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Transcrição:

Demonstrações Financeiras Referentes ao Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2013 e Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

ATLÂNTICA I PARQUE EÓLICO S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012 (Em milhares de reais - R$) Nota Nota ATIVO explicativa 31/12/13 31/12/12 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO explicativa 31/12/13 31/12/12 CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa 4 3.557 39.005 Fornecedores 9 4.351 425 Contas a receber de clientes 5 3.846 - Empréstimos e financiamentos 10 105.720 59.573 Despesas antecipadas - 128 Obrigações tributárias 263 34 Impostos a recuperar 6 686 3 Outros passivos - 22 Outros créditos 32 9 Total do circulante 110.334 60.054 8.121 39.145 NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE Adiantamento para futuro aumento capital 7 5.194 - Outros créditos 11 - Total do não circulante 5.194 - Impostos a recuperar 6-264 Partes relacionadas 7 30.972 9.147 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Imobilizado 8 81.907 23.120 Capital integralizado 11 12.540 12.540 Total do não circulante 112.890 32.531 Prejuízos acumulados (7.057) (918) s relacionadas Total do patrimônio líquido 5.483 11.622 stimentos TOTAL DO ATIVO 121.011 71.676 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 121.011 71.676 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras 3

ATLÂNTICA I PARQUE EÓLICO S.A. DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012 (Em milhares de reais - R$, exceto lucro por ação) Nota explicativa 2013 2012 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 12 7.572 - CUSTO DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 13 (13.219) - PREJUÍZO BRUTO (5.647) - DESPESAS OPERACIONAIS Gerais e administrativas 13 (217) (306) Total (217) (306) PREJUÍZO OPERACIONAL ANTES DOS EFEITOS FINANCEIROS (5.864) (306) Receitas financeiras 14 11 97 Despesas financeiras 14 (29) (313) PREJUÍZO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (5.882) (522) Imposto de renda e contribuição social - correntes 15 (257) - PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (6.139) (522) Prejuízo por ação Básico e diluído (R$ por ação) (0,49) (0,09) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras 4

ATLÂNTICA I PARQUE EÓLICO S.A. DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTE PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 (Em milhares de reais - R$) 2013 2012 PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (6.139) (522) Outros resultados abrangentes - - RESULTADO ABRANGENTE (6.139) (522) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 5

ATLÂNTICA I PARQUE EÓLICO S.A. DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 (Em milhares de reais - R$) Capital Prejuízos integralizado acumulados Total SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 825 (396) 429 Integralização de capital em agosto de 2012 11.715-11.715 Prejuízo do exercício - (522) (522) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 12.540 (918) 11.622 Prejuízo do exercício - (6.139) (6.139) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 12.540 (7.057) 5.483 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 6

ATLÂNTICA I PARQUE EÓLICO S.A. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 (Em milhares de reais - R$) 2013 2012 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Prejuízo do exercício (6.139) (522) Ajustes para reconciliar o prejuízo do exercício com o caixa aplicado nas atividades operacionais: (Aumento) redução nos ativos operacionais: Contas a receber de clientes (3.846) - Outros créditos (34) 56 Impostos a recuperar (419) (267) Despesas antecipadas 128 (128) Aumento (redução) nos passivos operacionais: Fornecedores 3.667 Obrigações tributárias 257 33 Outros passivos (22) (793) Caixa aplicado nas atividades operacionais (6.408) (1.621) Juros pagos (4.067) (146) IR e CS pagos (28) - Caixa líquido aplicado nas atividades operacionais (10.503) (1.767) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Aquisição de imobilizado (51.176) (19.298) Partes relacionadas (21.825) (9.147) Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (73.001) (28.445) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Captação de financiamentos - líquido dos custos de captação 157.862 69.000 Adiantamento para futuro aumento de capital 5.194 - Pagamento de financiamentos (115.000) (11.500) Aumento de capital - 11.715 Caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento 48.056 69.215 (REDUÇÃO) AUMENTO LÍQUIDO(A) DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (35.448) 39.003 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA No início do exercício 39.005 2 No fim do exercício 3.557 39.005 (REDUÇÃO) AUMENTO LÍQUIDO(A) DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (35.448) 39.003 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 7

ATLÂNTICA I PARQUE EÓLICO S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Em milhares de reais - R$) 1. INFORMAÇÕES GERAIS A Atlântica I Parque Eólico S.A. ( Companhia ) é uma companhia por ações de capital fechado, constituída em 27 de outubro de 2010, com sede na cidade de São Paulo - SP, com o propósito principal implantar e explorar o potencial de Parques Eólicos a ser instalado no Estado do Rio Grande do Sul com capacidade de energia instalada de 30,0 (MW). Em 12 de janeiro de 2012, a CPFL Energias Renováveis S.A. adquiriu da Cobra Instalaciones y Servicios S.A. a totalidade das ações de emissão da SPE Atlântica I Parque Eólico S.A. A transferência do controle do Complexo eólico para a CPFL Energias Renováveis S.A. foi aprovada pela ANEEL, conforme fato relevante divulgado em 26 de março de 2012. A Companhia tinha como previsão inicial de entrada em operação comercial julho de 2013, mas devido ao atraso na construção da usina, a entrada de operação comercial ocorreu em 25 de fevereiro de 2014 (vide nota explicativa nᵒ 22). Em 31 de dezembro de 2013, a Companhia apresentou capital circulante líquido negativo no montante de R$102.213, decorrente principalmente do endividamento de curto prazo incorrido para financiar as obras de construção da usina eólica. Durante o ano de 2013, a Companhia financiou suas operações através da captação de recursos de curto prazo por meio da emissão de notas promissórias junto ao Banco do Brasil S.A. no montante de R$92.000 e obtenção de empréstimo ponte junto ao BNDES no montante de R$65.862. A CPFL Energias Renováveis S.A., controladora da Companhia, está comprometida em realizar todos os aportes de recursos necessários para garantir a continuidade de suas operações. A Companhia apresentou prejuízo bruto no exercício findo em 31 de dezembro de 2013, no montante de R$5.647, em decorrência do atraso na entrada em operação comercial e por ter comprado energia de curto prazo para honrar os compromissos assumidos a preços superiores aos de venda. A Administração da Companhia, não obstante os fatos descritos anteriormente, entende que as suas operações serão conduzidas normalmente considerando o contrato de autorização e o contrato de venda de energia celebrado no âmbito do CCEAR, descritos na nota explicativa 1.1 1.1. Projeto de geração eólica Em 31 de dezembro de 2013, a Companhia possuía a seguinte autorização outorgada pela ANEEL para exploração de energia movida à eólica: 8

