O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS PERFURO CORTANTES NOS HOSPITAIS PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO - RO

Documentos relacionados
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE: CONHECIMENTO DOS AGENTES DE LIMPEZA

Dr NEILA CRISTINA FREITAS MAIA HOSPITAL E CLÍNICA VETERINÁRIA ZOOVET

HOSPITAL PUC-CAMPINAS PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS COM IMPACTO AMBIENTAL E FINANCEIRO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

11º ENTEC Encontro de Tecnologia: 16 de outubro a 30 de novembro de 2017

e considerado critico devido a presença de sala de expurgo, nessa sala são realizadas atividades invasivas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO NA SAÚDE

IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO DE PAULA - MELHORIAS PARA QUALIDADE

Resíduos de Serviços de Saúde RSS

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE: DESCORTINANDO CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS

SAÚDE E LIMPEZA PÚBLICA

SABERES E PRÁTICAS DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E ENFERMEIROS SOBRE BIOSSEGURANÇA E SUA APLICAÇÃO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE NOS LABORATÓRIOS DE ANÁLISE CLÍNICA DO MUNICÍPIO DE CRUZ DAS ALMAS, BAHIA

WORKSHOP RESÍDUOS SÓLIDOS DESAFiOS PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SAÚDE E LIMPEZA PÚBLICA

CURSO DE ATUALIZAÇÃO. Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS SERVIÇO DE SAÚDE/BIOTÉRIO BIOTÉRIO BIODINAMICA INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS CAMPUS DE RIO CLARO/SP

BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE

HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO PIERRO HOSPITAL DA PUC CAMPINAS

TERMO DE REFERÊNCIA PARA APRESENTAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ ESTADO DO PARANÁ

26 a 29 de novembro de 2013 Campus de Palmas

O gerenciamento dos Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) gerados em Farmácias de Fortaleza-Ce

EDUCAÇÃO CONTINUADA SOBRE RESIDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE VOLTADA À ENFERMAGEM DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA HUEC

Administração e Gestão Farmacêutica. Josiane, Mônica, Tamara Agosto 2014

GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS EM ESTRATEGIA DE SAÚDE DA FAMILIA

DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA PB QUANTO AOS SEUS RESÍDUOS

COMISSÃO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS RELATÓRIO DE PRODUTIVIDADE

ALTERNATIVA PARA DESINFECÇÃO E RECICLAGEM DE SACOS PLÁSTICOS UTILIZADOS PARA O ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSSS)

Análise do gerenciamento dos resíduos dos estabelecimentos públicos de atendimento básico a saúde do município de aparecida de Goiânia, Goiás, Brasil

Os métodos e procedimentos de análise dos contaminantes gasosos estão fixados na Norma Regulamentadora - NR 15.

MBA em Gestão e Negócio em Saúde Gestão em Serviços Hospitalares Profa. Esp. Kelly Barros

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE PGRSS IPTSP/UFG

8. Gestão de Resíduos Especiais. Roseane Maria Garcia Lopes de Souza. Há riscos no manejo de resíduos de serviços de saúde?

Avaliação do Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde em uma rede de Drogarias de Vitória da Conquista-BA

Decreto de Regulamentação da Lei: DECRETO ESTADUAL n DE 03/12/02.

RSS - TERMINOLOGIA - GERENCIAMENTO INTRA - ESTABELECIMENTO ABNT NBR ABNT NBR Angela Maria Magosso Takayanagui

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS

Eixo Temático ET Gestão Ambiental GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS BIOLÓGICOS E PERFUROCORTANTES EM INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE PERNAMBUCO

Serviço Gerenciamento Ambiental HCFMRP-USP

VI CICLO DE PALESTRAS DA COPAGRESS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

TERMO DE REFERÊNCIA PARA APRESENTAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE CURITIBA

BRASIL 30/05/2019. RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)-Conceito e Bases para seu Gerenciamento DENOMINAÇÃO RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

