MÓDULO 9 9.6 GUARDA E AFIXAÇÃO DE DOCUMENTOS



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Transcrição:

MÓDULO 9 OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS 9.6 GUARDA E AFIXAÇÃO DE DOCUMENTOS

SUMÁRIO ASSUNTO PÁGINA 9.6. GUARDA E AFIXAÇÃO DE DOCUMENTOS... 3 9.6.1. INTRODUÇÃO... 3 9.6.2. AFIXAÇÃO DE DOCUMENTOS... 3 9.6.2.1. QUADRO DE HORÁRIO... 3 9.6.2.2. TRABALHO DO MENOR... 3 9.6.2.3. GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL... 3 9.6.2.4. CONVENÇÕES E ACORDOS COLETIVOS DE TRABALHO... 3 9.6.2.5. FÉRIAS COLETIVAS... 3 9.6.2.6. CONTRATO DE TRABALHO INSTITUÍDO PELA LEI 9.601... 4 9.6.2.7. ESCALA DE REVEZAMENTO... 4 9.6.2.8. MAPA DE RISCOS... 4 9.6.2.9. CIPA... 4 9.6.2.10. CRECHE... 4 9.6.2.11. MATERIAIS NOCIVOS À SAÚDE... 4 9.6.2.12. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS... 4 9.6.2.13. CALDEIRAS... 5 9.6.2.14. CONSTRUÇÃO, DEMOLIÇÃO E REPAROS... 5 9.6.2.15. EXPLOSIVOS... 5 9.6.2.16. EXTINTORES DE INCÊNDIO... 5 9.6.2.17. MANUSEIO DE MATERIAIS... 6 9.6.2.18. ÁGUA... 6 9.6.3. GUARDA DE DOCUMENTOS... 6 9.6.3.1. PREVIDÊNCIA SOCIAL... 6 9.6.3.2. FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO... 6 9.6.3.3. PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL... 6 9.6.3.4. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL... 6 9.6.3.5. CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS... 7 9.6.3.6. SEGURO-DESEMPREGO... 7 9.6.3.7. SALÁRIO-EDUCAÇÃO... 7 9.6.3.8. LEGISLAÇÃO DO TRABALHO... 7 9.6.3.9. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO... 8 9.6.3.10. COFINS... 8 FASCÍCULO 9.6 COAD 2

9.6. GUARDA E AFIXAÇÃO DE DOCUMENTOS 9.6.1. INTRODUÇÃO A fiscalização do trabalho e da Previdência Social tem livre acesso a todas as dependências dos estabelecimentos sujeitos a inspeção. As empresas, por intermédio de seus dirigentes ou prepostos, estão obrigadas a prestar todos os esclarecimentos necessários à fiscalização e a exibir, quando exigidos, quaisquer documentos que digam respeito ao fiel cumprimento das normas de proteção ao trabalho. As empresas também estão obrigadas a fixar, em local visível, documentos e avisos que, além de atender à fiscalização, também são de interesse dos empregados. 9.6.2. AFIXAÇÃO DE DOCUMENTOS Muitas empresas desconhecem a obrigatoriedade de afixarem determinados documentos em lugar visível e de livre acesso, tanto para a fiscalização quanto para seus empregados. A não afixação dos documentos, pode implicar pagamento de multas. A seguir, estamos discriminando os documentos que a legislação determina que sejam afixados. A empresa deve observar os acordos e convenções coletivas, pois estes também podem determinar a afixação de algum documento. 9.6.2.1. QUADRO DE HORÁRIO O horário de trabalho deve constar de quadro, devidamente organizado conforme modelo expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego a ser afixado em lugar bem visível da empresa. Não sendo o horário de trabalho uniforme para todos os empregados de uma mesma seção ou turma, o referido quadro deverá ser discriminativo. O Ministério do Trabalho e Emprego adotou modelo único de Quadro de Horário, que pode ser adquirido em papelarias, onde deve constar, dentre outros, o nome do empregado, sua função, Carteira de Trabalho e Previdência Social, horário de entrada, intervalo e saída e o descanso semanal. A empresa que adotar registros manuais, mecânicos ou eletrônicos, individualizados de controle de horário de trabalho, contendo a hora de entrada e saída, bem como a pré-assinalação do período de repouso ou alimentação, fica dispensada do uso de quadro de horário. 9.6.2.2. TRABALHO DO MENOR Da mesma forma, o horário de trabalho dos menores deve constar de Quadro de Horário afixado em local visível, devendo a empresa ainda afixar, em local visível e com caracteres facilmente legíveis, as disposições do trabalho do menor, ou seja, a reprodução dos artigos 402 ao 441 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 9.6.2.3. GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Todas as empresas estão obrigadas a manter pelo período de 1 mês cópia da GPS afixada junto ao Quadro de Horário de trabalho de seus empregados. As empresas que não estejam obrigadas a afixar o Quadro de Horário devem manter a cópia da GPS em local visível. 