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Transcrição:

1 União Africana Banco Africano de Desenvolvimento Comissão Económica da ONU para África Todos Eventos Conjuntos de África Conferência da UA dos Ministros da Energia (CEMA) Semana Africana da Energia 2012 (AAEW) Fórum Pan-africano de Investimento (PAIF) NOTA CONCEPTUAL Energias Renováveis para o Desenvolvimento Sustentável: Do Potencial às Infra-estruturas e Serviços 12 a 16 de Novembro de 2012 Adis Abeba (Etiópia)

1 A Comissão da União Africana (CUA), Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e a Comissão Económica da ONU para África (UNECA) co-organizam de 12 a 16 de Novembro de 2012, em Adis Abeba, Etiópia, a Semana Africana da Energia e o Fórum Pan-africano de Investimentos. O evento é organizado em conjunto e sob os auspícios da Conferência da UA dos Ministros Africanos da Energia que realizará a sua reunião estatutária durante a semana. I. Antecedentes Os Ministros Africanos da Energia adoptaram durante uma reunião em Maputo, Moçambique, em Novembro de 2010, uma Declaração que criou a Conferência da UA dos Ministros da Energia (CEMA) como o único órgão ministerial continental abrangente de energia sob os auspícios da União Africana. Além disso, os Ministros adoptaram uma Resolução que institucionaliza a Semana Africana da Energia como um quadro para avaliar o progresso realizado no desenvolvimento de infra-estruturas e serviços regionais de energia, estabelecimento de consenso sobre questões emergentes, coordenação de alto nível de todas as acções e intervenientes no sector da energia. Essas Resoluções foram posteriormente ratificadas pelos Chefes de Estado e de Governo durante a Conferência da UA de Janeiro de 2011. Tanto a Conferência CEMA como a Semana Africana da Energia estão agendados para ter lugar de dois em dois anos. Visto que o Ano 2012 foi declarado Ano Internacional do Acesso a Energia Sustentável para Todos (SE4ALL), pelo Secretário-geral das Nações Unidas e o sistema das NU, a AAEW será uma importante oportunidade para reiterar o papel crucial das Energias Renováveis para o alcance do desenvolvimento sustentável em África, contribuindo para os três seguintes objectivos da iniciativa SE4ALL: Garantir o acesso universal à formas modernas de energia para todos até 2030; melhoria significativa da eficiência da energia; e duplicação da quota global de Energias Renováveis até 2030. Em Janeiro de 2012, os Chefes de Estado e de Governo Africanos (HSG) adoptaram uma Declaração que aprova o Programa para o Desenvolvimento de Infra-estruturas em África (PIDA) e a Arquitectura Institucional para a sua implementação (Dec. EX.CL/702 (XX)). Estabelece os compromissos políticos de mais alto nível para com o continente em reconhecimento do papel vital e facilitador que as infra-estruturas e seus serviços relacionados desempenham no desenvolvimento socioeconómico e na integração física do Continente bem como na prossecução dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Com a conclusão do Estudo do Programa para o Desenvolvimento de Infra-estruturas em África (PIDA) e a sua adopção pelos HSG africanos como um programa continental prioritário, a Plataforma AAEW-CEMA-PAIF oferece uma oportunidade única para abordar as preocupações urgentes sobre a apropriação continental e para consultas em torno da implementação dos principais projectos no sector da energia com os principais parceiros.

2 Finalmente, África acolheu importantes eventos do sector da energia, tais como a reunião COP17 (Novembro Dezembro de 2011) e o Fórum da Parceria África UE sobre o Sector da Energia (9-10 de Maio de 2012). Estas reuniões estão fortemente ligadas às questões da Energias Renováveis e os seus resultados serão tidos em conta no quadro das discussões. II. Objectivos Gerais O Tema principal da Semana Africana da Energia/CEMA/PAIF é: Energias Renováveis para Desenvolvimento Sustentável: Do Potencial às Infraestruturas e Serviços Os objectivos gerais do Fórum Temático AAEW/PAIF são: o Atingir acções mais eficientes, coerentes e coordenadas para o aumento do acesso à energia e garantir a segurança da energia para o desenvolvimento de África; o Acelerar o progresso através do diálogo e das parcerias para o aumento dos investimentos para o sector de energia africano; o Informar os decisores políticos e influenciar as políticas sectoriais para o aumento das infra-estruturas e serviços de energia para incremento da produtividade no continente. Os objectivos específicos serão: o Fazer um balanço e monitorizar os progressos atingidos no sector africano da energia pelas principais instituições nacionais, regionais e internacionais; o Melhorar as ferramentas estratégicas e operacionais utilizadas pelos principais actores do sector de energia para o apoio à implementação da agenda africana de energia; o Partilhar conhecimentos actualizados e divulgá-los entre os decisores políticos, parceiros de desenvolvimento, sector privado e outros intervenientes no sector de energia; o Aumentar o estabelecimento de parcerias estratégicas entre os principais intervenientes e, particularmente com o sector privado para o desenvolvimento, implementação, estreitamento da lacuna de conhecimentos e financeira nos projectos de energia; o Reforçar as capacidades nos conhecimentos inovadores e atingir rapidamente a compreensão para um consenso sobre questões emergentes no sector.

