GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA



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Transcrição:

I GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA César Augusto Rabello Borges Governador Secretaria da Cultura e Turismo - SCT Paulo Renato Dantas Gaudenzi Secretário Superintendência de Desenvolvimento do Turismo - SUDETUR Érico Pina Mendonça Júnior Superintendente Empresa de Turismo da Bahia S. A. - BAHIATURSA Paulo Renato Dantas Gaudenzi Presidente Conselho Regional de Turismo - CRT Wilson Spagnol Presidente

II EQUIPE TÉCNICA Elaboração: Ruschmann Consultores e Equipe SUDETUR Ruschmann Consultores de Turismo S/C. Ltda. Av. Marginal do Rio Pinheiros, 5200 CEP - 5693-000 São Paulo / SP Tel.: (0**11) 3759-7650 - E-mail: jruschm@attglobal.net Home-page: www.ruschmannconsultores.com.br Supervisão: Coordenação: Consultores Bahia: Consultores São Paulo: Estagiários São Paulo: Profa. Dra. Doris van de Meene Ruschmann MsC. Alexandre Curvelo de Almeida Prado (Ruschmann Consultores) Inez Maria Dantas Amor Garrido (Equipe SUDETUR) Antônio Sérgio Pedreira Franco Sousa Carlota de Sousa Gottschall Gilberto Guerra Maria do Carmo Lessa Guimarães Rita Pimentel Sandra Maria Chaves Santos Marlene Mateus Paloma Albino Borba Cavalcanti Danilo Nobre Kulaif Eduardo Rector Gilberto Back Equipe da Superintendência de Desenvolvimento do Turismo - SUDETUR participante da elaboração do Plano: Superintendente: Érico Pina Mendonça Júnior Diretora de Investimentos: Maria do Socorro Mendonça Vasconcelos Diretora de Projetos: Inez Maria Dantas Amor Garrido Equipe Técnica: Estagiários SUDETUR : Ana Lúcia de Araújo Freire Dalva Garcia Sant Ana Délio Ferraz Pinheiro Domira Fernandes Araújo Marcelo Gonçalves Carvalho Maria das Graças Borja Gondim dos Santos Pereira Maria Teresa Chenaud Sá de Oliveira Mariana Pinho Cerqueira Reinaldo Moreira Dantas Symona Gropper Berenstein Wolfgang Reiber Cíntia Carine Bandeira Perrone Lilya Ferreira Wrobel Sheila Ferraz Gondim Tatiana Pereira Boureau Conselho Regional de Turismo -- CD Apoio Local: Laércio Gomes da Silva

III VOLUME I ÍNDICE 1. O PLANO...01 1.1. JUSTIFICATIVA...01 1.1.1. Mapa da Bahia contendo a delimitação dos Pólos de Desenvolvimento Turístico...03 1.2. ÁREA OBJETO DE ESTUDO...04 1.3. O PLANO...05 2. AVALIAÇÃO DO PRODETUR I E DIAGNÓSTICO DO PÓLO...07 2.1. CARACTERIZAÇÃO DO PÓLO...07 2.1.1. Mapa...07 2.2. AVALIAÇÃO DO PRODETUR/NE-I E DIAGNÓSTICO DA INFRA- ESTRUTURA INSTALADA NO PÓLO...12 2.2.1. Avaliação dos Projetos de Infra-Estrutura no Pólo da CD...12 2.2.1.1. Avaliação dos Projetos de Infra-Estrutura Social...13 2.2.1.1.1. Sistema de Abastecimento de Água...14 2.2.1.1.2. Sistema de Esgotamento Sanitário...16 2.2.1.1.3. Sistema de Coleta e Tratamento de Lixo...17 2.2.1.2. Avaliação dos Projetos de Urbanização/Drenagem/Pavimentação...28 2.2.1.3. Avaliação dos Projetos de Transportes...32 2.2.4. Avaliação de Outros Projetos...39 2.3. PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO DA POPULAÇÃO FIXA...40 2.3.1. Demografia...40 2.3.2. Condições de Vida...45 2.3.2.1. Urbanização e Densidade...46 2.3.2.2. Educação...48 2.3.2.3. Saúde...49 2.3.3. Atividade Econômica...50 2.3.3.1. Evolução e Índices Atuais...50

