FACULDADE FORTIUM MERCADO DE CARBONO: ASPECTOS FINANCEIROS RAFAELA SILVA BRITO BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL AGOSTO 2009

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Transcrição:

1 FACULDADE FORTIUM RAFAELA SILVA BRITO MERCADO DE CARBONO: ASPECTOS FINANCEIROS BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL AGOSTO 2009

2 RAFAELA SILVA BRITO MERCADO DE CARBONO: ASPECTOS FINANCEIROS Artigo apresentado ao núcleo de Pós- Graduação e MBA s da Faculdade FORTIUM, como requisito para obtenção do título de especialista em Mercado Financeiro e Investimento. BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL AGOSTO - 2009

3 AGRADECIMENTOS Ao Eterno Pai, por iluminar meus pensamentos, idéias e produções acadêmicas. Aos meus pais, Paulo e Goretti Brito, por todo apoio espiritual, financeiro e por serem meus maiores incentivadores. Ao meu amigo, Rene Garcia, por apresentar-me, profissionalmente, o mundo econômico. Aos meus sócios Priscila Mendes e Pablo Sukiennik, pelo incentivo à produção acadêmica.. É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve. Victor Hugo

4 Resumo O artigo trata sobre o conceito de Protocolo de Quioto, mercado de carbono, por meio de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e pela Bolsa de Clima de Chicago. Busca fazer um paralelo entre os conceitos e a prática da venda e compra das Reduções Certificadas de Emissões no mercado financeiro mundial e no brasileiro. Palavras chaves: Mercado de Carbono, Protocolo de Quioto, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, Reduções Certificadas de Emissões.

5 Abstract The article discusses the concept of Kyoto Protocol, carbon market, through the Clean Development Mechanism and Chicago Climate Exchange. It always tries to make a parallel between the concepts and the practice of the sale and purchase of Certified Emission Reductions in global financial markets and in the Brazilian one. Key words: Carbon Market, Kyoto Protocol, Clean Development Mechanism, Certified Emission Reductions.

6 Listas de Abreviaturas e Siglas AND - Autoridade Nacional Designada BM&F - Bolsa de Mercadorias e Futuros CCX - Bolsa de Clima de Chicago- Chicago Climate Exchange CIE - Comércio Internacional de Emissões CIMGC - Comissão Interministerial de Mudança Climática CNUMAD - Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento COPs - Conferência das Partes GEE - Gases de Efeito Estufa IC - Implementação Conjunta IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo MBRE - Mercado Brasileiro de Redução de Emissões ONU - Organização das Nações Unidas RCEs - Reduções Certificadas de Emissões

7 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO...9 2. O PROTOCOLO DE QUIOTO...10 2.1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA...10 2.2. OBJETIVOS E MECANISMOS DE FLEXIBILIZAÇÃO DO ROTOCOLO DE QUIOTO...11 3.MERCADO DE CARBONO...12 3.1. MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO...12 3.2. MERCADO VOLUNTÁRIO E BOLSA DE CHICAGO...16 2.6. MERCADO BRASILEIRO DE REDUÇÃO DE EMISSÕES...17 3. CONCLUSÃO...20 REFERÊNCIAS

8

9 1. INTRODUÇÃO A temática ambiental tem despertado a atenção da comunidade internacional, especialmente, depois das turbulências ambientais como: enchentes, inundações, aumento de temperatura, descongelamento das geleiras, poluição visual, sonora e atmosférica e etc., sofridas pelas pessoas, pelos estados e pelas nações. A degradação do ambiente e o aquecimento global desenfreado, causados principalmente pela emissão de gases poluente, vêm proporcionando discussões de combate ao aumento de emissão de gases contribuintes para o efeito estufa entre profissionais do meio acadêmico, das organizações internacionais, dos chefes de governo e de estado. A ratificação do Protocolo de Quioto, por 141 países, no final de 2004, o qual fixa metas de redução de emissões de Gases que contribuem para o Efeito Estufa- GEE- pelos países do anexo I e estabelece a criação do chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo-MDL, que serão projetos emissores de Registros Certificados de Emissões - RCEs é o exemplo internacional, e concreto de política internacional contra o aquecimento global. O presente trabalho tem o escopo de introduzir a abordagem conceitual e de interdependência entre o Protocolo de Quioto, a natureza financeira da compra e venda de créditos de carbono por meio das Reduções Certificadas de Emissões- RCEs- e da Bolsa de Clima de Chicago- Chicago Climate Exchange- CCX.

