2013 Relatório Anual de Atividades

Documentos relacionados
RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES

RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES 2015

RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES 2016

Ao protocolo celebrado entre o INFARMED, I.P. e a Unidade de Farmacovigilância do Norte

Notificação Espontânea de Reacções Adversas a Medicamentos

Ao protocolo celebrado entre o INFARMED, I.P. e a Unidade de Farmacovigilância do Norte

Sistema Nacional de Farmacovigilancia (SNF) Notificações e Casos de RAM Ano 2017

Sistema Nacional de Farmacovigilancia (SNF) Notificações e Casos de RAM 1º Trimestre de 2017

Sistema Nacional de Farmacovigilancia (SNF) Notificações e Casos de RAM - Ano 2016

Relatório Trimestral (1º T/2012) Notificações e Casos de RAM espontâneos recebidos no SNF (Sistema Nacional de Farmacovigilância)

Sistema Nacional de Farmacovigilância (SNF): Notificações e Casos de RAM - Ano/2014

A importância de Notificar Efeitos Indesejáveis

Relatório anual 2012 Notificações e Casos de RAM espontâneos recebidos no SNF (Sistema Nacional de Farmacovigilância)

Sistema Nacional de Farmacovigilancia (SNF) Notificações e Casos de RAM - 3º Trimestre de 2016

Sistema Nacional de Farmacovigilância (SNF): Notificações e Casos de RAM - 3ºT/2014

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS. RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO 1 a 15 de JULHO 2013

Relatório Trimestral (3º T) Notificações e Casos de RAM recebidos no SNF (Sistema Nacional de Farmacovigilância)

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS. RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO 16 a 31 de JULHO 2013

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS. RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO 1 a 15 de AGOSTO 2013

Relatório Trimestral (2º T) Notificações e Casos de RAM recebidos no SNF (Sistema Nacional de Farmacovigilância)

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS MÓDULO CALOR 2012

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS MÓDULO CALOR 2012

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS

esclarecimento sobre reacções adversas INFARMED, I.P.

Relatório Diário. 8 de agosto 2016

Boletim Estatístico Janeiro Setembro 2013 Cuidados de Saúde Primários (CSP)

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS MÓDULO CALOR 2012

Rede de Núcleos de Ação de Saúde de Crianças e Jovens em Risco CONTATOS ARS ALENTEJO NUCLEOS HOSPITALARES DE APOIO A CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO

GDH CID-9-MC A CID-9-MC é um sistema de Classificação de Doenças, que se baseia na 9ª Revisão, Modificação Clínica, da Classificação Internacional de

Diagnóstico de Satisfação Hospitais do Serviço Nacional de Saúde. Apresentação dos Resultados Outubro de 2010

RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES 2018

Boletim Estatístico Janeiro Dezembro 2013 Cuidados de Saúde Primários (CSP)

RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO JULHO PLANO DE CONTINGÊNCIA Temperaturas Extremas Adversas

EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE ANTIBIÓTICOS EM AMBULATÓRIO NO ALGARVE

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS MÓDULO CALOR 2012

Síntese da Informação:

Farmacovigilância : Responsabilidades da pessoa de contacto nacional

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS

Segurança do Doente Integração da Farmacovigilância num Sistema de Registo de Incidentes de Segurança do Doente

Relatório Diário. 5 de agosto 2016

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS. RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO 1 a 15 de JUNHO 2013

RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO AGOSTO PLANO DE CONTINGÊNCIA Temperaturas Extremas Adversas

Últimas Novidades Terminologia MedDRA Versão 21.1

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS MÓDULO CALOR 2012

Relatório Diário. 10 de agosto 2016

Farmacovigilância: notificar é preciso

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS MÓDULO CALOR 2012

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO. Novo Portal RAM. Célia Alves. Diretora Direção de Gestão de Informação e Comunicação

Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 14/2012, de 26 de janeiro, emite-se a Norma seguinte:

RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO SETEMBRO PLANO DE CONTINGÊNCIA Temperaturas Extremas Adversas

Caracterização clínica e demográfica dos militares contratados internados no Serviço de Psiquiatria do Hospital Militar Principal em 2007

