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Transcrição:

Ano 2 Número 1 Editado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública Programa de enfrentamento ao crack já foi lançado em 8 estados Julho/ 2012 Foto: Secom / Governo do ES Assinatura do termo de adesão no Espírito Santo, em 11 de julho. Até 2014, o estado receberá R$ 9,85 milhões da União. Oito estados do país já assinaram o termo de adesão ao Programa Crack, é possível vencer. Somente para as ações de segurança pública previstas no plano, serão investidos R$ 45,8 milhões no Espírito Santo, Santa Catarina, Acre, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco e Alagoas. Os recursos da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) serão usados, até 2014, para capacitação profissional e compra de equipamentos, por meio de aquisição direta e entrega. O governo federal criou protocolos para atuação policial nas cenas de uso do crack, desde o trabalho de inteligência policial até o de polícia comunitária, devendo cada estado planejar e definir o fluxo policial de rotina e processos, conforme as necessidades e especificidades locais. O policiamento ostensivo será feito por meio de bases móveis, equipamentos de menor potencial ofensivo e câmeras de videomonitoramento fixo. No que diz respeito à capacitação, o programa prevê cursos de policiamento e atendimento comunitário, uso da força e funcionamento das redes de atenção e cuidado. O profissional de segurança pública deverá articular suas atividades com as áreas de saúde e assistência social, que ficam responsáveis pelos outros eixos do programa (cuidado e prevenção). Cuidado e Prevenção Além das ações policiais, incluídas no eixo autoridade, o Programa Crack, é possível vencer viabiliza a ampliação da capacidade de a- tendimento aos usuários nos consultórios na rua, Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas, enfermarias especializadas em hospitais, Centros de Referência Especializados para Pessoas em Situação de Rua e outras unidades de acolhimento. Ao todo, serão investidos no país R$ 4 bilhões em recursos federais nos próximos dois anos. O programa, lançado em dezembro de 2011, é uma ação conjunta entre os Ministérios da Justiça, da Saúde, da Educação e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, contando com o apoio da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e Casa Civil, que trata das questões relacionadas à governança.

PÁGINA 2 INFORMATIVO SENASP ANO 2 NÚMERO 1 MJ lança piloto do programa de redução da criminalidade violenta em Alagoas Fotos:Neno Canuto De maneira inovadora no país, o Ministério da Justiça (MJ) lançou, no dia 27 de junho, em Maceió/ AL, a experiência piloto do Programa Brasil Mais Seguro. Por meio de um acordo de cooperação assinado pelos governos federal, estadual e municipal, a iniciativa prevê o investimento de R$ 25 milhões por parte do MJ, para o desenvolvimento de ações conjuntas voltadas à redução da criminalidade violenta na capital alagoana e em Arapiraca. O programa deverá induzir e promover a atuação qualificada dos órgãos de segurança pública e do sistema de justiça criminal para redução dos índices de violência e criminalidade. O plano de ação do projeto piloto terá atividades de fortalecimento da perícia forense e da Polícia Civil, controle de armas e articulação com o Judiciário, Ministério Público e Defensoria, além de policiamento ostensivo e de proximidade. Alagoas irá receber recursos para compra de equipamentos como microscópio eletrônico de varredura, microcomparador balístico e maletas para vestígios papilares. O estado também terá auxílio de peritos e policiais da Força Nacional para realizar os inquéritos e cumprir mandados de prisão; implantação de bases móveis e cursos de capacitação para policiais civis que irão atuar na investigação de homicídios e policiais militares que fazem o patrulhamento ostensivo. No âmbito do Poder Judiciário, a ideia é criar a Câmara de Monitoramento de Processos e Núcleos de Justiça Comunitária no bairro Vergel, ainda em 2012, e no bairro Clima Bom, em 2013. No lançamento do Programa Brasil Mais Seguro, também foram assinados termo de convênio para implantação dos Projetos Mulheres da Paz e Protejo e a Portaria do Plano de Mobilização Nacional de Aeronaves de Segurança Pública. Conasp apoia o projeto piloto do Brasil Mais Seguro em AL Em sua 5ª Reunião Extraordinária realizada no dia 9 de julho, em Brasília/DF, o Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp) decidiu apoiar a iniciativa de implantação do piloto do Programa Brasil Mais Seguro em Alagoas. Após ampla discussão sobre o assunto, o colegiado entendeu que a taxa elevada de homicídios naquele estado é motivo urgente de implantação das ações do governo federal para redução da criminalidade violenta. Alagoas ocupa a 1ª posição no ranking de estados com maiores taxas de homicídio no Brasil. O Ministério da Justiça também levou em consideração a necessidade de fortalecimento da polícia civil e da perícia forense, pois existem, segundo dados da Secretaria de Defesa Social (SEDS) de AL, 244 inquéritos e 3.315 laudos periciais pendentes em Maceió, além de três mil mandados de prisão em aberto no estado. Das 604 solicitações de perícia para crimes de homicídio, registradas de janeiro a maio deste ano, 97% não estão com laudos concluídos.