IV 2.3.3.2. Agricultura...52 2.3.3.3. Pecuária...54 2.3.3.4. Pesca...55 2.3.3.5. Indústria...55 2.3.3.6. Comércio e Serviços...56 2.3.3.7. Emprego e Renda...57 2.3.3.7.1. Agropecuária...57 2.3.3.7.2. Comércio, Turismo e Serviços...58 2.3.3.7.3. Artesanato...60 2.4. DIAGNÓSTICO SÓCIO-AMBIENTAL...62 2.4.1. Reservas Indígenas...65 2.4.2. Áreas Degradadas...65 2.4.3. Recuperação Ambiental...66 2.4.4. Diagnóstico do Impacto de Turismo nos Recursos a Serem Desenvolvidos...67 2.5 ATRAÇÕES E PRODUTOS TURÍSTICOS / INTENSIDADE DA VISITAÇÃO...70 2.5.1. Atrativos e Potenciais...70 2.5.1.1. Atrativos Naturais...71 2.5.1.2. Atrativos Histórico-Culturais...76 2.5.1.3. Complementaridade...79 2.5.1.4. Competitividade (qualidade/preço)...80 2.5.1.4.1. Relação Qualidade / Preço...82 2.6 OFERTA TURÍSTICA...84 2.6.1. Setor de Hospedagem e a Sustentabilidade Ambiental...84 2.6.1.1. Meios de Hospedagem...84 2.6.1.2. Capacidade de Suporte...84 2.6.1.3. Capacidade de Suporte e Meios de Hospedagem...86 2.6.1.4. Níveis de Qualidade dos Meios de Hospedagem...89

V 2.6.1.5. Interesse do Setor Privado em Investir em Novos Empreendimentos...92 2.6.1.6. Áreas Concorrentes no Estado da Bahia...92 2.6.1.7. Organização e Cultura Empresarial Turística dos Empresários...92 2.6.2. Considerações sobre o Estágio de Desenvolvimento do Pólo...93 2.7. INVESTIMENTOS PRIVADOS AVALIAÇÃO DO TURISMO NA ECONOMIA LOCAL...98 2.8. GERAÇÃO DE EMPREGOS...100 2.8.1. Considerações sobre a Geração de Emprego...100 2.8.2. Geração de Empregos...100 2.8.3. Possibilidade de Imigração de Pessoas Buscando Emprego...103 2.9. CAPACIDADE DE GESTÃO DOS MUNICÍPIOS...104 2.9.1. Planos de Referência Urbanístico-Ambiental PRUAs...104 2.9.1.1. Cidade de Porto Seguro...105 2.9.1.2. Arraial D Ajuda...105 2.9.1.3. Trancoso...105 2.9.1.4. Caraíva / Caraíva Nova...106 2.9.1.5. Santa Cruz Cabrália...106 2.9.1.6. Santo André...106 2.9.1.7. Santo Antônio...107 2.9.1.8. Guaiú...107 2.9.1.9. Mogiquiçaba Belmonte...107 2.9.1.10. Problemáticas...107 2.9.2. Avaliação da Capacidade de Gestão do Município de Porto Seguro...107 2.9.2.1. Base Normativa e Legal...110 2.9.2.2. Base Técnica e Administrativa...112 2.9.2.3. Base Política e Social...115 2.9.2.4. Considerações Finais sobre a Capacidade de Gestão Pública...117 2.9.3. Avaliação da Capacidade Fiscal de Porto Seguro...118

VI 2.9.3.1. Fontes de Receitas...118 2.9.3.2. Despesas...120 2.9.3.3. Percentagem das Despesas com Pessoal...121 2.9.3.4. Balanço Orçamentário de Porto Seguro...121 2.10. DEMANDA...121 2.10.1. Demanda Atual...121 2.10.2. Estudo de Projeção do Fluxo Turístico...125 2.10.2.1. Metodologia...125 2.10.2.2. Levantamento dos Dados...125 2.10.2.3. Comentários Sobre a Qualidade e Confiabilidade dos Dados...130 2.10.2.4. Capacidade Hoteleira x Demanda...133 2.10.2.5. Evolução da Demanda até a Desvalorização do Real...133 2.10.2.6. Evolução da Demanda desde a Desvalorização do Real...134 2.10.2.7. Projeção do Fluxo Turístico...134 2.10.2.8. Considerações Sobre a Demanda...138 2.10.2.9. Possibilidade de Super ou Subestimar a Demanda...140 2.11 SWOT...141 2.11.1. SWOT (Pontos Fortes, Fracos, Oportunidades e Riscos)...141 3. OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO...144 3.1. NÚMERO E CARACTERÍSTICAS DOS TURISTAS DESEJADOS...145 3.2. DISPÊNDIO MÉDIO ESPERADO POR DIA...146 3.3. NÚMERO DE QUARTOS E TEMPO DE ESTADIA...147 3.4. ESTRATÉGIAS...149 3.4.1. Infra-Estrutura Básica...150 3.4.2. Desenvolvimento Institucional...151 3.4.3. Educação para o Turismo...151 3.4.4. Marketing Turístico...152 3.4.5. Infra-Estrutura Básica...152 3.4.6. Desenvolvimento Institucional...153

