ESTUDO HIGIÊNICO-SANITÁRIO DE DIFERENTES TIPOS DE IOGURTE

Documentos relacionados
QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE DIFERENTES MARCAS COMERCIAIS DE SUCO FRESCO DE LARANJA INTEGRAL

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE AMOSTRAS DE SALAME

PERFIL MICROBIOLÓGICO DE AMOSTRAS DE LEITE PASTEURIZADO DE ACORDO COM AS ESPECIFICAÇÕES MUNICIPAIS (SIM) E ESTADUAIS (IMA)

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE BEBIDAS LÁCTEAS ADQUIRIDAS NO COMÉRCIO VAREJISTA DO SUL DE MINAS GERAIS 1

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO EM JUIZ DE FORA NO

ENUMERAÇÃO DE COLIFORMES A 45 C EM LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO EM CAXIAS, MA

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE DOCE DE LEITE COMERCIALIZADO NA CIDADE DE NOVO ITACOLOMI PR. Discentes do Curso de Ciências Biológicas FAP

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE SANDUÍCHES NATURAIS COMERCIALIZADOS EM ARAPONGAS PARANÁ SILVA, M.C; TOLEDO, E

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE UMA LANCHONETE UNIVERSITÁRIA NA CIDADE DE PELOTAS, RS.

PERFIL MICROBIOLÓGICO DE POLPA DE FRUTAS PRODUZIDAS E COMERCIALIZADAS NOS ESTADOS DO CEARÁ E RIO GRANDE DO NORTE

Avaliação da qualidade microbiológica do leite pasteurizado tipo C produzido na região de Araguaína-TO

Microbilogia de Alimentos I - Curso de Engenharia de Alimentos Profª Valéria Ribeiro Maitan

Controle de qualidade na produção leiteira: Análises Microbiológicas

CONTAMINAÇÃO POR BACTÉRIAS MESÓFILAS AERÓBIAS NA CARNE MOÍDA COMERCIALIZADA EM CAXIAS MA

CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS DO LEITE PASTEURIZADO TIPO C PRODUZIDO E COMERCIALIZADO NA CIDADE DE IMPERATRIZ/MA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO AÇAÍ (Euterpe oleracea, Mart.) COMERCIALIZADO NA CIDADE DE MACAPÁ - AP

QUANTIFICAÇÃO DE LEVEDURAS EM AMOSTRAS DE QUEIJOS COLONIAIS PRODUZIDOS PELA AGOINDUSTRIA FAMILIAR DA REGIÃO DE TEUTÔNIA - RIO GRANDE DO SUL - BRASIL

Biologia NATURA COMERCIALIZADOS EM LANCHONETES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UVA)

Disciplina: Controle de Qualidade Série: 2ª Turmas: L/N/M/O. Curso: Técnico em Agroindústria. Professora: Roberta M. D.

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA CARNE BOVINA COMERCIALIZADA IN NATURA EM SUPERMERCADOS DO MUNICÍPIO DE ARAPONGAS-PR

PROJETO DE PESQUISA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

ANÁLISE COMPARATIVA DA POPULAÇÃO VIÁVEL DE BACTÉRIAS LÁTICAS E QUALIDADE HIGIÊNICA INDICATIVA DE TRÊS MARCAS DE LEITES FERMENTADOS

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA EM QUEIJO MINAS FRESCAL¹

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ERVAS E CHÁS CONSUMIDOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE CAMPINA GRANDE PB.

PALAVRAS-CHAVE Ensino Técnico. Engenharia de Alimentos.

ENUMERAÇÃO DE BACTÉRIAS LÁCTICAS DE LEITES FERMENTADOS COMERCIALIZADOS EM VIÇOSA, MG

LEITE,C.C.*; GUIMARÃES, A.G.; ASSIS, P. N.; SILVA, M.D.; ANDRADE, C. S.0

Qualidade microbiológica de Mikania laevigata

Contagem de coliformes totais e coliformes termotolerantes em alimentos. Prof a Leila Larisa Medeiros Marques

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE POLPA DE FRUTAS COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE, PB

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA E DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE COMERCIALIZAÇÃO DE SUCOS DE LARANJA IN NATURA

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJOS COMERCIALIZADOS NAS FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE UNAÍ, MG, BRASIL

MICRO-ORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA HIGIÊNICO-SANITÁRIA 1

Introdução. Graduando do Curso de Nutrição FACISA/UNIVIÇOSA. 3

Instrução normativa 62/2003: Contagem de coliformes pela técnica do NMP e em placas

ANALISE MICROBIOLÓGICA DE DIETAS ENTERAIS NÃO INDUSTRIALIZADAS DE UM HOSPITAL INFANTIL

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO TRATAMENTO TÉRMICO DO LEITE PASTEURIZADO TIPO C, COMERCIALIZADO NO MUNICÍPIO DE UBERLANDIA-MG.