Folheto informativo: Informação para o utilizador. Fosfomicina Monuril 3 g granulado para solução oral Fosfomicina trometamol

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS. RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO 16 a 30 de JUNHO 2013

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS MÓDULO CALOR 2012

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diário da República, 1.ª série N.º 25 5 de fevereiro de Portaria n.º 53/2013

Farmacovigilância e Notificação Espontânea. Ana Tereza Neres I Paula Barão S. Ferreira

Anexo 1: Fontes, variáveis e limitações da informação estatística

Monitorização de justificações técnicas e direito de opção - registo de casos

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO JUNHO 2013

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS

PRÉ-EDITAL MINISTÉRIO DA SAÚDE

Universidade de São Paulo Faculdade de Ciências Farmacêuticas Disciplina FBF Farmacovigilância. Profa. Dra. Patricia Melo Aguiar.

Figura 1 Distribuição espacial do índice de seca meteorológica em 31 de outubro e em 30 de novembro de 2012.

Encontro CNSMCA/CRSMCA. Lisboa, 24 Setembro de 2010

Morbilidade Hospitalar Serviço Nacional de Saúde

Caracterização da Região Alentejo

Sistema de Preços de Referência

Médicos e Farmacêuticos do Sistema de Saúde Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde

ESTATÍSTICAS SOBRE CORRUPÇÃO ( ) 1

FARMACOVIGILÂNCIA. Sistema Nacional de Farmacovigilância Notificação Espontânea de RAM. Unidade de Farmacovigilância do Norte

Provedor do Ouvinte. Relatório estatístico Gabinete de Apoio aos Provedores

Índice. 1. A necessidade de regulação. 2. A intervenção da ARFA. 3. Diplomas legais publicados

Médicos e Farmacêuticos do Sistema de Saúde Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde

DOENÇA MENINGOCÓCICA EM PORTUGAL:

Relatório Diário. 9 de agosto 2016

28/05/2015 Unidade de Farmacovigilância do Norte

REGISTO NACIONAL DE AN MALIAS CONGÉNITAS O RENAC Resumo

Relatório. Falta de Medicamentos nas farmácias: Medidas e Resultados dos últimos seis meses Data: 17/03/2014

4. NATALIDADE E MORTALIDADE INFANTIL

Hemovigilância em Portugal Situação e resultados do ano de 2008

Articulação entre o planeamento regional / local e o Plano Nacional de Saúde. Colo do Útero no Alentejo

A Fresenius Medical Care dá mais um passo à frente.

Data Versão/Revisões Descrição Autor 16/11/ Proposta inicial CESC, FA, LAS, RFC. 14/01/ Atualização CESC, LAS, MBJ, CAMS, LR

Curriculum Vitae RUBEN JOAQUIM PINTO LOUREIRO

Currículo Disciplina Carga Horária. Aspectos Éticos e Bioéticos na Assistência de Enfermagem ao Paciente Grave ou de Risco

Farmacovigilância LEGISLAÇÃO SANITÁRIA O QUE É FARMACOVIGILÂNCIA? INÍCIO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO FARMACOVIGILÂNCIA 21/11/2010

Índice. Índice... ii Sumário... iii Abstract... v

Perfil de Saúde. Arco Ribeirinho. Alcochete Barreiro Moita Montijo Coordenação: Lina Guarda Redação: Raquel Rodrigues dos Santos

7. MORBILIDADE PROFISSIONAL

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS

Prof. Claudia Witzel. Farmacovigilancia

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO MAIO 2013

Estatísticas trimestrais sobre processos de falência, insolvência e recuperação de empresas ( )

UTILIZAÇÃO E DESPESA DE MEDICAMENTOS PARA O TRATAMENTO DE DOENÇAS DO APARELHO CARDIOVASCULAR EM PORTUGAL ( ) 2006)

A experiência dos Serviços Farmacêuticos da ARSC

Guia do Prescritor. Versão 1 (novembro 2017)

A Atlanticare Serviços de Saúde, SA.