9.6.2.4. CONVENÇÕES E ACORDOS COLETIVOS DE TRABALHO Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. Os sindicatos representativos de categorias profissionais podem celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes às respectivas relações de trabalho. As Convenções e Acordos devem ser celebrados por escrito, sem emendas e rasuras, em tantas vias quantos forem os sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, devendo cópias autênticas ser afixadas de modo visível nas respectivas sedes e nos estabelecimentos das empresas, dentro de 5 dias da data do depósito no Ministério do Trabalho e Emprego. 9.6.2.5. FÉRIAS COLETIVAS Férias coletivas é a concessão simultânea de períodos de descanso, extensivos a todos os empregados da empresa ou apenas aos empregados de determinados setores, estabelecimentos ou seção. Para que todos os empregados abrangidos tomem ciência da adoção da medida coletiva, deve ser afixado um aviso, em local visível do estabelecimento em que os mesmos trabalhem, devendo ser obedecido o prazo de 15 dias de antecedência da data de início das férias coletivas. FASCÍCULO 9.6 COAD 3

9.6.2.6. CONTRATO DE TRABALHO INSTITUÍDO PELA LEI 9.601 A Lei 9.601/98 instituiu uma modalidade de contrato de trabalho por prazo determinado, que tem por finalidade aumentar o número de empregados da empresa. Esta modalidade de contrato não pode ser livremente celebrado entre as partes; deve haver a intermediação do sindicato que represente a categoria profissional dos empregados. O empregado deve afixar, no quadro de avisos da empresa, cópia da convenção ou acordo coletivo de trabalho e da relação dos contratados, que conterá, dentre outras informações, o nome do empregado, o número de inscrição no PIS/PASEP e as datas de início e término do contrato por prazo determinado. 9.6.2.7. ESCALA DE REVEZAMENTO Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado, que consiste em um dia de descanso semanal de 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, também nos feriados civis e religiosos. As empresas legalmente autorizadas a funcionar aos domingos, exceto o comércio varejista em geral, devem elaborar, para os homens, uma escala de revezamento ou folga, mensalmente organizada, a fim de que, pelo menos em um período máximo de 7 semanas de trabalho, cada empregado usufrua um domingo de folga. No caso de trabalho da mulher, deve ser organizada uma escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical. A legislação estabelece tratamento diferenciado para o comércio varejista em geral, determinando que este fica autorizado a abrir aos domingos, desde que observada a legislação municipal. Neste caso, o repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez no período máximo de 4 semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e outras previstas em acordo ou convenção coletiva. A escala deve constar de quadro sujeito à fiscalização, sendo afixado em local visível. 9.6.2.8. MAPA DE RISCOS Dentre as atribuições da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) está a elaboração do Mapa de Riscos. Esse Mapa tem como finalidade apontar os riscos ocupacionais existentes na empresa. O Mapa de Riscos deve ser elaborado sobre o layout da empresa em geral ou por setor, com indicações através de círculos e cores. O Mapa de Riscos deve ser afixado em cada local analisado de forma visível e de fácil acesso para os trabalhadores. 9.6.2.9. CIPA Os estabelecimentos obrigados a organizar a CIPA estão obrigados a divulgar o edital do processo eleitoral, em locais de fácil acesso e visualização, no mínimo 45 dias antes da data marcada apara a eleição. 