Palavras-chave: Ensino Médio; Atividades teórico-práticas; Materiais biológicos; Instrumentação para o Ensino de Biologia.

Documentos relacionados
TÍTULO: AUTORES: ÁREA TEMÁTICA: INTRODUÇÃO

XI Encontro de Iniciação à Docência

INSTITUIÇÃO: ÁREA TEMÁTICA:

A CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS NO ENSINO FUNDAMENTAL: CITOLOGIA EM DESTAQUE

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de ciências, Metodologias, Palestra educativa.

INSTRUMENTOS DE ENSINO UTILIZADOS POR PROFESSORES DE CIENCIAS NATURAIS E SUAS IMPLICACOES NOS PROCESSSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM 1

ABORDAGEM POSITIVA DA BIOLOGIA COM UMA PERSPECTIVA NA CULTURA AFRO-BRASILEIRA

Milla Nunes de Sousa ¹; Natacha Oliveira de Souza ²; Elite Lima de Paula Zarate³.

A EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA: UMA VIVÊNCIA PARA TRANSFORMAR

TRILHANDO A CÉLULA EUCARIÓTICA: O LÚDICO NO ENSINO DE CITOLOGIA

O ENSINO DE BOTÂNICA COM O RECURSO DO JOGO: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS.

X Encontro de Extensão

O ENSINO DE GEOGRAFIA POR MEIO DA PRODUÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS NAS ESCOLAS DO CAMPO

PERCEPÇÃO DE PROFESSORES QUANTO AO USO DE ATIVIDADES PRÁTICAS EM BIOLOGIA

AULA PRÁTICA SOBRE MORFOLOGIA E HISTOLOGIA VEGETAL: UM INCENTIVO PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS COORDENAÇÃO DO CURSO DE PSICOLOGIA

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO SUPERIOR EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS MODALIDADE LICENCIATURA

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ

XI Encontro de Iniciação à Docência

INTERVENÇÃO Introdução a Microscopia: Visualizando Células Animais e Vegetais. Plano de Intervenção

O ENSINO DE MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA: PERCEPÇÃO DE ALUNOS DO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM UMA ESCOLA ATENDIDA PELO PIBID BIOLOGIA

Kits experimentais: uma contribuição no ensino de Biologia

SEQUÊNCIA DIDÁTICA BIOLOGIA. TÍTULO: ABP e ensino por investigação, como forma de investigar a fotossíntese endossímbiótica em animal

FERRAMENTA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE SOLO NO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM UMA ESCOLA DE PARNAÍBA- PIAUÍ

CONSTRUINDO MODELOS DE CÉLULAS ANIMAL E VEGETAL: UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO EM CIÊNCIAS DA NATUREZA

Plano de Ensino IDENTIFICAÇÃO. SEMESTRE DA TURMA: 1 O e 2 O ANO DA TURMA: 3 o ano EMENTA

ATIVIDADE LÚDICA "CRUZADA DOS PROTOZOÁRIOS": UMA ALTERNATIVA DIDÁTICA NO ENSINO DE BIOLOGIA.

ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA NA REDE PÚBLICA: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA

OFICINA TEMÁTICA: A EXPERIMENTAÇÃO NA FORMAÇÃO DOCENTE

USO DO JOGO BINGO ATÔMICO COMO AUXÍLIO PARA COMPREENSÃO DO CONTEÚDO DAS CARACTERÍSTICAS ATÔMICAS

CONTRIBUIÇÕES DA AUDIODESCRIÇÃO PARA O ENSINO DE CÉLULAS ANIMAIS NO ENSINO MÉDIO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Plano de Trabalho Docente Ensino Médio. Habilitação Profissional: Técnico em INFORMÁTICA PARA INTERNET Integrado ao Ensino Médio

ENSINO DE ZOOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO: AULA DE CONTRATURNO COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM

PLANO DE APRENDIZAGEM. CH Teórica: 60h CH Prática: 40 CH Total: 100h Créditos: 05 Pré-requisito(s): Não Período: II Ano:

Concepção dos Alunos de Ciências Biológicas Sobre as Atividades de Monitoria

5.10 MATRIZ CURRICULAR

MICROSCÓPIO CASEIRO: UMA ALTERNATIVA PARA A MELHORIA DO ENSINO DE CITOLOGIA NAS ESCOLAS COM AUSÊNCIA DE LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS.