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE SURURU

BACTÉRIAS DE IMPORTÂNCIA HIGIÊNICO-SANITÁRIA 1

AVALIAÇÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIA DE LINGUIÇAS SUÍNAS DO TIPO FRESCAL COMERCIALIZADAS NA REGIÃO DE PELOTAS-RS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE CALDO DE CANA E RASPADINHAS COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE MATÃO SP

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA DE COCO (Cocos nucifera) COMERCIALIZADA POR AMBULANTE NA CIDADE DE SÃO LUÍS MA.

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE BISCOITOS TIPO COOKIE SABOR CHOCOLATE COM DIFERENTES TEORES DE FARINHA DE UVA

Avaliação da Qualidade Microbiológica de Manteigas Artesanais Comercializadas no Estado de Alagoas

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO CALDO DE CANA EM FEIRAS LIVRES DO ESTADO DE RONDÔNIA

MONITORAMENTO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DOS SUCOS DE FRUTA COMERCIALIZADOS EM UM CAMPUS UNIVERSITÁRIO NA CIDADE DE TERESINA-PI

Controle de qualidade na produção leiteira: Análises Microbiológicas

COMPARAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE CHÁS INDUSTRIALIZADOS E IN NATURA MICROBIOLOGICAL QUALITY COMPARISON OF INDUSTRIALIZED TEAS AND IN NATURA

XI Encontro de Iniciação à Docência

DIRECÇÃO DE COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE. Análise Laboratorial de Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal para Branqueamento da Pele

Avaliação da qualidade microbiológica de queijo Minas Padrão produzido no município de Januária - MG

CONTROLE MICROBIOLÓGICO DA VIDA DE PRATELEIRA DE RICOTA CREMOSA

10º ENTEC Encontro de Tecnologia: 28 de novembro a 3 de dezembro de 2016 QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA MINERAL DO TRIANGULO MINEIRO

PERFIL MICROBIOLÓGICO DO LEITE MATERNO DO BANCO DA MATERNIDADE EVANGELINA ROSA TERESINA (PIAUÍ)

VIABILIDADE DE BACTÉRIAS LÁTICAS EM LEITES FERMENTADOS COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE MONTES CLAROS, MG.

XI Encontro de Iniciação Científica do Centro Universitário Barão de Mauá

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE LINGUIÇAS MISTAS COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE LIMOEIRO DO NORTE - CEARÁ

FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS: n s u m o. A b a t e d o u r. n s u m i d. Alterações da Microbiota. Alteração da Qualidade Microbiológica

Análise Técnica. Segurança Microbiológica de Molhos Comercializados em Embalagens Tipo Sache: Avaliação de um Abridor de Embalagens

ESTUDO DO CRESCIMENTO DE BACTÉRIAS PSICROTRÓFICAS E MESÓFILAS EM IOGURTE ENRIQUECIDO COM GRÃOS

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DO QUEIJO TIPO MINAS FRESCAL COMERCIALIZADO EM JUIZ

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA E FÍSICO-QUÍMICA DE DOCE DE LEITE E REQUEIJÃO PRODUZIDOS COM LEITE DE BUFÁLA NA ILHA DO MARAJÓ- PA

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE FAST FOODS COMERCIALIZADOS POR AMBULANTES NO CENTRO DA CIDADE DE NATAL, RN.

Oliveira et al., Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal (v.11, n.4) p , out - dez (2017) Qualidade de iogurtes de coco e morango

DIREÇÃO DE COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE

Análise microbiológica de cebolinha (Allium fistolosum) comercializada em supermercado e na feira-livre de Limoeiro do Norte-CE

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DO MEL COMERCIALIZADO NA REGIÃO CELEIRO 1 QUALITY ASSESSMENT OF COMMERCIALIZED HONEY IN THE CELEIRO REGION

MEL DE ABELHAS Apis mellifera: CONDICÕES-HIGIÊNICO-SANITÁRIAS.

