Esboço biográfico: Michel Foucault

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Transcrição:

Esboço biográfico: Michel Foucault

1926 Paul-Michel Foucault nasceu em Poitiers, na França, em 15 de outubro de 1926. Foi batizado com o mesmo nome do avô e do pai, que foram famosos cirurgiões. Michel tenta ingressar na Escola Normal Superior com a expectativa de seguir a carreira de seus antepassados. Sua mãe Anne Malapart, que também era filha de um importante cirurgião da cidade, teve um bom convívio com Foucault até a morte. Anne Malapart desempenhou um papel decisivo na educação do filho. Seguindo uma máxima do dr. Malapart, seu pai, para ela o importante era o filho aprender a governar a si mesmo. Será a primeira a apoiar a decisão do filho de não se dedicar à medicina e, ao contratar um professor particular de filosofia, Louis Girard, pode ter influenciado em sua escolha futura. Durval Muniz de Albuquerque Júnior

1930 Michel Foucault é filho de uma família burguesa, de uma cidade provinciana e conservadora. Para não se separar de sua irmã mais velha, Francine, ingressou no liceu Henri IV, antes mesmo de completar 4 anos. Durval Muniz de Albuquerque Júnior

1946 Ingressou na escola normal superior da França, onde passa a freqüentar diálogos com Pierre Bourdieu, Jean- Paul Sarte, Paul Veyne, entre outros. Na Escola Normal, Foucault é aluno de Maurice Merleau-Ponty. Aqui Foucault já se revela um adolescente frágil e instável emocionalmente, detestando a vida comum. Era um rapaz arisco, enigmático e fechado em si mesmo. Com 19 anos, ele começa viver a solidão de quem é diferente, de quem não segue as normas, de quem sente desejos que não são como os da maioria. Durval Muniz de Albuquerque Júnior

Sua principal arma: a ironia, o sarcasmo. Logo é visto como insuportável, a todos provoca e agride. Dá apelidos ofensivos aos colegas com quem antipatiza, com os quais se atraca em público. Todos o têm por maluco. Durval Muniz de Albuquerque Júnior

1948 Tenta suicídio e o pai o leva ao hospital Sainte-Anne, o encontro com a instituição psiquiátrica será decisivo em sua vida. Voltará muitas vezes ao Sainte- Anne como estudante de psiquiatria e depois como professor desta disciplina. É inegável a relação que há entre a escolha dos temas de suas primeiras obras, Doença mental e psicologia (1954) e História da loucura (1961) e essa vivência da linha cinza que separa a loucura da racionalidade. Durval Muniz de Albuquerque Júnior

1949 Sob a orientação de Jean Hyppolite Foucault apresenta sua tese sobre Hegel e assim conclui seus estudos superiores de filosofia se diplomando em Psicologia. Jean Hyppolite

Sentindo-se um paria, Foucault busca, em sua obra e em suas reflexões, reconciliar-se consigo mesmo, reformular a imagem que tem de si. Quando em suas útimas obras começa a falar do cuidado de si, da escrita de si, a reivindicar que a vida deva ser esculpida como uma obra de arte, Foucault estará se remetendo a um outro tipo de pedagogia a um outro tipo de educação: àquela exercida por si sobre si mesmo, que chamará de subjetivação, contrapondo-a a sujeição, princípio que rege a escola em nossa sociedade. Dessa experiência dolorosa nascerá o pensador da recusa, da rebelião cotidiana contra o poder. Nascerá sua crítica profunda à instituição psiquiátrica, médica, jurídica, escolar, que chamará de intolerável. Ele então será homem feliz por ter feito trabalho de recuperação de si mesmo por meio da pesquisa, do trabalho teórico e de suas relações pessoais e políticas. Durval Muniz de Albuquerque Júnior

1950 Como é comum no pós-guerra, diante da vergonha da adesão francesa ao nazismo, grande parte da juventude intelectual adere ao marxismo. Foucault filia-se ao Partido Comunista Francês, o PCF, ao qual fica ligado pouco tempo em função de desavenças políticas e de intromissões pessoais que o partido faz na vida de seus participantes. Foucault vivencia com muita culpa e vergonha sua condição de homossexual. A França, em 1950, era um país profundamente repressor em relação ao homoerotismo, reservando a ele a clandestinidade. Foucault se fechava na solidão e começava a trilhar um caminho que o levaria a sucessivas tentativas de suicídios. Espaço Foucault; Wikipédia