9.6.2.10. CRECHE Nos estabelecimentos em que trabalhem, pelo menos, 30 mulheres com idade superior a 16 anos, é obrigatória a existência de local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar, sob vigilância, seus filhos no período de amamentação. Para se eximirem da exigência de manutenção de local apropriado para a guarda dos filhos de suas empregadas no período de amamentação, os empregadores têm uma outra alternativa que é o sistema de reembolso-creche. Esse sistema consiste em o empregador cobrir, integralmente, as despesas com pagamento da creche de livre escolha da empregada-mãe, pelo menos até os 6 meses de idade da criança. Adotado o sistema, os empregadores devem afixar em locais de livre acesso, para ciência das empregadas, avisos notificando a existência do sistema e dos procedimentos a serem adotados para a obtenção do mencionado benefício. 9.6.2.11. MATERIAIS NOCIVOS À SAÚDE Nos locais de trabalho onde forem utilizados, manipulados ou transportados substância e material perigoso ou nocivo a saúde do trabalhador, será obrigatória a afixação de avisos ou cartazes alertando sobre tal situação. FASCÍCULO 9.6 COAD 4

9.6.2.12. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Nas instalações elétricas sob tensão, sujeitas a risco de contato durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco. Quando os dispositivos de interrupção ou de comando não puderem ser manobrados, por questão de segurança, principalmente em casos de manutenção, devem ser cobertos por uma placa que indique a proibição, com letreiro visível a olho nu a uma distância mínima de 5 metros e uma etiqueta que informe o nome da pessoa encarregada de recolocação, em uso normal, do referido dispositivo. 9.6.2.13. CALDEIRAS Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia. Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações: a) fabricante; b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira; c) ano de fabricação; d) pressão máxima de trabalho admissível; e) pressão de teste hidrostático; f) capacidade de produção de vapor; g) área de superfície de aquecimento; h) código de projeto e ano de edição. Além da placa de identificação, devem constar, em local visível, a categoria da caldeira e seu número ou código de identificação. 9.6.2.14. CONSTRUÇÃO, DEMOLIÇÃO E REPAROS O canteiro de obra, das indústrias da construção civil, deve ser sinalizado com o objetivo de: a) identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras; b) indicar as saídas por meio de dizeres ou seta; c) manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares; d) advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das máquinas e equipamentos; e) advertir quanto a risco de queda; f) alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho; g) alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste; h) identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra; i) advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for inferior a 1,80 m; j) identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioativas; l) deve ser fixada uma placa no interior do elevador de material, contendo a indicação de carga máxima e a proibição de transporte de pessoas; m) em caso de utilização de elevador de passageiros para transporte de cargas ou materiais não simultâneos, deverá haver sinalização por meio de cartazes em seu interior, onde conste, de forma visível, os seguintes dizeres, ou outros que traduzam a mesma mensagem: É PERMITIDO O USO DESTE ELEVADOR PARA TRANSPORTE DE MATERIAL, DESDE QUE NÃO REALIZADO SIMULTÂNEO COM O TRANSPORTE DE PESSOAS. No canteiro de obra devem ser colocados cartazes alusivos à prevenção de acidentes e doenças de trabalho, em local visível para os trabalhadores. 9.6.2.15. EXPLOSIVOS Os locais de armazenagem de explosivos e a respectiva área de segurança devem ser providos de placas com dizeres: É proibido fumar e Explosivo, de fácil visualização para que possam ser observadas por todos que tenham acesso. Nos trabalhos confinados, assim entendidos aqueles que exponham os empregados a riscos de asfixia, explosão, intoxicação e doença do trabalho, devem ser colocadas, em local de fácil acesso, placas com a inscrição Risco de Incêndio ou Risco de Explosão. Essa mesma advertência deve ser colocada nos locais onde são executadas pinturas, aplicação de laminados, pisos, papéis de parede e similares, com emprego de cola, bem como nos locais de manipulação e emprego de tintas, solventes e outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas. FASCÍCULO 9.6 COAD 5

