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Transcrição:

LEI N o 8.245 - Lei de Locações dos Imóveis Urbanos Detalhamento da Lei: 1. LOCAÇÃO EM GERAL A locação de imóvel urbano regula-se pelo disposto nesta lei. A locação pode ser residencial e não residencial. São regulados pelo Código Civil ou leis especiais os imóveis públicos, as garagens autônomas, os espaços destinados à publicidade, os apart-hotéis, hotéis e os arrendamentos mercantis em qualquer de suas modalidades. As partes podem ajustar um contrato de locação por qualquer prazo, dependendo de autorização conjugal, se igual ou superior a dez anos. Ausente a vênia conjugal, o cônjuge não estará obrigado a observar o prazo excedente. Durante o prazo estipulado para a duração do contrato, não poderá o locador reaver o imóvel alugado, mas o locatário poderá devolvê-lo, pagando a multa pactuada ou judicialmente estipulada. A ação do locador para reaver o imóvel é a de despejo. O locatário poderá denunciar a locação por prazo indeterminado mediante aviso por escrito ao locador, com antecedência mínima de trinta dias. Se o imóvel for alienado durante a locação, o adquirente poderá denunciar o contrato, com o prazo de noventa dias para a desocupação, salvo se a locação for por tempo determinado e o contrato contiver cláusula de vigência em caso de alienação e estiver averbado junto à matrícula do imóvel. Idêntico direito terá o promissário comprador e o promissário cessionário, em caráter irrevogável, com imissão na posse do imóvel e título registrado junto à matrícula do mesmo. A denúncia deverá ser exercitada no prazo de noventa dias contados do registro da venda ou do compromisso, presumindo-se, após esse prazo, a concordância na manutenção da locação. A locação também poderá ser desfeita por mútuo acordo; em decorrência da prática de infração legal ou contratual; em decorrência da falta de pagamento do aluguel e demais encargos; ou para a realização de reparações urgentes determinadas pelo Poder Público, que não possam ser normalmente executadas com a permanência do locatário no imóvel ou, podendo, ele se recuse a consenti-las. É livre a convenção do aluguel, mas não pode ser estipulado em moeda estrangeira, nem vinculado à variação cambial ou ao salário mínimo. O mesmo só pode ser cobrado adiantadamente em caso de locação por temporada, ou se não foi dada garantia. O aluguel está sujeito aos reajustes por vontade das partes, mas não havendo acordo pode ocorrer reajuste judicial, a cada três anos. O locador é obrigado a: entregar ao locatário o imóvel alugado em estado de servir ao uso a que se destina; garantir, durante o tempo da locação, o uso pacífico do imóvel locado; (novo parágrafo) responder pelos vícios ou defeitos anteriores à locação; (acrescentar) manter, durante a locação, a forma e o destino do imóvel; fornecer ao locatário descrição minuciosa do estado do imóvel quando de sua entrega;