Capacidade de energia Projetos Eólicos Status Resolução original Data Prazo instalada (MW)* Atlântica I 2 Portaria 134 25/02/2011 35 anos 30,0 Total 30,0 * Informação não auditada pelos auditores independentes (2) - Construção O prazo da autorização é contado a partir da data da sua assinatura. Em 31 de dezembro de 2013, a Companhia possuía o seguinte contrato de compra e venda de energia de longo prazo: Energia contratada Preço contratado Indice Mês Mês e ano Prazo Emprendimento/SPE Tipo (MWm) (R$/MWh)* de Reajuste de Reajuste do Ínicio (em anos) Atlântica I CCEAR 13,1 149,55 IPCA Novembro jul/13 ** 20 Total 13,1 Data de Referência 31/12/2013 (*) Preço praticado do parque Atlântica com redução de 10% em virtude do atraso, valor sem dedução R$ 166,17 (**) De acordo com o despacho da ANEEL 2.179, de 09 de julho de 2013, o suprimento do contrato de comercialização de energia no ambiente regulado foi alterado para 1º de setembro de 2013. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2.1. Declaração de conformidade As demonstrações financeiras da Companhia foram elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro ( International Financial Reporting Standards - IFRSs ), emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB, e as interpretações do Comitê de Interpretações das Normas Internacionais de Contabilidade ( International Financial Reporting Interpretations Committee - IFRIC ) e também de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os pronunciamentos técnicos e as orientações e interpretações técnicas emitidos pelo CPC e aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC. 2.2. Base de preparação As demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico como base de valor. O custo histórico geralmente é baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca de ativos. 2.3. Moeda funcional e de apresentação As demonstrações financeiras da Companhia são apresentadas em reais (R$), que é a moeda funcional e de apresentação. 9

2.4. Principais estimativas e julgamentos contábeis críticos A preparação das demonstrações financeiras exige que a Administração da Companhia faça julgamentos e adote estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. Desta forma, a Administração da Companhia revisa as estimativas e premissas adotadas de maneira contínua. Os ajustes oriundos no momento destas revisões são reconhecidos no período em que as estimativas são revisadas e também aplicadas de maneira prospectiva. As contas contábeis que requerem a adoção de premissas e estimativas, que estão sujeitas a um maior grau de incertezas e que apresentam um risco de resultar em um ajuste material caso essas premissas e estimativas sofram mudanças significativas são: Imobilizado (nota explicativa nº 8). Instrumentos financeiros (nota explicativa nº 16). 3. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS 3.1. Instrumentos financeiros Ativos financeiros São reconhecidos inicialmente na data em que foram originados ou na data da negociação em que a Companhia se torna uma das partes das disposições contratuais do instrumento. O não reconhecimento de um ativo financeiro ocorre quando os direitos contratuais aos respectivos fluxos de caixa do ativo expiram ou quando os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos. A Companhia possui ativos financeiros da categoria de empréstimos e recebíveis que são ativos com pagamentos fixos ou determináveis que não são cotados em um mercado ativo. São reconhecidos inicialmente pelo valor justo e, após o reconhecimento inicial, avaliados pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos, deduzidos de perdas por redução ao valor recuperável. A Companhia têm como principais ativos financeiros classificados nessa categoria: (i) caixa e equivalentes de caixa, (ii) partes relacionadas e (iii) contas a receber de clientes. Passivos financeiros: São reconhecidos inicialmente na data em que são originados ou na data de negociação em que a Companhia se torna parte das disposições contratuais do instrumento. A Companhia possui os seguintes principais passivos financeiros: a) Passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo, acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis, e, posteriormente, registrados pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos. 10

Os principais passivos financeiros classificados nessa categoria são: (i) empréstimos, financiamentos e notas promissórias e (ii) fornecedores. Os ativos e passivos financeiros somente são compensados e apresentados pelo valor líquido quando existe o direito legal de compensação dos valores e haja a intenção de liquidação, em uma base líquida, ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. Capital social 3.2. Imobilizado Ações ordinárias são classificadas como patrimônio líquido. Os custos adicionais diretamente atribuíveis à emissão de ações e opções de ações são reconhecidos como dedução do patrimônio líquido, líquidos de quaisquer efeitos tributários. Os ativos imobilizados são registrados ao custo de aquisição, construção ou formação e serão deduzidos da depreciação acumulada e, quando aplicável, pelas perdas de redução ao valor recuperável acumuladas. Incluem, ainda, quaisquer outros custos para colocar o ativo no local e em condição necessária para que este esteja em condição de operar da forma pretendida pela Administração, os custos de desmontagem e de restauração do local onde esses ativos estão localizados e os custos de empréstimos sobre ativos qualificáveis. No caso de substituição de componentes do ativo imobilizado, o novo componente é registrado pelo custo de aquisição (reposição) caso seja provável que traga benefícios econômicos para a Companhia e se o custo puder ser mensurado de forma confiável, sendo baixado o valor do componente reposto. Os custos de manutenção são reconhecidos no resultado conforme incorridos. A depreciação será calculada pelo método linear, a taxas anuais variáveis de 2% a 20% a.a., levando em consideração a vida útil estimada dos bens. Os ativos serão depreciados por essas taxas, desde que a vida útil estimada dos bens não ultrapasse o prazo da autorização, quando, então, serão depreciados por este prazo. Os ganhos e as perdas na alienação/baixa de um ativo imobilizado são apurados pela comparação dos recursos advindos da alienação com o valor contábil do bem e são reconhecidos ao líquido, dentro de outras receitas/despesas operacionais. 3.3. Redução ao valor recuperável ( impairment ) Ativos financeiros Um ativo financeiro não mensurado pelo valor justo por meio do resultado é avaliado a cada data de apresentação para apurar se há evidência objetiva de que tenha ocorrido perda no seu valor recuperável, que pode ocorrer após o reconhecimento inicial desse ativo e que tenha um efeito negativo nos fluxos de caixa futuros projetados. 11

