HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 56 O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA

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Transcrição:

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 56 O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA

Como pode cair no enem (UNIRIO) O processo de independência da América Espanhola ocorreu em um contexto políticosocial de lutas internas e interesses estrangeiros, dentre os quais identificamos corretamente: a) a participação política dos cabildos e das juntas governativas que, influenciadas pelo ideário político iluminista, atuaram em prol do fim da escravidão e da propriedade privada nos territórios da Coroa espanhola; b) a vitória de diversas rebeliões populares, lideradas por indígenas, que lutavam contra a opressão das elites espanholas e americanas, criando novos países livres no continente, tais como o Peru e o Chile; c) a atuação de Simon Bolívar, cuja marcha popular libertadora contra os interesses da Espanha e dos Estados Unidos defendia a formação de um único país monárquico e latino na América do Sul; d) a atuação dos criollos, membros das elites hispano--americanas, que buscavam romper com a política metropolitana monopolista que dificultava suas transações mercantis, sobretudo com a Inglaterra; e) a derrota de Napoleão na Europa,ocasionando o enfraquecimento das monarquias europeias comprometidas com o centralismo político e o colonialismo mercantilista na América.

Fixação 1) (UERJ) O Pan-americanismo em Jogo Maior evento esportivo das Américas, os Jogos do Pan simbolizam um ideal de integração desde o século XIX. (Adaptado de Revista de História da Biblioteca Nacional. n o. 22, 2007) Entre o sonho de cooperação continental formulado por Simon Bolívar e expresso no Congresso do Panamá em 1826 e a reunião da 3 a Conferência Pan-Americana no Rio de Janeiro em 1906, o significado de pan-ame-ricanismo e a posição brasileira em relação ao mesmo modificaram-se em função de diferentes conjunturas históricas. Estabeleça uma diferença entre o contexto continental em que ocorreram o Congresso do Panamá e a 3 a Conferência Pan-Americana. Estabeleça, ainda, uma diferença na posição do governo brasileiro em relação a essas duas reuniões.

Fixação F 2) (UFRRJ) As ideias de Simón Rodríguez: Ou inventamos ou estamos perdidos Veja a Europa como inventa e veja a América como imita! Uns tomam por prosperidade ver seus portos cheios de barcos... alheios, e suas casas convertidas em armazéns de coisas... alheias. Cada dia chega uma remessa de roupa feita, e até de gorros para os índios. Logo veremos pacotinhos dourados, com as armas da coroa, contendo terra preparada por um novo método para os meninos acostumados a comer terra. A América não deve imitar servilmente, deve ser original. Onde iremos buscar modelos? Somos independentes, mas não livres; donos do solo, mas não de nós. Abramos a história: e pelo que ainda não está escrito, leia cada um em sua memória. (GALEANO, Eduardo. As caras e as máscaras. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985. p. 242.) 3 a E b a) Explique a crítica de Simón Rodriguez contida na seguinte passagem: Somos independentes, mas não somos livres; donos do solo, mas não de nós. b) Retire do texto uma passagem que identifica um proble-ma socioeconômico existente até hoje na América Latina.

ixação ) (UERJ) O Deus da natureza fez a América para ser independente e livre: o Deus da Natureza conservou no Brasil o príncipe regente para ser aquele que firmasse a independência deste vasto continente. Que tardamos? A época é esta. Portugal nos insulta (...) a América nos convida (...) a Europa nos contempla (...) o príncipe nos defende (...) Cidadãos! Soltai o grito festivo (...) Viva o Imperador Constitucional do Brasil, o senhor D. Pedro Primeiro. (Correio Extraordinário do Rio de Janeiro, 21/09/1822.) ) Comparando os processos de emancipação política da América portuguesa e da América spanhola, aponte uma diferença verificada entre eles. ) Apresente duas razões para a independência do Brasil.

Fixação 4) (UFRRJ) No clima de opinião que se seguiu à revolta de São Domingos (Haiti), a descoberta de planos de uma revolta armada dos artesãos mulatos da Bahia (Conjuração Baiana), no decorrer de 1798, teve um impacto todo especial, pois os planos demonstravam o que os brancos pensantes já haviam começado a perceber: as id ias de igualdade social, se propagadas em uma sociedade onde apenas um terço da população era branca, seriam, inevitavelmente, interpretadas em termos raciais. (MAXWELL, Kenneth. Chocolate, piratas e outros malandros. Ensaios tropicais. São Paulo, Paz e Terra, 1999. p.167) As revoltas ocorridas em São Domingos no final do século XVIII levaram a colônia antilhana a um movimento de emancipação política bastante peculiar (1804). Essas revoltas influenciaram movimentos populares ocorridos em outras sociedades latino-americanas, inclusive no Brasil. a) Apresente uma diferença entre o processo de emancipação política do Haiti e o dos demais movimentos de emancipação latino-americanos. b) Cite uma proposta da Conjuração Baiana que evidencie a influência das revoltas de São Domingos.