3 III. Eventos Conjuntos Africanos Os eventos conjuntos incluem os seguintes: - Conferência da UA dos Ministros da Energia (CEMA); - Semana Africana da Energia (AAEW); - Fórum Pan-africano de Investimento (PAIF); - Mesa Redonda Ministerial; - Mesa Redonda de Negócios e Consultas para Investimentos; - Exposição sobre tecnologias de energias renováveis, inovação e projectospiloto. IV. Conferência da UA dos Ministros da Energia (CEMA) Os Ministros africanos responsáveis pela energia reunir-se-ão sob os auspícios da União Africana para discutir os progressos no sector, à luz da Declaração de Maputo, adoptada a 5 de Novembro de 2010, e dos principais eventos desde a primeira Conferência. A reunião será composta por uma mesa redonda ministerial e uma reunião ministerial estatutária, precedida por uma reunião de Peritos Seniores. Prevê-se que os Ministros decidam sobre as novas modalidades de funcionamento da CEMA e sobre uma Declaração com importantes decisões relativas às políticas continentais para o sector de energia (solar, eólica, geotérmica), questões relativas à Parceria África UE no Sector da Energia e outras. Em particular, os importantes resultados são: Criação de uma nova Mesa da CEMA; Aprovação do Plano de Implantação do Plano de Acção Prioritária do PIDA sobre energia, bem como a Arquitectura Institucional para implementação do PIDA; Compromissos sobre Energia Sustentável para Todos; Programa Regional Geotérmico; COP17; Parceria África UE no Sector da Energia; Iniciativa Hidroeléctrica 2020; Decisões e Declaração sobre a Via a Seguir.

4 V. Semana Africana da Energia (AAEW) Recentemente tornou-se claro que África deve incidir sobre a via de produção e consumo sustentável de energia para garantir a sua segurança energética e com isso, uma garantia para resistência económica. Para o efeito, o sector de energia desempenha um papel importante tanto nas medidas de mitigação como de adaptação. Os governos africanos, as instituições africanas regionais e a maioria dos Parceiros de Desenvolvimento (bilaterais e multilaterais) estão em fase de adaptação das suas estratégias e serviços para abordar a urgência do aumento de investimentos para o sector da energia em África. As escolhas são, muitas vezes, complexas (por vezes controversas) e requerem astúcia sectorial e económica baseada na ampla consulta, inovação e partilha de conhecimentos para a qual um Fórum tal como a AAEW irá indiscutivelmente contribuir. VI. Fórum Pan-africano de Investimentos (PAIF) O subdesenvolvimento de infra-estruturas de energia em África, particularmente na África subsaariana é consequência dos atrasos e baixos investimentos no sector quando as populações mais do que duplicaram em muitos países. Os Peritos estimam que, para disponibilizar energia à metade da população nos próximos 20 anos, o actual nível de investimentos deverá ser quadruplicado, um desafio intimidante para a maioria dos Governos no Continente. Assim, é necessário o estabelecimento de importantes parcerias entre os sectores público e privado (através de acordos de PPP) e a atracção de novos investimentos privados. O Segundo Fórum Africano de Investimento para o Sector da Energia destina-se a fazer um balaço das realizações do primeiro e a proporcionar uma Plataforma Panafricana para interagir e criar parcerias entre os decisores políticos africanos, o sector privado e as instituições financeiras. O Fórum funcionará igualmente como um veículo de fortalecimento do Sector Privado Africano através da advocacia, partilha de informações de negócios e do mercado e aptidões. O Fórum irá sublinhar o estabelecimento de uma estrutura de parcerias e de rede para a implementação das recomendações de política e irá igualmente interligar essas medidas com os esforços em curso no sector privado para fortalecer o clima de investimentos e a comunidade de negócios de África. VII. Eventos Especiais a) Mesa Redonda Ministerial A Mesa Redonda Ministerial será um evento de meio-dia que aborda a questão dos principais desafios para participação/investimento do sector privado no desenvolvimento de infra-estruturas em África através de um diálogo aberto de alto nível entre os Ministros africanos, representantes regionais, decisores do sector privado, instituições financeiras, parceiros de desenvolvimento e representantes seleccionados da sociedade civil.

