FUNÇÕES DO COBRE NA CAFEICULTURA E CONTROLE DE PSEUDOMONAS

Documentos relacionados
Ferrugem tardía ou escape da ferrugem

DOENÇAS SECUNDÁRIAS DO CAFEEIRO NO BRASIL e seu controle. Engºs. Agrºs. J. B. Matiello e S.R. Almeida MAPA/PROCAFÉ

14/05/2012. Doenças do cafeeiro. 14 de maio de Umidade. Temperatura Microclima AMBIENTE

Manchas de Phoma. Manchas de Phoma. Cercosporiose Mancha de Olho Pardo Mancha de Olho de Pomba

Matiello, Paiva e Figueiredo EFEITO ISOLADO E COMBINADO DE TRIAZÓIS E ESTROBILURINAS NO CONTROLE DA FERRUGEM E DA CERCOSPORIOSE EM CAFEEIROS

CUSTOS DE PRODUÇÃO DE CAFÉ CONILLON. Matiello

Adubação de Lavouras Podadas. Alysson Vilela Fagundes Eng. Agr.Fundação Procafé

DESFOLHA DOS CAFEEIROS CAUSAS, EVOLUÇÃO E EFEITOS. J.B. Matiello Eng Agr Mapa-Fundação Procafé

DIFERENCIAÇÃO NO ATAQUE DE PHOMA E PSEUDOMONAS J.B. Matiello e S.R. de Almeida Engs Agrs Mapa e Fundação Procafé

Cercosporiose, mancha de olho pardo, olho de pomba, chasparria, brown eye spot. Cercospora coffeicola. Foto: Carvalho, V.L. de

POLO CAFEEIRO NO NORTE DE MINAS SE FORTALECE COM NOVAS VARIEDADES

Seu braço forte contra as doenças da Cana. Nativo - Protege muito, contra mais doenças.

NUTRIÇÃO EQUILIBRADA DO CAFEEIRO. ROBERTO SANTINATO 40º CBPC Serra Negra - SP

SISTEMAS DE PLANTIO NA CAFEICULTURA DO FUTURO. J.B. Matiello Eng Agr Fundação Procafé

BASES PARA A RENOVAÇÃO DE CAFEZAIS NAS MONTANHAS. J. B. Matiello, Eng Agr Mapa/Fundação Procafé

VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DO CULTIVO DE CAFEZAIS EM REGIÕES QUENTES. Matiello, Almeida, Aguiar, Ribeiro, Josino e Araújo

INDICAÇÃO DE NOVAS VARIEDADES DE CAFÉ. Matiello, Almeida e Carvalho

Racionalizar o uso do cobre em viticultura biológica

BASES PARA RENOVAÇÃO DE CAFEZAIS EM ÁREAS MECANIZADAS. Roberto Santinato

Avaliação de Misturas Prontas e de Tanque de Mancozeb + Cúpricos para o Controle da Ferrugem e da Cercosporiose do Cafeeiro

Fungo Phoma em Orquídeas

Série tecnológica cafeicultura. Deficiências nutricionais Micronutrientes

Vários produtos têm sido colocados no Mercado

FORMAÇÃO DO CAFEZAL PRATICAS CULTURAIS

CERCOSPORIOSE DO CAFEEIRO

Pinta-preta dos citros. Eng.-Agr. Derli Paulo Bonine

ALTAS DOSES DE GESSO (IRRIGAÇÃO BRANCA) NA FORMAÇÃO E PRODUÇÃO DO CAFEEIRO

SISTEMAS PARA ECONOMIA DE MÃO-DE-OBRA NA CAFEICULTURA DE MONTANHA. J. B. Matiello, Eng Agr Mapa/Fundação Procafé

Engº Agrº MSc. Cesar Abel Krohling INCAPER Marechal Floriano-ES. Krohling, C. A.; Matiello, J. B.; Mendonça, P. L. P.

CLAUDINEI KURTZ Eng. Agrônomo, Dr. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

BOLETIM DE AVISOS Nº 222

INDICAÇÃO DE NOVAS VARIEDADES DE CAFÉ. Matiello, Almeida e Carvalho Curso Procafé 2012

38º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras DOSES DE ADUBAÇÃO NITROGENADA E POTÁSSICA NA PRODUTIVIDADE DE CAFEEIROS NAS MATAS DE MINAS

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO ÓXIDO CÚPRICO NO CONTROLE DA CERCOSPORIOSE DO CAFEEIRO

Posicionamento técnico-comercial

Podas em lavouras cafeeiras. MSc. André Luíz A. Garcia Eng. Agr. Fundação Procafé

PROGRAMA DUPONT, COMPARADO A UM TRATAMENTO TRADICIONAL REALIZADO PELOS PRODUTORES PARA O CONTROLE DAS PRINCIPAIS PRAGAS E DOENÇAS DO CAFEEIRO.