VII 3.4.7. Capacitação da População (Educação para o Turismo)...153 4. PLANO DE AÇÃO...155 4.1 AMBIENTAL...156 4.2 SANEAMENTO BÁSICO...158 4.3 ACESSIBILIDADE...161 4.4 URBANIZAÇÃO E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS...163 4.5. DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL...168 4.5.1. Proposições para o Desenvolvimento Institucional...168 4.6. PROPOSIÇÕES DE CAPACITAÇÃO DA POPULAÇÃO (EDUCAÇÃO PARA O TURISMO)...170 4.7. OUTRAS AÇÕES NÃO FINANCIÁVEIS PELO PRODETUR II...171 4.8. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE...172 5. DIMENSIONAMENTO DOS INVESTIMENTOS...181 5.1 RECURSOS NECESSÁRIOS...181 BIBLIOGRAFIA...190

VIII ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1. Distância Rodoviária e Tempo de Vôo dos Principais Centros Urbanos...05 Quadro 2. Síntese dos Investimentos no Pólo...12 Quadro 3. Evolução no Número de Ligações de Água...14 Quadro 4. Projetos Realizados para Melhoria da Distribuição de Água...15 Quadro 5. Esgotamento Sanitário na Costa do Descobrimento 1991...17 Quadro 6. Projetos para Melhoria do Sistema de Esgotamento Sanitário...17 Quadro 7. Coleta de Lixo nos Municípios da Costa do Descobrimento...18 Quadro 8. Projetos para Melhoria da Coleta e Tratamento de Lixo...18 Quadro 9. Análise da Infra-estrutura Básica e Social da Costa do Descobrimento Infra-estrutura Social...20 Quadro 10. Projetos para Melhoria da Urbanização...28 Quadro 11. Análise da Infra-estrutura Básica e Social da Costa do Descobrimento Urbanização...30 Quadro 12. Movimento de Passageiros no Aeroporto de Porto Seguro...33 Quadro 13. Navios de Turismo em Porto Seguro 1998 2000...34 Quadro 14. Análise da Infra-estrutura Básica e Social da Costa do Descobrimento Transportes...35 Quadro 15. Evolução da População na Década de 1990...41 Quadro 16. População Residente e sua Distribuição Urbana e Rural...42 Quadro 17. População Residente e sua Distribuição por Sexo...43 Quadro 18. População Residente e sua Distribuição por Idade 1996...43 Quadro 19. Posição dos Municípios quanto ao IDS ano-base 1996...45 Quadro 20. Densidade Demográfica hab./km²...46 Quadro 21. Projetos para Melhoria da Urbanização...47 Quadro 22. Número de Alunos e Escolas da Costa do Descobrimento...48 Quadro 23. Estabelecimentos de Saúde e Número de Leitos 1997...49 Quadro 24. Projetos para Melhoria do Sistema de Saúde...50 Quadro 25. Evolução Setorial do PIB Baiano...51 Quadro 26. Posição dos Municípios quanto ao IDE ano-base 1996...52 Quadro 27. Evolução da Produção Agrícola da Região...52 Quadro 28. Evolução dos Principais Rebanhos da Região...54 Quadro 29. Estabelecimentos Comerciais de Serviços Turísticos em Porto Seguro...56

