico? Onde? C.I. nº Espécie e órgão emissor do doc. Identidade: Idade: Nac.: Profissão Pai: Mãe: Residência: Local de Trabalho: TESTEMUNHAS: Nome: Endereço Nome: Endereço Nome: Endereço Solução Tomada: Exames requisitados: Narrativa do fato: Cidade: Data: / / Elaborado por: (Escrivão de Polícia) Visto: (Delegado de Polícia) 6.7 - TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA
A Lei 9.099 de 1995 instituiu o termo circunstanciado, medida jurídica que visa a substituir o inquérito policial nos crimes de menor potencial ofensivo. Trata-se de um "registro de ocorrência minucioso, detalhado onde se qualificam as pessoas envolvidas - autor(es) do(s) fato(s), vítima(s) e testemunha(s); faz-se um resumo de suas versões; menciona-se data, horário e local do fato; descrevem-se os objetos usados no crime (apreendidos ou não); colhe-se assinatura das pessoas envolvidas; quando a lei determinar, expõe-se a representação do ofendido e demais dados necessários a uma perfeita adequação típica do fato pelo Ministério público". (art. 69 da Lei 9.099/95) MODELO: TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA Lesão dolosa. (Guilherme de Souza Nucci. Prática Forense Penal, 4 edição. São Paulo: RT) U agrediu fisicamente o vizinho, que, logo após, comunicou o fato à autoridade policial. Por se tratar de infração de menor potencial ofensivo (lesão corporal leve), lavrou-se o termo circunstanciado. Distrito Policial:.º DP Termo n. o Município: Comarca: TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA POLICIAL N.º Lei 9.099/95 Data do fato: Hora do fato: Data da comunicação: Hora da comunicação: Local da ocorrência: Natureza da ocorrência: LESÃO CORPORAL DOLOSA Condutor e primeira testemunha: (nome e qualificação). Depoimento: estava em patrulhamento de rotina, quando ouviu gritos de socorro; chegando ao local dos fatos, deparou-se com o autor em fuga, ocasião em que o segurou; em seguida, percebeu que havia um rapaz com o lábio ferido, sangrando bastante, dizendo-se vítima de um soco que teria sido desferido pelo agente; foram conduzidos agressor e vítima a esta delegacia. Segunda testemunha: (nome e qualificação) Depoimento:. Vítima: (nome e qualificação) Declarações: o declarante é vizinho do autor há aproximadamente sete anos; de seis meses para cá, sem qualquer motivo, o agente passou a implicar com os latidos do cachorro mantido pelo declarante; embora não seja verdade que o animal cause algum tipo de perturbação, dessas situações advieram muitas discussões, inclusive com ofensas verbais recíprocas; o autor, por não aceitar as justificativas do declarante, passou a ameaçá-lo de agressão sistematicamente; tendo em vista que, no dia de hoje, o declarante recusou-se a se desfazer do seu cão, o autor saltou o pequeno muro que separa as duas casas e desferiu-lhe um violento soco, que provocou um corte no lábio; tal fato ocorreu na porta da residência do declarante, quando se preparava para sair para o trabalho; logo após a agressão, vizinhos interferiram e o autor fugiu, mas foi detido por uma viatura que passava pelo local; após ser medicado, o declarante compareceu a esta delegacia.
Autor: (nome e qualificação) Declarações: não é verdade que tenha desferido um soco na vítima; deu-lhe apenas um tapa no rosto, porque este o ofendeu na frente dos vizinhos que estavam por perto; o motivo da desavença é o fato de não suportar mais os constantes latidos do cachorro mantido pelo vizinho, que não o deixa dormir em paz; afirma que já tentou, amigavelmente, uma solução, porém a vítima é teimosa e não admite dispor do animal; arrepende-se do que fez, pois deveria ter tomado outras providências e não precisava ter agredido a vítima. Exames periciais requisitados: laudo de exame de corpo de delito (IML para vítima). Juntem-se informações sobre os antecedentes criminais do autor. Entregue cópia deste à vítima e ao autor, mediante recibo. Registre-se. Cumpra-se. Comarca, data. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA Autoridade Policial Condutor e primeira testemunha Segunda testemunha Vítima Autor Escrivão BONFIM, Edilson Mougenot. Curso de Processo Penal. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 2007. GRECO FILHO, Vicente. Manual de Processo Penal. 8.ed., São Paulo: Saraiva, 2010-08-29 NUCCI, Guilherme de Souza. Prática Forense Penal. 4. ed., São Paulo: RT, 2009. GARCIA, Ismar Estulano, PIMENTA. Breno Estulano.12. ed., Goiânia: AB, 2009 MACHADO, Antônio Alberto. Curso de Processo Penal. 3. ed..são Paulo: Atlas, 2010.