unesp FLÚOR (F) - Grupo do halogênios - Possui alta eletronegatividade (reativo) - Liga- se facilmente a íons Ca 2 e Na - Encontra- se nos ossos e dentes (FA) FLÚOR É O ÚNICO ELEMENTO SEGURO E EFICIENTE QUE ATUA COMO AGENTE PREVENTIVO E TERAPÊUTICO DA CÁRIE FLÚOR: Seguro quando usado de forma racional Uso excessivo pelo método sistêmico é tóxico Causa efeitos colaterais, fluorose dental e óssea Micronutriente essencial para os tecidos mineralizados Atua como agente anticárie: Aumenta a resistência do dente ao ataque ácido Reduz a solubilidade do esmalte 1
Estimula a remineralização Reduz a atividade metabólica dos microorganismos PRESENTE NA ÁGUA, SOLO E ALIMENTOS Não é encontrado livre na natureza Forma fluoretos (sal) com quase todos os metais. Ex: NaF, CaF 2, MgF 2, Na 2 SiF 6 e Na 3 AlF 6, etc Presente em rochas e destas passa para o solo e água (rios, lagos e mar) Da água infiltrada no solo passa para as plantas Alimentos ricos em flúor: peixes e frutos do mar mel passas vegetais concentrado nas folhas de chá, etc Dieta: 0,25-0,35mg de F Fontes de flúor na Odontologia Flúor em gotas, pastilhas, goma de mascar Dentifrícios: fluoreto de sódio (NaF) ou monofluorfosfato de sódio (MFP) *Forma mais simples e racional de uso do flúor Fio dental impregnado de flúor Soluções para bochechos Materias restauradores liberadores de flúor Resinas e selantes 2
Flúor sistêmico ingestão de flúor Água fluoretada do sistema de abastecimento público Suprimento de água 0,7-1,0 ppm de F - X Flúor em gotas, pastilhas, goma de mascar e alimentos Flúor tópico Flúor de ação local Dentifrícios fluoretados (250 a 1500ppm) Fio dental Flúor tópico Flúor de ação local Bochechos Gel e vernizes Selantes Indicações para aplicação profissional Flúor deve estar continuamente presente na cavidade bucal Utilizar o flúor em alta frequência e baixa concentração (uso contínuo do flúor) - Elevado risco de cárie - Deficiências motoras - Patologias sistêmicas - Tratamento ortodôntico 3
DIGESTÃO E ABSORÇÃO maior fonte de ingestão do flúor é a água Absorção favorecida se os sais estiverem na forma não ionizada É favorecida em meio ácido DIGESTÃO E ABSORÇÃO HF H F - pka= 3, ph<3,: Predomina HF (HF não dissociado) HF não dissociado é facilmente absorvido ph>3,: Predomina F - (HF dissociado) DIGESTÃO E ABSORÇÃO Absorção é maior no estômago e porções iniciais do intestino delgado (ID) Absorção ocorre por difusão passiva facilitada (sem gasto de energia) DIGESTÃO E ABSORÇÃO Flúor da dieta associado a compostos orgânicos e a certos íons inorgânicos não é absorvido (eliminado nas fezes) FLÚOR NO PLASMA Depois de absorvido é detectado no sangue -75% no plasma -25% nas células (hemácias e leucócitos) TECIDOS MOLES FLUIDOS CORPORAIS SALIVA, FLUÍDO GENGIVAL, SUOR ABSORÇÃO TECIDOS DUROS OSSOS E DENTES PLASMA RINS URINA A [Flúor] no plasma eleva-se rapidamente - Apresenta pico entre 30 e 60 minutos - Após 2 h os níveis voltam ao normal DIETA e ÁGUA HF F - EXCRECÃO FECAL
