Recuperação da Paisagem Mestrado 1º ano 2º semestre Thomas Panagopoulos Prof. Auxiliar
Encerramento e recuperação de lixeiras aterros sanitários Um dos passos importantes para a recuperação do passivo ambiental existente em Portugal foi a erradicação das lixeiras que de forma sistemática, foram sendo desactivadas, encerradas e requalificadas ambientalmente no período que decorreu entre 1996 e 2001. Em muitas das lixeiras dos sistemas multimunicipais onde se interveio verificava-se uma permanente e esporádica autocombustão dos resíduos, com fumos tóxicos e perigosos. Nestes locais era comum a descarga de resíduos de forma desordenada e sem qualquer controlo de aguas lixiviantes.
Metodologia de intervenção Os critérios em consideração no processo de decisão da escolha de soluções a utilizar na recuperação das áreas foram: 1. A massa de resíduos (dimensão), 2. As características do local onde se situavam 3. As condições climatéricas associadas à zona. 4. A Construção dos órgãos complementares 5. Instalação de sistemas de monitorização A principal preocupação dos projectos foi: 1. As aguas lixiviantes com escoamentos incontrolados 2. As aguas subterrâneas 3. O biogas produzido 4. As medidas de controlo e compate de insectos e roedores
Acções e intervenções Análise e reconhecimento da lixeira e da zona onde se insere: 1. Levantamento topográfico, Morfologia do terreno, 2. Volumetria da massa dos resíduos a modelar regularizar e compactar 3. Observação do estado de decomposição, 4. Ocorrência de auto-combustão. 5. A vegetação envolvente, 6. os poços de captação de água, 7. linhas de agua afectadas, 8. povoações mais próximas, 9. interesses de ocupação futura, 10. geologia, geohidrologia e recursos hídricos, 11. vento e pluviosidade.
Acções e intervenções Concepção e planeamento da obra 1. Definição dos limites da área de intervenção, medidas de controlo da poluição existente, 2. Definição do volume de terras para o recomprimento dos resíduos, 3. Especificações para a vedação da área, 4. Especificações técnicas para vias de circulação, 5. Projecto do sistema de captação, drenagem, e tratamento das águas lixiviantes, 6. Projecto do sistema de drenagem e queima do biogas, 7. Especificações técnicas para a cobertura final de enceramento e protecção ambiental, 8. Especificações técnicas para o revestimento vegetal e respectivo plano de integração paisagística.
Acções e intervenções Execução, acompanhamento e fiscalização da construção 1. Implantação de vedação metálica 2. Modelação da massa dos resíduos, compactação, minimização dos riscos de erosão 3. Cobertura com terras (gradual) 4. Desgaseificação com implantação de poços de drenagem do biogas 5. Construção de valas de corte, e valetas periféricas 6. Construção de lagoa de recepção das águas lixiviantes 7. Construção de banquetas estabilizadoras 8. Construção de vias de acesso 9. Execução do plano de sementeira e plantação com espécies autóctones resistentes 10. Execução do plano de integração e arranjo paisagístico.
Acções e intervenções Plataforma superior: 1. Cobertura com terras (sem pedras) 2. Camada mineral para captação e drenagem horizontal do biogas (20cm) 3. Camada de impermeabilização (geomembrana de 2mm ou camada de argila de 50cm ou geocompósto bentónico de 5000g/m 2 ) 4. Camada mineral drenante (areão de 30cm) 5. Camada de cobertura (terras de 70cm) 6. Camada e cobertura final (terra vegetal de 20-30cm)
Acções e intervenções Taludes 1. Cobertura com terras (sem pedras) 2. Camada de impermeabilização (geomembrana de 2mm ou camada de argila de 50cm ou geocompósito bentónico de 5000g/m 2 ) 3. Camada drenante (geocompósito drenante, membrana alveolar, material mineral, ou areão) 4. Camada de cobertura (terra e terra vegetal 3:1 de 100cm) 5. Material de protecção à erosão (de 20-30cm): manta biológica de material vegetal, palha, fio de coco, ou sementeira.
Acções e intervenções Monitorização da lixeira e da zona envolente antes, durante e periodicamente após a recuperação. 1. Colocação de 4 piezometros 2. Colocação de marcas superficiais para controlo dos assentamentos 3. Termómetro digital e 1100 o C, 4. Medidor de pressão de 200 a 1000mbar, 5. Anemómetro digital de 0,5 a 20m/s 6. Medidor de metano de 0 a 100%
Corte esquemático do sistema de cobertura
Barreira vertical de contenção
Fresh kills NY
Escolha de uso após enceramento
Caso de aterro sanitário Bucelas, Loures
Deposito de cinzas Tratamento de lixiviados
Tratamento de escorias (futuro parque desportivo)
Condutas biogas
Deposito RSU enserado