Em 1951 Foucault torna-se professor de psicologia na escola normal superior. 1951

1952 a 1970 Inicia a fase mais produtiva da vida acadêmica de Foucault. Primeiro interessa-se pelas artes e passa a estudar o surrealismo (1952) e René Char (1953). Foucault então, segue o famoso seminário de Jacques Lacan e pela influência de Maurice Blanchot e George Bataille, Foucault aproxima-se de Nietzsche. Ainda neste período, se dedica a Janet, Piaget, Lacan e Freud, é quando recebe seu diploma de psicologia experimental. Espaço Foucault

Aos 28 anos publicou Doença Mental e Psicologia 1954

1960 Foucault voltou à França para concluir a sua tese e uma posição em filosofia na Universidade de Clermont-Ferrand, a convite de Jules Vuillemin, diretor do departamento de filosofia. Foi colega Michel Serres. Wikipédia

1961 Doutorou-se com a tradução e uma introdução com notas sobre "Antropologia do ponto de vista pragmático", de Kant orientado por Jean Hyppolite. Sua tese intitulada "História da loucura na idade clássica", foi orientada por Georges Canguilhem.(1) Foi através desta obra que Foucault firmou-se como filósofo. Neste ano, aparece em sua vida um estudante de filosofia, Daniel Defert, com ele, Foucault passa a viver uma história de amor, que duraria 25 anos, até sua morte.(2) (1) Wikipédia (2) Durval Muniz de Albuquerque júnior

1963 Filho de um médico, ele estava interessado na epistemologia da Medicina e publica nesta área, "Nascimento da clínica: uma arqueologia do saber médico", "Raymond Roussel", além de uma reedição de seu livro de 1954 (no âmbito de um novo título, "Doença e psicologia mental"). Wikipédia

1965 Na seqüência da atribuição de Defert para a Tunísia, para o período de serviço militar, Foucault se mudou para lá também e tomou uma posição na Universidade de Tunis. Foi nomeado para a Comissão para a reforma das universidades estabelecido pelo Ministro da Educação da época, Christian Fouchet, no entanto, um inquérito sobre a sua privacidade é apontado por alguns estudiosos como a causa de sua não-nomeação. Os tumultos anti-semitas se espalham pela capital tunisina. Foucault fica chocado com os episódios, mas não deixa de protestar contra as prisões e as torturas de estudantes e não se nega a esconder em sua casa alguns líderes do movimento e o pequeno mimeógrafo onde são impressos seus panfletos. Mais tarde admite que a paixão que movia os estudantes o impressionara, o desapego à vida, a entrega em uma causa sem nada querer ganhar em troca, sem nenhuma sede de poder. wikipédia

1966 Publicou As Palavras e as Coisas, que tem um enorme sucesso imediato. Ao mesmo tempo, a popularidade do estruturalismo está em seu auge, e Foucault rapidamente é agrupado com estudiosos e filósofos como Jacques Derrida, Claude Lévi-Strauss e Roland Barthes, então visto como a nova onda de pensadores contrários ao existencialismo desempenhado por Jean-Paul Sartre. Inúmeras discussões e entrevistas envolvendo Foucault são então colocadas em oposição ao humanismo e ao existencialismo, pelo estudo dos sistemas e estruturas. O ano de 1966 é uma emoção sem igual na área de humanas: Lacan, Lévi-Strauss, Benveniste, Genette, Greimas, Dubrovsky, Todorov e Barthes publicam algumas das suas obras mais importantes. wikipédia

1968 Ainda em Túnis, Foucault se envolve profundamente com a revolta dos estudantes na tunísia, retornando à França no outono deste ano. wikipédia

1969 Publicou A Arqueologia do Saber como uma resposta as críticas formuladas ao As Palavras e as Coisas. wikipédia

Foucault assume a cadeira de Jean Hyppolite na disciplina História dos Sistemas de Pensamento. A aula inaugural de Foucault nessa cadeira foi a famosa Ordem do Discurso. 1971

