A Semana de Arte Moderna, também conhecida como Semana de 1922, aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo, de 11 a 18 de fevereiro de 1922. Foi um encontro de novas ideias estéticas, que mudaram a arte e a literatura brasileiras.
Conferências e palestras sobre diferentes temas: pintura, escultura, literatura, poesia e música. No saguão do teatro, uma exposição mostrava as modernas tendências das artes plásticas, com cores e formas que chocaram os apreciadores de uma arte mais comportada.
As cores e formas chocaram as pessoas. A publicação do livro de poesias Pauliceia desvairada, de Mário de Andrade, em que ele analisa poeticamente a cidade de São Paulo e lança as bases estéticas do modernismo.
ARTISTAS Lasar Segall (1891-1957) desenhista, gravador e escultor, mestre do expressionismo no Brasil. O artista valoriza os sentimentos e as reações humanas diante da realidade dos fatos, criticando a exploração do ser humano pela elite.
Obras: Mãe Preta 1930 Emigrantes 1934-1941
Anita Malfatti (1889-1964) Anita Catarina Malfatti foi uma pintora, desenhista, gravadora e professora brasileira. Expôs em sua mostra A estudante russa, O homem amarelo, A mulher de cabelos verdes, Caboclinha.
A estudante russa O homem amarelo
A mulher de cabelos verdes
Lobato x Malfatti Apesar do regionalismo e da denúncia da realidade brasileira de sua obra, ele não se filiou à proposta estética da Semana de Arte Moderna de 22 que faz agora 90 anos Lobato via com desconfiança a influência das vanguardas europeias. Era um nacionalista convicto, mas nunca foi um adversário do movimento.
Di Cavalcanti (1897-1976) Sua extensa obra é marcada pela presença da mulata, representante da pura brasilidade, e demostra forte influência de vários pintores, como Gauguim, Matisse, Braque e Picasso.
Obras Cavalcanti Mulata em rua vermelha Menina com gato e piano
Vicente do Rego Monteiro Precursor dos ideais da Semana de 22 propostos por Mário de Andrade, desde 1920 sua pintura tem linguagem contemporânea, além de elementos resultantes da pesquisa da temática indígena brasileira. Seus quadros utilizam imagens mitológicas, de conteúdo mágico ou sagrado, que misturam-se com tradições da arte pernambucana, barroca, marajoara, além de apresentarem forte influência do cubismo da Escola de Paris.
Obras Monteiro A mulher sentada Vendedor de frutas
Oswaldo Goeldi Ilustrador, gravador e professor. Movimento expressionismo Chuva Gravura
Tarsila do Amaral Tarsila do Amaral foi uma pintora e desenhista brasileira e uma das figuras centrais da pintura e da primeira fase do movimento modernista no Brasil, ao lado de Anita Malfatti, desenvolveram trabalhos artísticos referentes a pintura com um olhar diferenciado ocasionando críticas a sociedade da época.
Operários. A pintura retrata o momento da industrialização brasileira, principalmente, a paulistana. Com Getúlio Vargas, o País passou a se industrializar a classe operária começou a surgir. O quadro mostra a diversidade cultural de um povo oprimido pelas elites, representada pela fábrica ao fundo. Embora as pessoas estejam em primeiro plano e todas tenham traços diferentes, não é fácil diferenciá-las. Elas parecem todas iguais, representando, portanto, um sistema que massifica o cidadão. Abaporu. O nome da obra é de origem tupi-guarani que significa "homem que come gente" (canibal ou antropófago), uma junção dos termos aba (homem), pora (gente) e ú (comer).
O escritor Oswald de Andrade. Os elementos que constam da tela, especialmente a inusitada figura, despertaram em Oswald a ideia de criação do Movimento Antropofágico. O Movimento consistia na deglutição da cultura estrangeira, incorporando-a na realidade brasileira para dar origem a uma nova cultura transformada, moderna e representativa da nossa cultura.
Antropofagia Tarsila do Amaral concebeu uma criativa união de dois trabalhos anteriores: A Negra (1923) e Abaporu (1928), como se aqueles seres colossais fossem interdependentes, um interligado ao outro. O observador deve optar por outro nível conceitual, pois as duas formas brutas, apresentadas pela artista, reportam ao estado ao primitivo, críticas a sociedade da época. A Negra simboliza a classe desfavorecida, não se transforma, não muda e o Abaporu como se estivesse dialogando. A obra Antropofagia, a mais importante da fase antropofágica da artista.
Antropofagia Anita X Amaral Estilo modernista crítica à sociedade que estavam adaptados as obras de cunho da Europa. Diferem em estilos, cores, padrões de formas, linhas, percepção.
Após a Semana de Arte Moderna Os temas retratados eram voltados para a sociedade, industrialização, históricos, religiosos, natureza-morta. Houve uma tendência modernista e contrária ao Academicismo, novo grupo de artistas.
Referências: GOMBRICH,E.H. A História da arte. Rio de Janeiro: LTC;2013. SILVA, Sidmar Estevam Maia. Arte: Códigos, linguagens e suas tecnologias: Ensino Médio, volume único. Belo Horizonte, editora Educacional, 2015. www.google.com.br/imagens. RODRIGUES, LOBO. Arte, contexto e produção. São Paulo: ed.leya Educação, 2015. Tarsila do Amaral/ Coleção Folha. A arte brasileira em 25 quadros/ Rafael CardosoBrazilian Art VII.