UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO UNICID Investigação Empresarial Tema: Furto interno nas Empresas Professor Átila Marcondes Terra Grupo 2 Bruno Alves de Souza Lopes Claudomiro Caetano Ferreira Glauber James Lucato Vanderlei Santicioli São Paulo 2010
Introdução: Hoje as empresas além de se preocupar com os furtos praticados por terceiros, pessoas que vêem de fora, têm investido muito no combate ao furto interno, furtos esses praticados pelos próprios funcionários, terceirizados e temporários em alguns casos até funcionários de alto escalão. Os investimentos vão desde a contratação empresas de segurança até a tecnologia moderna instaladas na empresa a fim de inibir e combater esses furtos que geram prejuízos altos para as empresas.
As Principais Causas: Podemos classificar as principais causas de furtos internos nas empresas como três pilares: Oportunidade: A existência de sistemas de controle deficiente, ausência de segregação de atividades e abuso de autoridade facilitam a ação dos furtadores, que exploram erros prévios. Pressão: No caso, a pressão é exercida sobre o furtador, que pode estar com dívidas, dificuldades familiares, doenças na família, ter vícios ou simplesmente estar querendo se vingar do empregador, ou de algum superior imediato. Racionalização: Completando o quadro, o furtador passa a justificar seus atos, alegando, por exemplo, que: não recebe o suficiente pelo que faz, todos fazem o mesmo, a empresa tem como pagar Dentre as formas de prevenção, destaca a importância de se conhecer os antecedentes do funcionário. Segundo a auditoria, que uma grande parte das empresas não realiza o levantamento de ficha, ou seja, não entram em contato com antigos empregadores na tentativa de entender o porquê do desligamento. Outro fator importante é a adoção de sistemas de controles mais eficientes, uma vez que, em mais da metade dos casos de furtos, o problema é identificado pelos controles internos. Outras fontes importantes no combate às fraudes são: auditória interna, informações dos funcionários via canais de comunicação. Uma vez confirmado o furtador, a maioria opta pela demissão do funcionário. Preocupado com a situação, a maioria dos executivos entrevistados afirmou que está investindo na melhoria dos controles internos. Mas, a maioria deles acredita que seja preciso combinar esta ação com o planejamento de diretrizes sobre integridade e ética profissional. Atualmente a poucas empresas adotam este tipo de procedimento. Mais da metade dos funcionários que comente furtos contra a empresa trabalham pertencem ao alto escalão.
Medidas a serem adotadas visando inibir e evitar: Uma solução eficaz para diminuir os furtos inibindo e evitando, são as instalações de sistema de segurança, monitoramento por câmeras (CFTV), catracas eletrônicas, controles de entrada e saída dentre outros. Os funcionários quando nota que a empresa está investindo em segurança tem consciência de que ele mesmo faz parte daquele processo. Com equipamento de segurança, aquele que furtava pára de roubar e o que continuar, acabará sendo pego e sendo demitido por justa causa e dependendo do montante acabará sendo indiciado por crime de furto Art. 155. Um procedimento importante para reduzir perdas é identificar quais são os Produtos de Alto Risco (PAR). Aparelhos e lâmina de barbear são mercadorias muito visadas. São fáceis de levar e têm venda garantida no mercado ilegal. A superexposição também pode facilitar o roubo. Às vezes, é necessário diminuir a quantidade dos produtos em exposição. Uma boa forma de incentivar os funcionários a atingir metas na redução de furtos é por meio de política de premiação. A grande maioria dos funcionários acaba informando a segurança que funcionários estão praticando furtos de mercadorias, ativo e outros. Entre as ações, estão: participação dos funcionários nos lucros da empresa; remuneração variável atrela aos resultados de perdas; incentivo financeiro para denúncias procedentes; implantação de telefone de denúncia e de informações; programa de comunicação de prevenção de perdas (mural de avisos, jornais, revistas, artigos etc) e introdução de processos mais