A Companhia avalia a evidência de perda de valor para recebíveis e títulos de investimentos mantidos até o vencimento, para todos os títulos significativos. Recebíveis mantidos até o vencimento que não são individualmente importantes são avaliados coletivamente quanto à perda de valor por agrupamento desses títulos com características de risco similares. Ao avaliar a perda de valor recuperável de forma coletiva, a Companhia utiliza tendências históricas da probabilidade de inadimplência, do prazo de recuperação e dos valores de perda incorridos, ajustados para refletir o julgamento da Administração quanto às premissas sobre se as condições econômicas e de crédito atuais são tais que as perdas reais provavelmente serão maiores ou menores que as sugeridas pelas tendências históricas. A redução do valor recuperável de um ativo financeiro é reconhecida como segue: a) Custo amortizado: pela diferença entre o valor contábil e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juros efetiva original do ativo. As perdas são reconhecidas no resultado e refletidas em uma conta de provisão. Quando um evento subsequente indica reversão da perda de valor, a diminuição na perda de valor é revertida e registrada no resultado. b) Disponíveis para venda: pela diferença entre o custo de aquisição, líquido de qualquer reembolso e amortização do principal, e o valor justo atual, decrescido de qualquer redução por perda de valor recuperável previamente reconhecida no resultado. As perdas são reconhecidas no resultado. Ativos não financeiros 3.4. Provisões Os ativos não financeiros com vida útil indefinida, são testados anualmente para a verificação se seus valores contábeis não superam os respectivos valores de realização. Os demais ativos sujeitos à amortização são submetidos ao teste de impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indiquem que o valor contábil possa não ser recuperável. O valor da perda corresponderá ao excesso do valor contábil comparado ao valor recuperável do ativo, representado pelo maior valor entre o seu valor justo, líquido dos custos de venda do bem, ou o seu valor em uso. O ativo imobilizado é submetido ao teste de impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indiquem que o valor contábil possa não ser recuperável. As provisões são reconhecidas em virtude de um evento passado, quando há uma obrigação legal ou construtiva que possa ser estimada de maneira confiável e se for provável a exigência de um recurso econômico para liquidar essa obrigação. Quando aplicável, as provisões são apuradas através do desconto dos fluxos de desembolso de caixa futuros esperados a uma taxa que considera as avaliações atuais de mercado e os riscos específicos para o passivo. 12

13 3.5. Reconhecimento de receita A receita operacional advinda do curso normal das atividades da Companhia é medida pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber. A receita operacional é reconhecida quando existe evidência convincente de que os riscos e benefícios mais significativos foram transferidos para o comprador, de que for provável que os benefícios econômicos financeiros fluirão para a Companhia, de que os custos associados possam ser estimados de maneira confiável e de que o valor da receita operacional possa ser mensurado de maneira confiável. 3.6. Imposto de renda e contribuição social As despesas de imposto de renda e contribuição social são calculadas e registradas conforme legislação vigente. Os impostos sobre a renda são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto para os casos em que estiverem diretamente relacionados a itens registrados diretamente no patrimônio líquido ou na reserva de ajustes de avaliação patrimonial, reconhecidos líquidos desses efeitos fiscais. O imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber/compensar esperado sobre o lucro ou prejuízo tributável. Conforme facultado pela legislação tributária a Companhia optou pelo regime de tributação com base no lucro presumido no exercício de 2013. A base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social é calculada à razão de 8% no cálculo de imposto de renda e 12% no cálculo de contribuição sobre a receita bruta proveniente da venda de energia elétrica e de 100% das receitas financeiras, sobre as quais se aplicam as alíquotas regulares de 15%, acrescida do adicional de 10%, para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social. Por esse motivo, não registraram imposto de renda e contribuição social diferidos sobre diferenças temporárias e não estão inseridas no contexto da não cumulatividade na apuração do Programa de Integração Social - PIS e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS. No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, a Companhia optou pela tributação pelo lucro real. 3.7. Novas normas, alterações e interpretações de normas IFRSs novas e revisadas adotadas sem efeitos relevantes nas demonstrações financeiras As International Financial Reporting Standards - IFRSs novas e revisadas a seguir foram adotadas nas demonstrações financeiras. A adoção dessas IFRSs novas e revisadas não teve nenhum efeito relevante sobre os valores reportados e/ou divulgados para os exercícios corrente e anterior; no entanto, poderá afetar a contabilização de transações ou acordos futuros. Alterações à IFRS 7 - divulgação - transferência de ativos financeiros. IFRS 10 - Demonstrações Financeiras Consolidadas. IFRS 11 - Negócios em Conjunto. IFRS 12 - Divulgações de Participações em Outras Entidades.