Diagnóstico Social de Oeiras Anexos

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS

Transcrição:

2013 Relatório Anual de Atividades Unidade de Farmacovigilância do Sul (UFS)

Relatório Anual de Atividades 2013 Unidade de Farmacovigilância do Sul Índice 1. Introdução... 4 1.1. Unidade de Farmacovigilância do Sul (UFS)... 5 2. Atividades de Formação da UFS em 2013... 8 3. Atividades de Divulgação da UFS em 2013... 9 4. Atividades de Investigação da UFS em 2013... 10 5. Dados da UFS 2013... 11 5.1. Evolução do número total de Notificações Espontâneas (NE) recebidas na Unidade de Farmacovigilância do Sul (2004-2013)... 11 5.2. Número total de notificações espontâneas recebidas, ao nível nacional e por região, em 2013... 12 5.3. Distribuição do nº total de NE recebidas em 2013 pela UFS segundo o tipo de instituição... 13 5.4. Distribuição por categoria profissional do notificador... 14 5.5. Contribuição dos Delegados de Farmacovigilância... 15 5.6. Distribuição por via de notificação... 16 5.7. Distribuição de acordo com o doente... 16 5.8. Distribuição de acordo com a RAM... 17 5.9. Sistemas Orgânicos afetados... 19 5.10. Distribuição por medicamento suspeito... 20 5.11. Distribuição por Distrito... 22 6. Conclusões... 22 Página 2 de 23

Siglas: INE Instituto Nacional de Estatística NE Notificação Espontânea OF Ordem dos Farmacêuticos OM Ordem dos Médicos RAM Reação Adversa a Medicamento URF Unidade Regional de Farmacovigilância UFC Unidade de Farmacovigilância do Centro UFLVT Unidade de Farmacovigilância de Lisboa e Vale do Tejo UFN Unidade de Farmacovigilância do Norte UFS Unidade de Farmacovigilância do Sul Página 3 de 23

1. Introdução O Sistema Nacional de Farmacovigilância foi criado no ano de 1992 através do Despacho Normativo n.º 107/92. Em 2000 foi sentida a necessidade de descentralizar o sistema e foram criadas as primeiras Unidades Regionais de Farmacovigilância. Foi no ano de 2004 que, através de um protocolo celebrado entre o INFARMED, I.P. e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, foi estabelecida a criação e funcionamento da Unidade de Farmacovigilância do Sul (UFS) sob a coordenação desta academia. Enquanto parte integrante do Sistema Nacional de Farmacovigilância (SNF) a UFS tem como missão contribuir para a proteção da saúde pública através da monitorização do perfil de segurança dos medicamentos de uso humano comercializados em território nacional. A região do Sul, Alentejo e Algarve, afeta à UFS apresenta 949.537 habitantes (INE 2012) numa extensão de 32.327 Km2 (INE 2002). Atualmente o nº de médicos a exercer atividade na região Sul do território é de 2.587 (OM 2013) e a classe farmacêutica está representada por 744 profissionais (OF 2013). Estão implantados nesta zona geográfica 5 Hospitais Distritais Gerais públicos, Hospital José Maria Grande (Portalegre), Hospital do Espírito Santo (Évora), Hospital José Joaquim Fernandes (Beja), Hospital de Faro e Hospital do Barlavento Algarvio (Portimão), e 3 Hospitais de Nível I, Hospital de Santa Luzia de Elvas, Hospital de S. Paulo (Serpa) e Hospital Distrital de Lagos. Relativamente a hospitais privados, a região do Alentejo conta com 2 instituições, em Évora e Portalegre e o Algarve com 3 hospitais. A região Sul apresenta 44 Centros de Saúde com 248 Extensões no Alentejo e 16 Centros de Saúde com 68 extensões no Algarve. No que se refere a Farmácias Comunitárias, o território encontra-se coberto por 301 estabelecimentos. Página 4 de 23