NORMAS TÉCNICAS REDEBLH-BR PARA BANCOS DE LEITE HUMANO:

Avaliação Microbiológica de Sorvetes Comercializados nos Principais Supermercados de Maceió-AL

Microrganismos de interesse sanitário em sushis Microrganisms of sanitary interest in sushi

Avaliação microbiológica da carne maturada de bovinos

VANESSA DE ALENCAR CUNHA * MARIA DO SOCORRO ROCHA BASTOS ** TEREZINHA FEITOSA ** MARIA ELISABETH BARROS OLIVEIRA ** CELLI RODRIGUES MUNIZ ***

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA EM BATATA PALITO PRÉ FRITA E CONGELADA

AVALIAÇÃO DE MICRO-ORGANISMOS INDICADORES HIGIÊNICO-SANITÁRIOS EM QUEIJOS PARMESÃO RALADOS COMERCIALIZADOS EM CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Centro de Ciências da Saúde. Santo Antônio de Jesus, BA.

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO CALDO DE CANA COMERCIALIZADO NO CENTRO DO MUNICÍPIO DE TERESINA-PI

Programa Analítico de Disciplina TAL414 Microbiologia do Leite e Derivados

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE CACHORROS QUENTE COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE UBERABA, MG.

DIRECÇÃO DE COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE. Análise Laboratorial de Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal com a Menção de Ausência de Conservantes

RELATÓRIO DA VERIFICAÇÃO DE CONTAMINAÇÃO MICROBIANA EM EMBALAGENS PARA TRANSPORTE DE ALIMENTOS

Contagem Padrão em Placas. Profa. Leila Larisa Medeiros Marques

QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA DE LANCHES COMERCIALIZADOS NO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA UFPEL, RS

[REVISTA BRASILEIRA DE AGROTECNOLOGIA] ISSN Palavras chave: Carboidrato, Fungos, Consumo. Keywords: Carbohydrates, Fungi, Consumption

AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS ENVOLVIDOS NA FERMENTAÇÃO DA ANCHOÍTA (Engraulis anchoita)

PORTARIA Nº 207, DE 31 DE JULHO DE 2014.

APOIO TÉCNICO AO PROJETO FÁBRICA DE OPORTUNIDADES

Teste Simplificado para Detecção de Coliformes Totais

CONDIÇÕES MICROBIOLÓGICAS DE ALFACES COMERCIALIZADAS EM FEIRAS-LIVRES DA CIDADE DE MARINGÁ-PR.

Condições higiênico-sanitárias de sorvetes do tipo italiano (soft), comercializados em Pombal, Paraíba

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA E SENSORIAL DO IOGURTE DE MANGA (Mangifera indica L.) IN NATURA.

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO

AVALIAÇÃO MICROBIOLOGICA DE PRESUNTO COZIDO FATIADO COMERCIALIZADO EM SUPERMERCADOS DE ARACAJU-SE.

AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO FÚNGICA EM ALIMENTOS DISTRIBUÍDOS NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE CAMPOS GERAIS, MINAS GERAIS.

Microbiologia de farinhas de mandioca (Manihot esculenta Crantz) durante o armazenamento

PORTARIA Nº 207, DE 31 DE JULHO DE 2014.

5 Aula Prática Exame do Microcultivo de levedura. Plaqueameno de Açúcar. Ensaio de Óxido-Redução com Resazurina

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE LINGUIÇA SUINA COMERCIALIZADA NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL

Transcrição:

ESTUDO HIGIÊNICO-SANITÁRIO DE DIFERENTES TIPOS DE IOGURTE FERNANDO LEITE HOFFMANN * FERNANDO CARLOS PAGNOCCA ** MARIA LUÍZA SILVA FAZIO * TÂNIA MARIA VINTURIM * Efetuou-se levantamento das características microbiológicas de 18 amostras de iogurte, de diferentes sabores, comercializados e consumidos em São José do Rio Preto (SP). Observou-se que a maioria das amostras apresentaram elevadas contagens de bactérias aeróbias mesófilas e termófilas, além de baixas contagens de bactérias aeróbias psicrotróficas, quando comparadas com os dois tipos de contagens anteriores. Nenhuma das amostras analisadas apresentou coliformes totais, fecais (Escherichia coli) e Salmonella sp, sendo que seis das amostras (33,3%) apresentaram contagens de Staphylococcus aureus. Treze amostras (72,2%) apresentaram bolores e leveduras, sendo que três destas (23,1%) não se enquadraram na legislação brasileira. Concluiu-se que três amostras apresentaram-se inadequadas para consumo de acordo com a legislação em vigor. 1 INTRODUÇÃO O iogurte é um dos produtos alimentícios mais antigos e conhecidos, sendo também muito apreciado e consumido no Brasil. É obtido por meio de fermentação láctica do leite integral ou desnatado, concentrado ou não, * Departamento de Engenharia e Tecnologia de Alimentos, Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), São José do Rio Preto (SP). ** Departamento de Bioquímica e Microbiologia, UNESP, Rio Claro (SP). B.CEPPA, Curitiba, v. 15, n. 2, p. 187-196, jul./dez.1997