BIOSSEGURANÇA. Diogo Domingues Sousa Gerente de Segurança e Saúde Ocupacional

Encontro Internacional sobre Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Câmara Multidisciplinar de Qualidade de Vida CMQV

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

ANÁLISE DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE NA PUC MINAS EM BETIM GERAÇÃO PER CAPITA

PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE. Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde

Procedimento Operacional Padrão FMUSP - HC. Faculdade de Medicina da USP Diretoria Executiva da FMUSP e Diretoria Executiva dos LIMs

CONHECIMENTO DE DISCENTES DO CURSO DE ENFERMAGEM ACERCA DOS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

ESTIMATIVA E QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS HOSPITALARES DAS UNIDADES DE SAÚDE DE BARREIRAS - BAHIA

Administração de Recursos Materiais, Físicos e Ambientais. Raquel Silva Assunção

A UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NOS ACIDENTES COM MATERIAIS BIOLÓGICOS

Marcela de Castro Fonseca Maria Célia de Castro

SLOGAM DA EMPRESA PPAP

BRASIL RSS - GRUPOS 04/04/2017. RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)-Conceito e Bases para seu Gerenciamento DENOMINAÇÃO

ANÁLISE DAGESTÃO E GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

SISEMA. Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Métodos de Segregação e Tratamento de Resíduos: A Rotina de um Hospital da Região Norte do Brasil. Belém, 2017

DIAGNÓSTICO DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇO DE SAÚDE DO MUNÍCIPIO DE PARNAGUÁ-PI

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA DO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS-SP

CURSO DE ATUALIZAÇÃO. Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde

III A INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE NA GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSSS)

Manejo dos resíduos gerados na assistência ao paciente com suspeita ou confirmação de contaminação pelo vírus Ebola. Enfª Marília Ferraz

Programa Integrado de Gerenciamento de resíduos em Instituição pública de saúde. Neuzeti Santos SP, 24/11/2016

Revista Científica Hermes E-ISSN: Instituto Paulista de Ensino e Pesquisa Brasil

Bioética e Biossegurança

NR-32 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

AÇÕES DOS GESTORES DAS UNIDADES DE SAÚDE NA IMPLANTAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM PATROCÍNIO - MG

A NR-32 tem por objetivo seguir todas as atividades que envolvem a questão de assistência médica, prescrevendo:

Procedimento Operacional Padrão FMUSP - HC. Faculdade de Medicina da USP Diretoria Executiva da FMUSP e Diretoria Executiva dos LIMs

Saúde e Segurança no gerenciamento de resíduos de serviços de saúde conforme a Norma Regulamentadora 32

MODELO SIMPLIFICADO PARA CLÍNICA OU CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO

Três insumos que não podem faltar na sua construção: madeira, pedras e inovação

Legislação sobre resíduos com Hg possibilidades, obstáculos e desafios

Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde de uma unidade de Saúde da Família 1

Ref: RDC 306 de 07 de dezembro de 2004, publicada no D.O.U. (Diário Oficial da União) em 10/12/2004.

Norma Regulamentadora nº 32

RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE SEPARAÇÃO, COLETA E ARMAZENAGEM DOS RESÍDUOS¹ 1

CURSO DE ATUALIZAÇÃO. Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde

ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA. Parte 9. Profª. Tatiane da Silva Campos

PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES

Tratamento de Efluentes Fotoquímicos Reciclagem de Filmes Fotossensíveis Manutenção de Processadoras Gerenciamento de Resíduos Licenciamento

DESMITIFICANDO A DECLARAÇÃO DE ÓBITO. Cons. Guilherme Lazzari

Avaliação do manejo e descarte de resíduos hospitalares em Teresina, PI.