10 2. O PROTOCOLO DE QUIOTO 2.1. Evolução Histórica O tratado de Quioto entrou em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, após a adesão da Rússia. Foi, contudo, resultado de extensas negociações envolvendo as maiores potências mundiais. O marco inicial deu-se em 1988, em Toronto, durante a Conference on the Changing Atmosphere, onde se criou o Painel Intergovernamental de Mudança Climática- IPCC. Em 1990, na Suécia, criou-se o Comitê Intergovernamental de Negociação para a Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima da Organização das Nações Unidas-ONU, como consequência aos resultados apresentados do primeiro relatório do IPCC. A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento 1 CNUMAD-, a ECO-92 ou Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro, deu início à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Esta entrou em vigor em 1994, o que provocou a primeira reunião da Conferência das Partes- COP- da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em 1995, em Berlim, e sua premissa estabelece a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), que responde por 76% do total das emissões relacionadas ao aquecimento global, e outros gases do efeito estufa, nos países industrializados. 1 O objetivo principal era buscar meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas. A ECO-92 consagrou o conceito de desenvolvimento sustentável e contribuiu para conscientização de que os danos ao meio ambiente eram majoritariamente de responsabilidade dos países desenvolvidos.

11 Por fim, em 1997, na cidade de Quioto, no Japão, por meio da COP3 2 (Terceira Conferência das Partes), foi estabelecido o acordo internacional, no qual as nações industrializadas que faziam parte do Anexo I comprometeram-se a reduzir suas emissões de Gases contribuintes para o Efeito Estufa- GEEs- em 5,2% em relação às emissões de 1990, no período de 2008 a 2012. A COP10, realizada em Buenos Aires, foi marcada pela ratificação da Rússia, pela entrada em vigor do Protocolo de Quioto e pela definição de critérios simplificados para a apresentação de projetos florestais de pequeno porte (menos de 8 mil toneladas CO2 seqüestrado/ano), que sejam desenvolvidos ou implementados por comunidades e indivíduos de baixa renda É importante salientar que, após a adesão da Rússia, o Tratado de Quioto passou a ser efetivo em 2005, vigorando a partir do mês de fevereiro do respectivo ano, proporcionando o crescimento da possibilidade de o carbono tornar-se moeda de troca. Após a ratificação, o mercado de créditos de carbono aumentou, segundo ROCHA 3 (2003) e GODOY 4 (2005). Apesar de a União Européia já ter anunciado sua adesão ao protocolo, os Estados Unidos - o maior poluidor negam-se a assiná-lo. Sozinho, o país emite nada menos que 36% dos gases venenosos que criam o efeito estufa. Só nos últimos dez anos, a emissão de gases por parte dos Estados Unidos aumentou 10% e, segundo o protocolo, a emissão de gás carbônico deve dar um salto de 43% até 2 Realizada em 1997, marcou a adoção do Protocolo de Quioto, com metas de redução de emissões e mecanismos de flexibilização dessas metas. De modo geral, as metas são de 5,2% das emissões de 1990, porém alguns países assumiram compromissos maiores: Japão 6%, União Européia 8% e Estados Unidos, que acabaram não ratificando o acordo, 7%. A entrada em vigor do acordo estava vinculada à ratificação por no mínimo 55 países que somassem 55% das emissões globais de gases do efeito estufa, que aconteceu apenas em 16 de fevereiro de 2005, após vencida a relutância da Rússia. Os Estados Unidos se retiraram do acordo em 2001. 3 ROCHA, Marcelo T. Aquecimento Global e o Mercado de Carbono. 2003. Dissertação (Tese de Doutorado) USP,Piracicaba. 4 GODOY, Sara G. M. O Protocolo de Quioto, e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Avaliação de suas possibilidades e limites. 2005 Dissertação (Tese de Mestrado) PUC,SP.