IFRS 13 - Mensuração do Valor Justo. Modificações às IFRSs - Ciclo de Melhorias anuais aos 2009-2011. Modificações à IAS 1 Apresentação dos Itens de Outro Resultado Abrangente. IAS 19 (revisada em 2011) - Benefícios a Empregados. Normas e interpretações novas e revisadas já emitidas e ainda não adotadas IFRS 9 - Instrumentos Financeiros (2). Modificações às IFRS 9 e IFRS 7 Data de Aplicação Mandatória da IFRS 9 e Divulgações de Transição (2). Modificações às IFRS 10, 12 e IAS 27 Entidades de Investimento (1). Modificações à IAS 32 Compensação de Ativos e Passivos Financeiros (1). (1) Em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2014. (2) Em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2015. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC ainda não editou os respectivos pronunciamentos e modificações correlacionados às IFRSs novas e revisadas apresentadas acima. Em decorrência do compromisso do CPC e do Conselho Federal de Contabilidade - CFC de manter atualizado o conjunto de normas emitido com base nas atualizações feitas pelo International Accounting Standards Board - IASB, é esperado que esses pronunciamentos e modificações sejam editados pelo CPC e aprovados pelo CFC até a data de sua aplicação obrigatória. A Administração da Companhia avaliou as novas normas e não espera efeitos significativos sobre os valores reportados. 4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 31/12/2013 31/12/2012 Circulante Saldos de caixa e bancos 1.800 25 Aplicações financeiras: Fundos de investimento (b) - 38.980 Operações compromissadas em debêntures (a) 1.757 - Total de caixa e equivalentes de caixa 3.557 39.005 (a) Essas aplicações financeiras referem-se a Certificados de Depósito Bancário - CDBs e debêntures compromissadas, e são remunerados a taxas médias equivalentes a 75,00% do Certificado de Depósito Interbancário - CDI, na data do balanço. 14

(b) Representa valores aplicados no Fundo Exclusivo da controladora CPFL Renováveis, o qual foi constituído em setembro de 2012 e tem como característica aplicações pós-fixadas lastreadas no CDI substancialmente em CDBs, títulos públicos federais, debêntures compromissadas de instituições financeiras de grande porte e fundos de investimentos de baixo risco e alta liquidez. A taxa média de remuneração destes fundos é 101,51% do CDI na data do balanço. Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo e compõem-se do saldo de caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras com liquidez imediata, em montante sujeito a um insignificante risco de mudança de valor. São instrumentos financeiros classificados como empréstimos e recebíveis (nota explicativa nº 16.1) e estão registrados pelo valor do custo, acrescido dos rendimentos auferidos até as datas dos balanços, o qual corresponde ao valor justo do instrumento financeiro. 5. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES O saldo em 31 de dezembro de 2013 refere-se a contas a receber de concessionárias e permissionárias de energia, como demonstrado a seguir: 31/12/2013 31/12/2012 Circulante Concessionárias e permissionárias 3.846 - Total 3.846-31/12/2013 31/12/2012 CCEAR 2.821 - Mercado livre 1.025 - Total 3.846 - Composição das contas a receber a vencer: A vencer Total 0-15 dias - 16-30 dias 2.417 31-45 dias 18 Acima de 45 dias 1.411 3.846 Em 31 de dezembro de 2013, o saldo de contas a receber de clientes, inclui entre outros, valores devidos pelos seguintes agentes: (i) R$1.071 (28% do total) Amazonas Distribuidora de Energia S.A., (ii) R$951 (25% do total) Atlântica IV, (iii) R$619 (16% do total) Eletropaulo Metropolitana Elétrica de São Paulo, (iv) R$522 (14% do total) Ceal, (v) R$55 (1% do total) Atlântica V, e (vi) R$628 (16% do total) por outras empresas. O prazo médio de recebimento dos valores relativos às faturas de venda de energia é de 45 dias da data do faturamento. 15

6. IMPOSTOS A RECUPERAR 31/12/2013 31/12/2012 Impostos de renda e contribuição social a compensar 57 - Imposto de renda retido na fonte - IRRF 600 264 COFINS 23 - PIS 5 - Outros 1 3 686 267 Ativo circulante 686 3 Ativo não circulante - 264 Total 686 267 O saldo da rubrica Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF refere-se a retenções sobre aplicações financeiras, foi gerado a partir das operações da Companhia e não depende de decisões judiciais nem administrativas para sua realização e é compensado com o pagamento do imposto devido. 7. PARTES RELACIONADAS Ativo Passivo Resultado 31/12/2013 31/12/2012 31/12/2013 31/12/2012 31/12/2013 31/12/2012 Circulante: Caixa e equivalentes de caixa (nota nº 4) Banco Bradesco 1.797 39.005 - - 2.247 75 Total 1.797 39.005 - - 2.247 75 Contas a receber de clientes (nota nº 5) SPE Atlântica IV 951 - - - 951 - SPE Atlântica V 55 - - - 55 - CPFL Piratininga 120 - - - 233 - CPFL Renovaveis - - - - 935 - CPFL Santa Cruz 12 - - - 23 - Total 1.138 - - - 2.197 - Fornecedores (nota nº 9) Atlântica II - - - - (2.134) - CPFL Brasil - - 1.707 - (3.576) - CPFL Renovaveis - - - - (601) - Total - - 1.707 - (6.311) - Não circulante: Valores a receber de empresas ligadas Atlântica IV (a) 4.927 - - - - - Atlântica V (a) 26.045 9.147 - - - - Total 30.972 9.147 - - - - Mútuo: CPFL Renováveis - - - - (47) Total - - - - - (47) AFAC: CPFL Renováveis (b) - - 5.194 - - Total - - 5.194 - - - 16

(a) Refere-se a recursos transferidos para as empresas Atlântica IV e Atlântica V para a construção da linha de transmissão que beneficiará todo o Complexo Atlântica, composto pelas empresas Atlântica I Parque Eólico S.A., Atlântica II Parque Eólico S.A., e as próprias Atlântica IV Parque Eólico S.A. e Atlântica V Parque Eólico S.A. Sobre este saldo não incidem juros remuneratórios. (b) Refere-se a aportes de capital da controladora CPFL Renováveis para custeio de obra, com previsão de integralização em 2014. 7.1. Pessoal-chave da Administração A Companhia optou por não realizar pagamentos de remuneração do pessoal-chave da Administração através da SPE Atlântica I Parque Eólica S.A. no exercício findo em 31 de dezembro de 2013. A remuneração da Administração da Companhia é paga pela Controladora CPFL Energias Renováveis. A Companhia não tem nenhuma obrigação adicional de pagamento de benefícios pós-emprego, bem como não oferece outros benefícios de longo prazo, tais como licença por tempo de serviço e outros benefícios por tempo de serviço. A Companhia também não oferece outros benefícios no desligamento de seus membros da alta administração, além daqueles definidos pela legislação trabalhista vigente no Brasil. 8. IMOBILIZADO No ano de 2012 Taxa anual de depreciação 31/12/2012 31/12/2011 Custo Depreciação Líquido Líquido (Não auditado) Imobilizado em curso - 23.120-23.120 1.218 Total consolidado 23.120-23.120 1.218 Custo 31/12/2011 Adição Baixa Transferência 31/12/2012 (Não auditado) Imobilizado em curso 1.218 21.902 - - 23.120 Total consolidado 1.218 21.902 - - 23.120 No ano de 2013 Taxa anual de depreciação 31/12/2013 31/12/2012 Custo Depreciação Líquido Líquido Imobilizado em curso - 81.907-81.907 23.120 Total consolidado 81.907-81.907 23.120 Custo 31/12/2012 Adição Baixa Transferência 31/12/2013 Imobilizado em curso 23.120 58.787 - - 81.907 Total consolidado 23.120 58.787 - - 81.907 17