PÁGINA 3 INFORMATIVO SENASP ANO 2 NÚMERO 1 Profissionais de segurança pública de AL participam do chat Brasil Mais Seguro Cerca de 80 profissionais de segurança pública do Estado de Alagoas participaram do chat realizado no dia 12 de julho, pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, por meio da Rede Nacional de Educação à Distância (Ead), para discutir sobre o Programa Brasil Mais Seguro. A ideia foi proporcionar uma construção coletiva da experiência piloto, levando em consideração o conhecimento dos operadores que exercem a atividade-fim. Das 20h às 21h, a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e diretores da Senasp responderam perguntas e registraram as propostas dos policiais civis e militares, guardas municipais e peritos acerca dos seguintes temas: capacitação e valorização profissional; reaparelhamento; homicídios e fortalecimento das instituições de segurança pública; perícia e Programa Crack, é Possível Vencer. Todas as sugestões serão analisadas pelas equipes técnicas da Senasp. No que diz respeito aos mecanismos de redução da criminalidade, Regina Miki disse que, além do uso de equipamentos de última geração, é importante capacitar e valorizar o profissional para que possa desenvolver e aprimorar as técnicas e habilidades necessárias, bem como estar em condições físicas e emocionais para a atuação. Quanto ao reaparelhamento, foi explicado que a Senasp está auxiliando na criação da delegacia de homicídios e do novo IML e no aprimoramento dos equipamentos do Centro Integrado de Operações de Defesa Social. Para combater os altos índices de homicídios de Alagoas, precisamos diminuir a impunidade e melhorar a qualidade de operação de nossas polícias civis e perícias, dando-lhes capacidade e tecnologia com padrões internacionais. Não podemos esquecer também de capacitar nossos policiais militares, aproximando-os ainda mais das comunidades por meio do Policiamento Comunitário, ressaltou a secretária no chat. Os alagoanos também fizeram perguntas sobre o investimento de R$ 25 milhões do MJ para a- quisição de maletas de perícia, raio X, cromatógrafos, luzes forenses e outros equipamentos que ajudem a fortalecer a produção de provas. Os últimos dez minutos do chat foram destinados ao Programa de enfrentamento ao crack. Os policiais puderam questionar as ações do eixo autoridade, cujos focos principais são a realização de policiamento ostensivo nas cenas de uso de drogas, a revitalização desses espaços, as ações de inteligência policial e a implantação de videomonitoramento. Especialistas e secretários municipais avaliam o Programa Brasil Mais Seguro Pública (Senasp) reuniu, no dia 4 de julho, em São Bernardo do Campo/SP, diretores do Conselho Nacional de Secretários e Gestores Municipais de Segurança (Consems) e, no dia 5, em Brasília/DF, especialistas e pesquisadores. Com os dois encontros, o governo federal pôde receber contribuições a respeito da formatação do Programa Brasil Mais Seguro, cujo piloto foi lançado no dia 27 de junho, em Alagoas. A própria implementação do Programa é resultado de várias reuniões e debates como estes. Em 2011, durante o 1º Colóquio de Experiências Exitosas na Prevenção e Redução de Homicídios, realizado em AL, técnicos do Ministério da Justiça, gestores e pesquisadores debateram os rumos para a execução de políticas públicas de prevenção e redução da mortalidade violenta no estado. Já em janeiro de 2012, houve uma reunião para verificar o andamento das ações planejadas, em que o Governo de Alagoas apresentou avanços quanto à produção e análise de estatísticas criminais e à perspectiva de realização de concurso público para contratação de policiais militares e civis. Além de qualificação dos procedimentos investigativos e das a- ções da perícia, o Programa prevê maior cooperação e articulação entre as Instituições de Segurança Pública e o Sistema de Justiça Criminal (Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública). Caberá ao Ministério da Justiça apoiar a aquisição de e- quipamentos para qualificação a investigação criminal, capacitar os profissionais de segurança pública, fornecer suporte técnico de desenvolvimento de projetos e criar normativa técnica e padrões de procedimento.