12 2020, de acordo com GODOY (2005). Os EUA desistiram do tratado em 2001, alegando que o pacto era caro demais e excluía de maneira injusta os países em desenvolvimento. 2.2. Objetivos e Mecanismos de Flexibilização do Protocolo de Quioto A redução das emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas e industriais. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas 5, quais sejam: utilização de projetos em energia limpa, enfatizando a cooperação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e visando as ações práticas que esse mecanismo permite desenvolver para se alcançar o desenvolvimento sustentável e para conter o aquecimento global, como reformar os setores de energia e transportes; pomover o uso de fontes energéticas renováveis; eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção. O Protocolo previu três tipos de mecanismos de mercado (Implementação Conjunta-IC; Comércio Internacional de Emissões-CIE; Mecanismo de Desenvolvimento Limpo-MDL), também chamados de mecanismos de flexibilização, com o objetivo de viabilizar o alcance das metas de redução pelos países do Anexo I 6. Isto quer dizer que os países signatários terão a oportunidade de atingir suas metas nacionais de emissão por meio de transição economicamente viável. 5 SCIELO.Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=s0102-85292008000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 30 jun. 2009. 6 Paises listados no Anexo 1: Alemanha, Austrália, Áustria, Belarus, Bélgica, Bulgária, Canadá, Comunidade Européia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Federação Russa, 3 Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, República Tcheco-Eslovaca, Romênia, Suécia, Suíça, Turquia e Ucrânia.

13 Em manifesto escrito por SOUZA 7, a expectativa é que o movimento do mercado mundial de crédito de carbono deveria ter chegado a US$ 13 bilhões em 2007. A perspectiva é que o Brasil tenha participação de no mínimo 10% nesse movimento, pois, além de ser uma atividade rentável para o Brasil, estimulará a preservação do meio ambiente. A eliminação dos gases do efeito estufa das emissões dá o direito à venda de créditos de carbono, certificados ou não. 3. MERCADO DE CARBONO 3.1. Mecanismo de Desenvolvimento Limpo O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo- MDL- é uma das maneiras alternativas de os países que compõe o anexo I do Protocolo de Quioto cumprirem as metas de redução de emissão de gases do efeito estufa. Envolve a participação de países que não fazem parte do Anexo I, isto é, países em desenvolvimento, os quais, por meio de Reduções Certificadas de Emissões- RCES- poderão vendê-las aos países com cotas a serem cumpridas.( SEIFFERT.2009,p.57.) Há uma série de critérios para reconhecimento desses projetos, como estarem alinhados às premissas de desenvolvimento sustentável do país hospedeiro, definidos por uma Autoridade Nacional Designada-AND. No caso do Brasil, tal autoridade é a Comissão Interministerial de Mudança do Clima- CIMC. O projeto pode ser submetido à ONU para avaliação e registro somente após a aprovação pela Comissão. (SEIFFERT.2009,p.139.) 7 SOUZA, Clóvis S, MILER, Daniel S. O Protocolo de Quioto do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) às Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), sua natureza jurídica e a regulação do mercado de valores mobiliários, no contexto estatal pós-moderno. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÀRIOS - CVM-. São Paulo, 2003