Quando e Como Aplicar Micronutrientes em Cana de Açúcar para Aumento de Produtividade. Marcelo Boschiero

~MBR.t}j) ~ 8!BL10 Tr..'C/I

Dinâmica e manejo de doenças. Carlos A. Forcelini

Podas em lavouras cafeeiras. MSc. André Luíz A. Garcia Eng Agr. Pesquisador e Consultor

BOLETIM DE AVISOS Nº 240

BOLETIM DE AVISOS Nº 227

BOLETIM DE AVISOS Nº 248

Cancro Cítrico: mesmo controle com menos cobre. Dr. Franklin Behlau

FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA: Impacto da entrada da doença no Brasil. Rafael Moreira Soares Fitopatologista - EMBRAPA SOJA

UTILIZAÇÃO DE ADUBOS NK DE LENTA OU PROGRAMADA LIBERAÇÃO, PROTEGIDOS, ORGANOMINERAIS E ORGÂNICOS ASPECTOS GERAIS ROBERTO SANTINATO

PROGRAMA DUPONT, COMPARADO A UM TRATAMENTO TRADICIONAL REALIZADO PELOS PRODUTORES PARA O CONTROLE DAS PRINCIPAIS PRAGAS E DOENÇAS DO CAFEEIRO.

Introdução A mistura de dois ou mais reguladores vegetais ou dos mesmos com outras substâncias de natureza bioquímica, como aminoácidos, vitaminas e

COMPORTAMENTO DE PROGENIES DE CAFEEIROS COM RESISTENCIA À FERRUGEM, SELECIONADAS DE ENSAIOS EM VÁRIOS CAMPOS EXPERIMENTAIS DO PROCAFÉ

ADUBOS FLUIDOS E ADUBAÇÃO FOLIAR

SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE MICRONUTRIENTES EM PLANTAS

EFEITO DO PRODUTO COMET(PYRACLOSTROBINA) NA TEMPERATURA FOLIAR DO CAFEEIRO. Matiello e Carvalho

PRODUTIVIDADE DE VARIEDADES/LINHAGENS/SELEÇÕ ES DE CAFEEIROS EM REGIÃO DE ALTITUDE ELEVADA, EM SÃO GOTARDO-MG

Controle de doenças fúngicas da florada à maturação dos frutos. Principais doenças fúngicas. Pinta Preta Verrugose Melanose.

Efeitos da Estiagem sobre a Produção cafeeira. Alysson Vilela Fagundes

BOLETIM DE AVISOS Nº 225

Construção da fertilidade do solo no ambiente Cerrado. Carlos Alberto Silva (UFLA) Paulo T. G. Guimarães (EPAMIG)

BOLETIM DE AVISOS Nº 224

DESAFIOS E PERSPECTIVAS NO MANEJO DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA. Dra. Monica C. Martins Eng. Agr. Hannan A. N. Ghazzaoui

Controle. Controle erradicação 01/10/2015 PARTE 2. O cancro cítrico e seu controle. Controle. Estratégias. Franklin Behlau, PhD. Minador dos citros

Série tecnológica cafeicultura. Deficiências nutricionais Macronutrientes

BOLETIM DE AVISOS Nº 247

EFEITO DO MODO DE APLICAÇÃO DE GEOX NA CORREÇÃO DO SOLO. Matiello, Paiva, Vaz e Pinto.

COMPORTAMENTO INICIAL DE VARIEDADES DE CAFÉ, ARÁBICA E ROBUSTA, EM REGIÃO QUENTE, EM PIRAPORA MG

CAFEICULTURA DE PRECISÃO POR AGRICULTURA DE PRECISÃO. R. Santinato MAPA Procafé Campinas - S.P.

TECNOLOGIA WG. Tecnologia de formulação WG desenvolvida pela Syngenta para a aplicação liquida no solo de fungicida e inseticida em lavouras de Café.

UTILIZAÇÃO DO FERTILIZANTE FOLIAR I9 NO CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE DO CAFEEIRO. Santinato & Santinato Cafés Ltda Eng. Agro. Msc.