ANO 2 NÚMERO 1 INFORMATIVO SENASP PÁGINA 4 Sancionada lei que cria sistema de informações de segurança pública Entrou em vigor, no dia 5 de julho, a Lei nº 12.681/2012, que institui o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e Sobre Drogas (Sinesp). O sistema tem a finalidade de armazenar, tratar e integrar dados e informações que auxiliem na formulação, execução, acompanhamento e avaliação das políticas relacionadas com segurança pública, sistema prisional, execução penal e enfrentamento do tráfico de crack e outras drogas ilícitas. Além de coletar e sistematizar os dados, o Sinesp poderá disponibilizar estatísticas e indicadores sobre ocorrências criminais; registro de armas de fogo; entrada e saída de estrangeiros; pessoas desaparecidas; execução penal e sistema prisional; recursos humanos e materiais dos órgãos de segurança pública; condenações, penas e mandados de prisão; além de repressão à produção, fabricação, tráfico e apreensão de drogas. formações de segurança pública da União, dos estados e do Distrito Federal. A partir de agora, o ente federado que deixar de fornecer ou atualizar seus dados e informações no sistema não poderá receber recursos nem celebrar parcerias com o Ministério da Justiça para financiamento de programas, projetos ou ações. Já o integrante que fornecer informações no Sinesp antes do término dos prazos do cronograma previsto terá preferência no recebimento de verba da União. Para administrar, coordenar e formular as diretrizes do sistema, haverá um Conselho Gestor, cujas competências serão definidas em regulamento. Tendo em vista que cabe ao Ministério da Justiça disponibilizar o sistema padronizado e informatizado, além de estabelecer cronograma para a- dequação às normas e procedi- O Sinesp também tem o objetivo de promover a integração das redes e sistemas de dados e inmentos de funcionamento do sistema, a Secretaria Nacional de Segurança Pública realizou, em Brasília, entre os dias 14 e 16 de maio, o Encontro do I Grupo de Trabalho do Portal Sinesp. Organizado pela Coordenação Geral de Pesquisa do Depaid, com apoio da Coordenação de Inteligência, o evento permitiu discutir e validar com representantes das 27 unidades da federação uma proposta de padronização do registro das informações relativas a ocorrências e atendimentos das instituições de segurança pública estaduais, definindo campos e conteúdos necessários para registro das ocorrências, desde a estruturação dos formulários com definição dos campos mínimos que devem a- tender ao sistema nacional de informações até a definição do conteúdo dos campos. Senasp vai investir R$ 21,6 milhões em gestão da informação Pública (Senasp) realizou no dia 6 de julho, em Brasília/DF, uma audiência pública com representantes dos estados para esclarecimentos sobre o edital nº 8/ 2012, que irá destinar R$ 21,6 milhões para projetos orientados ao aperfeiçoamento de sistemas de gestão da informação e à produção de diagnósticos e planos de segurança pública. O objetivo da Senasp é que as unidades federativas implemen- tem ações que promovam a produção da informação qualificada em segurança pública, de forma a subsidiar as políticas públicas da União, estados e Distrito Federal. As propostas devem ter orçamento entre R$ 100 mil e R$ 800 mil e podem ser enviadas entre os dias 1º e 15 de agosto, pelas Secretarias Estaduais de Segurança Pública, Polícias Civis e Militares, instituições de Perícia Oficial e Corpos de Bombeiros Militares que possuírem autonomia administrativa. A produção de informações estatísticas sobre as instituições de segurança pública do Brasil é realizada pela Coordenação Geral de Pesquisa e Análise da Informação (CGPES) da Senasp, que tem cada vez mais se preocupado em produzir diagnósticos qualificados e confiáveis para fomentar políticas públicas e dar transparência às informações dos órgãos de segurança pública.