Atraso na entrada em operação A Companhia tinha previsão inicial de entrada em operação comercial em julho de 2013, mas devido ao atraso na construção da usina, a entrada de operação comercial ocorreu em 25 de fevereiro de 2014 (vide nota explicativa nº 22). A Companhia firmou contratos de compra de energia de curto prazo para honrar os compromissos assumidos (vide nota explicativa nº 19). No exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a Companhia não identificou nenhum evento que pudesse gerar a necessidade de registro de provisão para redução ao valor recuperável dos seus ativos. 9. FORNECEDORES 31/12/2013 31/12/2012 Circulante Suprimento de energia elétrica 4.092 - Materiais e serviços 259 425 Total 4.351 425 A Companhia coloca em prática suas políticas de gerenciamento dos riscos financeiros para garantir que todas as obrigações sejam pagas conforme os termos originalmente acordados. 10. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS O saldo da rubrica Empréstimos e financiamentos está apresentado a seguir: No ano de 2012 31/12/2012 Circulante Total Não Circulante Total Agente Financiador Encargos Principal Circulante Principal Banco do Brasil (b) 2.073 57.500 59.573-59.573 No ano de 2013 31/12/2013 31/12/2012 Circulante Total Não Circulante Total Total Agente Financiador Encargos Principal Circulante Principal BNDES (a) 2.812 66.801 69.613-69.613 - Banco do Brasil (b) 1.607 34.500 36.107-36.107 59.573 4.419 101.301 105.720-105.720 59.573 A movimentação dos empréstimos e financiamentos está representada como segue: 18

No ano de 2012 Saldo em 31/12/2011 Liberações Juros Amortização Pgto juros (Não auditado) No ano de 2013 Saldo em 31/12/2012-69.000 2.219 (11.500) (146) 59.573 Saldo em 31/12/2012 Liberações Juros Amortização Pgto juros Saldo em 31/12/2013 59.573 157.862 7.352 (115.000) (4.067) 105.720 a) Operação com o BNDES Em maio de 2013, a Companhia captou R$65.862 com o BNDES, na modalidade empréstimo ponte, para suprir as necessidades do projeto até a obtenção do empréstimo de longo prazo, que será posteriormente contratado com a mesma instituição. Sobre a operação incide remuneração de TJLP acrescida de 3,02% ao ano. O saldo devedor em 31 de dezembro de 2013 é de R$69.613. Não há cláusulas restritivas para esta operação, apenas a garantia de penhor de ações da Companhia e fiança corporativa da CPFL Renováveis. b) Operação de Notas Promissórias e de Capital de Giro Em julho de 2012, a Companhia assinou contrato de financiamento, na modalidade de notas promissórias, com o Banco do Brasil. O financiamento totalizou R$57.500 (valor original) para a utilização na construção de empreendimento eólico, com encargos 108,50% do CDI ao ano. Todo o montante foi liberado na assinatura do contrato e o financiamento foi liquidado em janeiro de 2013. Em janeiro de 2013, a Companhia assinou contrato de financiamento, na modalidade de notas promissórias, com o Banco do Brasil. O financiamento totalizou R$57.500 (valor original) para a utilização na construção de empreendimento eólico, com encargos 108,50% do CDI ao ano. Todo o montante foi liberado na assinatura do contrato e o financiamento foi liquidado parcialmente no montante de R$23.000 em maio de 2013. Em julho de 2013, a Companhia assinou contrato de financiamento, na modalidade de notas promissórias, com o Banco do Brasil. O financiamento totalizou R$34.500 para a utilização na construção de empreendimento eólico, com encargos 108,50% do CDI ao ano. Todo o montante foi liberado na assinatura do contrato e o financiamento foi liquidado no montante de R$34.500 em julho de 2013. O saldo devedor em 31 de dezembro de 2013 é de R$36.107. 19

11. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social de acordo com a legislação societária brasileira Em 31 de dezembro de 2013, o capital social subscrito e integralizado monta a R$12.540 representado por 12.540.000 (R$12.540 e 12.540.000 ações em 31 de dezembro de 2012) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Cada ação tem direito a um voto nas deliberações das Assembleias Gerais da Companhia. b) Composição acionária A composição acionária da Companhia é a seguinte: 31/12/2013 31/12/2012 Acionistas Ordinárias % Ordinárias % CPFL Energias Renováveis S.A 12.540.000 100,00% 12.540.000 100,00% 12.540.000 100% 12.540.000 100% c) Dividendos Conforme o Estatuto Social, os acionistas têm direito a dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido, ajustado conforme o artigo 202 da Lei nº 6.404/76. De acordo com as práticas contábeis internacionais, CPC 24 - Evento Subsequente e ICPC 08 - Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos, apenas o dividendo mínimo obrigatório deve ser provisionado. Até 31 de dezembro de 2013 não houve distribuição de dividendos devido a Companhia não ter apresentado lucro. d) Resultado por ação O resultado básico e diluído por ação é calculado por meio do resultado do exercício atribuível aos acionistas controladores da Companhia e a média ponderada das ações ordinárias em circulação no respectivo exercício. A Companhia não possui instrumentos com potencial dilutivo. Em conformidade com a IAS 33, equivalente ao Pronunciamento Técnico CPC 41 - Resultado por Ação, a tabela a seguir reconcilia o prejuízo do exercício aos montantes usados para calcular o resultado básico e diluído por ação. Prejuízo por ação 31/12/2013 31/12/2012 Numerador Prejuízo disponível aos acionistas ordinários (em milhares R$) (6.139) (522) Denominador Média ponderada de número de ações ordinárias 12.540.000 5.760.250 Prejuízo básico e diluído por ação (R$ por ação) (0,49) (0,09) 20