Conselho Federal de Farmácia

PALAVRAS-CHAVE: Programa de Gerenciamento de Resíduos de Saúde; Programa de Capacitação; Resíduos Infectantes

PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES

Graduanda em Engenharia Ambiental e Sanitária - Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM. (2)

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Gado de Leite. Documentos 135

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Como estamos fazendo a gestão dos RSS no Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência (CAOE): reflexão e orientação

Vigilância em Saúde. Serviços. Vigilância Epidemiológica

ANEXO VI PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE PGRSS CONDOMÍNIOS

Biol. Regina Maris R. Murillo

Rua Silva Jardim, 136, CEP Santos-SP Tel./Fax: (13)

Como atender às necessidades da produção e do meio ambiente?

INSTRUÇÃO DE TRABALHO

POLÍTICA INSTITUCIONAL DE GESTÃO AMBIENTAL

Transcrição:

I ENCONTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS PERFURO CORTANTES NOS HOSPITAIS PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO - RO INTRODUÇÃO RAFAEL DIAS DE SOUZA 1, SÂMIA DE OLIVEIRA BRITO 2 A Organização Mundial da Saúde (OMS) (1948), trouxe consigo o conceito de simbolizar um compromisso com a sociedade demonstrando um horizonte a ser perseguido sobre a saúde ótima, definindo a saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças, (SCLIAR,27). No mesmo contexto, a Lei Orgânica nº 8.8, BRASIL (199), entendeu que a saúde do trabalhador é um conjunto de procedimentos e atividades que são destinadas à promoção e proteção da saúde, através, das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, assim promovendo a recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. (BRASIL, 199) De acordo com a legislação vigente, o conceito de acidente do trabalho é definido pela lei 8.213 (BRASIL, 1991), a qual comenta que o acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda, pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte, perda ou redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporário do trabalhador. A norma regulamentadora nº 9 BRASIL (1994) do programa de prevenção de risco ambiental, estabeleceu a obrigatoriedade de identificar os riscos a saúde humana no ambiente de trabalho. Trazendo a importância do delineamento de risco em ambientes hospitalares, a NR 32 BRASIL (211), denota a relevância da saúde do trabalhador nos ambientes de saúde. Segundo Soares (211) os três aspectos relevantes, ao qual esta pesquisa foi baseada são, a biossegurança que, esta não é abordada em leis, mas pauta os riscos aos quais os trabalhadores estão expostos se tornando imprescindível para prevenção de acidentes, a saúde do trabalhador e garantia de saúde no trabalho. A Comissão de Biossegurança da FIOCRUZ (26) define a Biossegurança como, um conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que podem comprometer a saúde do homem, 1 Pós - graduando do Curso de Pós Graduação Lato Sensu em Auditoria, Perícia e Gestão Ambiental da Faculdade de Rondônia FARO; 2 Professora Mestra da Faculdade de Rondônia FARO e orientadora do Artigo

dos animais, do meio ambiente e até mesmo a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. REFERENCIAL TEÓRICO Segundo a RDC n 36 da ANVISA (BRASIL, 24), o gerenciamento dos resíduos do serviço de saúde (RSS), são constituídos por procedimentos de gestão, fundamentados e especificados em meio de bases científicas e técnicas, normativas e legais, objetivando-se a diminuir a geração de resíduos de tal forma que o encaminhamento dos mesmos seja de maneira adequada como mensura a legislação vigente, visando sempre à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. A resolução nº 358 do CONAMA (25), estabelece a elaboração e a implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS), para todos os serviços ligados a saúde. De acordo com o Manual de Gerenciamento de Resíduos (BRASILIA, 26), o PGRSS é um documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, que corresponde as etapas de: segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, levando em consideração os riscos dos resíduos, as ações de proteção a saúde e ao meio ambiente. Como dispõe RDC n 36 da ANVISA (BRASIL, 24), o PGRSS deverá ser compatível com as normas locais relativas à coleta, transporte e disposição final dos resíduos gerados no serviço de saúde. O resolução nº 358 do CONAMA (25), esclarece que o PGRSS deverá ser feito por profissionais devidamente habilitados por seus conselhos. Segundo a resolução nº 358 do CONAMA (25), elaboração do PGRSS é feita uma análise qualitativa e quantitativa do resíduo gerado pelo estabelecimento, no intuito de organizar sua forma correta de manuseio, agregando assim a responsabilidade de minimizar o que é gerado até sua destinação final. A análise de elaboração deve calcar como é demonstrado a seguir: Nesta análise devem ser consideradas as características e riscos dos resíduos, as ações de proteção à saúde e ao meio ambiente e os princípios da biossegurança, empregar medidas técnicas, administrativas e normativas para prevenir acidentes. O principal objetivo do PGRSS não é apenas reduzir a quantidade de resíduos com risco biológico, mas também criar uma cultura de segurança e do não desperdício, além do envolvimento coletivo. Em cada unidade de saúde, o Plano deve ser feito em conjunto com todos os setores, definindo-se responsabilidades e obrigações de cada um em relação aos riscos. (LORENTZ, 211, p. 19) METODOLOGIA A pesquisa contribui para a sociedade por conscientizar o bom gerenciamento dos resíduos sólidos do serviço de saúde (RSS), a fim de garantir na fonte geradora o adequado acondicionamento, reduzindo os riscos de acidentes através do Plano de Gerenciamento dos Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS), beneficiando tanto os agentes de coleta, como também o meio ambiente, pois durante o processo de tratamento térmico, incineração, ocorre a liberação do Cloro, formando então, as Dioxinas.