14 As RCEs poderão ser obtidas tão logo seja feito o registro do projeto de MDL no Conselho Executivo do MDL da ONU e os projetos tenham sido estruturados com base no MDL em concordância ao artigo 12 8 do Protocolo de Quioto. 8 ARTIGO 12 1. Fica definido um mecanismo de desenvolvimento limpo. 2. O objetivo do mecanismo de desenvolvimento limpo deve ser assistir às Partes não incluídas no Anexo I para que atinjam o desenvolvimento sustentável e contribuam para o objetivo final da Convenção, e assistir às Partes incluídas no Anexo I para que cumpram seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões, assumidos no Artigo 3. 3. Sob o mecanismo de desenvolvimento limpo: (a) As Partes não incluídas no Anexo I beneficiar-se-ão de atividades de projetos que resultem em reduções certificadas de emissões; e (b) As Partes incluídas no Anexo I podem utilizar as reduções certificadas de emissões, resultantes de tais atividades de projetos, para contribuir com o cumprimento de parte de seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões, assumidos no Artigo 3, como determinado pela Conferência das Partes na qualidade de reunião das Partes deste Protocolo. 4. O mecanismo de desenvolvimento limpo deve sujeitar-se à autoridade e orientação da Conferência das Partes na qualidade de reunião das Partes deste Protocolo e à supervisão de um conselho executivo do mecanismo de desenvolvimento limpo. 5. As reduções de emissões resultantes de cada atividade de projeto devem ser certificadas por entidades operacionais a serem designadas pela Conferência das Partes na qualidade de reunião das Partes deste Protocolo, com base em: (a) Participação voluntária aprovada por cada Parte envolvida; (b) Benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo relacionados com a mitigação da mudança do clima, e (c) Reduções de emissões que sejam adicionais as que ocorreriam na ausência da atividade certificada de projeto. 6. O mecanismo de desenvolvimento limpo deve prestar assistência quanto à obtenção de fundos para atividades certificadas de projetos quando necessário. 7. A Conferência das Partes na qualidade de reunião das Partes deste Protocolo deve, em sua primeira sessão, elaborar modalidades e procedimentos com o objetivo de assegurar transparência, eficiência e prestação de contas das atividades de projetos por meio de auditorias e verificações independentes. 8. A Conferência das Partes na qualidade de reunião das Partes deste Protocolo deve assegurar que uma fração dos fundos advindos de atividades de projetos certificadas seja utilizada para cobrir despesas administrativas, assim como assistir às Partes países em desenvolvimento que sejam particularmente vulneráveis aos efeitos adversos da mudança do clima para fazer face aos custos de adaptação.

15 Esses países poderão comprar créditos de carbono de outras nações que possuam projetos de desenvolvimento de tecnologias limpas. Isso quer dizer a fixação de um valor financeiro para cada tonelada de carbono que deixe de ser lançada na atmosfera, configurando o que popularmente conhecemos como Mercado de Carbono. Esse novo sistema de negociação de unidades de redução de emissões de gases do efeito estufa é popularmente chamado de Mercado de Carbono. (SISTER.2008,p.25.) Para SEIFFERT a criação do Protocolo de Quioto na verdade significa uma tentativa de precificar o dano ambiental gerado pelas emissões de GEEs pelos mais diversos países, cujos padrões são diferenciados em função de nível de industrialização e peculiaridades de sua matriz energética 9. A valoração econômica do meio ambiente apresenta-se pelo processo de dar valor monetário a bens e serviços que não o possuem ou cujos preços de mercados estão distorcidos. Conclui-se que as RCEs são formas de valoração da poluição ambiental. Os principais projetos elegíveis à emissão de RCEs são projetos que tratam do aumento da eficiência energética, uso de fontes e combustíveis renováveis, adoção de melhores tecnologias e sistemas para o setor de transportes e para o processo produtivo de modo geral, resgate de emissões através de sumidouros e da 9. A participação no mecanismo de desenvolvimento limpo, incluindo nas atividades mencionadas no parágrafo 3(a) acima e na aquisição de reduções certificadas de emissão, pode envolver entidades privadas e/ou públicas e deve sujeitar-se a qualquer orientação que possa ser dada pelo conselho executivo do mecanismo de desenvolvimento limpo. 10. Reduções certificadas de emissões obtidas durante o período do ano 2000 até o início do primeiro período de compromisso podem ser utilizadas para auxiliar no cumprimento das responsabilidades relativas ao primeiro período de compromisso. 9 SEIFFERT, Mari Elizabete Bernardini. Mercado de carbono e protocolo de Quioto: oportunidades de negócio na busca da sustentabilidade. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