PRODUTO EDUCACIONAL NO MUNDO DAS FOLHAS

PLANO DE CURSO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: Biologia Celular e Molecular

1- Introdução a ciência botânica: A conquista do ambiente terrestre

ATIVIDADES DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA: EXPERIÊNCIA DE MONITORIA DA DISCIPLINA METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

Desafios na educação: foco no apoio extraclasse

Horário de Aulas C. Biológicas (1º Período)

O JOGO TAPA CERTO DA BIOLOGIA COMO FERRAMENTA NO ENSINO DE CITOLOGIA. Palavras-chave: Aprendizagem, atividades práticas, capacidades, ensinar.

O EXERCÍCIO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO DE CIÊNCIAS ATRAVÉS DE OFICINA DE PRÁTICAS EXPERIMENTAIS NA EDUAÇÃO BÁSICA

1-INTRODUÇÃO. O Projeto PIBID Diversidade da UFCG possui subprojetos nas áreas de: Linguagens e

Avaliação do Desempenho Escolar

O MEIO LÚDICO COMO ESTRATÉGIA EM SALA DE AULA: JOGO EDUCATIVO SOBRE FONTES DE ENERGIA NO COTIDIANO

Matriz Curricular do Curso de Ciências da Natureza Licenciatura em BIOLOGIA (de em diante)

O JOGO DAS TRÊS PISTAS COMO PROPOSTA DIDÁTICA NO ENSINO DE ZOOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO

REGULAMENTO DE MONITORIA ACADÊMICA DO CURSO DE PSICOLOGIA

Projeto Pedagógico de Curso de Licenciatura em Biologia

XI Encontro de Iniciação à Docência

UTILIZAÇÃO DE JOGOS COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE BIOLOGIA

ABORDAGENS INOVADORAS PARA O ENSINO DE FÍSICA: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOBRE ENERGIA

APLICAÇÃO DO LED NO ENSINO DE FÍSICA

ASPECTOS BÁSICOS DA MORFOLOGIA HUMANA E SUAS CORRELAÇÕES COM A PRÁTICA CLÍNICA - EXPECTATIVAS E PERCEPÇÕES

A ELETROQUÍMICA DE FORMA DIFERENCIADA: O USO DA PILHA DE ÁGUA SANITÁRIA E SIMULAÇÃO DA ELETRÓLISE COMO INSTRUMENTO DIDÁTICO NA EJA

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, LICENCIATURA.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO JULIANA LEME MOURÃO ORIENTADOR: PAULO GUILHERMETI

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

O ESTÁGIO EM ENSINO DE BIOLOGIA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: fitoterapia e chás naturais

UFPB PRG X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

PALAVRAS-CHAVE: Pibid, Biologia, licenciatura, escola municipal.

Tipo do produto: Plano de aula

A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO NA FORMAÇÃO DO LICENCIANDO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: ANSEIOS E DIFICULDADES

RESOLUÇÃO N 051/2013- CONSU/UEAP

IMPACTO DA MONITORIA NA DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA BÁSICA DO CURSO DE FARMÁCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

LABORATORIO DE ENSINO DE CIENCIAS BIOLÒGICAS (LECBio) DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE): IDEALIZAÇÃO, OBJETIVOS E MOSTRA LECBIO

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DAS FUNÇÕES INORGÂNICA EM UMA ESCOLA ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE ESPERANÇA- PB

O BAFÔMETRO COMO RECURSO FACILITADOR DO ENSINO DAS REAÇÕES DE OXI-REDUÇÃO E DA CONCIENTIZAÇÃO DOS DISCENTES

SUBPROJETO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PIBID UFG/CAMPUS JATAI

PLANO DE APRENDIZAGEM. CH Teórica: 40h CH Prática: 20h CH Total: 60h Créditos: 03 Pré-requisito(s): - Período: V Ano:

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELÉM SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SEMEC CONCURSO PÚBLICO N.º 01/2011

PLANEJAMENTO DE ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA

O USO DA EXPERIMENTAÇÃO DE CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM TRÊS ESCOLAS DE BOM JESUS PIAUÍ

PREFEITURA MUNICIPAL DE JABOATÃO DOS GUARARAPES SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO ANEXO I

PLANO DE CURSO 3. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA:

REUNIÃO PEDAGÓGICA 04/04/2018 SEJAM BEM-VINDOS!