pasteurizado, usando-se Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus (ph final de 4,2-4,5). Apesar disso, o iogurte poderá apresentar microbiota bastante diversificada ligada a diversos fatores, tais como meio ambiente, qualidade das matérias-primas utilizadas e ainda processamento inadequado. O iogurte vem passando por uma série de modificações tecnológicas desde o seu aparecimento. Atualmente, levando-se em conta principalmente os hábitos alimentares e/ou as exigências dos diversos mercados, estão sendo colocados à disposição dos consumidores, novos e diferentes produtos, como molhos e temperos à base de iogurte, submetidos inclusive a tratamento térmico, visando maior vida de prateleira (BOUDIER et al., 1989). Concentrados de frutas, que quando vertidos sobre um prato ou similar, conservam a forma original do recipiente que os continham (BERGMILLER, 1987), iogurtes com adição de vinho de arroz (KAO, 1987) ou diferentes quantidades de nutrientes e até alguns com sabores raros ou exóticos, como por exemplo gerânio, flor de maçã, fruto de rosa silvestre, etc (WINWOOD, 1987). Há iogurte batido com xarope de cacau, xarope misto de cacau-cupuaçú (PINA e CLÁUDIO, 1995) e batido com polpa de frutas amazônicas como cupuaçú, taperebá e muruci (SANTOS et al., 1995). No entanto, apesar de todas as inovações técnicas, o iogurte ainda pode estar sujeito à contaminação microbiana, quando não atendidas as condições elementares de higiene e sanidade. Tal contaminação pode estar representada principalmente por leveduras (ROHM et al., 1990), psicrotróficos (JORDANO, 1988), coliformes, coliformes fecais, Staphylococcus aureus, bolores, etc (BRAZAL GARCIA et al., 1986). No presente trabalho levantou-se as características microbiológicas de 18 amostras de iogurte comercializadas e consumidas em São José do Rio Preto (SP). Também verificou-se a qualidade higiênico-sanitária dos produtos analisados, comparando os resultados obtidos com a legislação em vigor. 2 MATERIAL E MÉTODOS 2.1 OBTENÇÃO DAS AMOSTRAS Dezoito amostras de iogurtes, de diferentes sabores (Tabela 1), todas dentro do prazo de validade, foram obtidas em supermercado da região de São José do Rio Preto - SP. As amostras foram acondicionadas em caixas de material isotérmico (isopor), contendo cubos de gelo e transportadas de imediato ao laboratório (HARRIGAN & Mc CANCE, 1976, ICMSF, 1978). 188 B.CEPPA, Curitiba, v. 15, n. 2, jul./dez.1997

2.2 PREPARO DAS AMOSTRAS Após identificação numérica as amostras foram homogeneizadas, por inversão da embalagem plástica, durante vinte e cinco vezes consecutivas. Retirou-se e colocou-se assepticamente 10 ml de amostra em frasco erlenmeyer, contendo 90 ml de água destilada estéril e homogeneizou-se (diluição 10-1 ). A partir da diluição 10-1, assim obtida, procedeu-se a diluição decimal seriada até 10-10, utilizando-se água destilada estéril como diluente. Tais diluições foram usadas na contagem de bactérias aeróbias psicrotróficas, mesófilas e termófilas, sendo somente utilizadas as diluições 10-1, 10-2 e 10-3 nas análises subseqüentes (ICMSF, 1980 ). 2.3 CONTAGEM DE BACTÉRIAS AERÓBIAS PSICROTRÓFICAS Utilizou-se técnica de semeadura em profundidade, empregando ágar padrão para contagem, com incubação a 7 C por 10 dias (ICMSF, 1978, BRASIL, 1981). 2.4 CONTAGEM DE BACTÉRIAS AERÓBIAS MESÓFILAS Usou-se o método de inoculação por profundidade em ágar padrão para contagem, com incubação a 35 C por 48 horas (ICMSF, 1978, BRASIL, 1981). 2.5 CONTAGEM DE BACTÉRIAS AERÓBIAS TERMÓFILAS Seguiu-se a técnica de semeadura em profundidade, empregando ágar padrão para contagem e incubação a 55 C por 48 horas (ICMSF, 1978, BRASIL, 1981). 2.6 ENUMERAÇÃO DE BOLORES E LEVEDURAS Pipetou-se assepticamente 1 ml das diluições e distribuiu-se em placas de Petri identificadas. Adicionou-se a cada placa 15 ml de ágar batata dextrose acidificado com ácido tartárico a 10% (ph = 4,0) e homogeneizouse. Após solidificação incubou-se a 25 C por 5 dias. Calculou-se, de acordo com as diluições, as unidades formadoras de colônias (ICMSF, 1978). B.CEPPA, Curitiba, v. 15, n. 2, jul./dez.1997 189