16 estocagem dos gases de efeito estufa retirados da atmosfera, assim como atividades relacionadas ao uso da terra, como o reflorestamento e o aflorestamento. O processo de valoração torna-se cada vez mais importante para ser adotado pelas empresas, pois poderá influenciar, no futuro, o valor das ações das companhias nas bolsas de valores. Logo, é importante ressaltar que a mensuração dos impactos ambientais será um dos futuros diferenciais nas tomadas de decisão dos investidores. A prefeitura de São Paulo conseguiu bom resultado no primeiro leilão público de créditos de carbono no mercado à vista ocorrido no mundo, organizado por uma bolsa commodities e realizado nos termos do MDL, estabelecido pelo tratado de Quioto. Foi por meio da Bolsa de Mercadorias e Futuros BM&F- que a prefeitura colocou à venda 808.450 RCEs, as quais corresponderam a 1,6 milhão de toneladas de gás metano, produzidas pelo Aterro Sanitário Bandeirantes, em Perus, que deixaram de ser lançadas na atmosfera. O banco holandês Fortis Bank NV/Sa pagou 16,20 a tonelada de carbono equivalente, com ágio de 27,5% sobre o preço inicial fixado pela prefeitura. Os créditos podem ser usados pelo banco ou para cumprir metas de redução de emissão de gases de efeito estufa ou para venda no mercado internacional, onde o preço do mercado já ultrapassa os 20,00. Os R$ 34 milhões arrecadados pela Prefeitura serão aplicados em oito projetos de melhorias urbanas e ambientais no entorno do aterro Bandeirantes 10. 3.2. Mercado Voluntário e Bolsa de Chicago As regras rígidas e a dificuldade de aprovação dos projetos de MDL contribuíram para a criação do mercado não Quioto, também conhecido como 10 O Estado de São Paulo, 4 out.2007.

17 alternativo ou voluntário representado principalmente pela Bolsa do Clima de Chicago-Chicago Climate Exchange -CCX. (SEIFFERT.2009,p.62-63.) Na etapa piloto, de 2003 a 2006, as empresas deveriam reduzir suas emissões em 1% anualmente, até acumular 4%. Esse mercado de comercialização de carbono deve movimentar US$ 13 bilhões em 2007 e está aberto à participação de países em desenvolvimento, ou nações sem compromisso de redução, como o Brasil, segundo dados apresentados por GOTTARDO 11. Os projetos que não atendem ao Protocolo de Quioto, como por exemplo, projeto em países que não ratificaram o Protocolo ou projetos que iniciaram antes de 2000, também podem ser validados e verificados para compra de carbonos da CCX. ( SEIFFERT.2009,p.63.) A vantagem primordial da negociação de créditos na CCX é a não vinculação da certificação de créditos a partir do registro de MDL Esse é um mercado que já está ocorrendo, principalmente porque existem diversos projetos que iniciam suas atividades antes de serem registrados conforme as regras do Protocolo de Quioto, e seguem as mesmas regras no que se refere à parte técnica. (SEIFFERT.2009,p.63.) 3.3. Mercado Brasileiro de Redução de Emissões O Mercado Brasileiro de Redução de Emissões- MBRE- é resultado de uma iniciativa conjunta do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior- MDIC- e da BM&F, visando estruturar a negociação em bolsa de créditos de carbono, oriundos de projetos de MDL. O mercado, lançado em São Paulo em 6 de dezembro de 2004, é o primeiro desse tipo em um país em desenvolvimento.(seiffert.2009,p.125.) 11 GOTTARDO,Rose.O que significa mercado de carbono. Disponível em:<http://www.brigadaconsultoria.com/index.php?option=com_content&view=article&id=81%3aoque-significa-mercado-decarbono&catid=30%3ameio ambiente&itemid=37&showall=1>.brigada consultoria. 06 nov 2008. Acesso em: 13 ago. 2009.

