RESOLUÇÃO IBA Nº 11/2016

Documentos relacionados
NBC TA 320 Materialidade no Planejamento e na Execução de Auditoria.

NBC TA 320 (R1) MATERIALIDADE NO PLANEJAMENTO E NA EXECUÇÃO DA AUDITORIA

RESOLUÇÃO IBA Nº 03/2016. O INSTITUTO BRASILEIRO DE ATUÁRIA - IBA, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

NORMA INTERNACIONAL DE AUDITORIA 320 A MATERIALIDADE NO PLANEAMENTO E NA EXECUÇÃO DE UMA AUDITORIA ÍNDICE

Resolução IBA xxx Dispõe sobre a criação do Pronunciamento Atuarial CPA 009 Distinção das Hipóteses Atuariais e Referenciais Atuariais.

RESOLUÇÃO IBA Nº 04/2017

RESOLUÇÃO IBA 02/2016

Materialidade e sua aplicação nos trabalhos de auditoria NBC TA 320

Avaliação das Distorções Identificadas

RESOLUÇÃO IBA Nº 05/2016

CONSIDERANDO o desenvolvimento da profissão atuarial no Brasil e a maior abrangência de atuação do profissional atuário em sua atividade técnicas,

CONSIDERANDO o desenvolvimento da profissão atuarial no Brasil e a maior abrangência de atuação do profissional atuário em sua atividade técnicas,

1 Introdução. 2 Responsabilidade da Administração

Dispõe sobre a criação do Pronunciamento Atuarial CPA Princípios Atuariais.

AUDITORIA ATUARIAL INDEPENDENTE

Auditoria Atuarial Independente [Coordenação de Monitoramento das Provisões Técnicas]

O INSTITUTO BRASILEIRO DE ATUÁRIA - IBA, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

Respostas aos Riscos Avaliados

Risco de Auditoria (RA = RDR x RD) julgamento profissional Riscos de distorção relevante riscos da entidade não da auditoria

Práticas contábeis aplicáveis e apresentação das demonstrações contábeis

RESOLUÇÃO IBA Nº 03/2018

CPC 23 - POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇAS DE ESTIMATIVAS E RETIFICAÇÃO DE ERROS

Práticas Contábeis aplicáveis e Apresentação das Demonstrações Financeiras

NBC TA 705 Modificações na Opinião do Auditor Independente

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS INTERPRETAÇÃO TÉCNICA ICPC 22. Incerteza sobre Tratamento de Tributos sobre o Lucro

uff ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

RESOLUÇÃO CFC N.º 780/95

Estimativas Contábeis

SUMÁRIO. 1. Normas vigentes de auditoria independente, emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade... 2

NBC TA 520 Procedimentos analíticos

Introdução Alcance 1 Data de vigência 2 Objetivo 3 Definições 4 Requisitos. Procedimentos de auditoria Conclusões e relatórios de auditoria

Relatório de Auditoria

PLANEJAMENTO DE AUDITORIA

UERN 2015 AUDITÓRIA CONTÁBIL EMERSON FIRMINO

Procedimentos de auditoria; Confirmações externas; Procedimentos analíticos.

Auditoria Trabalhos Especiais Principais Aspectos de Aplicação Prática. Cristiano Seguecio 21/10/2015

CPC 23 Manual de Contabilidade Societária - Capítulo 26 POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVAS E RETIFICAÇÃO DE ERRO

Função Atuarial Solvency II (Art. 48)

CNseg / CGR / GT Modelos Internos. IN DIOPE nº14/07. Aplicabilidade no mercado regulado SUSEP

RESOLUÇÃO IBA Nº 04/2016

Modificações na Opinião do Auditor

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Aos

Apresentação, xxi Prefácio, xxiii. Parte I - INTRODUÇÃO, 1

Novo relatório do auditor independente

CONCORDÂNCIA COM OS TERMOS DO TRABALHO DE AUDITORIA NBC TA 210 (R1)

FUNDAÇÃO HOSPITALAR SÃO SEBASTIÃO

Procedimentos Analíticos

Moda Auditores Independentes S/S R. Tiradentes, n andar sala 62 - Centro Piracicaba SP Fone (19) RELATÓRIO DOS AUDITORES

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS ATUARIAIS (CPA) CPAO Nº 005 Provisão de riscos a decorrer PROVISÃO DE PRÊMIOS NÃO GANHOS (PPNG) SUPERVISIONADAS SUSEP

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ CIA SEGUROS ALIANCA BAHIA Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erros CPC 23/IAS 8

ASSOCIAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM REDE

Objetivos Gerais do Auditor

Cria o COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS ATUARIAIS CPA, e dá outras providências.