FLÚOR EXERCE EFEITO ANTICÁRIE 1. Causa redução na solubilidade do esmalte Através de reações de substituição do grupo OH - por F -, uma tênue camada de HA do esmalte é transformada em FA Ca 10 (PO ) 6 (OH) 2 2 F - D Ca 10 (PO ) 6 F 2 2 OH - FLÚOR EXERCE EFEITO ANTICÁRIE 2-Ativa a remineralização do esmalte ph entre 5,5,5 o dente perde íons cálcio e fosfato pela dissolução da HA (ph crítico é 5,5) Porém na presença de flúor esses íons são reincorporados ao dente na forma de FA ph 8,0 5,0 ph < 5,5 Desmineralização 10 Ca 2 subsaturação 6PO 0 minutos Dente 0 10 20 30 HA Ca 10 (PO ) 6 (OH) 2 ácido H 10 Ca 2 6PO Frutose glicose 10 Ca 2 6PO Saliva subsaturada Condição fisicoquímica subsaturante do meio bucal em relação a HA do dente DESMINERALIZAÇÃO Placa ph 8,0 5,0 ph > 5,5 Remineralização 0 10 20 30 0 HA Ca 10 (PO ) 6 (OH) 2 supersaturação ácido 10 Ca 2 6PO X X sal 10 Ca 2 6PO Ácido 10 Ca 2 6PO minutos Saliva Dente supersaturada Condição fisicoquímica supersaturante do meio bucal em relação a HA do dente REMINERALIZAÇÃO ph 8,0 5,0 5,5 > ph >,5 Desmineralização na presença de flúor HA Ca 10 (PO ) 6 (OH) 2 ácido Frutose glicose H 10 Ca 2 6PO 10Ca 2 6PO 10Ca 2 6PO HF HF ph 8,0 5,0 ph >,5 Remineralização na presença de flúor X Ca 10 (PO )F 2 Ca 10 (PO ) 6 (OH) 2 X ácido ácido 10 Ca 2 6PO 10 Ca2 6PO 2OH - 10 Ca 2 6PO F - HF HF 0 10 20 30 10 Ca 2 6PO F - Ca 0 10 (PO )F 2 minutos FA Dente 10Ca 2 F - 6PO Saliva 10Ca 2 6PO 3 F - 0 10 20 30 0 minutos Dente F - F - Saliva F - 5
Remineralização de lesões iniciais de cárie O principal efeito do flúor está na sua capacidade de reparar lesões iniciais de cárie através da formação de CaF 2 Remineralização de lesões iniciais de cárie A aplicação tópica de alta concentração de flúor em ph baixo (flúor fosfato ácido) Propicia a deposição de CaF 2 nos microespaços e microporos das lesões iniciais de cárie. Remineralização de lesões iniciais de cárie Com queda de ph na cavidade bucal: CaF 2 sofre ionização liberando F - que é incorporado no dente na forma de FA. CaF 2 atua como reservatório contínuo de flúor Flúor gel CaF 2 CaF 2 Queda do ph CaF 2 FA Ca 10 (PO ) 6 F 2 F - 6
Inibe o sistema enzimático dos MOs O flúor inibe a glicosil transferase e a frutosil transferase: Diminui a produção de PEC Diminui a adesão entre os MOs e destes ao dente (Frutano) LEVANO n Sacarose Frutosil transferase n Glicose Invertase n Sacarose Glicosil n Sacarose transferase n Frutose GLICANOS (Dextrano e mutano) Parede celular 3GAP G1P G6P F1P 1,3DPG F6P 1,6FDP DAHP UDP-G 3PG 2PG PEP Pyr PIC Acetato Formato Etanol H 2 O 2 Lactato Inibe o sistema enzimático dos MOs Reduz as pontes de cálcio dificulta a adesão das bactérias à superfície dental diminuindo a formação de placa Inibe o sistema enzimático dos MOs Com a diminuição de PEC e das pontes de cálcio a placa formada é: - menos adesiva, - menos espessa, - mais permeável, - fácil remoção Inibe o sistema enzimático dos MOs Diminui a atividade das enzimas da via glicolítica cujo o cofator é o Mg 2 em especial a enolase (2PG PEP) Mg 2 2F - MgF 2 Precipita diminuindo a [Mg 2 ] intracelular G HK ADP G6P G- GLICOSE PGI F6P G6P- GLICOSE 6-FOSFATO F6P- FRUTOSE 6- FOSFATO 1,6FDP- FRUTOSE 1,6-DIFOSFATO DHAP- DIIDROXIACETONA FOSFATO 3GAP- GLICERALDEÍDO FOSFATO 1,3DPG- 1,3DIFOSFOGLICERATO 3PG- FOSFOGLICERATO 2PG- 2-FOSFOGLICERATO PEP- FOSFOENOLPIRUVATO PYR- PIRUVATO PFK 1,6FDP ADP ALD DHAP TIM 3GAP P i Enolase inibida pelo F - NAD NADHH 1,3DPG GAPDH ADP PGK 3PG PGM 2PG H 2 O ENO PEP ADP PK PYR 7