IX Quadro 30. Participação dos Ocupados Segundo Estabelecimentos Costa do Descobrimento 1997/1999...59 Quadro 31. Percentual de Ocupados, segundo setor de atividades Nordeste, Bahia, RMS 1999 - Em %...59 Quadro 32. Projeção de Crescimento Populacional (2000-2015)...61 Quadro 33. Unidades de Conservação da Costa do Descobrimento...63 Quadro 34. Reservas Indígenas na Costa do Descobrimento...65 Quadro 35. Projetos de Recuperação Ambiental...66 Quadro 36. Atrativos e Potencialidades Naturais de Belmonte...71 Quadro 37. Atrativos e Potencialidades Naturais de Porto Seguro...72 Quadro 38. Atrativos e Potencialidades Naturais de Santa Cruz Cabrália...75 Quadro 39. Atrativos e Potencialidades Naturais da Costa do Descobrimento...76 Quadro 40. Atrativos e Potencialidades Histórico Culturais de Belmonte...77 Quadro 41. Atrativos e Potencialidades Histórico Culturais de Porto Seguro...77 Quadro 42. Atrativos e Potencialidades Histórico Culturais de Santa Cruz Cabrália...78 Quadro 43. Atrativos e Potencialidades Histórico Culturais...79 Quadro 44. Evolução do Setor de Hospedagem na Costa do Descobrimento 84 Quadro 45. Capacidade de Suporte / Dia nos Atrativos Naturais...85 Quadro 46. Capacidade de Suporte / Dia nos Atrativos Culturais (em n o. de pessoas)...86 Quadro 47. Meios de Hospedagem e Capacidade de Suporte por Municipalidade...87 Quadro 48. Evolução dos Meios de Hospedagem por Categoria...90 Quadro 49. Qualidade dos Meios de Hospedagem e Outros Tipos de Alojamento...91 Quadro 50. Investimentos Privados na Costa do Descobrimento até 2015...92 Quadro 51. Capacidade Total Hoteleira nos Destinos Concorrentes na Bahia 2000...92 Quadro 52. Evolução dos Meios de Hospedagem Concluídos (1991-2001)...96 Quadro 53. Meios de Hospedagem Previstos na Costa do Descobrimento (2001-2015)...97 Quadro 54. Investimentos Públicos e Privados de 1991 a 2015 (Em US$1.000)...99 Quadro 55. Receita Gerada pelo Turismo em Porto Seguro (Em US$ milhões) 2001...100

X Quadro 56. Síntese de Emprego Gerado a partir de Investimentos Privados de 1991 até 2000...101 Quadro 57. Síntese de Emprego Gerado a partir de Investimentos Privados 2001/2015...101 Quadro 58. Tamanho da População e Estimativa da PIA Costa do Descobrimento-2000...102 Quadro 59. Atributos Selecionados para Avaliação da Capacidade de Gestão...109 Quadro 60. Evolução das Receitas Tributárias, em Valores Constantes, do Município de Porto Seguro - 1998-99 (R$ 1.000,00)...119 Quadro 61. Receitas Tributárias Municipais, em Valores Constantes, do Município de Porto Seguro - 1998-99 (Em R$ 1000,00)...119 Quadro 62. Principais Transferências Contabilizadas, em Valores Constantes, do Município de Porto Seguro - 1998-99 (Em R$ 1000,00)...120 Quadro 63. Evolução das Despesas Orçamentárias, em Valores Constantes, do Município de Porto Seguro - 1998-99 (Em R$ 1000,00)...120 Quadro 64. Balanço Orçamentário, em Valores Constantes, do Município de Porto Seguro - 1998-99 (Em R$ 1000,00)...121 Quadro 65. Caracterização da Demanda CD / Pesquisa: Bahiatursa 2000...122 Quadro 66. Evolução da Demanda Turística na Alta Estação na Costa do Descobrimento 1992/2000...127 Quadro 67. Evolução da Demanda Turística na Baixa Estação na Costa do Descobrimento 1992/2000...129 Quadro 68. Evolução da Demanda Turística Anual na Costa do Descobrimento 1992/2000...129 Quadro 69. Participação Mensal do Movimento de Passageiros no Aeroporto de Porto Seguro 2000...131 Quadro 70. Número de Anúncios Sobre Destinos Nacionais, do Nordeste e da Bahia - maio/junho-2001...132 Quadro 71. Número de Anúncios sobre os Destinos Baianos maio/junho-2001...133 Quadro 72. Metas do Turismo na Costa do Descobrimento para o Ano 2015 (em mil turistas)...136 Quadro 73. Metas do Turismo na Costa do Descobrimento para o Ano 2015 (em US$ milhões)...137

XI Quadro 74. Demanda dos turistas para Infra-estrutura Super e Sub Estimada...141 Quadro 75. Análise SWOT...141 Quadro 76. Número de Turistas Desejados na Costa do Descobrimento...145 Quadro 77. Características dos Turistas Desejados na Costa do Descobrimento...145 Quadro 78. Receita Turística Esperada na Costa do Descobrimento...147 Quadro 79. Despesa Média Diária Esperada por Visitante (em US$)...147 Quadro 80. Tempo de Estadia Média Esperada por Visitante (em dias)...148 Quadro 81. Número Turistas e de Quartos Desejados...148 Quadro 82. Resumo das Projeções...149 Quadro 83. Consultas Realizadas à Comunidade...156 Quadro 84. Critérios de Elegibilidade Proteção Ambiental...173 Quadro 85. Critérios de Elegibilidade Transportes...174 Quadro 86. Critérios de Elegibilidade Urbanização...175 Quadro 87. Critérios de Elegibilidade Drenagem...176 Quadro 88. Critérios de Elegibilidade Saneamento...177 Quadro 89. Critérios de Elegibilidade Patrimônio Histórico...179 Quadro 90. Critérios de Elegibilidade Desenvolvimento Institucional...180 Quadro 91. Proposições para a Infra-estrutura Prioridades A...182 Quadro 92. Proposições para a Infra-estrutura - Prioridades B...186 Quadro 93. Proposições para o Desenvolvimento Institucional...187 Quadro 94. Proposições para a Educação para o Turismo...188 Quadro 95. Resumo...188