Relatório dos Auditores Independentes Sobre as Demonstrações Contábeis RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Aprova, ad referendum do Plenário, a Interpretação ITG 22 - Incerteza sobre Tratamento de Tributos sobre o Lucro.

Calendário Normativo - Agosto 2017 RESOLUÇÃO CNSP Nº 321,

NBC TA 600 CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS AUDITORIAS DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE GRUPOS (Incluindo o trabalho dos auditores dos componentes)

NBC TA 530 Amostragem em Auditoria Se aplica quando o auditor independente decide usar amostragem na execução de procedimentos de auditoria Trata do

Parágrafos de Ênfase e de Outros Assuntos

Demonstrações Contábeis 2015

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE LEVANTAMENTO DE PESOS

Avaliação de Riscos e Materialidade Principais Aspectos de Aplicação Prática

NORMA INTERNACIONAL DE AUDITORIA 450 AVALIAÇÃO DE DISTORÇÕES IDENTIFICADAS DURANTE A AUDITORIA ÍNDICE

Prof. Me. Rodrigo Fontenele CONSIDERAÇÕES DE LEIS E REGULAMENTOS

SUR REDE UNIVERSITÁRIA DE DIREITOS HUMANOS

Eventos Subsequentes e Continuidade Operacional

COMUNICADO TÉCNICO IBRACON Nº 04/2014

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS DE PARÁ DE MINAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013.

Auditoria. Relatório de Auditoria. Professor Marcelo Spilki.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS ATUARIAIS (CPA) CPA 004 Provisão de Excedente Técnico (PET) SUPERVISIONADAS SUSEP

NORMAS BRASILEIRAS TÉCNICAS: NBC TA 02 Estrutura conceitual para trabalhos de asseguração NBC TA 200 Objetivos gerais do auditor independente e a

Portaria Nº 865, de 06 de junho de 2001

Seminário. Novas Normas de Auditoria - Planejamento e Execução da Auditoria. Setembro Elaborado por: Roberto Vilela Resende

Furnas Centrais Elétricas S.A. Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2010

AUDITÓR RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Aos Diretores e Quotistas da OPS PROMED ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA Opinião Exa

COOPERATIVA ECM DOS SERVIDORES UNESP - COOPUNESP

Calendário Normativo - ABRIL de 2017

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Utilização do Trabalho de Auditoria Interna

Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente

CPA Nº 011 Provisões Técnicas para Despesas Supervisionadas Susep

NBC TA 705 MODIFICAÇÕES NA OPINIÃO DO AUDITOR INDEPENDENTE. INTRODUÇÃO Alcance 1. Tipos de opinião modificada

Demonstrações Contábeis 2014

Demonstrações Contábeis 2014

Universidade de São Paulo Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade Departamento de Contabilidade e Atuárias

2. Em 11 de novembro de 2013 foi editada a MP 627, que entre outras providências,

RESOLUÇÃO CFC Nº /09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

CNPJ: / DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO COMPARADO DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMONIO LIQUIDO

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. À Diretoria e Cooperados da Uniodonto Goiânia Cooperativa de Trabalho de Cir

2. Gerenciamento do Serviço de Auditoria

NBC TA APROVAÇÃO. RESOLUÇÃO CFC Nº , de

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

AMOSTRAGEM EM AUDITORIA

DELIBERAÇÃO CVM Nº 506, DE 19 DE JUNHO DE 2006

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 23. Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS REVISÃO DE PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS N.º 10/2016

Provisões Técnicas (obrigações com segurados) geram Ativos Garantidores (bens para cobrir provisões) Teste de Adequação de Passivos (TAP)

Transcrição:

Página1 RESOLUÇÃO IBA Nº 11/2016 Dispõe sobre a criação do Pronunciamento Atuarial CPA 007 MATERIALIDADE - AUDITORIA ATUARIAL INDEPENDENTE - SUPERVISIONADAS SUSEP O INSTITUTO BRASILEIRO DE ATUÁRIA - IBA, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, CONSIDERANDO o desenvolvimento da profissão atuarial no Brasil e a maior abrangência de atuação do profissional atuário em suas atividades técnicas, CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentação apropriada para interpretação e aplicação do disposto na legislação vigente, RESOLVE: Art. 1º - Nos termos do artigo 1º do regulamento do Decreto-Lei nº 806, de 04.09.1969, que dispõe sobre o exercício da profissão de atuário, aprovado pelo Decreto nº 66.408, de 03.04.1970, esta resolução tem por objetivo aprovar a criação do pronunciamento atuarial no que diz respeito à auditoria atuarial independente das Sociedades supervisionadas pela SUSEP. Art. 2º - O CPA 007 é parte anexa desta Resolução e poderá ser alterado com o objetivo de adaptar-se à evolução do trabalho do atuário e/ou de sua atividade profissional, em conformidade com as normas emanadas pelo IBA a respeito. Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação. Rio de Janeiro, 2 de setembro de 2016. Flávio Vieira Machado da Cunha Castro Presidente do IBA

Página2 COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS ATUARIAIS (CPA) CPA Nº 007 MATERIALIDADE - AUDITORIA ATUARIAL INDEPENDENTE SUPERVISIONADAS SUSEP (versão 02/09/2016)

Página3 SUMÁRIO I INTRODUÇÃO...4 II - ALCANCE...5 III DEFINIÇÕES...5 IV REQUISITOS...5

Página4 I INTRODUÇÃO 1. O presente Pronunciamento Técnico (Pronunciamento) trata da responsabilidade do atuário independente de aplicar o conceito de materialidade no planejamento, na execução e na conclusão de seu trabalho de auditoria atuarial requerida pela SUSEP. Esse documento explica como a materialidade é aplicada no planejamento e dimensionamento das atividades a serem executadas, na avaliação do efeito de distorções identificadas durante a auditoria atuarial e de distorções não corrigidas, se houver, com respeito aos itens constantes no escopo da auditoria atuarial, bem como na formação da opinião conclusiva do atuário independente. 2. A determinação da materialidade pelo atuário independente é uma questão de julgamento profissional e é afetada pela percepção do auditor das necessidades de informações referentes aos itens constantes no escopo da auditoria atuarial. Neste contexto, é razoável que o atuário independente assuma que os usuários: (a) Possuam conhecimento razoável de negócios, atividades econômicas, de contabilidade, de atuária e a disposição de estudar os aspectos atuariais presentes numa demonstração financeira com razoável diligência; (b) Entendam que os trabalhos da auditoria atuarial são elaborados e apresentados considerando níveis de materialidade e que os atuários independentes utilizam parâmetros próprios e específicos que não são necessariamente os mesmos utilizados pelos auditores contábeis; (c) Reconheçam as incertezas inerentes à mensuração de valores baseados no uso de estimativas atuariais, julgamento e a consideração sobre eventos futuros; (d) Tomem decisões econômicas razoáveis com base nas informações das demonstrações financeiras. 3. Ao planejar a auditoria atuarial, o atuário independente exerce julgamento sobre a magnitude das distorções que sejam consideradas relevantes, fornecendo a base para: (a) Determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliação de risco; (b) Determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria; e (c) Identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nos itens constantes no escopo da auditoria atuarial.

Página5 4. A materialidade determinada no planejamento da auditoria atuarial não estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não relevantes. As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o atuário independente a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade. Apesar de não ser praticável definir procedimentos de auditoria para detectar distorções que poderiam ser relevantes somente por sua natureza, ao avaliar seu efeito sobre os itens constantes no escopo da auditoria atuarial, o atuário independente considera não apenas a magnitude, mas também a natureza de distorções não corrigidas e as circunstâncias específicas de sua ocorrência. 5. A materialidade determinada no planejamento da auditoria atuarial não implica a simples exclusão de itens cujos saldos ou valores sejam inferiores a esta. É necessário que o atuário independente aplique os procedimentos de auditoria adequados de forma a se certificar de que tais saldos ou valores não apresentem riscos de se tornarem materiais, seja para fins de opinião constante no parecer, seja para fins de apontamentos no relatório de auditoria atuarial independente. II - ALCANCE 6. Esse Pronunciamento deve servir como referência ao atuário independente durante o planejamento, execução, análises e conclusões dos trabalhos de auditoria atuarial independente requerida pela SUSEP. III DEFINIÇÃO 7. Materialidade significa o parâmetro de valor fixado pelo atuário independente, cujos valores inferiores a este não são considerados relevantes. Sua definição, ou definições já que pode haver mais do que uma única materialidade, deve ser feita de forma a adequadamente reduzir a um nível aceitável a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto, excedam a materialidade para esses itens como um todo. Quando aplicável, materialidade refere-se, também, ao valor fixado pelo atuário independente para classes específicas de transações, saldos contábeis e divulgações. IV REQUISITOS Determinação da materialidade nas fases de planejamento e execução da auditoria atuarial.