2.7 CONTAGEM DE Staphylococcus aureus Semeou-se em duplicata, sobre a superfície do ágar telurito-gema de ovo, contido nas placas de Petri, 0,1 ml de cada diluição selecionada, com o auxílio de alça de Drigalsky. O inóculo (0,1 ml) foi cuidadosamente espalhado por toda a superfície do meio até total absorção. Posteriormente, as placas de Petri foram incubadas a 37 C por 24-48 horas. Calculou-se, de acordo com as diluições, as unidades formadoras de colônias. 2.8 DETERMINAÇÃO DO NÚMERO MAIS PROVÁVEL DE COLIFORMES TOTAIS Foi utilizada a técnica dos tubos múltiplos, empregando caldo lauril sulfato triptose com incubação a 35 C durante 48 horas. O teste confirmativo foi realizado como discriminado abaixo. 2.9 DETERMINAÇÃO DO NÚMERO MAIS PROVÁVEL DE COLIFORMES FECAIS Usou-se a técnica dos tubos múltiplos, empregando o caldo EC, com incubação a 44,5 C durante 24 horas (BRASIL, 1981). A determinação do número mais provável de coliformes totais e fecais foi realizada empregando-se a Tabela de Hoskins (ICMSF, 1978). 2.10 PESQUISA DE Escherichia coli A partir dos tubos contendo caldo EC, usados na quantificação de coliformes fecais que apresentavam turvação, com ou sem gás no interior do tubo de Durham, semeou-se placas de Petri contendo ágar eosina azul de metileno. Colônias suspeitas foram identificadas utilizando-se testes bioquímicos (MARTH, 1978, SPECK, 1976). 190 B.CEPPA, Curitiba, v. 15, n. 2, jul./dez.1997

2.11 PESQUISA DE Salmonella sp Em 225 ml de caldo lactosado e de água peptonada a 1% foram homogeneizados, respectivamente 25 ml de cada amostra. Depois da incubação a 35 C por 24 horas, 1 ml de cada cultivo foi transferido para 10 ml de caldo tetrationato de Kauffmann e para 10 ml de caldo selenito cistina, com incubação a 35 C. Após 24 horas, 48 horas e 5 dias foram feitas semeaduras, em placas de Petri contendo ágar SS e ágar verde brilhante, sendo as colônias suspeitas submetidas à testes bioquímicos e sorológicos (BRASIL, 1981). 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados das análises são mostrados na Tabela 1. Apesar da legislação federal (BRASIL, 1987) não possuir padrão para este produto, no que se refere a bactérias aeróbias psicrotróficas, bactérias aeróbias mesófilas, bactérias aeróbias termófilas, Staphylococcus aureus e coliformes totais, tais análises foram realizadas para se ter uma noção da quantidade de microrganismos presentes (inclusive aqueles provavelmente utilizados no processo de fermentação láctica) e da qualidade higiênicosanitária do produto. Os resultados das contagens de bactérias aeróbias psicrotróficas, compreendidos no intervalo de < 1 a 1,6 x 10 3 UFC/mL, evidenciaram que dezessete (94,4%) das dezoito amostras analisadas apresentaram valores menores que 10 3 /ml obtidos por GREEN e IBE (1987), como também observou-se que dezoito amostras apresentaram resultados inferiores aos obtidos por SAAD et al. (1987) de 9,31 x 10 3 /g. Não foi constatada a presença de coliformes totais, fecais (Escherichia coli) e de Salmonella sp em nenhuma das amostras analisadas, apesar das amostras 1, 5, 8, 12, 13 e 17 apresentarem contagens de Staphylococcus aureus. O resultado para coliformes (<3 NMP/mL) nas dezoito amostras analisadas foi inferior aos obtidos por GREEN e IBE (1987), SAAD et al. (1987) e TAMIME et al. (1987), de respectivamente < 10/mL, 5,28 x 10 3 /g e <10 UFC/g. Coliformes foram também encontrados em 23,3% das amostras analisadas por JORDANO SALINAS (1986). B.CEPPA, Curitiba, v. 15, n. 2, jul./dez.1997 191