XII ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 1. Evolução do Custo Médio das UHs na CD - em US$ 1,000 1991/2001...94 Gráfico 2. Número de UHs Construídas na CD - 1991/2001...94 Gráfico 3. Receita Gerada pelo Turismo em Porto Seguro (Em US$ milhões) 2001...99 Gráfico 4. Movimento de Passageiros do Aeroporto de Porto Seguro 2000...131 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1. Localização da Costa do Descobrimento...04 Figura 2. Vias de Acesso...32 Figura 3. Cartograma da Capacidade Hoteleira da Costa do Descobrimento.88

XIII ÍNDICE DE MAPAS 2.1.1.1. Mapa das Áreas Frágeis e Potenciais / Atrações e Produtos Turísticos / Investimentos Realizados e Previstos da Costa do Descobrimento (1:250.000)...08 2.1.1.2. Mapa das Áreas Frágeis e Potenciais / Atrações e Produtos Turísticos / Investimentos Realizados e Previstos do Município de Belmonte (1:100.000)...09 2.1.1.3. Mapa das Áreas Frágeis e Potenciais / Atrações e Produtos Turísticos / Investimentos Realizados e Previstos do Município de Porto Seguro(1:100.000)...10 2.1.1.4. Mapa das Áreas Frágeis e Potenciais / Atrações e Produtos Turísticos / Investimentos Realizados e Previstos Município de Santa Cruz Cabrália (1:100.000)...11 VOLUME II ANEXOS

XIV AI Aldeia Indígena ÍNDICE DE SIGLAS E ABREVIATURAS AIT - Association Internationale du Tourisme AMASA - Associação de Moradores de Santo André ASCAE - Associação Cultural Arte e Ecologia APA - Área de Proteção Ambiental BAHIATURSA Empresa de Turismo da Bahia S. A CD Costa do Descobrimento CEPRAN - Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado da Bahia COELBA Companhia de Eletricidade da Bahia CRA Centro de Recursos Ambientais do Estado da Bahia DERBA Departamento de Estradas de Rodagem da Bahia. DOU Diário Oficial da União EIA/RIMA Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de Impacto Ambiental EMBASA Empresa Baiana de Águas e Saneamento S. A EMBRATUR Instituto Brasileiro de Turismo EVC Estação Veracruz FUNAI Fundação Nacional do Índio IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IPAC Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural IPHAN - Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ONG Organização Não Governamental PARNA Parque Nacional PDITS - Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável PRODETUR Programa de Desenvolvimento do Turismo RPPN Reserva Particular de Patrimônio Natural SCT Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia SEI Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia SUDETUR - Superintendência de Desenvolvimento do Turismo da Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia UH - Unidade Habitacional UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura

1 O PLANO 1.1. JUSTIFICATIVA O Governo do Estado da Bahia elaborou, no início da década de 1990, o Programa de Desenvolvimento Turístico da Bahia PRODETUR/BA, e que faz parte do PRODETUR/NE I, programa financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID. Neste momento, a solicitação de empréstimo para o desenvolvimento do PRODETUR/NE II, em continuação ao PRODETUR/NE I, requereu que fossem elaborados PLANOS DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL (PDITS), para cada um dos pólos turísticos beneficiados na primeira fase. A estratégia de desenvolvimento turístico da Bahia, na sua primeira fase, foi estruturada em zonas turísticas prioritárias, definidas como regiões abrangendo áreas urbanas e rurais, áreas de proteção ambiental e outros atrativos físicos, ecológicos e culturais de importante apelo turístico 1 e que foram simbolizadas pelo significado temático mais representativo da área. Durante as discussões para o PRODETUR-NE II, o Estado da Bahia passou a adotar o conceito de pólo turístico do Banco do Nordeste, que incorpora uma ou mais zonas turísticas e que significa um grupo de municípios contíguos que têm recursos turísticos complementares 2. Isso resultou na definição de 6 pólos turísticos prioritários, dos quais 4 pólos já receberam obras no âmbito do PRODETUR-NE I. O mapa 1.1, a seguir, contém a delimitação dos pólos turísticos existentes e novos, discriminando as zonas turísticas e seus respectivos municípios. Com base no exposto, é importante esclarecer que, para a elaboração do PDITS, que integrará a amostra representativa, visando o dimensionamento e elaboração do regulamento operativo do PRODETUR-NE II, considerou-se apenas uma parte do Pólo Costa do Descobrimento, que abrange os municípios de Belmonte, Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro, em razão das seguintes constatações: Esta área foi beneficiada com investimentos de quase todos os componentes do PRODETUR I; Como conseqüência, ela foi escolhida pelo BID como área objeto de avaliação amostral da primeira fase do Programa. 1 PRODETUR-BA Relatório Final 1992. 2 Ajuda Memória da Missão de Identificação do BID PRODETUR-NE II, de 23/04 a 08/05/01 Cap. IV, item 3.

