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Transcrição:

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ORDÁLIO Xavier Zarco INSCRIÇÃO NUT CHU GEB 2

A mão desperta num gesto 3

Há para cada ser um gesto que lhe corresponde Uma encenação que se desenha em cada movimento Uma voz que se ergue contra a muralha da própria alma Um desejo crescente do corpo não ser limite mas ponto de partida rumo ao ignoto 4

Reinventa a música: suprema linguagem do universo. 5

Por sobre a argamassa do caos a mão detém-se Com uma suavidade milenar acaricia a matéria informe De súbito um gesto um simples recorte de uma luminosidade extrema Da amálgama primeira uma forma surge nada e inacabada finita e infinita coisa criada e criadora Espaço e tempo o cosmos 6

Há para cada labirinto asas de dédalo no olhar 7

Moldar a argila e ser de música a escultura. Empreender a viagem dos sentidos sobre a matéria. Descrever com lentidão a pureza das formas. Eis a arte inicial do oleiro do caos. 8

Cruza a memória a secreta rota rumo ao centro. A criança que cintila chora o umbilical corte. Inicial gesto da nobre arte de morrer. 9

Ao nado o nome dado que esquecido fora através dos tempos Sabia somente de um reflexo de uma cruel máscara imposta a si mesmo e nada mais 10

Sonda o insondável desejo do poema ser iluminura de silêncio em esquecido templo 11

A vida: Braço de ferro entre Eros e Tánatos. 12

Deposita em alheia vontade o desígnio do mar Alta é a voz que cresce na boca das ondas quando gritam as rochas a criação do templo 13

Agarra esta estrela e parte rumando à distância que o tempo urge Há que conquistar as sílabas do sonho uma a uma para que criança sejas Para que o mundo em tua mão seja berlinde não recordação 14

Voa por sobre a pele em silêncio Grava cada movimento com os olhos da memória Evola sobre ti Sente o peso de teu corpo enquanto te libertas Há que voar Cruzar distâncias de desejos incumpridos Estabelecer fronteiras e derrubá-las Voa e quebra os grilhões da matéria 15

Na pedra onde a serpente repousar a palavra mais bela hão-de encontrar 16

Sonata ao Luar de Beethoven: a mágica fórmula de construir, por música, o amor. 17

De pleno, nada descubro no horizonte. A magia não brota na chama fugaz de um olhar que não se espanta com a luz. 18

Perto da queda, procuro uma saída, uma Arca de Noé, por onde as palavras escapem do vil dilúvio das máscaras. 19

Da olaria cósmica, nem um cometa pelo céu resta. Só um rastro perpétuo de uma ogiva de fogo e sangue e morte. E um corpo ofióide, que silva pendente na árvore do saber, espera que alguém lhe resgate a maçã que na boca possui. 20

A boca acesa num grito ************** 21

SOBRE O AUTOR E SUA OBRA Xavier Zarco é o pseudônimo literário de Pedro Manuel Martins Baptista, que nasceu em Coimbra (Portugal) a 4 de Outubro de 1968. Trabalha como Técnico de Vendas de Publicidade desde 1991. Atualmente, exerce funções no Semanário Campeão das Províncias (Edição Coimbra). Como poeta, participou em diversas antologias, revistas e jornais, bem como em vários sites na internet. Em livro, editou O Livro dos Murmúrios (Palimage Editores, Viseu, 1998). Recentemente, disponibilizou na internet uma página dedicada à sua obra em http://xavierzarco.no.sapo.pt Para corresponder com autor escreva: xavierzarco@hotmail.com ************** 22