TABELA 1 - REPRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS APÓS AS DIFERENTES ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS Bactérias Bactérias Bactérias Bolores Staphylococcus Coliformes Coliformes Escherichia Salmonella AMOSTRA IOGURTE aeróbias aeróbias aeróbias e aureus totais fecais coli sp n. psicrotróficas mesófilas termófilas leveduras (UFC/mL) (UFC/mL) (UFC/mL) (UFC/mL) (UFC/mL) (NMP/mL) (NMP/mL) (confirm.) (+/-) 1 Cereal e frutas (mamão, maçã e banana) 1,0 x 10 2 2,8 x 10 12 3,9 x 10 12 < 1 1,0 x 10 1 < 3 < 3 (-) (-) 2 Leite de cabra - sabor mel < 1 4,0 x 10 13 2,2 x 10 13 7,3 x 10 2 < 10 < 3 < 3 (-) (-) 3 Leite de cabra - sabor morango < 1 2,2 x 10 13 1,1 x 10 13 2,4 x 10 6 < 10 < 3 < 3 (-) (-) 4 Mel < 1 2,0 x 10 10 2,0 x 10 2 1,0 x 10 1 < 10 < 3 < 3 (-) (-) 5 Natural < 1 6,0 x 10 12 1,5 x 10 3 1,0 x 10 1 1,0 x 10 1 < 3 < 3 (-) (-) 6 Polpa de abacaxi < 1 8,0 x 10 8 7,2 x 10 7 7,0 x 10 0 < 10 < 3 < 3 (-) (-) 7 Polpa de abacaxi e hortelã < 1 7,8 x 10 9 < 1 < 1 < 10 < 3 < 3 (-) (-) 8 Polpa de acerola e laranja < 1 2,4 x 10 13 4,4 x 10 12 1,0 x 10 0 5,0 x 10 1 < 3 < 3 (-) (-) 9 Polpa de ameixa < 1 4,7 x 10 11 2,3 x 10 7 1,0 x 10 1 < 10 < 3 < 3 (-) (-) 10 Polpa de coco < 1 5,0 x 10 8 6,6 x 10 7 2,8 x 10 1 < 10 < 3 < 3 (-) (-) 11 Polpa de framboesa 2,0 x 10 2 9,5 x 10 5 1,0 x 10 6 < 1 < 10 < 3 < 3 (-) (-) 12 Polpa de kiwi 1,0 x 10 2 < 1 2,7 x 10 12 1,0 x 10 0 1,0 x 10 1 < 3 < 3 (-) (-) 13 Polpa de morango < 1 4,6 x 10 8 8,6 x 10 8 7,1 x 10 3 1,0 x 10 1 < 3 < 3 (-) (-) 14 Polpa de morango, framboesa e amora < 1 1,1 x 10 13 2,9 x 10 12 1,0 x 10 0 < 10 < 3 < 3 (-) (-) 15 Polpa de nozes, avelãs e passas 1,6 x 10 3 2,7 x 10 4 2,6 x 10 4 1,0 x 10 1 < 10 < 3 < 3 (-) (-) 16 Polpa de pêssego 1,0 x 10 2 5,2 x 10 8 2,5 x 10 8 1,2 x 10 5 < 10 < 3 < 3 (-) (-) 17 Polpa de uva < 1 6,3 x 10 12 < 1 < 1 1,0 x 10 1 < 3 < 3 (-) (-) 18 Salada de frutas (pêssego, abacaxi e banana) < 1 4,1 x 10 12 5,1 x 10 12 < 1 < 10 < 3 < 3 (-) (-) Variação < 1 < 1 < 1 < 1 < 10 < 3 < 3 (-) (-) a a a a a 1,6 x 10 3 4,0 x 10 13 2,2 x 10 13 2,4 x 10 6 5,0 x 10 1 Padrão máximo máximo ausência Federal 10 3 / ml 1/mL em (BRASIL, 1987) 25 ml