fornecer ao locatário recibo discriminado dos pagamentos; pagar as taxas de administração imobiliária e de intermediações, inclusive as despesas necessárias à aferição da idoneidade do pretendente ou de seu fiador; pagar os impostos, taxas e o prêmio de seguro complementar contra fogo que incidam ou venham a incidir sobre o imóvel, salvo disposição expressa em contrário no contrato; (acrescentar) exibir ao locatário, quando solicitado, os comprovantes relativos às parcelas que estejam sendo exigidas e pagar as despesas extraordinárias de condomínio, caso essas não se refiram aos gastos rotineiros de manutenção do edifício. O locatário é obrigado a: pagar pontualmente o aluguel e os encargos da locação, legal ou contratualmente exigíveis, no prazo estipulado ou, em sua falta, até o sexto dia útil do mês seguinte ao vencido, no imóvel locado, quando outro local não tiver sido indicado no contrato; servir-se do imóvel para o uso convencionado ou presumido e tratá-lo com o mesmo cuidado como se fosse seu; restituir o imóvel no estado em que o recebeu, salvo as deteriorações decorrentes do seu uso normal; não modificar a forma interna ou externa do imóvel sem o consentimento prévio e por escrito do locador; pagar as despesas de telefone e de consumo de força, luz e gás, água e esgoto; permitir a vistoria do imóvel pelo locador, por seu mandatário, mediante combinação prévia de dia e hora, bem como admitir que seja o mesmo visitado e examinado por terceiros, na hipótese prevista no art. 27 (venda); cumprir integralmente a convenção de condomínio e os regulamentos internos; pagar o prêmio do seguro de fiança; pagar as despesas ordinárias de condomínio, quando essas são necessárias à sua administração. Convencionado que cabe ao locatário a responsabilidade pelo pagamento dos tributos, encargos e despesas ordinárias de condomínio, o locador poderá cobrar tais verbas juntamente com o aluguel do mês a que se refiram. No caso de venda, promessa de venda, cessão ou promessa de cessão de direitos ou dação em pagamento, o locatário tem preferência para adquirir o imóvel locado, em igualdade de condições com terceiros. Nesse caso, o locador deve cientificar o locatário através de notificação judicial, extrajudicial ou outro meio de ciência inequívoca. O direito de preferência do locatário deverá ser exercido de maneira inequívoca no prazo de trinta dias. Não se aplica o direito de preferência nos casos de perda da propriedade ou venda por decisão judicial, permuta, doação, integralização de capital, cisão, fusão e incorporação. O locatário, preterido no seu direito de preferência, poderá reclamar do alienante as perdas e danos ou, depositando o preço e demais despesas do ato de transferência, haver para si o imóvel locado. O prazo para tal é de seis meses, a contar do registro do ato no cartório de imóveis, desde que o contrato de locação esteja averbado pelo menos trinta dias antes da alienação do imóvel. Havendo condomínio no imóvel, a preferência do condômino terá prioridade sobre a do locatário.

DAS GARANTIAS LOCATÍCIAS (art. 37) O locador pode exigir do locatário, como garantia, a prestação de caução, fiança, ou seguro de fiança locatícia, e cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005). É vedada mais de uma modalidade de garantia num mesmo contrato de locação. Salvo disposição contratual em contrário, qualquer das garantias da locação se estende até a efetiva devolução do imóvel. Art. 38. A caução poderá ser em bens móveis ou imóveis. 1º A caução em bens móveis deverá ser registrada em cartório de títulos e documentos; a caução em bens imóveis deverá ser averbada à margem da respectiva matrícula. 2º A caução em dinheiro, que não poderá exceder o equivalente a três meses de aluguel, será depositada em caderneta de poupança, autorizada, pelo Poder Público e por ele regulamentada, revertendo em benefício do locatário todas as vantagens dela decorrentes por ocasião do levantamento da soma respectiva. 3º A caução em títulos e ações deverá ser substituída, no prazo de trinta dias, em caso de concordata, falência ou liquidação das sociedades emissoras. Art. 40. O locador poderá exigir novo fiador ou a substituição da modalidade de garantia, nos seguintes casos: I - morte do fiador; II - ausência, interdição, falência ou insolvência do fiador, declaradas judicialmente; III - alienação ou gravação de todos os bens imóveis do fiador ou sua mudança de residência sem comunicação ao locador; IV - exoneração do fiador; V - prorrogação da locação por prazo indeterminado, sendo a fiança ajustada por prazo certo; VI - desaparecimento dos bens móveis; VII - desapropriação ou alienação do imóvel; VIII - exoneração de garantia constituída por quotas de fundo de investimento; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005); IX - liquidação ou encerramento do fundo de investimento de que trata o inciso IV do art. 37 desta Lei (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005). Art. 41. O seguro de fiança locatícia abrangerá a totalidade das obrigações do locatário. Não estando a locação garantida por qualquer das modalidades, o locador poderá exigir do locatário o pagamento do aluguel e encargos até o sexto dia útil do mês vincendo. Constitui contravenção penal exigir o pagamento de quantia ou valor além do aluguel e encargos permitidos, exigir mais de uma modalidade de garantia num mesmo contrato de locação, e cobrar antecipadamente o aluguel, salvo os casos de locação para temporada ou locação sem garantia. 2. DA LOCAÇÃO RESIDENCIAL (ART. 46) Nas locações ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta meses, a resolução do contrato ocorrerá findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso. Findo o prazo ajustado, se o locatário continuar na posse do imóvel alugado por mais de trinta dias sem oposição do locador, presumir-se-á prorrogada a locação por prazo indeterminado, mantidas as demais cláusulas e condições do contrato. Ocorrendo a prorrogação, o locador poderá denunciar o contrato a qualquer tempo, concedido o prazo de trinta dias para desocupação. Quando ajustada verbalmente ou por escrito e como prazo inferior a trinta meses, findo o prazo estabelecido, a locação prorroga-se automaticamente, por prazo indeterminado. Nesse caso, somente pode ser retomado o imóvel: nos casos de mútuo acordo das partes;