Fixação 5) (UERJ) O mapa político apresentado demonstra a fragmentação ocorrida na América colonial espanhola, a partir dos movimentos de independência. Esse processo resultou não só de fatores internos, mas também de fatores externos às colônias, como a tentativa de restauração levada a cabo pela Santa Aliança, utilizando como regra básica o princípio de legitimidade enunciado no Congresso de Viena (1814-15). Cite duas consequências políticas ou territoriais para a Europa pós-napoleônica da utilização do princípio de legitimidade. Em seguida, explique a influência desse princípio nas lutas pela independência das colônias espanholas na América.

Proposto 1) (UFRJ) A posição dos moradores do hemisfério americano foi, durante séculos, meramente passiva: sua exis-tência política era nula. Estávamos num grau ainda mais baixo que a servidão e, por isso, com maiores dificuldades para elevarmo-nos ao gozo da liberdade. [...] Os Estados são escravos pela natureza da sua Constituição ou pelo abuso dela. Logo, um povo é escravo quando o governo, por sua essência ou por seus vícios, espezinha e usurpa os direitos do cidadão ou súdito. Aplicando estes princípios, veremos que a América estava privada da sua liberdade e também da tirania ativa e dominante. (In: Simon Bolívar: Política. [Orgs.] BELLOTO, Manoel Lelo e CORRÊA, Anna Maria Martinez. São Paulo, Ática, 1983, pp. 80) Assim escreveria Simon Bolívar, em 1815, na chamada Carta de Jamaica também conhecida como Carta Profética, na qual faria uma avaliação sobre as tendências políticas dos movimentos de independência na América Espanhola. Entre o final do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX, os processos de independência das áreas coloniais americanas (principalmente América Inglesa e América Espanhola) conheceriam complexidades históricas e desdobramentos políticos diversos. a) Identifique o regime político predominante implantado pelos movimentos de independência das colônias da América Espanhola. b) Identifique dois fatores relacionados à crise do Antigo Sistema Colonial e aos movimentos de independência das colônias americanas.

Proposto 2) (UERJ) Quinhentos anos após a descoberta da América, constatamos que ainda há muito a se descobrir sobre o Novo Mundo, por exemplo, como resolver seus pro-blemas. Livres das Metrópoles, os Estados Nações tentaram seguir os passos do Primeiro Mundo; quase dois séculos depois, descobre-se que a América Ibérica já está bem próxima do Quarto Mundo. (CAPELATO, Maria Helena Rolim. A Redescoberta da América: 1920-1940. in: A Conquista da América - Cadernos CEDES, São Paulo: Papirus, 1993.) A participação do Estado na organização das sociedades latino-americanas foi e continua sendo um de seus principais desafios. Entre as dificuldades encontradas pelas antigas colônias espanholas em sua organização como Estados independentes, está: a) a luta pelo poder entre defensores do federalismo e do unitarismo; b) o rompimento entre a elite colonial e a burguesia comercial inglesa; c) a disputa política entre o grupo criollo e os descendentes dos chapetones; d) o enfrentamento entre os exportadores e o setor industrial voltado para o mercado interno.

Proposto 3) (UNIRIO) Ao compararmos os processos de formação dos Estados Nacionais no Brasil e na América Hispânica, no século XIX, podemos afirmar que: a) a unidade brasileira foi garantida pela existência de uma monarquia de base popular, enquanto que o caudilhismo, na América Hispânica, impediu qualquer tipo de participação das camadas mais baixas da população; b) a unidade brasileira relacionou-se, exclusivamente, ao forte carisma dos representantes da Casa de Bragança, enquanto, na América Hispânica, não surgiu nenhuma liderança que pudesse aglutinar os diversos interesses em disputa; c) as diferenças regionais, no Brasil, não ofereceram nenhum obstáculo à obra centralizadora em torno da Coroa, ao passo que na América Hispânica as diferenças regionais contribuíram para a sua fragmentação; d) os interesses ingleses, na América Hispânica, eram mais presentes e foram os únicos determinantes da sua fragmentação, ao passo que, no Brasil, aqueles interes-ses não existiram de maneira tão marcante, de forma a impedir a obra da centralização; e) não existiu, na América Hispânica, uma facção oligár-quica hegemônica que conseguisse levar adiante a obra da unidade, enquanto, no Brasil, os interesses escravistas aglutinaram as elites em torno de um projeto centralista.