A eleição que nomeou Foucault à cadeira de Jean Hyppolite não foi tranqüila, de novo as instituições acadêmicas mostravam a sua reserva em relação à fama do candidato, agora acrescida do fato de que seria um esquerdista descabelado. Mesmo nomeado, ficava a marca de mais uma rejeição da instituição escolar e acadêmica para uma pessoa que, segundo testemunho de todos, só se dedicava com grande rigor e responsabilidade ao trabalho. Por isso, talvez, o tom irônico do tema que escolhe para sua aula inaugural: como as instituições impões limites para à liberdade dos discursos, quais os mecanismos sociais de controle do perigo da fala. A suspeita repetida sempre de quem ousa tomar a palavra, ocupar o lugar de autor. Durval Muniz de Albuquerque Júnior

1975 Publicou Vigiar e Punir. Este é um amplo estudo sobre a disciplina na sociedade moderna, para ele, "uma técnica de produção de corpos dóceis". O instinto da prisão teria por objetivo o marginal do proletariado e assim reduzir a solidariedade e o processo da classe inferior; confinando as ilegalidades da classe dominada, sobreviveriam mais facilmente às ilegalidades da classe dominante. Foucault analisou os processos disciplinares empregados nas prisões, considerando-os exemplos da imposição, às pessoas, e padrões "normais" de conduta estabelecida pelas malhas sociais. A partir desse trabalho, explicitou-se a noção de que as formas de pensamento são também relações de poder, que implicam a coerção e imposição, mas também a subjetivação. Assim, é possível lutar contra a dominação representada por certos padrões de pensamento e comportamento sendo, no entanto, impossível escapar completamente a todas e quaisquer relações de poder. Em seus escritos sobre medicina, Foucault criticou a psiquiatria e a psicanálise tradicionais. Espaço Foucault

História da Sexualidade Foucault não finalizou seu mais ambicioso projeto, Historie de la Sexualité (História da Sexualidade), dos quais concluiu apenas três dos seis volumes anunciados. Neste trabalho Foucault pretende mostrar como a sociedade ocidental faz do sexo um instrumento de poder, não por meio da repressão, mas da expressão.

Publicou A vontade do saber. Este trabalho faz uma análise da arqueogenealogia do sujeito do desejo no ocidente do período moderno. 1976

1984 Publicou O uso dos prazeres, rompendo um silêncio de oito anos. Aqui Foucault analisa a sexualidade na Grécia antiga Publicou Os cuidados de si logo após O uso dos prazeres, onde analisa a sexualidade enfatizando a Roma antiga. Em junho de 1984, em função de complicadores provocados pela AIDS, Foucault tem septicemia e isso provoca sua morte por supuração cerebral no dia 25. Espaço Foucault

Obras Doença Mental e Psicologia, (1954); História da loucura na idade clássica, (1961); Nascimento da clínica, (1963); As palavras e as coisas, (1966); Arqueologia do saber, (1969); Vigiar e punir, (1975); História da sexualidade: A vontade de saber, (1976); O uso dos prazeres, (1984); O Cuidado de Si, 1984; Ditos e escritos; (2006); A vontade de saber; (1970-1971) Teorias e instituições penais; (1971-1972) A sociedade punitiva; (1972-1973) O poder psiquiátrico; (1973-1974

Os anormais; (1974-1975) Em defesa da sociedade; (1975-1976) Segurança, território e população; (1977-1978) Nascimento da biopolítica; (1978-1979) Microfísica do Poder; (1979) Do governo dos vivos; (1979-1980) Subjetividade e verdade; (1980-1981) A hermenêutica do sujeito; (1981-1982) Le gouvernement de soi et des autres; (1983) Le gouvernement de soi et des autres: le courage de la vérité; (1984) A Verdade e as Formas Jurídicas; (1996) A ordem do discurso; (1970) O que é um autor?; (1983) Coleção Ditos e escritos;(5 livros),(2006)

Bibliografia: JÚNIOR,Durval Muniz de Albuquerque. O pensador de todas as solidões. Revista Educação Especial Foucault pensa a educação, São Paulo, v. 3, p. 6-15 Esboço biográfico, espaço michel foucault. Disponível em: http:/filoesco.unb.br/foucault/bio2.pdf. Acessado em: 05/03/2010. WIKIPÉDIA, Michel Foucault, Wikimédia Foundation. Disponível em : < http://pt.wikipedia.org/wiki/michel_foucault >. Acesso em: 05 março 2010. Imagens de domínio público internet. Acesso em: 05 março 2010.

Vanessa de Paula Caixeta Graduanda em Licenciatura em Química Universidade Federal de Lavras vanessapacai@yahoo.com.br Lavras/MG 08/03/2010