A política de diálogo de alto nível incidirá sobre: 5 Abordagens exequíveis para fazer face ao défice de infra-estruturas em África, através da participação do sector privado; Implementação eficaz dos projectos regionais e sub-regionais, incluindo os consórcios de energia regionais e o comércio regional de energia. b) Mesa Redonda de Negócios e Sessões de Consulta sobre Investimentos A mesa redonda de negócios e as consultas sobre investimentos proporcionarão uma plataforma para promover o investimento privado através da Mesa Redonda de Negócios e das Sessões de Consulta sobre Investimentos que incidem sobre os projectos regionais/sub-regionais em curso bem como alguns projectos de países seleccionados de infra-estruturas no domínio da energia ou outras infra-estruturas relacionadas. Particularmente, dada a importância do investimento privado e a existência de muitas oportunidades inexploradas de investimento em África e através de: (i) (ii) (iii) Apresentações sobre projectos de infra-estruturas e potenciais acordos de investimento a nível regional, transfronteiriça e nacional; Mesas redondas de negócios que incidem sobre projectos prioritários regionais e sub-regionais; e Criação de Redes de Negócios/Investimentos entre os decisores políticos, investidores e instituições financeiras. VIII. Exposição Ao longo das reuniões, indústrias, promotores de tecnologias, profissionais de Investigação e Desenvolvimento e actores de desenvolvimento são convidados a mostrar as suas empresas e organizações, expor equipamentos, materiais, serviços, produtos inovadores, novos conhecimentos e outras práticas relevantes para abordagem da pobreza energética. Juntamente com os resultados das deliberações das reuniões, a exposição contribuirá para esclarecer os promotores e os decisores políticos sobre as várias oportunidades para a transferência de investimentos de energia.

6 IX. Sessões Temáticas O foco da sessão política/temática inclui discussões e recomendações sobre os seguintes tópicos: a. Lançamento do Programa para o Desenvolvimento de Infra-estruturas em África (PIDA) A reunião deverá fazer um balanço do progresso no desenvolvimento de infraestruturas, serviços e conhecimentos em África. Serão discutidos os resultados do estudo do Programa para o Desenvolvimento de Infra-estruturas em África e as suas implicações. Serão feitas deliberações sobre o Plano de Lançamento (ROP) para o sector da energia e serão determinadas as abordagens consensuais. b. Intensificação do desenvolvimento da energia hidroeléctrica para integração regional África é, entre as regiões em desenvolvimento do Mundo, o continente onde as necessidades são mais urgentes. Em África, menos de 7% do potencial de energia hidroeléctrica foi desenvolvido ao passo que mais de 60% da sua população não tem acesso à electricidade. Isto sublinha o contraste entre o continente bem dotado em termos de recursos energéticos e a privação das suas populações, indústrias e negócios dos mínimos serviços e produtos de energia que necessitam para fazer face aos desafios da vida moderna e do crescimento económico. Dado o baixo consumo de energia na maioria dos países africanos e as enormes necessidades em termos de capital para desenvolver os recursos de energia hidroeléctrica, garantir toda a segurança energética só será possível através do aumento das redes regionais de fornecimento e de transmissão de energia. Este é o principal mandato dos Consórcios Regionais de Energia para facilitar a planificação energética regional e o desenvolvimento de grandes projectos energéticos numa base regional. c. Viabilidade da energia solar em África Os Ministros Africanos da Energia adoptaram em Maputo uma Resolução sobre a Energia Solar que apela para o aproveitamento do imenso potencial da radiação de energia solar do Deserto do Saara e de outras áreas semiáridas das regiões africanas para a geração de energia eléctrica. Para o efeito, foi realizado um estudo pela AFREC para avaliar o potencial da energia nas regiões do Saara e do Sahel numa primeira fase. Os resultados do estudo serão apresentados e discutidos. d. Aproveitamento do vento e dos potenciais geotérmicos O vento e o potencial para energia geotérmica são significativos em várias regiões do continente. O Sistema de Rift da África Oriental (EARS) é uma das maiores estruturas tectónicas da terra, que se estende por cerca de 6.500 Km do Médio Oriente (Mar Morto Vale da Jordânia) no Norte, até Moçambique, no Sul. O EARS parece possuir um extraordinário potencial de energia geotérmica. Utilizando as tecnologias actuais, a EARS tem potencial para gerar mais de 15.000 MW de energia de fonte geotérmica. O