18 O MBRE tornou-se operacional em setembro de 2005 com um Banco de Projetos, que pretende dar visibilidade e facilitar a comercialização de Projetos de MDL (potenciais e já estruturados). Sua função econômica é a de atrair investimentos diretos do exterior, que contribuem para o desenvolvimento econômico; estimular projetos de tecnologia limpa; e tornar o país uma referência no mercado internacional, no que se refere aos instrumentos ambientais, de acordo com o sítio 12 oficial sobre mudanças climáticas. Para assegurar a qualidade e consistência dos projetos, a BM&F firmou convênio com institutos de pesquisa e ensino com especialização no tema, para revisão e aprovação das intenções de projetos submetidos a registro, devendo as intenções de cada projeto estar de acordo com a metodologia do Protocolo de Quioto. O MBRE conta com um Sistema de Registro de Contratos a Termo de Reduções Certificadas, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro- BVRJ, com o objetivo de dar credibilidade e transparência às negociações do mercado de carbono; e um Programa de Capacitação de Curto Prazo de Participantes do Mercado. A divulgação do sítio 13 explica que o MBRE foi criado para facilitar o acesso de médios empresários a um mercado relativamente complexo, por causa de exigências como o registro de projetos de MDLs no Conselho Executivo do Protocolo de Quioto, sediado na Alemanha. O desenvolvimento de referidos projetos esbarra na necessidade de financiamento. Visando contribuir com a implementação do MDL, o Banco Mundial criou o Prototype Carbon Fund, o primeiro fundo de investimento cujo objetivo principal é fomentar o desenvolvimento de projetos de MDL nos países em 12 MUDANÇAS CLIMÁTICAS: informações e reflexões para um jornalismo contextualizado.disponívelem:<http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/content/mercadobrasileiro-de-reducao-de-emissoes-mbre >..Acesso em: 12 jul.2009. 13 Idem.

19 desenvolvimento através de recursos públicos e privados dos países industrializados. Na esteira do Prototype Carbon Fund, outras formas de financiamento estão sendo estudadas para projetos de MDL. O próprio Banco Mundial dispõe de uma linha de crédito denominada Global Environment Facility GEF, que também deverá financiar projetos no âmbito to Protocolo de Quioto. Além disso, no futuro, espera-se que o BNDES se envolva no financiamento de projetos no âmbito do Protocolo de Quioto. (ABREU & FURUITI,2002) 14. As opções de financiamento privado ainda são reduzidas. É relevante ressaltar a existência de interesse de alguns fundos de capital de risco- "private equity - por investimentos nessa área. Os projetos no âmbito do Protocolo de Quioto trazem um atrativo adicional para este tipo de investimento na medida em que possibilita a adoção de uma estratégia de desinvestimento interessante: a entrega de certificados de crédito de carbono, que poderão ser negociados no mercado, uma vez que o mesmo tenha liquidez. A estruturação de negócios no Brasil com fundos de private equity requer a análise de um planejamento societário, quando o fundo torna-se sócio dos projetos que busca financiar. (ABREU & FURUITI,2002) As instituições financeiras privadas nacionais, possivelmente, também poderão participar como financiadores de projetos de MDL, seja por meio de empréstimos diretos, seja por operações estruturadas de corporate finance. Outra possibilidade que se coloca para a atuação das instituições financeiras nacionais é a estruturação de fundos de investimento voltados para projetos desse tipo. Na medida em que se consubstanciem negócios visando à futura redução de emissão de gases do efeito estufa, os créditos decorrentes desses contratos poderão ser 14 ABREU, Vladimir Miranda; FURUITI,Naoka Sera. Mercado de Carbono - uma oportunidade para o mercado financeiro? Jus Vigilantibus, 30 dez 2002.Disponível em: < http://jusvi.com/artigos/1124>. Acesso em: 15 jul. 2009.

20 objeto de investimento por um eventual fundo de investimento em direitos creditórios.. (ABREU & FURUITI,2002).