Seis das amostras analisadas (33,3%) apresentaram resultados variando de 1,0 x 10 1 a 5,0 x 10 1 UFC/mL, para Staphylococcus aureus, ultrapassando o resultado de <10/mL obtido por GREEN e IBE, 1987. Já de acordo com a legislação federal (BRASIL, 1987) que estabelece para leite fermentado, com relação a coliformes fecais, o padrão máximo de 1 NMP/mL e com relação a Salmonella sp, ausência em 25 ml, todas as amostras analisadas (100%) encontraram-se adequadas para consumo. Com relação a bolores, o estudo realizado por SAAD et al. (1987) obteve o resultado de 8,5 x 10 4 /g. Bolores também foram encontrados contaminando 35,36% de iogurtes naturais e 16,67% de aromatizados (JORDANO SALINAS, 1986). Em estudos realizados por outros pesquisadores foram encontrados para leveduras, respectivamente >10 UFC/g, <10/g a >10 6 /g e 8,18 x 10 5 /g (JORDANO, 1987, ROHM et al., 1990 e SAAD et al., 1987). As leveduras também foram citadas como sendo uma das maiores fontes de contaminação de iogurtes, ultrapassando o limite estabelecido para este produto em 10,63% das amostras analisadas (BRAZAL GARCIA et al., 1986). Como a legislação federal (BRASIL, 1987) estabelece para o produto em questão, com respeito a contagem de bolores e leveduras, o padrão máximo de 10 3 UFC/mL consideraram-se inadequadas ao consumo as amostras 3, 13 e 16 (16,7%). A amostra 13 (iogurte com polpa de morango) foi classificada como "produto em condição higiênica insatisfatória" e as amostras 3 e 16 (respectivamente, iogurtes com leite de cabra - sabor morango e com polpa de pêssego) como "produtos impróprios para o consumo". Já as amostras 1,7,11,17 e 18, além de apresentarem as mais baixas contagens de bolores e leveduras, situandose dentro do padrão estabelecido para o produto, também enquadraram-se na legislação brasileira no que diz respeito a coliformes fecais e Salmonella sp. As altas contagens de bolores e leveduras registradas podem ser devidas à matéria-prima de qualidade inadequada, ao meio ambiente, a existência de falhas na higienização dos equipamentos que entram em contato direto com o produto, àquelas ocorridas durante o processamento, ou ainda, a manutenção do produto em temperatura inadequada (que podem, por sua vez, acarretar produtos fora dos padrões microbiológicos recomendados, ainda na própria indústria). Recomenda-se então maior rigor na seleção de matérias-primas (de boa qualidade), o cumprimento das medidas higiênicosanitárias, inclusive na estocagem, para desta forma oferecer ao consumidor produto compatível com a legislação vigente, quer no âmbito industrial quer ao nível de comércio varejista. B.CEPPA, Curitiba, v. 15, n. 2, jul./dez.1997 193

4 CONCLUSÃO Os resultados obtidos demonstraram que, das dezoito amostras de iogurtes analisadas, três (16,7%) encontraram-se em desacordo com a legislação brasileira em vigor. Concluiu-se que os iogurtes com polpa de morango, com leite de cabra - sabor morango e de pêssego apresentaramse inadequados para o consumo. Abstract A survey of the microbiological characteristics of yogurt commercialized in São José do Rio Preto, State of São Paulo, Brazil, was carried out, analyzing 18 samples with different flavors. It was observed that most samples presented high counts of thermophilic and mesophilic aerobic bacteria, besides low counts of psychrophic aerobic bacteria, when compared with the previous counts. None of the analyzed samples presented total, fecal (Escherichia coli) coliforms and Salmonella sp. Six samples (33.3%) presented counts of Staphylococcus aureus. Thirteen samples (72.2%) presented molds and yeasts, three of these (23.1%) did not adjust to Brazilian legislation. The conclusion was reached that three samples proved to be inadequate for consumption according to the regulation in effect. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 BERGMILLER, M. Process and device for preparation of fruit yoghurt. German, 1987. (Federal Republic Patent Application DE 3537753 A 1). 2 BOUDIER, J.F., COLIN, J.Y., SOTTIEZ, P. Yoghurt-based sauces and their manufacture. France, 1989. (French Patent Application FR 2623376 A 1). 3 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 001 de 28 de janeiro de 1987. Aprova padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, 25 fev. 1987. 4 BRAZAL GARCIA, T., RUIZ-ATIENA RUIZ, L., ESPEJO DIAZ, M. Microbiological quality of natural and flavoured yoghurts, consumed in Alicante Province. Alimentaria, v. 177, p. 39-42, 1986. 5 GREEN, M.D., IBE, S.N. Yeasts as primary contaminants in yogurts produced commercially in Lagos, Nigeria. Journal of Food Protection, v. 50, n. 3, p. 193-198, 205, 1987. 6 HARRIGAN, W.F., MC CANCE, M.E. Laboratory methods in food dairy microbiology. London : Academic Press, 1976. 353 p. 194 B.CEPPA, Curitiba, v. 15, n. 2, jul./dez.1997