Inibe o sistema enzimático dos MOs Diminui o transporte de glicose através da membrana celular do microorganismo Sistema de transporte da glicose permease é inibido pela baixa produção de em virtude da inibição da via glicolítica Sistema de transporte da fosfotransferase é inibido pela baixa concentração de PEP Alta [ ] Glicose 1 2 Baixa [ ] Glicose ADP Acetato,formato Etanol e H 2 O 2 TRANSPORTE E METABOLISMO DA GLICOSE 1-Glicose Permease 2-Sistema da Fosfotransferase EII HPr(His-P) Glicose 6-P HPr Frutose 6-P EI Frutose 1,6 dip DAHP EI-P Piruvato formato liase PYR enolase 2PGA PEP LDH Lactato GAP PGA 1,diPGA inibida pelo F - Lactato Inibe o sistema enzimático dos MOs A diminuição no transporte de glicose inibe a produção de PIC F - inibe a enzima fosforilase responsável pela degradação do PIC para produção de energia PIC fosforilase Gli (energia) Inibe o sistema enzimático dos MOs Inibe a síntese de ácido lipoteicóico e da parede bacteriana Inibe enzimas e componentes envolvidos nos mecanismos de defesa bacteriano (responsáveis pela integridade bacteriana) EX: catalase e a peroxidase TOXICIDADE DO FLÚOR DOSES ELEVADAS DE FLÚOR PODEM CAUSAR : Fluorose dental que é caracterizada pela presença de descolorações e manchas claras até escuras no esmalte Fluorose 8
TOXICIDADE DO FLÚOR DOSES ELEVADAS DE FLÚOR PODEM CAUSAR : Inibição da aconitase (ciclo de Krebs) diminuindo a produção de celular 9
- COO - - malato fumarase O CH - C - S - CoA 3 = acetil - CoA NADH H O=C-COO - H 2 C-COO - H 2 O oxaloacetato malato desidrogenase HO-CH H 2 C COO - CoA - SH citrato sintetase CH 2 -COO - HO-C-COO - H-C-COO - H citrato aconitase C-COO - CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO CICLO DO ÁCIDO TRICARBOXILÍCO CICLO DE KREBS H 2 O CH 2 -COO - C-COO - aconitase H aconitato CH 2 -COO - H-C-COO - HO-C-COO - H isocitrato isocitrato desidrogenase H 2 O COO - H-C-H CH succinato CH C-COO - desidrogenase 2 -COO - α - cetoglutarato H-C CH CoA-SH 2 -COO - H-C-H - desidrogenase O α - cetoglutarato succinil - CoA COO - H-C-H sintetase C-S-CoA FADH CoA-SH 2 fumarato COO - NADH H succinato GTP GPD O P succinil - CoA i CO 2 CO 2 H 2 O CH 2 -COO - NADH H TOXICIDADE DO FLÚOR DOSES ELEVADAS DE FLÚOR PODEM CAUSAR : Problemas renais Distúrbios da tireóide, gástricos e intestinais Alterações ósseas, incluindo aumento de densidade óssea TOXICIDADE DO FLÚOR TOXICIDADE DO FLÚOR DOSES ELEVADAS DE FLÚOR PODEM CAUSAR : Toxicidade elevada pode causar choque anafilático e até levar o indivíduo à morte Não despreze as PEQUENAS alegrias da vida enquanto estiver buscando as GRANDES. (Zilda Santiago) 10