2 As lições aprendidas no PRODETUR/NE I confirmam e consolidam a necessidade de ênfase na gestão participativa dos destinos turísticos, com a valorização dos Conselhos de Turismo como o Conselho Regional de Turismo da Costa do Descobrimento CRT-CD, que viabilizaram a interação das esferas governamentais municipal e estadual - com a sociedade organizada ONG s, associações de classe e lideranças populares. Ressalta-se, também, a necessidade de modernização administrativa dos municípios do Pólo e de suas gestões. Assim é que o Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste - PRODETUR/NE II visa dar continuidade às ações e aos programas já implementados na Zona Turística Costa do Descobrimento, integrante do Pólo Costa do Descobrimento, por meio de investimentos e ações que têm como objetivos principais: A melhoria da qualidade de vida da população fixa, avaliada pelo incremento dos postos de trabalho e renda, e pelo aumento da acessibilidade da população aos serviços urbanos ; A sustentabilidade ambiental, sócio-cultural e econômica da atividade turística no Pólo Costa do Descobrimento, com ênfase no: - Incremento dos gastos médios do turista na área; - Elevação do padrão de qualidade dos equipamentos e serviços turísticos; - Criação de condições para a redução dos riscos dos investimentos privados; e - Criação de mecanismos de conservação do patrimônio natural e sócio-cultural. Desta forma, pretende-se assegurar que os governos municipais possam se beneficiar de receitas advindas da geração destes investimentos e atividades, tendo em vista gerenciar eficazmente os fluxos de turismo, a infra-estrutura e os serviços públicos em benefício da população fixa. É importante destacar que, para a elaboração deste Plano, adotou-se o critério da sustentabilidade definido pela Carta de Lanzarote, na Conferência Mundial de Turismo Sustentável, conduzida pela Organização Mundial de Turismo OMT, em 1995. Essa carta define que o turismo sustentável deve ser ecologicamente suportável em longo prazo, economicamente viável, assim como ética e socialmente eqüitativo para as comunidades locais. Entende-se, ainda, que a sustentabilidade do turismo exige sua integração ao meio ambiente natural, cultural e humano, respeitando a frágil balança que caracteriza muitas destinações turísticas, em particular, pequenas ilhas e áreas ambientalmente sensíveis. (OMT, 1995) Este Plano, portanto, é básico e estratégico para dar continuidade ao Programa de Desenvolvimento Turístico da Bahia - PRODETUR-BA e, prioritariamente, no Pólo Costa do Descobrimento, ampliado e engrandecido com os valores ora agregados, a partir da experiência acumulada com a implementação do PRODETUR/NE I.