7 Programa Geotérmico Regional liderado pela União Africana foi estabelecido e um Mecanismo de Mitigação do Risco Geotérmico (GRMF), que totaliza 50 Milhões de Euros foi criado com a contribuição do Governo Alemão através da KfW, com 20 Milhões de Euros e o Fundo Fiduciário da União Europeia para Infra-estruturas com 30 Milhões de Euros. O principal objectivo do GRMF é o de promover investimentos públicos e privados para o desenvolvimento do potencial de energia geotérmica através de subvenções a cinco Países da EARS numa primeira fase. e. Ligação de Rede, Regulamentação e Políticas, Questões Tarifárias e de Financiamento Dado o volume de investimentos necessário, são importantes abordagens inovadoras na planificação e no financiamento. Essas abordagens devem prestar especial atenção à promoção de forma adequada de tecnologias variadas destinadas à extensão da rede nas áreas urbanas e rurais com alta densidade populacional e das míni-redes bem como dos sistemas de redes fora de serviço com base nas tecnologias de energias renováveis para as áreas remotas. A abordagem das questões tarifárias é crucial para a sustentabilidade do sector e para a mobilização de fundos necessários para a renovação e expansão das infra-estruturas de energia. É geralmente aceite que dos 70 GW da capacidade instalada, 40 GW precisam ser renovados e 7 GW de novas capacidades devem ser construídas anualmente para satisfazer a crescente demanda e para fazer face ao crescimento económico projectado. O montante total anual é estimado em 41 biliões de $EU. Para garantir a viabilidade do sistema, que requer a ampla participação do sector privado é importante (i) evitar a subvalorização; (ii) garantir uma recuperação adequada dos custos; (iii) ter uma boa gestão das instalações; e (iv) investir na energia de forma eficiente como propulsor da acessibilidade. A participação do sector privado no desenvolvimento de infra-estruturas em várias formas tais como as PPP ou IPP é essencial para atingir o equilíbrio oferta/procura. Uma vez que o sector de energia envolve acordos de longo prazo, é essencial um quadro regulador previsível especialmente sobre questões tarifárias para atrair e manter os actores privados. A política energética em África poderá impulsionar o crescimento económico quando for estabelecida com um mínimo de consenso regional. Os países devem concordar sobre o Comércio da Energia com mecanismos claros para a venda transfronteiriça de electricidade que trará benefícios para todos. De facto, os gastos regionais do comércio de energia baseados em grandes instalações de energia hidroeléctrica conduzem a custos mais baixos de geração e encoraja investimentos, crescimento económico e a criação de empregos.