1.1. Unidade de Farmacovigilância do Sul (UFS) A sua equipa multidisciplinar é constituída por elementos com experiência na área da Farmacovigilância, com formação académica de grau de mestre ou doutorado e encontra-se estruturada segundo o organigrama apresentado infra. Organigrama A UFS estende a sua ação, de forma mais próxima dos potenciais notificadores e doentes, através dos 9 Delegados de Farmacovigilância que colaboram na divulgação e promoção da notificação espontânea nas áreas hospitalar e comunitária. O ano de 2013 foi pautado pelo recrutamento do 9º elemento desta equipa, Dra. Ana Bom, farmacêutica comunitária, através do qual a UFS pretende aumentar a sua atuação sobre esta área específica. Constituição da atual equipa de Delegados de Farmacovigilância: Isabel Brazinha (Farmacêutica hospitalar) - Portalegre Filipa Tátá (Farmacêutica hospitalar) - Évora Cristina Ferro e Paula Sadio (Farmacêuticas hospitalares) - Beja Carmen Parreira (Farmacêutica hospitalar) Faro Manuela Sousa (Farmacêutica hospitalar) Portimão Helena Duarte (Farmacêutica hospitalar) Faro Mónica Condinho (Farmacêutica Comunitária) Alentejo+Algarve Ana Bom (Farmacêutica Comunitária) Torres Novas Página 5 de 23

A UFS possui responsabilidades na área da receção, validação, análise e avaliação das notificações espontâneas de suspeitas de reações adversas a medicamentos de uso humano provenientes de reportes de notificadores da região Sul. As suas atividades contemplam igualmente a divulgação da atividade da Farmacovigilância, em particular da notificação de efeitos adversos e do próprio sistema, a formação sobre esta mesma temática para a população que lhe está afeta e a elaboração e participação em projetos de carácter científico. Implementação de sistema de Gestão da qualidade (SGQ) A UFS em colaboração com o perito para a Qualidade (Prof. Rui Loureiro) implementou um SGQ em Julho 2013. Este sistema considerou 2 processos para as atividades exercidas pela UFS, um relacionado com o tratamento da notificação espontânea e outro com as ações de formação, divulgação e investigação. O sistema foi auditado internamente a 05.08.2013 e externamente (auditoria de fornecedor INFARMED, I.P.) a 10.09.2013. Tratamento da notificação espontânea O sistema de notificação espontânea constitui uma metodologia passiva da Farmacovigilância. Apresenta limitações importantes como seja a baixa sensibilidade consequência da subnotificação uma vez que, os estudos existentes apontam para o conhecimento de apenas cerca de 10% dos episódios de reação adversa que ocorrem efetivamente. Contudo, apresenta a clara vantagem de permitir a vigilância de todos os medicamentos do mercado durante todo o seu ciclo de vida. A notificação espontânea permite a geração de sinais precoces e deste modo, a constituição de hipóteses a serem confirmadas com recurso a outras metodologias. Esta metodologia constitui sem dúvida um importante contributo para as medidas de minimização de risco implementadas até à atualidade. A notificação espontânea após a sua receção pela UFS é submetida a um conjunto de procedimentos, que culmina com a sua avaliação clínica pelo perito e que encontra-se esquematizado no fluxograma a seguir. Página 6 de 23

Fluxograma simplificado do fluxo da notificação espontânea na UFS Utente Profissional Saúde Notificador do Sul Suspeita de RAM NE PortalRAM Online Ficha notificação (correio, fax, email) Telefone UFS Validação Processamento Follow-up Análise Avaliação Relatório IC Imputação Causalidade Perito clínico INFARMED Página 7 de 23