JOGOS EDUCATIVOS COMO FACILITADORES DO ENSINO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Integralização de Carga Horária Regulamento Institucional Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte

MATRIZ CURRICULAR ETAPA I ETAPA II ETAPA III

ELETROMAGNETISMO: UMA AULA PRÁTICA COM USO DA EXPERIMENTAÇÃO PARA ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO

PLANO DE APRENDIZAGEM. CH Teórica: 60h CH Prática: 40 CH Total: 100h Créditos: 05 Pré-requisito(s): Não Período: II Ano:

A IMPORTÂNCIA DE JOGOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE BIOLOGIA

Ensino Técnico Integrado ao Médio

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ UNESPAR PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ABAÇÃO

DESCOBRINDO A CIÊNCIA: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DE 6º ANO SOBRE O MÉTODO CIENTÍFICO.

Edital Pibid n 11 /2012 CAPES PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID. Plano de Atividades (PIBID/UNESPAR)

Disciplina: Anatomia e Histologia

ENSINO PRÁTICO E TEÓRICO DE FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA CELULAR

Palavras-chave: Formação de professor. Ensino de Química. Ensino Médio.

PLANO DE APRENDIZAGEM. CH Teórica: 40h CH Prática: 20h CH Total: 60h Créditos: 03 Pré-requisito(s): --- Período: IV Ano:

Plano de Atividade. Feira da profissão Biólogo

O PAP em números:

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS DE CAPANEMA CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA

Alunos, professores, demais profissionais da educação e de outras áreas interessadas nos temas.

A UTILIZAÇÃO DO LIVRO UMA PROFESSORA MUITO MALUQUINHA COMO METODOLOGIA NA DISCIPLINA DE LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO.

CÂMPUS SÃO LUÍS DE MONTES BELOS CURSO DE LETRAS REGULAMENTO DA PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE LETRAS

Transcrição:

4CCENDSEPEX01 MATERIAIS BIOLÓGICOS COMO INSTRUMENTOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM BIOLOGIA: CONSTRUINDO EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS Pedro Alberto Lacerda Rodrigues (1); Priscila Lima Jacob (1); Zoraida Maria Davino de Medeiros (3); Marsílvio Gonçalves Pereira (4); Vera Lúcia Araújo de Lucena (4) Centro de Ciências Exatas e da Natureza/Departamento de Sistemática e Ecologia/Probex RESUMO O desenvolvimento desse trabalho se dá no contexto do Programa de Bolsas de Extensão Universitária (PROBEX/PRAC/UFPB) e tem como intenção desenvolver formas interessantes de abordar os conteúdos escolares de Biologia na escola de ensino médio. Ao mesmo tempo têm a preocupação voltada para a formação inicial de professores de Ciências e de Biologia de modo a articular as dimensões teórico-práticas dessa formação. A escola onde se realizou essa experiência é o Lyceu Paraibano e foram atendidos um total de 680 estudantes que freqüentavam o 1º e o 2º ano do ensino médio. Com base nos resultados apresentados constatou-se um impacto positivo no desempenho dos estudantes, isso pode estar relacionado tanto a abordagem pedagógica utilizada como a riqueza de materiais instrumentais utilizados como elementos facilitadores do processo de ensino e de aprendizagem em Biologia. Palavras-chave: Ensino Médio; Atividades teórico-práticas; Materiais biológicos; Instrumentação para o Ensino de Biologia. INTRODUÇÃO Na maioria de nossas escolas, as aulas de Biologia e de Ciências, na forma em que são ministradas, não possibilitam que o alunado desenvolva uma aprendizagem efetiva dos conteúdos escolares, pois o estado de passividade desses é uma realidade escolar e é destacado como um dos fatores que influem negativamente no desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem nos diferentes níveis de escolaridade. O alunado perde o interesse diante de componentes curriculares que nada têm a ver com a sua vida, com suas preocupações. Muitas vezes decora, de forma forçada, aquilo que precisa saber para prestar exames e, passadas as provas, tudo cai no esquecimento. De acordo com Borges (1997), o ensino tradicional de ciências, da escola primária aos cursos de graduação, tem se mostrado pouco eficaz, seja do ponto de vista dos estudantes e professores, quanto das expectativas da sociedade. A escola tem sido criticada pela baixa qualidade do ensino, pela incapacidade em preparar os estudantes para ingressar no mercado de trabalho ou para ingressar na universidade. O autor escreve ainda que a escola tem sido criticada por não cumprir adequadamente seu papel de formação de crianças e adolescentes, e pelo fato de que o conhecimento que os alunos exibem ao deixar a escola é fragmentado e de limitada aplicação. 1) Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador.