Proposto 4) (UFRJ) Grande e bom amigo, Depois de quinze anos de sacrifícios consagrados à liberdade da América para obter um sistema de garantias que, tanto na paz como na guerra, seja o escudo de nosso novo destino, já é tempo de que os interesses e as relações que unem entre si as Repúblicas americanas, antes colônias espanholas, tenham uma base fundamental que eternize, se for possível, a duração destes governos. Organizar aquele sistema e consolidar o poder deste grande corpo político cabe ao exercício de uma autoridade sublime, que dirija a política de nossos governos, cuja ação mantenha a uniformidade de seus princípios e cuja simples evocação acalme nossas tempestades. Tão respeitável autoridade não pode existir a não ser numa assembleia de representantes nomeados por cada uma de nossas repúblicas e reunidos sob os auspícios da vitória obtida por nossas armas contra o poder espanhol. Entre o final do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX ocorreram, em várias partes da América colonial, processos de independência. Contextos históricos diversos, assim como personagens e agentes diferentes. Cenários com realidades econômicas variadas. Estavam em jogo políticas coloniais diferenciadas de franceses, ingleses, espanhóis e portugueses. No seu conjunto guardando as especificidades o processo de independência nas Américas ocorreu com lutas e muitos conflitos. Contudo, os desdobramentos dos vários processos de independência não seriam iguais. Estruturas de governo, organização política e divisões territoriais marcariam estas diferenças. a) Caracterize o processo de independência do Haiti. b) Apresente duas características dos processos de independência na América Espanhola e duas características deste processo na América Portuguesa. (Carta de Simon Bolívar aos Governos das Repúblicas da Colômbia, México, Rio de Prata, Chile e Guatemala. Lima, 7/12/1824. In: Bolívar. Org.: M. L. Bellotto e A. M. M. Corrêa. Ed. Ática.)

Proposto 5) (UERJ) Poder regional forte, de cunho modernizante ou não, sustentando à custa do apoio de grupamentos militares e em consequência da fraqueza institucional dos Estados que se estabeleceram na América Espanhola logo após os processos de independência no século XIX. A definição acima nos remete ao conceito de: a) regionalismo; b) coronelismo; c) federalismo; d) caudilhismo.

Proposto 6) (UERJ) Na América spanhola, as lutas pela independência começam numa conjuntura precisa: a caduquice da Coroa espanhola por obra e graça do poder napoleônico. A Espanha está ocupada. Um rei francês (...) ocupa o trono real e os últimos vestígios de soberania refugiam-se numas espectrais Juntas ou num Conselho de Regência. (POMER, Leon. As independências na América Latina. São Paulo, Brasiliense, 1981.) Para Portugal e sua colônia americana, outro será o desenrolar dos acontecimentos e outras serão suas consequências. A ocupação do Reino não significou o fim da Monarquia, apesar da solene declaração de Napoleão neste sentido. (BERNADES, Denis. Um Império entre repúblicas. São Paulo, Global, 1983.) política das colônias espanholas e portuguesa na América, respectivamente, está indicada na seguinte alternativa: a) a invasão das tropas napoleônicas provocou o declínio da economia colonial espanhola a não invasão de Portugal garantiu a manutenção de um rígido pacto colonial sobre o Brasil; b) a invasão francesa na Espanha possibilitou a rápida difusão das ideias liberais em suas colônias a não expansão dos ideais liberais no Brasil ocorreu devido à manutenção de um Estado absolutista em Portugal; c) a invasão napoleônica contribuiu para a reorganização das colônias espanholas em cabildos livres a transferência da corte portuguesa para o Brasil possibilitou a autonomia sem o rompimento definitivo com Portugal; d) as colônias espanholas tiveram apoio de Napoleão e dos liberais franceses em sua luta contra a exploração metropolitana as elites coloniais brasileiras não se rebelaram contra Portugal devido ao apoio inglês a esta metrópole. De acordo com os textos apresentados, a diferença entre os processos de independência