De acordo com o CPC 41 Resultado por Ação, o cálculo da quantidade média ponderada de ações de 2012 levou em consideração o aumento de capital ocorrido em agosto de 2012. 12. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA As receitas são reconhecidas de acordo com os contratos firmados. 2013 2012 Receita de venda de energia 7.859 - Deduções da receita bruta: Pis/Cofins (287) - Receita operacional líquida 7.572 - Abaixo demonstramos a segregação de receita por tipo de contrato: 2013 CCEAR* 5.918 Mercado Livre 1.941 Total 7.859 * Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado Os contratos de venda de energia da Companhia em 31 de dezembro de 2013 têm a seguinte característica: Energia contratada Preço contratado Indice Mês Emprendimento/SPE Tipo (MWm) (R$/MWh)* de reajuste de reajuste Atlântica I CCEAR 13,1 149,55 IPCA Novembro Total 13,1 Data de Referência 31/12/2013 (*) Preço praticado do parque Atlântica com redução de 10% em virtude do atraso (penalidade), valor sem dedução R$ 166,17 21

13. CUSTOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS 2013 2012 Custo: Custo de compra de energia (a) (12.873) - Encargos de uso do sistema (343) - Materiais (3) - Total (13.219) - Despesas gerais e administrativas: Despesas de ocupação (3) (32) Despesas gerais - (4) Serviços profissionais (209) (222) Outros (5) (48) Total (217) (306) (a) Custo de compra de energia Em decorrência da postergação da entrada em operação da usina durante o exercício de 2013 a Companhia comprou energia no mercado para honrar seus contratos. 14. RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS 2013 2012 Receitas financeiras: Receita de aplicação financeira - 75 Outras 11 22 Total 11 97 Despesas financeiras: Juros sobre empréstimos (7.352) (2.219) Juros capitalizados no imobilizado 7.352 2.219 IOF - (113) Juros sobre mútuo - (47) Outras (29) (153) Total (29) (313) 22

15. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Imposto de renda e contribuição social correntes A Administração da Companhia adotou o regime de tributação com base no lucro presumido para apuração do imposto de renda e da contribuição social a partir do ano de 2013. No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, a Companhia utilizava o regime de tributação com base no lucro real. O quadro a seguir demonstra a reconciliação do efeito tributário sobre o resultado antes do imposto de renda e da contribuição social aplicando-se as alíquotas válidas para a Companhia e os efeitos vigentes nos respectivos exercícios. 2013 2012 Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social (5.882) (522) Alíquota vigente 34% 34% Expectativa de débito de imposto de renda e contribuição social às alíquotas vigentes 2.000 177 Créditos decorrentes de diferenças temporárias e prejuízos fiscais não registrados em função da incerteza na sua realização - (177) Reversão do efeito da tributação - lucro real (2.004) - Tributação pelo regime do lucro presumido, utilizando-se a receita bruta de vendas como base para cálculo. (253) - Imposto de renda e contribuição social - receita (despesa) (257) - Impostos correntes (257) - Aliquota efetiva - % 4,37% 0,00% 16. INSTRUMENTOS FINANCEIROS Gestão de risco de capital A Companhia segue as orientações da CPFL Renováveis quanto a gestão de risco de capital. A CPFL Renováveis administra seu capital, para assegurar que as empresas do grupo possam continuar com suas atividades normais, ao mesmo tempo em que maximizam o retorno a todas as partes interessadas ou envolvidas em suas operações, por meio da otimização do saldo das dívidas e do patrimônio. A Companhia mantém operações com instrumentos financeiros. A Administração desses instrumentos é efetuada por meio de estratégias operacionais e controles internos visando assegurar liquidez, rentabilidade e segurança. A política de controle consiste em acompanhamento permanente das taxas vigentes no mercado. A Companhia não efetua aplicações de caráter especulativo em derivativos nem em outros ativos de risco. 23

Os valores de realização estimados de ativos e passivos financeiros da Companhia foram determinados por meio de informações disponíveis no mercado e metodologias apropriadas de avaliações. Entretanto, considerável julgamento foi requerido na interpretação dos dados de mercado para produzir a estimativa do valor de realização mais adequado. Como consequência, as estimativas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser realizados no mercado de troca corrente. O uso de diferentes metodologias de mercado pode ter um efeito material nos valores de realização estimados. 16.1. Classificações dos instrumentos financeiros Os instrumentos financeiros são classificados como: a) Ativos financeiros, tendo como categorias: (i) empréstimos e recebíveis; (ii) mensurados ao valor justo através do resultado; (iii) mantidos até o vencimento; e (iv) disponíveis para venda. A classificação é realizada com base nos seguintes critérios: (i) Empréstimos e recebíveis São ativos financeiros, com pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em mercado ativo. Tais ativos financeiros são registrados ao custo histórico pelo método do custo amortizado. A Companhia tem como principais ativos financeiros classificados nesta categoria: Caixa e equivalentes de caixa (nota explicativa nº 4). Contas a receber de clientes (nota explicativa nᵒ 5). Partes relacionadas (nota explicativa nº 7). (ii) Mensurados ao valor justo através do resultado São ativos financeiros os: (1) mantidos para negociação no curto prazo; (2) designados ao valor justo, com o objetivo de confrontar os efeitos do reconhecimento de receitas e despesas, a fim de obter-se informação contábil mais relevante e consistente; ou (3) derivativos. Os ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado são demonstrados ao valor justo, e quaisquer ganhos ou perdas resultantes são reconhecidos no resultado. A Companhia não possui ativos financeiros classificados nesta categoria. (iii) Mantidos até o vencimento Correspondem aos ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos e para os quais a Companhia tem a intenção de mantê-los até o vencimento. Os ativos financeiros referentes a esta classificação são registrados ao custo histórico pelo método do custo amortizado. A Companhia não possui ativos financeiros classificados nesta categoria. 24