EFEITO DE FONTES E DOSE DE NITROGÊNIO APLICADOS NO MILHO SAFRINHA NA PRODUTIVIDADE DO MILHO SAFRINHA E NA SOJA SUBSEQUENTE 1

CEPEC/Fertilizantes Heringer S/A - Martins Soares - MG

NOVAS TECNOLOGIAS EM FERTILIZANTES. Uréia revestida com boro e cobre

MANEJO ALTERNATIVO DAS LAVOURAS NA CAFEICULTURA DE MONTANHA. J. B. Matiello, Eng Agr Mapa/Fundação Procafé

BOLETIM DE AVISOS Nº 244

FERRUGEM, SECA E PREÇOS BAIXOS AFETARAM SAFRAS DE CAFÉ NA AMÉRICA CENTRAL J.B. Matiello, Eng Agr Mapa e Fundação Procafé

CONTROLE QUÍMICO. Variedades com bom desempenho agronômico X suscetibilidade a doenças

DominiSolo. Empresa. A importância dos aminoácidos na agricultura. Matérias-primas DominiSolo para os fabricantes de fertilizantes

CORREÇÃO RÁPIDA DO SOLO EM CAFEZAL, COM O USO DE CAL DOLOMITICA(CVD), APLICADA VIA PIVÔ LEPA. Matiello, Aguiar, Josino e Araujo

USO DO BORO NO CULTIVO DA CANA-DE- AÇÚCAR. Carlos Alexandre Costa Crusciol Gabriela Ferraz de Siqueira

Protocolo. Boro. Cultivo de soja sobre doses de boro em solo de textura média

Adubação de Plantas Ornamentais. Professora Juliana Ferrari

Produção Integrada do Café

Eng. Agrônomo Roberto Santinato MAPA

APLICAÇÃO MECANIZADA DE FUNGICIDAS VISANDO O CONTROLE DA MANCHA AUREOLADA E OUTRAS DOENÇAS DO CAFEEIRO

QUESTÕES TECNOLÓGICAS NA LAVOURA CAFEEIRA

MANEJO ALTERNATIVO DAS LAVOURAS NA CAFEICULTURA DE MONTANHA. J. B. Matiello, Eng Agr Mapa/Fundação Procafé

Manejo de Nutrientes no Sistema de Produção de Soja. Adilson de Oliveira Jr. Pesquisador Embrapa Soja

MANEJO DE HASTES EM CAFEEIROS RECEPADOS, SISTEMA SEMI ADENSADO (3,0 x 0,5m), NA MÉDIA MOGIANA DE SÃO PAULO Espírito Santo do Pinhal- SP

Café. Amostragem do solo. Calagem. Gessagem. Produtividade esperada. Espaçamento (m)

Irrigação de Salvação ou Suplementar na Cultura do Café. Rodrigo Naves Paiva Eng. Agr. MSc Fundação Procafé

NOVAS VARIEDADES DE CAFÉ DO PROCAFÉ. S.R.Almeida, J.B. Matiello, R.A. Ferreira, C.H.S. Carvalho, I.B. Ferreira e M.B. da Silva

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO FERTILIZANTE ORGANOMINERAL VALORIZA. VALORIZA/Fundação Procafé

MICRONUTRIENTES NA CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR: ESTUDOS DE CALIBRAÇÃO, DIAGNOSE NUTRICIONAL E FORMAS DE APLICAÇÃO

BOLETIM DE AVISOS Nº 101

Manual de Manejo Integrado de Pragas e Doenças - MIPD Café Conilon (Coffea canephora)

FONTES DE MICRONUTRIENTES

Prof. Francisco Hevilásio F. Pereira Cultivos em ambiente protegido

BOLETIM DE AVISOS Nº 104

Fertilizantes para manutenção de gramados esportivos

Fatores Importantes para o 05 Sucesso de uma Lavoura

05 AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS PRINCIPAIS

Transcrição:

FUNÇÕES DO COBRE NA CAFEICULTURA E CONTROLE DE PSEUDOMONAS Engºs. Agrºs S. R. Almeida e J. B. Matiello MAPA/FUNDAÇÂO PROCAFÉ

Funções do cobre no cafeeiro O cobre tem 3 funções principais, beneficiando as lavouras, pelo do seu efeito: Como micronutriente, exigido para os processos de crescimento e produção do cafeeiro; Como fungicida e bactericida, protegendo as plantas contra as suas duas principais doenças, a ferrugem e a cercosporiose, e, também, contra eventuais ataques de Pseudomonas, Colletotrichum e outros fungos;

Funções do cobre no cafeeiro Como efeito tônico, na redução do efeito do etileno, oriundo nos processos de necrose da folhagem ou pela morte de fungos epífitas. Com isso, o cobre evita queda das folhas, promovendo maior retenção foliar. Conjunto de efeitos, o cobre melhora o desenvolvimento e a produtividade nos cafezais e beneficia, ainda, a qualidade dos frutos do café.