9.6.2.16. EXTINTORES DE INCÊNDIO Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas. Cada extintor deve ter etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com informações relativas à data em que foi carregado, data para recarga e número de identificação. 9.6.2.17. MANUSEIO DE MATERIAIS Em todo equipamento para operação de elevadores, guindastes, transportadoras industriais e máquinas transportadoras, será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida. 9.6.2.18. ÁGUA Nos locais de trabalho onde for utilizada água que não seja potável, esta deverá ficar em local separado, devendo ser afixado aviso de advertência da impossibilidade de consumo. 9.6.3. GUARDA DE DOCUMENTOS Para resguardar os interesses dos trabalhadores e do fisco, os documentos inerentes à vida da empresa devem ser arquivados por determinado tempo, de acordo com a respectiva legislação de regência, para serem apresentados à fiscalização sempre que solicitados. 9.6.3.1. PREVIDÊNCIA SOCIAL Para atender a legislação de custeio da Seguridade Social, a empresa é obrigada a: a) preparar folhas de pagamento das remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados a seu serviço, devendo manter, em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pagamentos; b) lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos; c) aprestar ao INSS todas as informações cadastrais financeiras e contábeis, de acordo com os interesses desse órgão; d) encaminhar ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre seus empregados, até o dia 10 de cada mês, cópia da GPS relativa à competência anterior, mantendo em seus arquivos a prova do recebimento pelo sindicato; e) afixar a cópia da GPS, durante o período de um mês junto ao quadro de horário, ou, quando for o caso, em local visível; f) comunicar os acidentes do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência. No caso de morte, o acidente deve ser comunicado de imediato à autoridade competente. Os documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações mencionadas na letras a a f anteriores devem ficar arquivados na empresa, à disposição da fiscalização, durante 10 anos. A comprovação dos pagamentos de benefícios reembolsados à empresa também deve ser mantida à disposição da fiscalização durante 10 anos. A legislação previdenciária estabelece em 10 anos o direito de a Previdência Social apurar e constituir seus créditos, contados: a) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído; b) da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuado. No caso de segurado empresário ou autônomo equiparados, extingue-se em 30 anos o direito de a seguridade social apurar e constituir seus créditos, para fins de comprovação de atividade e obtenção de benefícios. Esse prazo aplica-se aos fatos geradores ocorridos a partir da competência janeiro de 1986. 9.6.3.2. FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO É de 30 anos o prazo de prescrição dos depósitos do FGTS. Por essa razão, antes de a empresa destruir os documentos inerentes à relação empregatícia, deve observar o prazo prescricional dos depósitos do FGTS, pois alguns desses deverão ser conservados, pelo menos, por 30 anos, além é claro das Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP) e Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS e Informações à Previdência Social (GRFP). 9.6.3.3. PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL Os contribuintes do PIS devem manter, pelo prazo de 10 anos a partir da data fixada para o recolhimento, os documentos comprobatórios dos pagamentos efetuados e da base de cálculo das contribuições. Apesar de a legislação não ter feito menção a RAIS, entendemos que, como esta é indispensável para o recebimento do abono do PIS, a mesma deva permanecer arquivada por, pelo menos, 10 anos. Assim, a RAIS, os DARF em que foram recolhidas as contribuições e os documentos referentes à base de cálculo da contribuição devem ficar arquivados por pelo menos 10 anos. FASCÍCULO 9.6 COAD 6