1.1.1. Mapa da Bahia contendo a delimitação dos Pólos de Desenvolvimento Turístico 6 2 5 7 1 3 4 8 9 1 Pólos Existentes: 3 2 1 4 5 6 7 5 7 9 10 13 11 14 12 15 16 19 17 20 21 22 23 24 25 18 4 6 8 2 3 15 Pólo Costa do Descobrimento Pólo Litoral Sul Pólo Salvador e Entorno Pólo Chapada Diamantina Pólos Novos: Pólo São Francisco Pólo Caminhos do Oeste 10 19 6 14 18 1 3 2 7 8 9 11 5 13 16 17 11 12 10 10 9 4 5 6 4 20 3 Belmonte Santa Cruz Cabrália Porto Seguro 6 7 7 8 4 5 13 3 12 1 2 14 21 2 1 7 8 3 Pólo Costa do Descobrimento Costa do Descobrimento (1) Belmonte, (2), Santa Cruz Cabrália, (3) Porto Seguro. Costa das Baleias (4) Prado, (5) Alcobaça, (6) Caravelas, (7) Nova Viçosa, (8) Mucuri. Pólo Litoral Sul: Costa do Dendê (1) Valença, (2) Cairu, (3) Taperoá, (4) Nilo Peçanha, (5) Ituberá, (6) Igrapiúna, (7) Camamu, (8) Maraú. Costa do Cacau (9) Itacaré, (10) Uruçuca, (11) Ilhéus, (12) Una, (13) Santa Luzia, (14) Canavieiras. Pólo Salvador e Entorno: Costa dos Coqueiros (1) Jandaíra, (2) Conde, (3) Esplanada, (4) Entre Rios, (5) Mata de São João, (6) Camaçari, (7) Lauro de Freitas. Baía de Todos os Santos (8) Salvador, (9) Candeias, (10) São Francisco do Conde, (11) Madre de Deus, (12) Santo Amaro, (13) Cachoeira, (14) São Félix, (15) Saubara, (16) Maragojipe, (17) Nazaré, (18) Jaguaripe, (19) Itaparica, (20) Vera Cruz, (21) Salinas da Margarida. Pólo Chapada Diamantina: Circuito da Chapada Norte (1) Campo Formoso, (2) Saúde, (3) Caem, (4) Jacobina, (5) Ourolândia (6) Miguel Calmon, (7) Morro do Chapéu, (8) Piritiba, (9) Bonito, (10) Utinga, (11) Wagner. Circuito do Diamante (12) Lençóis, (13) Iraquara, (14) Seabra, (15) Palmeiras, (16) Andaraí, (17) Mucugê, (18) Itaetê. Circuito do Ouro (19) Piatã, (20) Rio do Pires, (21) Abaíra, (22) Érico Cardoso, (23) Rio de Contas, (24) Jussiape, (25) Livramento de N. Pólo Senhora. São Francisco: (1) Remanso, (2) Casa Nova, (3) Sobradinho, (4) Juazeiro, (5) Curaçá, (6) Abaré, (7) Rodelas, (8) Glória, (9) Paulo Afonso, (10) Santa Brígida. Pólo Caminhos do Oeste: (1) Barreiras, (2) São Desidério, (3) Correntina, (4) Santa Maria da Vitória, (5) São Félix do Coribe, (6) Santana, (7) Bom Jesus da Lapa.

4 1.2. ÁREA OBJETO DE ESTUDO Figura 1. Localização da Costa do Descobrimento O Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável da Costa do Descobrimento envolve o conjunto de municípios que foram diretamente beneficiados por investimentos significativos do PRODETUR/NE I, que são Belmonte, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália. Estes municípios, localizados na região do Extremo Sul do Estado da Bahia, perfazem uma área total de 5.798 km 2, situando-se como portões de entrada para a região Nordeste, a partir dos maiores pólos emissores de turistas nacionais (São Paulo e Rio de Janeiro) e a 656 km de Salvador, capital do Estado da Bahia, que é o principal portão de entrada dos turistas internacionais, podendo ser visitados por via aérea, terrestre ou marítima. Ressalta-se que o fator distância, acima citado, foi sendo superado não só pela oferta técnica estruturada, como pelo forte apelo dos atrativos naturais da região, influindo significativamente para que o Pólo Costa do Descobrimento se transformasse, ao longo da década de 1990, num dos maiores Pólos receptores de turistas do País. A região tem as seguintes distâncias rodoviárias e tempos de viagem aérea em relação às grandes capitais nacionais:

5 Quadro 1. Distância Rodoviária e Tempo de Vôo dos Principais Centros Urbanos Cidade Belmonte Porto Seguro S. C. Cabrália Tempo de Vôo* São Paulo 1.630 km 1.558 km 1.581 km 1:50 min. Brasília 1.682 km 1.610 km 1.633 km 1:30 min Belo Horizonte 966 km 894 km 917 km 1:10 min Rio de Janeiro 1.198 km 1.129 km 1.152 km 1:23 min Salvador 728 km 656 km 679 km 55 min (Fonte: Guia Quatro Rodas /SUDETUR,, 2001) (*) Considerando aeronave Boeing 737-500 A área abrangida pela Costa do Descobrimento apresenta inúmeros recursos e atrativos, tanto naturais como culturais, destacando-se os 165 km de área costeira e o patrimônio histórico relacionado ao Descobrimento do Brasil. Desde a década de 1970, com a pavimentação das rodovias federais BR 101 e BR 367, o turismo vem se desenvolvendo na região, sendo atualmente a sua principal atividade econômica. Destaca-se que, por parte do setor público, foram concluídos, estão em execução ou planejados, cerca de US$ 210,8 milhões em inversões, em obras de infra-estrutura, tais como rodovias, aeroporto, sistemas de esgotamento sanitário e de abastecimento de água, recuperação do patrimônio histórico e ambiental, dentre outros. Por outro lado, o setor privado vem investindo, ou prevê investimentos, em cerca de US$ 1,52 bilhão, correspondente a 247 projetos. Estes projetos são de grandes investidores, como o Grupo Bozano Simonsen e o Club Med, além de inúmeros pequenos profissionais liberais que resolveram mudar de atividade econômica, montando pequenos equipamentos de hospedagem. Possui uma população fixa de 139.540 habitantes (IBGE, Censo 2000), 1,07% do total do Estado da Bahia e uma demanda turística, em 2000, de 1.037,45 milhão, que geraram uma receita de US$ 243,32 milhões e que representam cerca de 27% da receita turística do Estado. A região sofre pressões devido ao desenvolvimento de atividades relacionadas ao turismo de massa, gerando problemas oriundos, também, de um crescimento populacional acentuado. Neste sentido, as intervenções que já ocorreram, e outras que se propõem neste Plano, visam o desenvolvimento do turismo sustentado na região, valorizando as comunidades locais e suas características singulares, bem como a preservação do meio ambiente. 1.3. O PLANO Conforme já mencionado na Justificativa, para efeito da formatação da amostra representativa, com vistas ao dimensionamento e regulamentação do PRODETUR/NE II, este Plano envolve apenas os municípios da Zona Turística Costa do Descobrimento Belmonte, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália. O PDITS Costa do Descobrimento, elaborado para o horizonte de 20 anos, tendo o ano de 2015 como limite, define e prioriza as ações e investimentos para consolidar

6 (completar e complementar) aqueles que foram objeto do PRODETUR/NE I, sendo abordados: a avaliação dos resultados dos investimentos do PRODETUR/NE I nos municípios do Pólo, que analisa os impactos nos aspectos físicos, bióticos, sócio-econômicos e culturais ocorridos na região; a definição da área de planejamento, focalizando o conjunto de municípios que foram diretamente beneficiados por investimentos significativos da primeira etapa; a identificação do perfil sócio-econômico da população fixa, que apresenta um quadro da sua evolução sócio-econômica para a área de planejamento; a caracterização da Zona Turística Costa do Descobrimento, integrante do Pólo Costa do Descobrimento, elaborada através do levantamento das atrações e produtos turísticos, da análise do investimento privado e da infra-estrutura existente, do diagnóstico ambiental, da avaliação da capacidade de gestão dos municípios e da identificação da demanda; a definição dos objetivos do planejamento, que levaram em consideração a demanda, os planos de investimentos de curto e médio prazo do setor privado, a capacidade de carga/suporte dos recursos naturais e do meio ambiente, e a capacidade atual e futura das municipalidades de gerenciar adequadamente o desenvolvimento turístico; o diagnóstico do impacto de turismo nos recursos a serem desenvolvidos; a identificação das ações de investimento, concentrando-se nos componentes de desenvolvimento institucional para os municípios; saneamento básico e ambiental; recuperação e proteção ambiental, natural ou cultural; e capacitação profissional; o dimensionamento dos investimentos necessários à concretização dos objetivos deste Plano. Serão entendidas como ações a serem completadas aquelas que, embora previstas no âmbito do PRODETUR/NE I, não foram terminadas ou executadas nos municípios beneficiados, mas que continuam sendo necessárias à sustentabilidade do turismo do respectivo Pólo; e ações a serem complementadas, aquelas identificadas como prioritárias, em função dos resultados e impactos do PRODETUR/NE I no Pólo. Tanto as ações por completar como as por complementar, deverão ser trabalhadas no âmbito dos componentes identificados para o PRODETUR/NE II e necessários para dar sustentabilidade ao turismo no Pólo Costa do Descobrimento. Além destas, estão incluídas outras ações identificadas como necessárias, mas que deverão ser viabilizadas com recursos de outras fontes, tanto por parte do Governo Estadual, como Federal, através do Conselho do Pólo Costa do Descobrimento, coordenado pelo Banco do Nordeste. Salienta-se que os municípios pertencentes à Zona Turística Costa do Descobrimento, integrante do Pólo Costa do Descobrimento, possuem Planos de Referência Urbanístico e Ambiental PRUAs, elaborados em 1997 pela Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia que, apesar de terem sido disponibilizados aos municípios, não foram transformados em leis municipais.