Apresentamos infra as atividades desenvolvidas pela UFS nas áreas de formação, divulgação e investigação durante o ano de 2013. 2. Atividades de Formação da UFS em 2013 Durante o ano de 2013 foram realizadas as seguintes ações de formação no contexto da Farmacovigilância: Workshop GESP (Gabinete de estágios e saídas profissionais da AEFFUL) 4, 5 e 8 de Fevereiro de 2013; 3 ações de 6 horas com 40 alunos cada sobre o tema da Farmacovigilância e Notificação espontânea Seminário ESEL (Escola Superior de Enfermagem de Lisboa) 12 e 14 de Junho de 2013; 3 + 3 horas com 350 alunos sobre o tema Reações adversas e Farmacovigilância e Notificação espontânea. Módulo Farmacovigilância alunos 5º ano do mestrado Ciências Farmacêuticas (2 horas 270 alunos + 12 horas 40 alunos) Reunião UFS/Delegadas 29 de Novembro de 2013 (Duração 6 horas e 7 participantes) Centro de saúde Grândola Jan/2013 Centro de Saúde Beja, com abrangência para Vidigueira, Ferreira do Alentejo e outros Maio e Julho/2013 Centro de Saúde Castro Verde, com abrangência aos CS Mértola, Aljustrel, Almodôvar e outros Junho/2013 Unidade de Saúde Familiar Alfa Beja Junho/2013 Centro de Saúde Serpa, com abrangência aos CS Moura e Barrancos, e outros Junho/2013 Centro de Saúde Cuba Junho/2013 Farmácia Helena (Faro) Setembro/2013 1 hora de duração e 4 participantes Farmácia Paula Santos (Silves) Setembro/2013 1 hora de duração e 4 participantes Farmácia Central (Mora) Setembro/2013-1 hora de duração e 4 participantes Reunião Consulta Farmacêutica (Évora) 23-11-2013 2 horas de duração e 10 participantes Página 8 de 23

3. Atividades de Divulgação da UFS em 2013 Durante o ano de 2013 foram realizadas as seguintes ações de divulgação no contexto da Farmacovigilância: Carta/Mail de divulgação da atividade da UFS e proposta de formação gratuita sobre a temática da Farmacovigilância/notificação espontânea, a todos os centros de saúde e respetivas extensões da região Sul. Envio mensal de informação recente na área da Farmacovigilância (artigo/relatório) aos Delegados de Farmacovigilância Curiosidade Científica (9 edições) Journal Club - reunião científica baseada na discussão de literatura científica ou apresentação de estudos/projetos na área da segurança (4 edições) Atualização permanente do site da UFS com informação de qualidade e segurança Atualização mensal do Guia de Reações Adversas Cardiovasculares no site da UFS. Reunião com a Ordem dos Enfermeiros Secção Sul. Estágios académicos 7 alunos Estágios profissionais 11 Farmacêuticos Criação de página no Facebook da Unidade de Farmacovigilância do Sul com publicações frequentes na área da segurança do medicamento Página 9 de 23

4. Atividades de Investigação da UFS em 2013 Durante o ano de 2013 foram realizadas as seguintes ações de investigação no contexto da Farmacovigilância: Tese Mestrado 2º Ciclo - Maria Duarte - " Aplicação de Planos de Gestão de Risco em Farmácias Comunitárias, na área de Farmacovigilância" (Orientação: Prof. Doutora Ana Paula Martins) Tese Mestrado 2º ciclo - Ana Tereza Neres - "Perfil das notificações de reações adversas pós-vacinação em Portugal" (Orientação: Prof. Doutora Maria Augusta Soares) Tese Doutoramento Pedro Inácio Patients' Reporting of Adverse Drug Reactions: Beyond Frequency Towards Pharmacovigilance Quality - A contextual and linguistic assessment of spontaneous reporting and correlated pharmacovigilance activities in two European Union countries (Orientação Prof. Doutor Afonso Cavaco) Colaboração no projeto sobre a caracterização do sistema SVIG (condução Prof. Doutor José Cabrita) Caracterização das reações adversas com evolução morte entre 2009 e 2011 Caraterização das reações adversas na população idosa entre 2009 e 2011 Caracterização das reações adversas associadas à vacinação entre 2009 e 2011 O papel do delegado de farmacovigilância no sistema de farmacovigilância português experiência da UFS Página 10 de 23

5. Dados da UFS 2013 5.1. Evolução do número total de Notificações Espontâneas (NE) recebidas na Unidade de Farmacovigilância do Sul (2004-2013) O número total de notificações espontâneas (NE) rececionadas pela UFS em 2013 foi de 332 tendo-se verificado um decréscimo de 5,7% relativamente ao ano anterior. Esta variação poderá ser atribuída ao contexto de crise que atualmente carateriza o nosso pais e que motivou situações de desemprego entre alguns dos nossos fiéis notificadores, assim como, desmotivação geral dos profissionais de saúde para atividades que, embora de excelência, não se associam a remuneração. A formação regional pouco intensa em 2013, bem como, as dificuldades de utilização do Portal RAM poderão igualmente ser mencionados como possíveis fatores contribuintes. 400 Evolução das NE recebidas pela UFS 350 300 250 200 150 100 50 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Página 11 de 23