decorrentes da prática de infração legal ou contratual, decorrentes da falta de pagamento do aluguel e demais encargos; para a realização de reparações urgentes determinadas pelo Poder Público; decorrentes de extinção do contrato de trabalho, se a ocupação do imóvel pelo locatário estiver relacionada com o seu emprego; se for pedido para uso próprio, de seu cônjuge ou companheiro, ou para uso residencial de ascendente ou descendente que não disponha, assim como seu cônjuge ou companheiro, de imóvel residencial próprio; se for pedido para demolição e edificação licenciada ou para a realização de obras aprovadas pelo Poder Público, que aumentem a área construída, em, no mínimo, vinte por cento ou, se o imóvel for destinado à exploração de hotel ou pensão, em cinqüenta por cento e se a vigência ininterrupta da locação ultrapassar cinco anos. 3 DA LOCAÇÃO PARA TEMPORADA Locação para temporada é aquela contratada por prazo não superior a noventa dias, destinada à residência temporária do locatário para prática de lazer, realização de cursos, tratamento de saúde, etc. O locador poderá receber de uma só vez, e antecipadamente, os aluguéis e encargos, bem como exigir do locatário, como garantia, a prestação de caução, fiança, ou seguro de fiança locatícia, sendo vedada mais de uma modalidade de garantia num mesmo contrato de locação. Findo o prazo ajustado, se o locatário permanecer no imóvel sem oposição do locador por mais de trinta dias, presumir-se-á prorrogada a locação por tempo indeterminado, não mais sendo exigível o pagamento antecipado do aluguel e dos encargos. 4 DA LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL Na locação comercial, o locatário terá direito à renovação do contrato, caso tenha sido ele celebrado por escrito e com prazo determinado. Nesse caso, o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos deve ser de cinco anos, e esteja o locatário explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. Ação renovatória é a modalidade da ação destinada a fazer valer o direto de renovação do contrato locatício, e deve ser proposta no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor. O locador não estará obrigado a renovar o contrato se: por determinação do Poder Público, tiver que realizar, no imóvel, obras que importarem na sua radical transformação; ou para fazer modificações de tal natureza que aumente o valor do negócio ou da propriedade; o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente. Nesse caso, o imóvel não poderá ser destinado ao uso do mesmo ramo do locatário, salvo se a locação também envolvia o fundo de comércio, com as instalações e pertences. Nas locações de imóveis utilizados por hospitais, unidades sanitárias oficiais, asilos, bem como de estabelecimento de saúde e de ensino autorizados e fiscalizados pelo Poder Público, bem como por entidades religiosas devidamente registradas, o contrato somente poderá ser rescindido nos casos de mútuo acordo; em decorrência da prática de infração legal ou

contratual; em decorrência da falta de pagamento do aluguel e demais encargos; para a realização de reparações urgentes determinadas pelo Poder Público; se o proprietário pedir o imóvel para demolição, edificação, licenciada ou reforma que venha a resultar em aumento mínimo de cinqüenta por cento da área útil. Quando o locatário for pessoa jurídica e o imóvel se destinar ao uso de seus titulares, diretores, sócios, gerentes, executivos ou empregados, considerar-se-á a locação como não residencial, de forma que as disposições que serão aplicadas são as da locação comercial. Nos demais casos de locação não residencial, o contrato por prazo determinado cessa, de pleno direito, findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso. Findo o prazo estipulado, se o locatário permanecer no imóvel por mais de trinta dias sem oposição do locador, presumir-se-á prorrogada a locação nas condições ajustadas, mas sem prazo determinado. O contrato de locação por prazo indeterminado pode ser denunciado por escrito, pelo locador, sendo concedidos ao locatário trinta dias para a desocupação.