Chamei-o idiota. Chamei-lhe idiota. Chamei-o de idiota. Chamei-lhe de idiota.

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Transcrição:

b) Transitivo seguido de predicativo do objeto, com o sentido de denominar, qualificar, admite quatro regências diferentes: Chamei-o idiota. Chamei-lhe idiota. Chamei-o de idiota. Chamei-lhe de idiota.

Custar a) Transitivo indireto (= ser custoso, difícil). Neste sentido, tem como sujeito o que é difícil e como objeto indireto a quem custa. Sendo o sujeito uma oração reduzida de infinitivo, pode vir com preposição: Custa-lhe crer na sua honestidade. OBS: Embora comum na linguagem falada, é errado dar-se a pessoa como sujeito do verbo custar, nesse sentido. Assim, é incorreta a construção: O aluno custou a entender a explicação. Correto: Custou ao aluno entender a explicação.

b) Transitivo direto e indireto (= acarretar): A imprudência custou lágrimas ao rapaz. c) Intransitivo (= ter o valor de): Este vinho custou trinta reais. OBSERVAÇÃO Observe que é impossível transformar esta última oração em voz passiva. Assim, preferimos considerar o verbo custar, nesse sentido, como intransitivo, e o valor atribuído ao sujeito como adjunto adverbial de preço.

REGÊNCIA VERBAL 2 Esforçar-se No sentido de fazer esforço por alguma coisa, é essencialmente pronominal e seguido de complemento regido pelas preposições em, a, por e para: Esforçava-me em desviar os olhos. (apud M. Barreto) Se és cristão no nome, esforça-te a sê-lo nas obras. (apud stringari) Debalde nos esforçávamos por gravar nas almas o verbo da força e do dever. (Rui Barbosa) Sempre se esforçou para continuar a viagem da razão. (Liberato Bittencourt)

Esquecer Este verbo admite três construções: Esqueci os acontecimentos. Esqueci-me dos acontecimentos. Esqueceram-me os acontecimentos.

OBSERVAÇÕES 1ª) O que nas duas primeiras construções é objeto passa a sujeito na terceira: Os acontecimentos esqueceram-me, isto é, fugiram-me da lembrança. Esta construção é de uso literário. 2ª) O verbo lembrar segue a mesma regência do verbo esquecer.

Implicar a) Transitivo direto (= acarretar, envolver): A resolução do exercício implica nova teoria.... um dever que implica desdouro para meu amigo, se eu me esquivar a cumprilo. (Camilo Castelo Branco)

b) Transitivo indireto (= ter implicância, mostrar má disposição): Mamãe sempre implicou com meus hábitos. c) Transitivo direto e indireto (= comprometer-se, envolver-se): Ele implicou-se em negócios ilícitos.

Informar (= avisar, comunicar, certificar) É transitivo direto e indireto, admitindo duas construções: a) o referente a pessoa funciona como objeto direto e o referente a coisa, como objeto indireto, regendo as preposições de ou sobre: Informaram o réu de sua condenação. ou Informaram o réu sobre sua condenação.

b) o referente a coisa funciona como objeto direto e o referente a pessoa, como objeto indireto, regendo a preposição a: Informaram a condenação ao réu. OBS: Não se pode dar dois objetos diretos ou dois objetos indiretos ao mesmo verbo. Portanto, são incorretas construções como estas: Informaram o aluno que não haverá aula. ; Informaram ao aluno de que não haverá aula.

Interessar-se Como verbo pronominal é transitivo indireto, regendo as preposições em e por: Antônia interessava-se nestes estudos... (Camilo Castelo Branco) Ela interessou-se por minha companhia. OBS.: O verbo desinteressar-se, antônimo de interessar-se, rege a preposição de: Ela desinteressou-se de minha companhia.

Obedecer / Desobedecer São verbos transitivos indiretos, regendo a preposição a: Os maus filhos não obedecem aos pais. Aos meus pais, nunca lhes desobedeci. Obedeçamos aos desígnios divinos. Não desobedeçam aos sinais de trânsito.

OBS.: Embora sejam transitivos indiretos, os verbos obedecer e desobedecer admitem a voz passiva: Fazem com que sejam obedecidas as leis. A Senhora manda, e é obedecida. (José de Alencar) A ordem foi desobedecida pelos alunos.

Pagar a) Transitivo direto (quando o objeto for coisa): Paguei minhas dívidas pontualmente. Você já pagou a conta de luz? b) Transitivo indireto (quando o objeto for pessoa): Papai pagou aos empregados. Você pagou ao dono do armazém? c) Transitivo direto e indireto (quando se refere a coisas e pessoas simultaneamente): Vou pagar o aluguel ao dono da pensão.

Perdoar Segue o mesmo esquema do verbo pagar: a) Transitivo direto: Perdoarei as suas ofensas. Crimes da terra, como perdoá-los? (Carlos Drummond de Andrade) b) Transitivo indireto: A mulher perdoou ao marido. Perdoa a este mísero, como perdoaste aos algozes que te crucificaram. (Alexandre Herculano) c) Transitivo direto e indireto: Ela perdoou os erros ao filho.

Preferir a) Transitivo direto (= dar primazia a, escolher): Prefiro vinhos nacionais. b) Transitivo direto e indireto ( = decidir entre uma coisa e outra): Prefiro vinho a cerveja. Os historiadores preferem a figura histórica de araque à figura real do estadista ou seja lá o que foi Pedro II. (Stanislaw Ponte Preta)

OBS.: O verbo preferir não admite expressão que indique intensidade (mais, menos, muito, mil vezes, etc.), bem como a posposição de que ou do que. Portanto, é errada a construção: Prefiro mais cinema que teatro. Correto: Prefiro cinema a teatro.