f. Programa de Cooperação em Bioenergia CUA/UNECA 8 Em reconhecimento do importante papel que a bioenergia pode desempenhar na promoção da segurança e acesso à energia em África, bem como para a transformação agrícola e impulso do crescimento económico de base alargada, o IED defendeu recentemente o desenvolvimento sustentável da bioenergia em África através de várias iniciativas de políticas que incluem, entre outras: (1) A Declaração e Plano de Acção de Adis Abeba sobre o Desenvolvimento Sustentável de Biocombustíveis em África, adoptados durante o Primeiro Seminário de Alto Nível sobre Biocombustíveis em África, Agosto de 2007; (2) O Plano de Acção de Dacar sobre o Desenvolvimento de Energias Renováveis, adoptado pela Conferência Internacional sobre Energias Renováveis em África, organizada pela CUA em conjunto com várias organizações que trabalham no sector, Dacar, Abril de 2008. Essas duas iniciativas inspiraram algumas resoluções favoráveis sobre a promoção da bioenergia em África, conforme adoptadas pela 12ª Conferência da UA realizada em Adis Abeba, Fevereiro de 2009 e pela Conferência da UA dos Ministros da Energia (CEMA), realizada em Maputo, Novembro de 2010, que aprovou o 2º Plano de Acção da Parceria África UE no domínio da Energia (AEEP) e o Programa de Cooperação sobre Energias Renováveis (RECP) destinados a, entre outros, triplicar a produção da bioenergia em África até 2020. Uma reunião de Grupo de Peritos, organizada conjuntamente pela CUA e pela UNECA teve lugar de 21 a 23 de Novembro de 2011, em Adis Abeba, Etiópia, com o objectivo de validar dois Relatórios: (1) Desenvolvimento de Biocombustíveis em África: Opções Tecnológicas e Questões de Política e Regulamentação Relacionadas; e (2) Quadro e Directrizes da Política Sustentável de Bioenergia: Rumo à Segurança Energética e Meios de Vida Sustentáveis em África. O primeiro Relatório adoptado em Novembro de 2011 analisa a cadeia de valores dos biocombustíveis, especialmente em termos de tecnologias disponíveis e questões de política e de regulamentação referentes ao desenvolvimento da indústria de biocombustíveis no Continente. O segundo Relatório será adoptado durante a próxima AAEW destinada, em primeiro lugar, a elaborar um projecto do quadro de política e directrizes sobre bioenergia para África baseado numa avaliação abrangente das oportunidades, desafios e riscos para a expansão da bioenergia em África e as lições aprendidas. g. Estabelecimento da Parcerias Público Privadas para o Aumento de Recursos para Investimentos Favoráveis às Questões Climáticas As principais áreas a serem cobertas incluem as seguintes: Investimentos Favoráveis às Questões Climáticas e PPP em Energias Renováveis em África; Energias Variadas e Eficiência Energética em África; Parcerias Publico Privadas (PPP) em Energias Renováveis: Boas Práticas;

9 Implementação do Quadro de PPP em África; Estratégia para Promoção de Investimentos Favoráveis às Questões Climáticas e Ecológicas e Mobilização de Recursos para o seu Desenvolvimento. X. Resultados Previstos Os resultados previstos dos dois eventos incluem: Uma Declaração sobre importantes decisões relativas às políticas continentais do sector de energia, relatório de actividades sobre o Programa para o Desenvolvimento de Infra-estruturas em África (PIDA), lançamento das séries AAEW, questões sobre a Parceria África UE, o PAIF e outras; Participação do sector privado na promoção do desenvolvimento de infra-estruturas e na melhoria da capacidade dos sectores público e privado em investir nos sectores da energia e outros relacionados; Estabelecimento de maior consenso, coerência e parcerias estratégicas entre os principais actores (internacional, público e privado) para o desenvolvimento e investimentos na elaboração de projectos de energia; Será elaborada uma estratégia de comunicação; Melhoria das ferramentas estratégicas e operacionais de apoio a implementação da Agenda de Energias Renováveis em África; Boas práticas e actualização de conhecimentos sobre energia e infraestruturas ligadas a energia, incluindo infra-estruturas de energia limpa e partilha dos serviços e divulgação entre os relevantes intervenientes; Melhoria das capacidades de planificação sobre o sector de energias a nível nacional e das CER. XI. Participação e Beneficiários Os principais beneficiários são os participantes e as suas respectivas organizações/países: Os Ministros Africanos responsáveis pela Energia; os investidores; o sector privado e os parceiros de desenvolvimento; peritos nacionais específicos; intervenientes e parceiros; parceiros do BAD, UE, BM e Organizações da ONU; Agências de Promoção de Investimentos em África; Comunidades Económicas Regionais (CER); Consórcios Regionais de Energia; Instituições Africanas Especializadas e Banco de Desenvolvimento Sub-regionais; ONG do Sector de Energia e instituições académicas e de investigação seleccionadas.

10 Os procedimentos da Conferência (com apoio electrónico) beneficiarão directamente os participantes bem como outros decisores das várias organizações governamentais e não-governamentais, incluindo investidores, sector privado e a sociedade civil. XII. Data e Local As datas das Reuniões são de 12 a 16 de Novembro de 2012, em Adis Abeba, Etiópia.