9.6.3.4. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL A contribuição sindical devida por empregados, trabalhadores autônomos, profissionais liberais e empresas não recebeu pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ou ato complementar, tratamento diferenciado relativo à decadência e prescrição, em relação ao Código Tributário Nacional (CTN), pelo que infere-se que àquela contribuição aplicam-se as normas dispostas no CTN. O CTN estabelece que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 anos. O referido prazo é contado do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento do crédito tributário poderia ser procedido ou da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Assim, com base no CTN, as Guias de Recolhimentos da Contribuição Sindical devem ser conservadas pela prazo de 5 anos. 9.6.3.5. CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS A empresa que admitir, transferir ou desligar empregados fica obrigada a fazer a respectiva comunicação ao Ministério do Trabalho e Emprego. Essa comunicação deve ser realizada através de formulário padronizado, denominado Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. O referido formulário deve ficar à disposição da fiscalização pelo período de 36 meses. 9.6.3.6. SEGURO-DESEMPREGO Ao empregado demitido sem justa causa, devem ser entregues os formulários destinados à solicitação do Seguro-Desemprego Comunicação de Dispensa (CD) e Requerimento de Seguro-Desemprego (SD). A parte inferior do formulário CD, destacável, será o comprovante do empregador da entrega do formulário, devendo ser guardada pelo prazo de 5 anos, contados a partir da data da dispensa. 9.6.3.7. SALÁRIO-EDUCAÇÃO A empresa deve manter guardados, durante 10 anos, os documentos relativos ao atendimento dos alunos beneficiários para eventuais comprovações perante os órgãos fiscalizadores. 9.6.3.8. LEGISLAÇÃO DO TRABALHO Toda empresa deve ter livro de Inspeção do Trabalho, no qual o Agente de Inspeção do Trabalho registrará sua visita ao estabelecimento, declarando data e hora do início e término da visita, bem como o resultado da inspeção. Sendo a legislação omissa com relação ao prazo de guarda do mesmo e considerando que a sua finalidade é a deregistrar ocorrências, entende-se que uma vez esgotados seus espaços, a empresa poderia deixar de guardá-lo. Com o advento da Constituição Federal de 1988, os créditos resultantes da relação de trabalho prescrevem em 5 anos para o trabalhador urbano, até o limite de 2 anos após a extinção do contrato. No caso de trabalhador rural, a prescrição somente ocorre 2 anos após a extinção do contrato de trabalho. O prazo prescricional não se aplica aos trabalhadores menores de 18 anos. Assim, no caso do trabalhador urbano, decorrido o prazo de 5 anos, a empresa poderia se descartar dos documentos inerentes à relação empregatícia, tais como: acordo de compensação das horas; acordo de prorrogação de horas; recibos de pagamentos de salários, de férias e do 13º salário; livros, cartão ou fichas de ponto; recibo de entrega do vale-transporte. Decorrido o prazo de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho, a empresa pode se descartar dos seguintes documentos: Comunicação do Aviso Prévio; Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho; Carta com Pedido de Demissão. Após os 2 anos da extinção do contrato de trabalho, sem que tenha havido reclamação na justiça do trabalho, a empresa poderá também se desfazer dos documentos dos quais a legislação exige o prazo de guarda de 5 anos. Dessa forma, convém que seja mantida a documentação relativa às relações de trabalho pelos prazos mencionados, pelo menos, visto que durante a fluência dos mesmos, havendo fiscalização e/ou reclamação trabalhista ajuizada, a empresa terá que apresentar provas documentais em sua defesa. No caso do trabalhador rural e do menor, o tempo de guarda deverá obedecer o prazo de prescrição previsto para os mesmos. Quanto aos Livros ou Fichas de Registro de Empregados, é aconselhável que sejam conservados por prazo indeterminado, pois esses documentos são de incontestável valor para efeito de comprovação de tempo de serviço de empregados ou ex-empregados, para fins de obtenção de benefícios previdenciários, principalmente da aposentadoria. Da mesma forma, os Contratos de Trabalho devem ser conservados por prazo indeterminado. FASCÍCULO 9.6 COAD 7