5.2. Número total de notificações espontâneas recebidas, ao nível nacional e por região, em 2013 O número total de notificações espontâneas recebidas em território nacional tem apresentado sempre uma tendência de crescimento, sendo que a Industria é responsável por mais de metade dos casos gerados em 2013. 3500 3000 3461 2500 1935 2000 1500 1000 500 483 296 381 332 34 0 A UFS, apesar do ligeiro decréscimo face ao ano de 2012, consegue ultrapassar em 2013 com 350 NE/10 6 hab. os objetivos da OMS de, 200 a 300 NE/10 6 hab/ano, para um Sistema de Farmacovigilância eficaz. 2013 UFC UFLVT UFN UFS População afeta 2 375 902 2 821 699 3 745 439 949537 Nº Total de NE 296 381 483 332 Nº NE/10 6 Habitantes 125 135 129 350 Página 12 de 23

5.3. Distribuição do nº total de NE recebidas em 2013 pela UFS segundo o tipo de instituição Representando cerca de 46% do total das NE recebidas, o Hospital foi a instituição de saúde que maior número de casos de RAMs reportou à UFS, em 2013, seguida da Farmácia Comunitária (41%) e dos Centros de Saúde (11%). 2% 11% 46% 41% Hospital Farmácia comunitária Centros de Saúde Outros De salientar o acentuado crescimento verificado entre 2010 e 2012 na notificação proveniente da farmácia comunitária aproximando muito das taxas do hospital. Os centros de saúde apresentaram uma ligeira subida entre 2012 e 2013 associada essencialmente á notificação de casos associados à vacinação. 180,00 160,00 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 0,00 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Hospital Farmácia Comunitária Centro de Saúde Outros Página 13 de 23

5.4. Distribuição por categoria profissional do notificador O Farmacêutico foi, em 2013, o principal notificador à UFS, tendo sido responsável por cerca de 78% das NE recebidas. A participação do Médico enquanto notificador à UFS tem sido muito tímida (cerca de 16%), tendo-se registado contudo um crescimento da sua contribuição desde 2011. Mantendo a tendência regular dos anos anteriores, o Enfermeiro foi o notificador com menor contributo em 2013, tendo sido responsável por apenas cerca de 5% das NE recebidas na UFS. No ano de 2013 a UFS apenas registou 3 notificações espontâneas da autoria de utentes. 16% 5% 1% 78% Farmacêutico Médico Enfermeiro Outros Evolução do total de NE recebidas pela UFS por categoria profissional do notificador 300 Farmacêutico Enfermeiro Médico 250 200 150 100 50 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013. Página 14 de 23

5.5. Contribuição dos Delegados de Farmacovigilância Os Delegados de Farmacovigilância foram responsáveis por cerca de 32% do total das NE recebidas na UFS. 32% 68% Delegados de Farmacovigilância Notificadores não delegados de farmacovigilância Contudo, o número de casos realizados não apenas diretamente pelos delegados mas resultantes igualmente da sua ação, assumem um valor bastante mais significativo, como se pode visualizar no gráfico abaixo e que expressa de forma mais verdadeira a influência destes colaboradores. 28% 72% Sem influência dos delegados Influência dos delegados Página 15 de 23

5.6. Distribuição por via de notificação A principal via de notificação no ano de 2013 foi a notificação online disponível no site da UFS 62% (202), seguida do Portal RAM com 22% (74). Esta diferença poder-se-á atribuir à maior facilidade e rapidez associadas à submissão através da primeira via. 27 22 3 2 74 202 Online Portal RAM Infarmed Correio Email Fax 5.7. Distribuição de acordo com o doente 5.7.1. Género do doente O género feminino apresentou, como expectável, a maior incidência de reações adversas que poderemos associar ao maior consumo de cuidados de saúde em geral e de medicamentos em particular, que caracteriza este género. Masculino 34% Feminino 66% Página 16 de 23