Fazendo frente a essa problemática, a educação em Ciências e em Biologia deve proporcionar a todos os estudantes a oportunidade de desenvolver capacidades que neles despertem a inquietação diante do desconhecido, buscando explicações lógicas e razoáveis, levando os alunos a desenvolverem posturas críticas, realizar julgamentos e tomar decisões fundamentadas em critérios objetivos, baseados em conhecimentos compartilhados por uma comunidade escolarizada (Bizzo, 1998). Desse modo, existe uma necessidade muito grande de desenvolvimento de metodologias para o ensino de Biologia e de Ciências, utilizando-se de materiais de baixo custo, visando melhores condições de ensino ao mesmo tempo em que pode proporcionar ao alunado, um contato mais direto com os objetos de estudo ou em reálias ou através de modelos e também com a utilização de materiais convencionais ou alternativos a esses. OBJETIVOS Para contribuir com a melhoria da qualidade de ensino de Biologia no ensino médio, este trabalho tem como objetivo utilizar recursos auxiliares de baixo custo e/ou de fácil acesso por meio de trabalho instrumental de coleta, preparação, adaptação, utilização e avaliação de materiais biológicos como instrumentos didáticos numa abordagem de ensino construtivista e, desta forma, proporcionar uma aprendizagem dessas alternativas e abordagem metodológica de ensino, em ações dirigidas a alunos do ensino médio do Lyceu Paraibano e a estudantes do curso de Ciências Biológicas (habilitação Licenciatura) da UFPB. METODOLOGIA Esse trabalho foi desenvolvido durante o ano letivo de 2007 e foram ministradas aulas teórico-práticas de Biologia no Lyceu Paraibano, escola pública tradicional de grande importância para a história da educação na Paraíba. Trabalhou-se com sete turmas de primeiro ano e sete turmas de segundo ano, de modo a atender um total de 315 e 365 alunos respectivamente. Para o desenvolvimento das atividades teórico-práticas e como incentivo aqueles alunos mais aplicados em Biologia, foi realizada uma seleção de monitores para auxiliarem no decorrer das atividades programadas. Ocorreu uma capacitação desses monitores que corresponderam a 14 alunos do primeiro ano e 14 alunos do segundo ano que ao final da capacitação receberam um certificado. Para a seleção de conteúdos que serviram de base para o trabalho, tomou-se como referencial o planejamento curricular de Biologia da escola. Assim os conteúdos trabalhados foram os seguintes, nas turmas do 1º ano: (1) Diferenciação da célula animal e vegetal; (2)

Extração de DNA e (3) Histologia Animal; e nas turmas do 2º ano: (1) Morfologia vegetal de folha e flor e (2) Morfologia e diversidade de Fungos. As atividades teórico-práticas foram ministradas no Laboratório de Química e Biologia da escola. As turmas foram divididas em três grupos de alunos. Cada atividade tinha uma duração de 90 minutos. Todos os conteúdos citados foram trabalhados de modo a contemplar os conhecimentos prévios dos alunos e articular a teoria com a prática. Para efeito de avaliação do trabalho, foi aplicado um pré-teste no início e um pós-teste ao final de cada aula, que continham questões relacionadas ao tema da atividade programada. Utilizou-se em todas as atividades materiais diversos, bem como os livros didáticos dos alunos, a exemplo de LOPES, 2006 e AMABIS e MARTHO, 2001. Os materiais utilizados foram diversificados como materiais de laboratório e/ou alternativos (lâminas, lamínulas, microscópio óptico, espátula, azul de metileno, álcool isopropílico, papel de filtro, béquer, funil, tubos falcon, bastão de vidro, estilete, palitos de sorvete) e como materiais biológicos (flores, folhas, fungos, leveduras, cebola, DNA e lâminas com material histológico). RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados referentes ao desempenho dos alunos frente aos pré e pós-testes são apresentados na forma de gráficos. 17% PRÉ-TESTE PÓS-TESTE 83% Gráfico 1:Valores em percentual dos pré e pós-testes aplicados nas turmas do 1º ano do Ensino Médio referentes a aula de Extração de DNA.