(iv) Disponíveis para venda Referem-se aos ativos financeiros que não se enquadram em nenhuma classificação anterior ou que sejam designados como disponíveis para venda. O registro desses ativos financeiros é realizado aos respectivos valores justos e, para qualquer alteração na mensuração subsequente dos valores justos, a contrapartida é o patrimônio líquido. A Companhia não possui ativos financeiros classificados nesta categoria. b) Passivos financeiros, tendo como categorias: (i) mensurados ao valor justo através do resultado; e (ii) outros passivos financeiros. A classificação é realizada conforme os seguintes critérios: (i) Mensurados ao valor justo através do resultado São passivos financeiros os: (1) mantidos para negociação no curto prazo; (2) designados ao valor justo com o objetivo de confrontar os efeitos do reconhecimento de receitas e despesas a fim de se obter informação contábil mais relevante e consistente; ou (3) derivativos. Esses passivos são registrados pelos respectivos valores justos e quaisquer ganhos ou perdas resultantes são reconhecidos no resultado. A Companhia não possui passivos financeiros nesta categoria. (ii) Outros passivos financeiros São os demais passivos financeiros que não se enquadram na classificação anterior. Os passivos financeiros referentes a esta classificação são reconhecidos e amortizados seguindo essencialmente o método do custo amortizado. Os principais passivos financeiros classificados nesta categoria são: Empréstimos, financiamentos e notas promissórias (nota explicativa nº 10). Fornecedores (nota explicativa nº 9). O valor justo para fins de divulgação dos instrumentos financeiros registrados pelo custo amortizado foi estimado com base em cotações de mercado disponíveis ou o uso de técnicas de avaliação, entre elas, o valor presente dos fluxos de caixa futuros. No entanto, métodos e premissas utilizados para a divulgação do valor justo são julgamentais. Assim, o valor justo estimado não reflete, necessariamente, valores que seriam recebidos ou pagos em caso de liquidação imediata desses instrumentos. O uso de metodologias ou premissas diferentes poderia ter um efeito material nos valores de mercado estimados. As metodologias utilizadas são as seguintes: Caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de clientes, fornecedores, empréstimos, financiamentos e notas promissórias curto prazo: devido à natureza de curto prazo destes saldos, os valores registrados se aproximam dos valores justos dos instrumentos na data destas demonstrações financeiras. 25

Transações com partes relacionadas: devido às características específicas dos acordos assinados entre a Companhia, entre elas, o fato dos AFACs não apresentarem remuneração ou data de vencimento, os valores registrados se aproximam dos valores justos dos instrumentos na data destas demonstrações financeiras. 16.2. Ativos registrados a valor justo no balanço patrimonial A Companhia classifica seus instrumentos financeiros que são mensurados pelo valor justo após o reconhecimento inicial, entre os Níveis 1 a 3, como descrito abaixo, com base no grau observável da apuração do valor justo: Mensurações de valor justo de Nível 1 são obtidas através de preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos. Mensurações de valor justo de Nível 2 são obtidas por meio de outras variáveis além dos preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, com base em preços). Mensurações de valor justo de Nível 3 são as obtidas por meio de técnicas de avaliação que incluem variáveis para o ativo ou passivo, mas que não têm como base os dados observáveis de mercado (dados não observáveis). 16.3. Considerações sobre riscos Risco de crédito Decorre da possibilidade de a Companhia sofrer perdas decorrentes de inadimplência de suas contrapartes ou de instituições financeiras depositárias de recursos ou de investimentos financeiros. Para mitigar esses riscos, a Companhia adota como prática a análise das situações financeiras e patrimoniais de suas contrapartes, assim como a definição de limites de crédito e acompanhamento permanente das posições em aberto. No que tange às instituições financeiras, a Companhia somente realiza operações com instituições financeiras de baixo risco avaliadas por agências de rating. Em 31 de dezembro de 2013, o saldo de contas a receber de clientes, inclui entre outros, valores devidos pelos seguintes agentes: (i) R$1.071 (28% do total) Amazonas Distribuidora de Energia S.A., (ii) R$951 (25% do total) Atlântica IV, (iii) R$619 (16% do total) Eletropaulo Metropolitana Elétrica de São Paulo, (iv) R$522 (14% do total) Ceal, (v) R$55 (1% do total) Atlântica V, e (vi) R$628 (16% do total) por outras empresas. Risco de estrutura de capital (ou risco financeiro) Decorre da escolha entre capital próprio (aportes de capital e retenção de lucros) e capital de terceiros que a Companhia faz para financiar suas operações (estrutura de capital). Para mitigar os riscos de liquidez e a otimização do custo médio ponderado do capital, a Companhia monitora permanentemente os níveis de endividamento de acordo com os padrões de mercado e o cumprimento de índices ( covenants ) previstos em contratos de empréstimos, financiamentos e notas promissórias. 26