1- O cobre nutricional É um micronutriente importante, atuando em vários processos fisiológicos das plantas, como a fotossíntese, a respiração, no metabolismo de proteínas e entra em processos de ativação de resistências das plantas (fitoalexinas). a) No crescimento: Até o 1,5 ano de campo um cafeeiro utiliza cerca de 80 mg de cobre/planta. Na 1ª safra (2,5 anos) a exigência de cobre corresponde a 120-150 g de cobre/hectare. b) Na fase adulta: Para uma produção de 30 sacas/ha há uma necessidade de cerca de 250 g de cobre/ha/ano.

1- O cobre nutricional Com deficiência as folhas novas apresentam uma ondulação, ficam voltadas para baixo,deixando as nervuras salientes na página inferior. Com maior deficiência as folhas mais velhas ficam cloróticas e aparece uma área amarelada a partir do pecíolo, se alongando ao longo e ao lado da nervura principal, chegando a se tornar esbranquiçada. As folhas deficientes são muito sensíveis à escaldadura pelo sol.

1- O cobre nutricional Condições onde ocorre maior deficiência -e são as seguintes; a) Em solos húmicos - a matéria orgânica imobiliza o cobre. b) Em solos muito corrigidos; com V% e ph altos - nessa condição o cobre fica menos disponível; c) Em regiões quentes. A suficiência do cobre, no solo ou nas folhas, é avaliada por análises químicas e os padrões são - No solo adequados os níveis de 1,5 a 10 ppm e nas folhas de 10 a 50 ppm de cobre.

Efeito da correção da deficiência de cobre sobre a produtividade em cafeeiros em solo húmico Martins Soares-MG 1999. Tratamentos 1. Sulf. cobre foliar, a 0,8% 2. Oxicl. cobre foliar, a 0,8% 3. Hidr. cobre foliar, a 0,8% 4. Sulf. cobre 5 g/pl solo 5. Oxicl. cobre 5 g/pl solo 6. Hidr. cobre 5 g/pl solo 7. Testemunha Teor de cobre foliar médio 5 anos (ppm) 24,4 29,0 43,8 6 4,5 4,6 3,4 Produção média, 5 safras (scs/ha) 56,5 58,6 63,0 45,4 40,7 45,1 39,0 Fonte: Matiello, Barros e Barbosa Anais 25º CBPC, Mapa/Procafé, 1999, p. 186-7.

Correções da deficiência O suprimento de cobre nutricional deve ser feito, via foliar, através de pulverizações. Usar no solo somente no sulco ou na cova de plantio, em mistura com a terra, pois, quando em cobertura, o cobre não se aprofunda no solo. As fontes de cobre de liberação gradual são mais eficientes, mantendo suprimento constante do nutriente, assim, mais absorvido no tecido foliar. Fontes adequadas - formulações de fungicidas cúpricos, como o hidróxido, o óxido, o oxicloreto e caldas bordalezas.

2- O cobre fungicida e bactericida Os fungicidas à base de cobre são os mais antigos, na época como calda bordaleza, e, até hoje, não se tem casos de resistência a eles pelos fungos. No cafeeiro o cobre fungicida, em suas várias formas nos produtos comerciais, deve ter a característica de lenta liberação dos ions de cobre o que garante seu bom efeito residual e sua re-distribuição nas várias camadas de folhas da planta. Os fungicidas cúpricos, na cultura do café, são eficientes para a ferrugem, a cercosporiose e quando necessário, também contra mancha aureolada e antracnose.

Principais fungicidas cúpricos no mercado Óxido Cuproso (RedShield). Oxicloreto de Cobre (Difere,Recop,Cobox). Hidróxido de Cobre (Garant,Supera,Kocide) Sulfato de Cobre (Calda Bordal., Viça café) Outras fontes gluconato, sulf. básico, fosfito

Fungicidas Cúpricos na Cafeicultura 1º Mecanismo de Ação: Processo Físico - Desidratação Os esporos tem grande capacidade de absorverem íons de Cobre (Cu + e Cu + +) A penetração dos íons de cobre provocará micro lesões/ferimentos na parede celular do esporo, provocando perda de sais vitais. Perda de sais = morte do esporo

Fungicidas Cúpricos na Cafeicultura 2º Mecanismo de Ação: Processo Químico - Mitocôndria Os íons Cu+ e Cu++ são levados para o mitocôndria, onde vão bloquear a respiração celular causando a morte do esporo.