31% PRÉ-TESTE PÓS-TESTE 69% Gráfico 2:Valores em percentual do pré e pós-testes aplicados nas turmas do 1º ano do Ensino Médio referentes a aula de Diferenciação Animal e Vegetal. 31% 69% PRÉ-TESTE PÓS-TESTE Gráfico 3: Valores em percentual dos pré e pós-testes aplicados nas turmas do 1º ano do Ensino Médio referentes à aula de Histologia Animal. 30% Pré-teste Pós-teste 70% Gráfico 4: Valores em percentual dos pré e pós-testes aplicados nas turmas do 2ª ano do Ensino Médio referentes à aula de Morfologia Vegetal de Folha e Flor.

25% Pré-teste Pós-teste 75% Gráfico 5: Valores em percentual dos pré e pós-testes aplicados nas turmas do 2º ano do Ensino Médio referentes à aula de Morfologia e diversidade de fungos. A análise do conjunto de respostas apresentadas pelos alunos contribui para demonstrar que o professor deve trabalhar para que o aluno construa seus conhecimentos e busque sua promoção através do diálogo, conhecendo sua opinião sobre a aula desenvolvida. Ao analisarmos os desempenhos dos alunos do 1º ano e do 2º ano podemos observar que nas aulas do 1º ano, os estudantes na aula de extração de DNA obteve o maior destaque com 83% (oitenta e três por cento) de desempenho no pós teste (gráfico 1) e nas aulas de diferenciação animal e vegetal e histologia animal tiveram o mesmo rendimento de 69% (sessenta e nove por cento) no pós teste (gráficos 2 e 3). Já nas aulas do 2º ano, os estudantes tiveram o maior desempenho na aula sobre morfologia e diversidade de fungos com 75% (setenta e cinco por cento) e na aula de morfologia vegetal de folha e flor o rendimento no pós teste foi de 70% (setenta por cento). De acordo com esses resultados, constata-se que houve um aumento significativo na compreensão dos assuntos abordados em sala de aula, tanto pelas turmas do 1º ano como pelas turmas do 2º ano, como também uma relevante aceitação dos alunos acerca dos conteúdos e da forma na qual tais assuntos foram abordados e ensinados. CONCLUSÕES Trabalhar numa abordagem construtivista de ensino e aprendizagem, bem como utilizar materiais biológicos e outros de fácil acesso pela comunidade escolar, faz do ensino e aprendizagem de Ciências/Biologia, uma atividade prazerosa aliada à efetividade dos objetivos educacionais da escola. A abordagem pedagógica aqui utilizada está relacionada com o incremento dos resultados dos estudantes frente ao ensino dos conteúdos de Biologia, pela diferença entre os resultados dos pré e do pós- testes.

Pode-se dizer que a metodologia de ensino empregada e o uso de materiais diversos facilitam e estimulam a aprendizagem dos alunos pela dinâmica associada a articulação que se faz entre a teoria e a prática e também com a vida cotidiana dos alunos. Para os bolsistas foi muito importante a participação no projeto, pois nos ajudou a crescer profissionalmente, aprender a se relacionar com as mais diversas pessoas, aprender sobre a psicologia que deve ser usada para cada turma e principalmente foi de grande importância para nós aprendermos a ficar mais livres e soltos em dar aulas, seminários, palestras, influenciando positivamente nosso futuro como professor. REFERÊNCIAS LOPES, S. Biologia. 1.ed.São Paulo:Ed. Saraiva, 2006. AMABIS J. M.; MARTHO G. R. Conceitos de Biologia São Paulo: Ed. Moderna, 2001. BORGES, A. T. O papel do laboratório no ensino de ciências. In MOREIRA, M. A.; ZYLBERSZTA J. N. A.; DELIZOICOV, D. & ANGOTTI, J. A. P. Atlas do I Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de Ciências. Editora da Universidade UFRGS, Porto Alegre, RS, 1997. 2 11. BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil. São Paulo:Ed. Ática,1998.144p.