9.6.3.9. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO As empresas devem obrigatoriamente observar as normas regulamentadoras de segurança e medicina do trabalho, em todos os locais de trabalho sujeitos às disposições da CLT. As normas regulamentadoras aplicam-se, no que couber, a cada empresa. Assim, a aplicação das normas será observada de acordo com a atividade desenvolvida pela empresa. A seguir, relacionamos os documentos mais comuns e o tempo de guarda dos mesmos: o histórico clínico do empregado registrado em prontuário individual deverá ser arquivado, no mínimo, pelo período de 20 anos, contados a partir do desligamento do empregado. O Atestado de Saúde Ocupacional deve ser guardado pelo tempo de validade do mesmo, definido de acordo com a periodicidade do exame; todos os documentos relativos à eleição da CIPA devem ser guardados por um período mínimo de 5 anos. Já o livro de atas da CIPA, como não há previsão de tempo de guarda, entende-se que o mesmo deva ser arquivado por tempo indeterminado; as empresas obrigadas a constituir Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) devem manter arquivado por 5 anos o comprovante de entrega do mapa de avaliação dos acidentes do trabalho; o recibo de entrega do formulário Declaração de Instalação deve ser arquivado por tempo indeterminado; as empresas de construção devem manter arquivado pelo prazo de 3 anos o protocolo de encaminhamento do formulário Resumo Estatístico Anual; o livro Registro de Segurança, onde são anotadas todas as ocorrências com caldeiras e vasos sob pressão, deve ser guardado pelo tempo em que a empresa mantenha os equipamentos que deram origem às anotações constantes do mesmo. 9.6.3.10. COFINS À COFINS aplica-se as normas relativas ao processo administrativo-fiscal de determinação e exigência de créditos tributários federais. Portanto, é de 5 anos o tempo de guarda dos documentos relacionados com a COFINS, como DARF de recolhimento das contribuições e os relacionados com sua base de cálculo. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Constituição Federal de 1988 artigo 7º, inciso XXIX (Separata/88); Lei Complementar 70, de 30-12-91 (DO-U de 8-9-70); Lei 8.036, de 11-5-90 artigo 23 (Informativo 20/90); Lei 8.212, de 24-1-91 artigos 32 e 45 (Separata/98); Decreto-Lei 2.052, de 3-8-83 (Informativo 31/83); Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43; Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) artigos 67, 74, 139, 197, 433 e 614 (DO-U de 8-9-43); Medida Provisória 1.769-56, de 8-4-99 (Informativo 14/99); Decreto 1.843, de 25-3-96 (Informativo 13/96); Portaria 8 SSST, de 23-2-99 (Informativo 08/99); Portaria 4 SSST, de 4-7-95 (Informativo 27/95); Portaria 23 SSST, de 27-12-94 (Informativo 53/94); Portaria 24 SSST, de 29-12-94 (Informativo 53/94); Portaria 25 de 29-12-94 (Informativo 53/94); Portaria 35 SSMT, de 28-12-83 (Informativo 53/83); Portaria 194 MTb, de 24-2-95 (Informativos 11 e 09/95); Portaria 3.214 MTb, de 8-6-78 (Separata/78); Portaria 3.296 MTb, de 3-9-86 (Informativo 36/86); Resolução 18 CODEFAT, de 3-7-91 (Informativo 33/91). Este fascículo é parte integrante do Manual de Procedimentos do Departamento de Pessoal, produto da COAD que abrange todos os procedimentos do DP. Os fascículos são substituídos a cada alteração na legislação. Por isso, o Manual está sempre atualizado, para tranqüilidade de seus usuários. É fácil obter mais informações sobre o produto completo: Tel.: (0XX21) 501-5122 Fax: 0800-227722 E-mail: coad@coad.com.br Site: www.coad.com.br FASCÍCULO 9.6 COAD 8