Sistemas atuais de controle químico da ferrugem 1- Protetivo 2- Protetivo-curativo via foliar 3- Protetivo curativo via solo 4- Combinação de sistemas

Avaliação comparativa de diferentes fungicidas no controle da ferrugem do cafeeiro e seus efeitos sobre a produção de café Santa Teresa ES, 1974. Produção em kg de café beneficiado por 1000 covas e Média infecção em % de folhas infectadas TRATAMENTOS 1970/71 1971/72 1972/73 1973/74 1971/72/73/74 Infecção Infec. Prod. Infec. Prod. Infec. Prod. Infec. Prod. Plantvax 19,30 39,10 1.495 56,90 2.107 39,80 1.238 38,50 1.613,3 Dithane M 45 1,60 13,50 1.841 50,90 2.244 62,00 1.580 27,50 1.888,3 Cuprosan(oxicl.cobre) 2,00 11,40 1.697 7,10 2.329 12,50 1.661 7,60 1.895,6 Calda Bordaleza 1% 4,20 22,30 1.767 23,40 2.169 22,70 1.691 17,00 1.875,6 Cobre Nordox (Óx. Cupr.) 13,00 5,20 1.534 6,90 2.538 15,40 1.348 9,90 1.806,6 Testemunha 36,60 57,80 1.100 95,60 2.245 71,5 869 68,10 1.404,6 Diferencial produtivo (%) 48 4 75 33 Fonte: Mansk, Matiello, Andrade e Chaves, Anais 2º CBPC, pg.161-3, 1974.

Eficiência no controle à ferrugem com formulações de triazóis e estrubilurinas em associação com fungicidas cúpricos. Martins Soares MG, 2004. Tratamentos % de fls infectadas por ferrugem (junho) 2 apl Sphere a 0,9 l-ha 11,9 a 2 apl. de Sphere 0,6 l/ha+ oxicl.cobre 3 kg/ha 9,2 a 2 apl. de Ópera ( 1,5 l e 1,0 l/ha) 4,7 a 2 apl. de Ópera (1,0 l e 0,66 l/ha ) + oxicl. cobre 3 kg/ha 7,6 a 2 apl. de Impact a 1,5 l/ha 6,4 a 2 apl. de Impact a 1 l + oxicl. cobre 3 kg/ha 5,6 a 2 apl. de oxicl. cobre 3 kg/ha 38,5 b Testemunha 72,5 c Fonte: Matiello, Mendonça, Louback e Leite Filho, Anais 30º CBPC,2004.

Efeito da complementação de fungicida/inseticida via solo, com redução de dose e uso de 2 apl. foliares. C.R.Claro, MG, 2005. % infeção média 2 Tratamentos Baysiston 50 k g/ha Baysiston 40 kg/ha e 2 apl. foliares de Oxicl.cobre ( jan) e Oxicl.cobre + Sphere (março) ciclos (junho) 23,0 b 3,0 a Testemunha 44,0 b Fonte : Adaptado de Almeida, Anais 31º CBPC, p 304, 2005

Controle quimico da Cercosporiose Fungicidas, para proteger, na época crítica, coincidente com na granação dos frutos (80-100 dias pós-florada). Entre dezembro e fevereiro, 2-3 pulverizações, período em que as plantas ficam mais susceptíveis e o ataque passa das folhas para os frutos. Mesma época de maior infecção pela ferrugem - uso de fungicidas protetivos adequados pode resultar no controle simultâneo das duas doenças. Controle deve ser preventivo, não existindo, principalmente para a cercospora em frutos, fungicidas de efeito sistêmico para a doença.,

Controle quimico da Cercosporiose Três grupos fungicidas são mais eficientes : os cúpricos, as estrobilurinas e os tiofanatos. Os fungicidas triazóis tem pouca ação contra a cercosporiose, existindo, por isso, formulações prontas de triazóis + estrobirulinas. Pode-se usar mistura de tanque, com fungicidas cúpricos ou com as estrobilurinas, para associar o controle da cercosporiose com o da ferrugem.