Página6 8. Ao estabelecer a estratégia global de trabalho, o atuário deve determinar a materialidade para cada assunto incluído na auditoria atuarial, tomando por base o escopo estabelecido em norma. Se, nas circunstâncias específicas da empresa auditada, houver uma ou mais classes específicas de transações ou saldos atuariais para as quais se poderia razoavelmente esperar que distorções influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nos itens constantes no escopo da auditoria atuarial, o atuário independente deve determinar, também, o nível de materialidade a ser aplicado a essas classes específicas de transações ou saldos atuariais. 9. O atuário independente deve determinar a materialidade para planejamento e execução da auditoria atuarial com o objetivo de avaliar os riscos de distorções relevantes e determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de auditoria atuarial. 10. A determinação da materialidade envolve o exercício de julgamento profissional do atuário. Aplica-se frequentemente uma porcentagem a um referencial selecionado como ponto de partida para determinar a materialidade para a auditoria atuarial como um todo. Os fatores que podem afetar a identificação de referencial apropriado incluem: (a) Os valores objeto da auditoria atuarial definidos pelos seus normativos (provisões técnicas, ativos de resseguros ou retrocessão, valores redutores da necessidade de cobertura das provisões técnicas e a solvência da empresa); (b) A suficiência do Patrimônio Líquido Ajustado PLA em relação ao Capital Mínimo Requerido CMR; (c) A natureza da empresa, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua; (d) A volatilidade relativa do referencial. 11. Em relação ao referencial escolhido, quando os saldos envolverem estimativas atuariais, por exemplo, as provisões técnicas de sinistros ocorridos, mas ainda não avisados ou pagos (IBNR ou IBNP), que por sua natureza intrínseca admitem diferentes métodos de estimação e, consequentemente, podem gerar diferentes estimativas, recomenda-se que o atuário independente defina uma faixa aceitável de variação dessas estimativas. Essa faixa aceitável poderá ser utilizada como referência a partir do qual a materialidade será aplicada. Já no caso de saldos que são considerados exatos ou que são definidos por alguma metodologia estabelecida pelo regulador, o atuário independente poderá definir a materialidade a partir de um percentual em relação ao saldo contábil da provisão mais recente no momento da definição da materialidade.

Página7 12. A materialidade pode precisar ser revista em decorrência de mudanças que ocorram durante a auditoria, novas informações, ou mudança no entendimento do atuário independente sobre a empresa e suas operações. Por exemplo, se durante a execução da auditoria atuarial surgirem indícios de que o saldo das provisões técnicas será substancialmente diferente do saldo previsto para o final do período que foi usado inicialmente para determinar a materialidade para a auditoria atuarial como um todo, o atuário independente deve revisar essa materialidade. Desta forma, esse mesmo conceito deve ser aplicado a materialidades calculadas para trabalhos interinos (ou seja, antes da data-base da auditoria atuarial); nesses casos, a materialidade deve ser revisada quando os saldos finais forem conhecidos, e eventuais impactos nos trabalhos interinos devem ser considerados. 13. Se o atuário independente concluir que é apropriada a materialidade mais baixa do que a inicialmente determinada para a auditoria atuarial como um todo e, se aplicável, para o nível ou níveis de materialidade de classes específicas de transações e saldos atuariais, o atuário independente deve determinar se é necessário revisar a materialidade para execução da auditoria atuarial e se a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria atuarial continuam apropriadas. 14. O atuário independente deve incluir na documentação dos papéis de trabalho da auditoria atuarial os seguintes aspectos considerados em sua determinação: (a) Materialidade para o planejamento da auditoria atuarial como um todo; (b) Se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações e saldos atuariais; (c) Materialidade para a formação da opinião do atuário independente com base nas análises e resultados obtidos durante a execução da auditoria atuarial; (d) Qualquer revisão de (a) a (c) com o andamento da auditoria atuarial.