5.7.2. Grupo Etário do doente O grupo etário mais atingido por reações adversas durante o ano de 2013 na região Sul foi o dos indivíduos com idade superior a 18 anos e inferior a 65 anos. Seria talvez expectável que a faixa etária dos idosos constituísse a de maior incidência pela sua vulnerabilidade, alterações fisiológicas e polimedicação, contudo, a fundamentação para estes valores poderá estar associada às classes terapêuticas que mais problemas de segurança revelaram e que são de maior utilização pelo grupo etário adulto. 32% 4% 4% 2% 58% Lactente Criança Adolescente Adulto Idoso 5.8. Distribuição de acordo com a RAM Tipologia da RAM 19% 81% Graves Não Graves Página 17 de 23

A distribuição dos casos segundo a sua gravidade, por região e em comparação com os valores apresentados em 2012 está patente no gráfico infra e revela-nos que a taxa de casos graves é uma fragilidade da UFS (19% relativamente aos 60% recomendados pelo INFARMED, I.P.). Constitui contudo, um aspeto já assegurado pelas restantes unidades regionais de farmacovigilância. Ilhas UFS UFLVT UFC UFN 0 100 200 300 400 500 Graves2012 Graves2013 Total2013 Evolução das RAMs Graves 2011/2013 Apesar do crescimento verificado no número total de NE recebidas pela UFS este está essencialmente sustentado no crescimento dos casos não graves. Este é um aspeto merecedor da nossa reflexão e medidas futuras. 100 80 60 41 32 40 20 0 28 48 48 34 2011 2012 2013 Descrita no RCM Não descrita no RCM Página 18 de 23

5.9. Sistemas Orgânicos afetados As NE recebidas na UFS, em 2013, prenderam-se na sua maioria com casos de RAMs referentes a Perturbações gerais e alterações no local de administração (26,6%), assim como com casos de RAMs cutâneas e subcutâneas (15,6%) e doenças do sistema nervoso (12,7%). SOC Termos MedDRA SOC Frequência % SOC1 Doenças do sangue e do sistema linfático 5 0,9 SOC2 Doenças cardíacas 9 1,6 SOC3 Afecções congénitas, familiares e genéticas 1 0,2 SOC4 Afecções do ouvido e do labirinto 3 0,5 SOC5 Doenças endócrinas 1 0,2 SOC6 Afecções oculares 18 3,3 SOC7 Doenças gastrointestinais 67 12,1 SOC8 Perturbações gerais e alterações no local de administração 147 26,6 SOC9 Afecções hepatobiliares 2 0,4 SOC10 Doenças do sistema imunitário 8 1,4 SOC11 Infecções e infestações 8 1,4 SOC12 Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações 8 1,4 SOC13 Exames complementares de diagnóstico 9 1,6 SOC14 Doenças do metabolismo e da nutrição 8 1,4 SOC15 Afecções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos 26 4,7 SOC16 Neoplasias benignas malignas e não especificadas (incl. quistos e pólipos) 1 0,2 SOC17 Doenças do sistema nervoso 70 12,7 SOC18 Situações na gravidez, no puerpério e perinatais 0,0 SOC19 Perturbações do foro psiquiátrico 18 3,3 SOC20 Doenças renais e urinárias 4 0,7 SOC21 Doenças dos órgãos genitais e da mama 7 1,3 SOC22 Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino 29 5,2 SOC23 Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos 86 15,6 SOC24 Circunstâncias sociais 1 0,2 SOC25 Procedimentos cirúrgicos e médicos 4 0,7 SOC26 Vasculopatias 13 2,4 Total 553 100,0 Página 19 de 23

Afecções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino 4,7% 5,2% Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos 15,6% Doenças do sistema nervoso Doenças gastrointestinais 12,7% 12,1% Perturbações gerais e alterações no local de administração 26,6% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 5.10. Distribuição por medicamento suspeito 5.10.1. Medicamentos de Marca VS Medicamentos Genéricos As NE recebidas na UFS em 2013 foram maioritariamente atribuídas a medicamentos de marca (70%), sendo 27% atribuídos a medicamentos genéricos. Registaram-se ainda situações em que a RAM foi atribuída apenas a substância(s) ativa(s), sendo desconhecida a sua marca ou laboratório. 3% 27% 70% Marca/Laboratório desconhecido Medicamentos Genéricos Medicamentos de Marca Página 20 de 23