Inicialmente foram realizados levantamentos bibliográficos relacionados ao assunto Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde, em seguida feito uma observação não participante. Na observação foi levado em consideração, momento em que nós pesquisadores tivemos contato com o objeto de estudo de maneira visual, auditiva, in loco. O questionário foi aplicado nos Hospitais Públicos do Governo do Estado de Rondônia, no período de Junho a Julho de 214. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EXPERIMENTAL A pesquisa foi fundamentada nos Hospitais Públicos do Governo do estado de Rondônia, localizados no município de Porto Velho. Durante pesquisa foram analisadas as condições de exposição aos riscos ambientais e ocupacionais dos trabalhadores ligados diretamente a coleta de resíduos infectantes. DELINEAMENTO EXPERIMENTAL Com base na norma regulamentadora n 9 do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais de dezembro de 1994, a pesquisa utilizou de um formulário de identificação de riscos. Tal formulário era composto por 1 (Dez) perguntas voltadas para o gerenciamento dos RSS nos Hospitais. Tabela 1 Demonstração da valorização dos dados Respostas dos Funcionários Classificação das Respostas Desfavorável - - Favorável Fonte: Elaboração do Autor, 214. PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS No tratamento das informações colhidas, foi utilizado para análise estatística, o programa Microsoft Excel (27). Sendo assim, procurou-se adotar nesta pesquisa os melhores métodos, instrumentos e meios para que fosse permitido obter os resultados coerentes. RESULTADOS E DISCUSSÕES O objetivo desta parte é demonstrar o estudo descritivo feito com os Hospitais de Porto Velho. Será demonstrado em gráficos o resultado extraído junto aos entrevistados.

Conhecimento do PGRSS 1% 8% 8% 9% 1% 2% 2% 9% Gráfico 1: Conhecimento do PGRSS da unidade Fonte: Da pesquisa em campo (214) No gráfico 1, percebe-se que mais de 6% dos Hospitais estudados conhecem a importância do PGRSS mais que não possuem conhecimento da existência do mesmo na unidade. Acidentes de Trabalho 1% 2 3% 8% 1% 7 7% 9% Gráfico 2: Acidente de Trabalho Ocasionados pelo Manejo Inadequado dos RSS. Fonte: Da pesquisa em campo (214) No Gráfico 2, 8% dos entrevistados conhecem alguém ou que possuem conhecidos que possuem amigos que sofreram algum acidente de Trabalho com perfuro cortante. Muitos desses, mais de 7%, dos acidentes notificados e explanados em gráfico, foram devidos ao re-encape das agulhas.