7 INTERNATIONAL COMMISSION ON MICROBIOLOGICAL SPECIFICATIONS FOR FOODS. Microorganisms in foods: their significance and methods of enumeration. 2. ed. Toronto : University of Toronto Press, 1978. v.1 8 INTERNATIONAL COMMISSION ON MICROBIOLOGICAL SPECIFICATIONS FOR FOODS. Microbial ecology of foods. New York : Academic Press, 1980. v. 2 9 JORDANO, R. Relationship between airborne contamination by yeasts and moulds and packaging system in commercial yoghurt. Microbiologie Aliments Nutrition, v. 5, n. 3, p. 253-255, 1987. 10 JORDANO, R. Incidence and evolution of psychrotrophic bacteria in commercial yoghurt kept in cold storage. Microbiologie Aliments Nutrition, v. 6, n. 4, p. 407-409, 1988. 11 JORDANO SALINAS, R. Hygienic quality of commercial yoghurts. Alimentaria, v. 178, p. 27-30, 1986. 12 KAO, H. Preparing naturally sweet yoghurt with Saccharomycopsis spp and Rhizopus spp. United States, 1987. (Patent, US 4714616). 13 MARTH, E.E. Standard methods for the examination of dairy products. 14 ed. Washington : APHA, 1978. 416 p. 14 BRASIL. Ministério da Agricultura. Métodos analíticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes. Brasília, 1981. 15 PINA, M.G.M.P., CLÁUDIO, C.R. Elaboração de iogurte batido com xarope de cacau (Theobroma cacao L) e xarope misto cacaucupuaçú (Theobroma grandiflorum, shum ). In: CONGRESSO NACIONAL DE LATICÍNIOS, 13., 1995. Anais... [Juiz de Fora] : CEPE - ILCT - EPAMIG, 1995. p. 65-68 16 ROHM, H., LECHNER, F., LEHNER, M. Microflora of austrian natural-set yogurt. Journal of Food Protection, v. 53, n. 6, p. 478-480, 1990. 17 SAAD, N.M., MOUSTAFA, M.K., AHMED, A.A.H. Microbiological quality of yoghurt produced in Assiut city. Assiut Veterinary Medical Journal, v. 19, n. 37, p. 87-91, 1987. B.CEPPA, Curitiba, v. 15, n. 2, jul./dez.1997 195

18 SANTOS, V.J.R.M., SOUZA, O.S.V.A., CAMPOS, E.M.A., ROBERTS, K.W.W., MACHADO, S.R.E.S., NEVES, E.C.A. Elaboração de iogurte batido com polpa de frutas amazônicas: parte I: cupuaçú, taperebá e muruci. In: CONGRESSO NACIONAL DE LATICÍNIOS, 13., 1995. Anais... [Juiz de Fora] : CEPE - ILCT - EPAMIG, 1995. p. 69-72 19 SPECK, M.L. Compendium of methods for the microbiological examination of foods. [Washington] : APHA, 1976. 702 p. 20 TAMIME, A.Y., DAVIES, G., HAMILTON, M.P. The quality of yoghurt on retail sale in Ayrshire. I. Chemical and microbiological evaluation. Dairy Industries International, v. 52, n. 6, p. 19-21, 1987. 21 WINWOOD, J. The living world of yoghurt. Food Manufacture, v. 62, n. 6, p. 39, 41 e 43, 1987. 196 B.CEPPA, Curitiba, v. 15, n. 2, jul./dez.1997