5.10.2. Grupos farmacoterapêuticos envolvidos Em 2013 na região Sul e, à semelhança do que se verificou a nível nacional, os grupos farmacoterapêutico geradores de maior nº de casos de reações adversas notificadas foram, as vacinas, os antineoplásicos e os antibacterianos por esta mesma ordem. Classificação Farmacoterapêutica Frequência Percentagem (%) AINES 17 4,53% Analgésico 21 5,60% Antibacteriano 26 6,93% Antidepressivo 14 3,73% Antidislipidémico 14 3,73% Antihipertensor 21 5,60% Antineoplásico 51 13,60% Antitabagismo 11 2,93% Imunomodulador 5 1,33% Relaxante muscular 7 1,87% Sedativo 4 1,07% Vacinas 74 19,73% Antidislipidémico Antidepressivo AINES Analgésico Antibacteriano Anti-hipertensor Antineoplásico Vacinas 14 14 17 21 21 26 51 74 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Página 21 de 23

5.11. Distribuição por Distrito Em 2013, a UFS recebeu NE dos vários Distritos que lhe estão atribuídos, tendo sido a região de Faro aquela que mais contribuiu para os casos reportados à UFS (43%), seguindo-se os Distritos de Beja (27%) e Évora (20%) apresentando o Distrito de Portalegre a menor contribuição (10%) para as notificações de casos de RAM à UFS. 34 142 65 89 Portalegre Évora Beja Faro 6. Conclusões A taxa de notificação na UFS em 2013 sofreu um decréscimo de 5,7% o que nos remete para a necessidade de intensificar as ações de divulgação/formação junto dos profissionais de saúde e utentes. O índice alcançado em 2013 pela UFS foi de 350 NE/10 6 hab, considerado muito satisfatório segundo os critérios da OMS e do INFARMED, o que nos aponta para a premência de o manter. Em 2013 na região Sul constatou-se uma fraca participação na NE dos centros de saúde face às restantes instituições de saúde o que nos indica a necessidade de dirigir a sensibilização e formação para os profissionais deste nível de cuidados. Na região Sul e em 2013 verificou-se que a contribuição para a NE dos médicos e enfermeiros é muito limitada face à dos farmacêuticos o que implica uma atenção reforçada a estes profissionais durante o 2014. No ano de 2013 a UFS apenas registou 3 notificações realizadas por utentes. Página 22 de 23

A influência dos delegados de farmacovigilância para a NE em 2013 exprimiu-se em 72% o que nos mostra a relevância destes colaboradores para a atividade da UFS. Em 2013 a via preferencial para a NE na região Sul foi o site da UFS sendo que o Portal RAM apresentou uma taxa de utilização ainda pouco significativa o que nos assinala a importância de destacar as formas de notificar através de uma componente prática, na formação ministrada A quota de casos graves em 2013 (19%) apresenta-se francamente abaixo do objetivo proposto pelo INFARMED para o ano de 2014 o que nos alerta para a necessidade de, por um lado, aumentar a participação dos médicos e enfermeiros hospitalares na notificação e, por outro, aumentar a sensibilidade dos delegados de farmacovigilância para este aspeto. O perfil do doente mais atingido por reações adversas no ano de 2013 foi, para a região Sul, do género feminino e do grupo etário dos adultos. A distribuição da taxa de notificação em 2013 mostra-nos que o distrito de Portalegre foi o menos participativo alertando-nos para a necessidade de incidir de forma mais intensiva as ações de sensibilização e formação para esta zona geográfica. Os grupos farmacoterapêuticos mais associados a RAM em 2013 nas regiões do Alentejo e Algarve foram, as vacinas, os antineoplásicos e os antibacterianos o que nos chama a atenção para o interesse que poderá constituir o desenvolvimento de estudos para aprofundamento do conhecimento do perfil de segurança destes grupos de medicamentos na região Sul. Os sistemas orgânicos mais atingidos por RAM foram, em 2013, Perturbações gerais e alterações no local de administração, Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos e Doenças gastrointestinais. Página 23 de 23