Realização de Coletas dos RSS 1% 1% 1% 1% 1% Gráfico 3: Realização de Coletas Interna e Externa dos RSS na Unidade. Fonte: Da pesquisa em campo (214) O Gráfico 3, explana a realização de coletas dos RSS, 1% dos Hospitais entrevistados informaram que não realizam as coletas interna e externa. O serviço de coleta e realizada por uma empresa terceira. Funcionários Treinados 1% 1% Gráfico 4: Treinamento de Gerenciamento dos RSS. Fonte: Da pesquisa em campo (214) Mais de 8% dos Hospitais informaram não treinar os funcionários no que tange aos cuidados no descarte dos RSS.

Gráfico 5: Treinamento dos Agentes de Coleta. Fonte: Da pesquisa em campo (214). Os Agentes de Coleta da empresa terceirizada possuem 88% de cuidados com resíduos infectantes, mas mesmo assim, lideram o índice de acidentados. Mais de 6% desses colaboradores já sofreram algum tipo de acidente, devido ao acondicionamento inadequado dos perfuro cortantes. CONSIDERAÇÕES Este trabalho buscou apresentar como os Hospitais de Porto Velho enfrentam as questões de Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde, do ponto de vista da gestão. Foi possível perceber neste estudo a falta de compromisso das hospitais para com o meio ambiente e com a segurança do trabalho. Observamos que grande parte dos Hospitais não possuem PGRSS implantado e ativo, promovendo serviços com total desrespeito ao meio ambiente, descumprindo a legislação vigente em suas atividades locais. A legislação deixa claro que é dever das unidades capacitar e manter atualizados seus funcionários (Lei 88) cada funcionário deve participar como um todo, colaborando no sistema de gestão, atuando diretamente na fonte para redução dos resíduos infectantes e para a segurar a proteção dos agentes de coleta que realizam as coletas internas e externas. Ao contrário da visão essencialmente ambientalista, é perfeitamente possível e recomendável considerar as questões ambientais no contexto do empreendimento, transformando o risco ambiental em oportunidades de redução de custos. REFERÊNCIAS BAHIA. Secretaria da Saúde. Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde. Diretoria de Vigilância e Controle Sanitário.

BRASIL. Universidade Federal da Bahia. Instituto de Ciências da Saúde. Manual de Biossegurança. Salvador, 21. BRASIL. Diário Oficial da União. Lei Orgânica 8.8, de 19 de Setembro de 199. BRASIL. Ministério da saúde. Portaria 15, de 8 de Janeiro de 1991. Brasília: Ministério da Saúde, 1991. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria 25, de 29 de Setembro de 1994. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 1994. BRASIL. Ministério do Trabalho. Lei 8.213, de 24 de Julho de 1991. Brasília: Ministério do Trabalho, 1991. BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma regulamentadora NR-9. Brasília: Ministério do Trabalho, 1994. BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma regulamentadora NR-5. Brasília: Ministério do Trabalho, 1994 BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma regulamentadora NR-32. Brasília: Ministério do Trabalho, 211. BRASIL. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). RDC Nº 36, de 7 de Dezembro de 24. Brasília: Ministério da Saúde, 24. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução Nº 358, de 29 de Abril de 25. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 25. COELHO, N. M. G. P. Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde: manejo dos resíduos potencialmente infectantes e perfurocortantes em unidades de internação da criança, adulto e pronto-socorro de hospitais públicos no Distrito Federal. Dissertação Dissertação (Mestrado) Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, 27. SOARES, L. G. O risco biológico em trabalhadores de enfermagem: uma realidade a ser compreendida. Curitiba: UFPR, 211. SOUZA, R. G. S. B. S. Análise do programa de gerenciamento de resíduos Sólidos de uma clínica frente às normas da Anvisa/ (Pós-graduação lato sensu). Belo Horizonte: Faculdade de engenharia de minas gerais FEAMIG, 29. LORENTZ, J. F. Aplicação de recursos de roteirização e redes na coleta e Transporte de resíduos de serviços de saúde. Belo Horizonte: UFMG, 211.