21 4. CONCLUSÃO Desta forma, conclui-se que é de suma importância para os investidores, conhecer como se estrutura esse mercado tão novo e tão promissor: o mercado de carbono. As empresas brasileiras já podem enxergar a possibilidade de lucro vendendo, por meio de projeto apresentado via Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, os carbonos capturados para empresas de países que fazem parte do Anexo I do Protocolo de Quioto, quais sejam: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Canadá, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estônia, Federação Russa, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Letônia, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Romênia, Suécia e Suíça. Contudo, faz-se necessário explanar que, apesar de todo esse futuro promissor envolvendo a compra e venda de carbono no mercado financeiro, o Brasil também deve estar atento ao fato de que, provavelmente, depois de expirado o prazo estipulado para os países do Anexo I diminuir suas emissões, segundo consta do Protocolo de Quioto, a partir de 2012, o país poderá também ser obrigado a diminuir a emissão de gases do efeito estufa. Por se tratar de um tema ainda em fase de estruturação, o mercado de carbono no Brasil o MDL não possui modelos totalmente definidos para sua implementação, razão pela qual vem sendo testado por meio de projetos demonstrativos. O Exemplo da prefeitura da cidade de São Paulo foi bem sucedido, servindo de referência para outros modelos a serem implementados pelo estado brasileiro. A prefeitura conseguiu bom resultado no primeiro leilão público de créditos de carbono no mercado à vista ocorrido no mundo, organizado por uma bolsa

22 commodities e realizado nos termos do MDL, estabelecido pelo tratado de Quioto. Foi por meio da Bolsa de Mercadorias e Futuros BM&F- que a prefeitura colocou à venda 808.450 RCEs, as quais corresponderam a 1,6 milhão de toneladas de gás metano, produzidas pelo Aterro Sanitário Bandeirantes, em Perus, que deixaram de ser lançadas na atmosfera. O presente trabalho foi escrito com a finalidade de contribuir academicamente para o entendimento de como funciona o mercado de carbono do Protocolo de Quioto por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e pela Bolsa de Clima de Chicago. Visa também a colaborar na discussão do conceito e da transação da Redução das Emissões Certificadas, bem como servir de insumo para pesquisas em outras abordagens.

23 REFERÊNCIAS ABREU, Vladimir Miranda; FURUITI,Naoka Sera. Mercado de Carbono - uma oportunidade para o mercado financeiro? Jus Vigilantibus, 30 dez 2002.Disponível em: < http://jusvi.com/artigos/1124>. Acesso em: 15 jul. 2009. GODOY, Sara G. M. O Protocolo de Quioto, e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Avaliação de suas possibilidades e limites. 2005 Dissertação ( Tese de Mestrado) PUC,SP. GOTTARDO,Rose.O que significa mercado de carbono. Disponível em:<http://www.brigadaconsultoria.com/index.php?option=com_content&view=article &id=81%3ao-que-significa-mercado-decarbono&catid=30%3ameio ambiente&itemid=37&showall=1>.brigada consultoria. 06 nov 2008. Acesso em: 13 ago. 2009. JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO. São Paulo, 4 out. 2007, p. A3 MUDANÇAS CLIMÁTICAS: informações e reflexões para um jornalismo contextualizado.disponívelem:<http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/content/ mercado-brasileiro-de-reducao-de-emissoes-mbre >..Acesso em: 12 jul.2009. NAÇÕES UNIDAS NO BRASIL. Disponível em:<http://www.onubrasil.org.br/doc_quioto1.php >. Acesso em: 7 ago. 2009.

24 ROCHA, Marcelo T. Aquecimento Global e o Mercado de Carbono. 2003. Dissertação (Tese de Doutorado) USP,Piracicaba. SCIELO.Disponívelem:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S01 02-85292008000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 30 jun. 2009 SEIFFERT, Mari Elizabete Bernardini. Mercado de carbono e protocolo de Quioto: oportunidades de negócio na busca da sustentabilidade. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2009. SISTER, Gabriel. Mercado de carbono e protocolo de Quioto: aspectos negociais e tributação. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. SOUZA, Clóvis S, MILER, Daniel S. O Protocolo de Quioto do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) às Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), sua natureza jurídica e a regulação do mercado de valores mobiliários, no contexto estatal pós-moderno. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÀRIOS - CVM-. São Paulo, 2003