Lesões de Cercosporiose em folhas de cafeeiro, com detalhe da lesão típica (em cima à esq.) conhecida como olho de pomba, e a lesão (em cima à dir.) de Cercospora negra.

Percentagem de infecção por cercosporiose em frutos de cafeeiros, por efeito de combinação de nutrientes e fungicida cuprico, Caratinga-MG, 1976 Nutrientes Presença de Fungicida Ausência de Fungicida Média Nutrientes N 4,9 21,6 13,2 a P 16,1 37,1 26,6 b K 10,7 37,3 23,9 b NP 6,4 23,3 14,9 a NK 4,6 21,6 12,8 a PK 13,1 24,7 18,9 ab NPK 4,6 30,6 19,7 ab Testemunha 14,5 37,3 25,9 b Média Fungicida 9,8 a 29,2 b Fonte -Miguel, Matiello, Mansk, Almeida e Pereira- Anais do 4º CBPC, IBC-1976

Percentagem de infecção de cercosporiose em frutos de cafeeiros, por efeito da época de aplicação de fungicida cúprico, Vit. Conquista, Bahia, 1980 Épocas de pulverização Nov, Dez, Jan, Fev e Mar Dez, Jan e Fev Jan e Fev Jan e Mar Fev e Mar Abr e Maio Testemunha % de frutos infectados em Abril 5,7 a 7,5 a 30,5 ab 21,2 ab 44,2 c 55,6 c 60,5 c Fonte - Reis, Miguel e Matiello, Anais do 8º CBPC, IBC, 1980

Efeito do cobre anti-etileno

Controle de cercosporiose e retenção foliar em mudas de café sob efeito de 2 grupos fungicidas Caratinga-MG, 1989 Tratamentos Infecção por Cercospora Desfolha (%) Tebuconazle (0,02%) 17,6 23,4 Tebuconazole (0,04%) 7,8 15,4 Fung Cuprico (0,3%) 31,1 10,4 Testemunha 50,0 49,4 Fonte Miguel e matiello, Anais do 15º CBPC, IBC Gerca, 1989

Controle de Mancha aureolada

Condições associadas à gravidade de Mancha aureolada Nas regiões mais frias (PR, SP, MG (Sul, Triâng. e Alto Paran. E agora ZM Minas) e MS, sem problemas nas demais regiões cafeeiras.. Clima úmido, baixas temperaturas, regiões batidas por vento, de altitude elevadas, com exposição sul sudeste, com chuvas finas de inverno e primavera. Plantas esqueletadas, com carga baixa. Afetadas por granizo, lesões de lagartas e outros ferimentos. Variedades muito susceptíveis BA, Rubi, Topázio, Ouro verde. Nutrição com excesso de N em relação ao K.

Mancha aureolada- Controle No campo O controle deve ser preventivo, com instalação de quebraventos, sobretudo na fase de formação do cafezal. Fazer pulverizações adicionais de fungicidas cúpricos, quando houver aparecido a bacteriose. ( cobre metálico é tóxico para as bactérias e controla fungos associados cercosporiose, antracnose). Plantas novas, fazer poda sanitaria e adicionar superfosfato à calda fungicida Usar variedades tolerantes (Catucai 20-15, Icatu 3282).

Mancha aureolada- Controle No viveiro Escolher o local do viveiro - em área mais ensolarada, menos úmida e menos batida por ventos. Instalar proteção lateral no viveiro. Fazer tratamentos preventivos, com cobre, desde o estágio orelha de onça. Tirar para fora e isolar mudas de focos. Não levar para o campo mudas infectadas.

Controle de Mancha Aureolada (Pseudomonas syringae pv garcae), E.S. Pinhal-SP, 2000. Incidência= número de fls. atacadas em 64 pares de fls. Tratamentos Agrimicina 2 kg/ha Incidência de M.A.(abril) 15,3 b Kasugamicina 2 l/ha 7,3 ab Fung. Cuprico 50% - 2,5 kg por ha 6,0 a Testemunha. 35,0 d Fonte Silva e Santinato- Anais do 26º CBPC, Mapa-Procafé, 2000, p. 340

Qual é a grande oportunidade de mercado para os fungicidas cúpricos na cafeicultura atual? Combinar com outros grupos fungicidas para - Auxiliar no controle da cercosporiose, Reduzir a possibilidade de resistência dos fungos a outros grupos fungicidas, Manter controle de Pseudomonas

CONTATO 35 3214-1411 (Fundação Procafé)