Risco de taxas de juros Decorre da possibilidade de a Companhia sofrer perdas decorrentes de oscilações de taxas de juros incidentes sobre seus ativos e passivos financeiros. Visando à mitigação desse tipo de risco, a Companhia busca diversificar a captação de recursos em termos de taxas prefixadas ou pós-fixadas. Análise de sensibilidade do risco de taxa de juros A Companhia realizou uma análise em seus instrumentos financeiros, com objetivo de ilustrar sua sensibilidade à mudanças em variáveis de mercado. Supondo: (i) que o cenário de exposição dos instrumentos financeiros indexados a taxa de juros variáveis de 31 de dezembro de 2013 fosse mantido e que os respectivos indexadores anuais apurados na data base de 31/12/2013 permaneçam estáveis (CDI em 9,77% a.a., TJLP em 5,0% a.a.; (i) elevação dos índices atuais em 25% e (i) elevação dos índices atuais em 50%. O cenário (1) é o que reflete melhor a expectativa da Administração para os possíveis impactos das transações descritas. A projeção dos efeitos decorrentes da aplicação desses cenários no resultado financeiro da Companhia para os próximos 12 meses seria a seguinte: Instrumentos Indexador Exposição Cenário I Elevação de índice em 25% Elevação de índice em 50% Ativo Financeiro Aplicação CDB/Debêntures/Títulos Públicos CDI 1.757 129 161 194 1.757 129 161 194 Passivo Financeiro Empréstimos e Financiamentos BNDES TJLP + 3,02% (69.613) (5.688) (7.110) (8.532) Banco do Brasil 108,5% do CDI (36.107) (3.828) (4.784) (5.741) (105.720) (9.516) (11.894) (14.273) Variação (103.963) (9.387) (11.733) (14.080) A Companhia tem exposição líquida passiva, uma vez que tem mais instrumentos financeiros passivos que ativos; desta forma a análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros é feita considerando a deterioração do cenário econômico, com aumento das taxas de juros. 16.4. Análise de liquidez A responsabilidade final pelo gerenciamento do risco de liquidez é da Diretoria Executiva, que elaborou um modelo de gestão de risco de liquidez para o gerenciamento das necessidades de captação e gestão de liquidez no curto, médio e longo prazos. A Companhia gerencia o risco de liquidez mantendo reservas, linhas de crédito bancárias e linhas de crédito para captação de empréstimos que julgue adequados, através do monitoramento contínuo dos fluxos de caixa previstos e reais, e pela combinação dos perfis de vencimento dos ativos e passivos financeiros. 27

Em 31 de dezembro de 2013, a Companhia apresentou capital circulante líquido negativo no montante de R$102.213, decorrente principalmente do endividamento de curto prazo incorrido para financiar as obras de construção da usina eólica. Durante o ano de 2013, a Companhia financiou suas operações através da captação de recursos de curto prazo por meio da emissão de notas promissórias junto ao Banco do Brasil S.A. no montante de R$92.000 e obtenção de empréstimo ponte junto ao BNDES no montante de R$65.862. A CPFL Energias Renováveis S.A., controladora da Companhia, está comprometida em realizar todos os aportes de recursos necessários para garantir a continuidade de suas operações. A tabela inclui os fluxos de caixa dos juros e do principal. Para os fluxos de caixa com juros pós-fixados, o valor não descontado foi obtido com base nas curvas de juros no encerramento do exercício. O vencimento contratual baseia-se na data mais recente em que a Companhia deve quitar as respectivas obrigações, considerando o assunto descrito anteriormente. 31.12.2013 Média Ponderada das Taxas de Juros Até um mês De um a três meses De três meses a um ano De um a cinco anos Acima de cinco anos Empréstimos e Financiamentos 9,00% - - 110.425 - - Fornecedores 4.351 Total 9,00% 4.351-110.425 - - 17. TRANSAÇÕES NÃO ENVOLVENDO CAIXA 2013 2012 Transações não caixas: Encargos financeiros capitalizados 7.352 2.219 Fornecedores de imobilizado 259 385 18. COBERTURA DE SEGUROS A Companhia adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade. Na apólice de riscos operacionais e responsabilidade civil geral, a prática do Grupo CPFL Renováveis, ao qual a Companhia faz parte, é agrupar as usinas que estão em operação por tipo de geração (Pequenas Centrais Hidrelétricas, Usinas Térmicas a Biomassa, Usinas Eólicas e Solar). É prática da controladora CPFL Renováveis a determinação da usina de maior valor para estipular o limite máximo de indenização da apólice de riscos operacionais, já que contratar como limite o montante total do valor em risco caracteriza uma situação pouco provável ou nula, em que todas as usinas teriam perda total no mesmo período. Sendo assim, prefere-se assegurar com um limite que dê conforto para cobrir totalmente a usina de maior valor no caso de uma catástrofe, ou qualquer outra usina de menor valor na apólice. No caso de utilizar-se todo o limite da apólice, o mercado de seguros fornece mecanismos de reintegralização do risco, pagando um prêmio proporcional por isso. 28

Limite Máximo de Indenização Descrição Ramo da Apólice 31/12/2013 Ativo Imobilizado Responsabilidade Civil Riscos Operacionais - Danos Materiais, Lucros Cessantes e Riscos de Engenharia Obras Civis Instalação e Montagem, Concessionárias ou não de Distribuição de Energia Elétrica 158.980 10.000 Total 168.980 As premissas adotadas para a contratação de seguros, dada sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria. Consequentemente, não foram auditadas pelos nossos auditores independentes. 19. COMPROMISSOS 19.1. Compromisso de compra de energia - demais fornecedores. A Companhia firmou compromissos futuros referentes à compra de energia para cumprimento de contrato conforme tabela a seguir: Compromisso de compra de energia para o ano de 2014 Quantidade de MWh Custo Atlântica I 11.762 3.861 11.762 3.861 19.2. Arrendamento mercantil Os arrendamentos são classificados como operacionais, uma vez que os termos dos contratos de arrendamento não transferem substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do bem para o arrendatário. Os pagamentos referentes aos arrendamentos operacionais são reconhecidos como despesa pelo método linear pelo período de vigência do contrato. Até 31 de dezembro de 2013, a Companhia e suas controladas firmaram contratos de arrendamento de terras, compostos da seguinte forma: Ref. Assinatura do Contrato Área (ha) Prazo Pagamento Ano - 2013 Indice Reajuste Atlântica 1 1 jan-11 579 35 anos - IGP-M Observações (valores expressos em reais - R$): Não foi pago valor de arrendamento no ano de 2012 e de 2013. A partir da entrada em operação R$2.500,00 a R$14.500,00 por aerogerador instalado anualmente em função do PPA e fator de capacidade. 29