cuidadosos no recrutamento e seleção dos funcionários. Denuncia; Casos de Furtos internos nas empresas: No dia 15/01/2010, colaboradores do período noturno, informaram que alguns funcionários estavam em atitude suspeitas, bem como os modus operand dos envolvidos. Averiguação; Como o local é monitorado 24h, foram revistas imagens anteriores e foi realmente constatado que a denuncia procedia, pois a atitude dos colaboradores era suspeita e os modos operand que foi narrado pelos funcionários batiam com as imagens gravadas. Diante dos fatos e imagens, foi informada a gerência da ocorrência e solicitado autorização para intervir na ação de possível desvio de mercadorias. Campana;
No mesmo dia da denuncia, foi montada uma campana no local a fim de pegar os envolvidos no na ocorrência. Ao chegar ao local verificamos que as imagens não estavam reportando à central de monitoramento, então optamos por abortar a missão, pois nada podia dar errado na ação. No dia seguinte enviamos uma equipe no local para acertar o reporte das imagens para a central de monitoramento. No dia 20/01/2010, foi montada nova campana no local, vistos que os envolvidos estariam de serviço naquele dia e as imagens estavam chegando na central 100%. Com ajuda da tele-vigilância à distância e o pessoal da central de monitoramento, passamos a monitorar o local em tempo real. Abordagem; Quando os colaboradores saíram com o carrinho de repleto de mercadorias, nos dirigimos até eles e solicitamos nota fiscal das mercadorias. Os mesmos disseram que as mercadorias eram de uma terceira pessoa e que a mesma estava com da nota fiscal. Ao serem convidados a retornarem à loja para que continuássemos a conversa, foi perguntado a um deles se iria continuar com aquela versão que as mercadorias eram de outra pessoa. Diante dos fatos um deles acabou confessando que estava furtando as mercadorias e que seu parceiro não sabia de nada, apenas estava dando uma carona. Demissão por justa causa; Foi aplicada a dispensa por justa causa nos envolvidos, por infringirem o código de ética da Cia. Solicitação de viatura; Foi acionada uma viatura para conduzirem os mesmos ao DP. Delegacia de Polícia; Diante dos fatos, os funcionários foram presos em flagrante por furto qualificado artigo 155 $4º do Código Penal. Recuperação de mercadorias; As mercadorias foram devolvidas à loja onde foi evitado um prejuízo de R$ 2.038,00. Relatório; Foi elaborado o relatório dos fatos, anexados imagens, boletim de ocorrência, Relatório de ocorrência da central de monitoramento e encaminhado ao Gerente de Segurança Patrimonial.
Perfil do Furtador: Os casos de furtos envolvendo funcionários de empresas vêm crescendo nos últimos anos, e já preocupam os dirigentes de empresas de médio e grande porte. Quem são os responsáveis por tais atos? Segundo o levantamento, a maioria dos responsáveis por atos de furtos nas empresas é composta por homens com idade entre 26 e 40 anos, que ocupam cargos hierarquicamente pouco elevados, pouco menos da metade tem salários entre R$ 1 mil e R$ 3 mil. Porém, como ressalta o levantamento, ainda que mais raras, os furtos praticados por diretores ou presidentes acarretam perdas mais significantes para as empresas. Na maioria parte dos casos, as perdas são relativamente pequenas, abaixo de R$ 1 mil. Porém em 2% dos casos, envolvem mais de R$ 10 milhões. Em mais da metade dos casos (58%), os furtos são praticados por funcionários das empresas, o restante é composto por prestadores de serviço (18%), fornecedores (14%) e, em casos esporádicos, por clientes (8%). Ainda mais preocupante é a constatação de que, são funcionários com algum tempo de casa. Conclusão: O grupo concluiu que não importa a circunstância do furto e de quem pratica, pois se trata de uma atitude criminosa e viciosa, devem ser punidos na forma da lei. Os meios não justificam os fins. As empresas devem seguir a risca as orientações do Setor de Segurança Patrimonial que descreve. A contratação de um funcionário, prestador de serviço e etc, devem ser analisados sempre e sem exceção, pois o furtador não tem cara, não tem jeito, tem oportunidades causadas pelas falhas nos processos em geral.