ANO 2 NÚMERO 1 INFORMATIVO SENASP PÁGINA 5 Força Nacional registra aumento nos índices de apreensão de cocaína e crack As ações da Força Nacional de Segurança Pública no combate ao tráfico de drogas têm apresentado resultados significativos no âmbito dos programas executados pelo governo federal no enfrentamento ao crime e à violência no Brasil. Só no primeiro semestre deste ano, já foram apreendidos 454 quilos de cocaína, quase cinco vezes o total de cocaína retirada das ruas durante todo o ano de 2011 (94 kg), e 65 quilos de crack, o que representa um aumento de 200,7% na quantidade de crack apreendida no ano passado (24 kg). De janeiro a junho de 2012, também foram apreendidos 2.452 quilos de maconha e 168 armas de fogo. Os trabalhos de policiamento ostensivo resultaram ainda em 906 prisões e 527.111 abordagens. Nesse mesmo período, a perícia forense da Força Nacional realizou 3.083 laudos de balística, 228 de drogas e 112 de local de crime, além de 443 necropsias e identificações criminais. Já as equipes de polícia judiciária da Força expediram 2.284 intimações, remeteram 268 inquéritos ao Poder Judiciário e fizeram 1.651 inquirições, 36 representações de prisão preventiva e 106 representações judiciais. Com um efetivo de 1.100 policiais militares e civis, bombeiros e peritos oriundos de diversos estados da federação, a Força Nacional está atuando em 12 missões, espalhadas em todas as regiões do país. São elas: 'Defesa da Vida' no Pará, Rondônia e Maranhão; 'Terras Indígenas' na Bahia; Roosevelt em Rondônia, Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron) nos estados do PA, AP, AM, AC, RO, RR, MS, PR e SC; Jaraguá em Alagoas; Potiguar no Rio Grande do Norte, Tekohá no Mato Grosso do Sul; Protetor no Amazonas e Pará; Xingu no Pará; Tambiá na Paraíba, Cerrado em Goiás e Pacificadora no Rio de Janeiro. Dentre as finalidades dessas operações estão o apoio aos governos estaduais e à Polícia Federal no restabelecimento da ordem pública, repressão aos crimes ambientais, preservação de terras indígenas e combate ao tráfico de drogas e armas na região de fronteira. GT discute conduta da polícia nas abordagens à população em situação de rua O Ministério da Justiça realizou no dia 5 de julho, em Brasília/DF, a 1ª Reunião do Grupo de Trabalho de População em Situação de Rua e Segurança Pública. Sob coordenação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), os debates contaram com representantes das Polícias Militar e Civil, Guarda Municipal, Movimento Nacional da População de Rua, Fórum de População de Rua de Belo Horizonte, Grupo de Trabalho da População de Rua de Curitiba e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Foto:Isaac Amorim O GT foi criado em dezembro do ano passado, por meio da Portaria nº 53, com o objetivo de elaborar um procedimento padrão de conduta dos policiais e guardas municipais nas ações relacionadas às pessoas em situação de rua, discutindo e incentivando a capacitação permanente desses profissionais para atuarem tanto nas abordagens quanto na garantia do direito à segurança dessa população. A iniciativa permitirá a implementação de políticas públicas de segurança direcionadas a esse público, com o desenvolvimento de diretrizes que estabeleçam a- ções de enfrentamento à violência e à impunidade de crimes cometidos contra a população em situação de rua. Depois da 4ª e última reunião, que deverá ocorrer ainda este a- no, o GT irá recomendar aos estados e municípios a realização de cursos cujos conteúdos e metodologias de ensino sejam aplicáveis ao tema. O GT foi formado em conformidade com a Política Nacional para População em Situação de Rua, que assegura o acesso desses cidadãos aos programas governamentais.

PÁGINA 6 INFORMATIVO SENASP ANO 2 NÚMERO 1 MJ cria plano nacional para mobilizar aeronaves de segurança pública Foto: Rodrigo Duton O Ministério da Justiça publicou, no dia 3 de julho, a Portaria nº 1302, que institui o Plano de Mobilização Nacional de Aeronaves e Tripulações de Segurança Pública para auxílio na ocorrência de catástrofes ou desastres coletivos e na prevenção ao delito e à violência. O plano será gerido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que irá mobilizar as aeronaves, tripulações e equipes de apoio disponibilizadas pelos 26 estados, Distrito Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional. A portaria foi assinada pelo ministro José Eduardo Cardozo no dia 27 de junho, em Maceió/AL, durante o lançamento do Programa Brasil Mais Seguro, que prevê diversas ações na área de segurança pública para redução de crimes violentos, com o fortalecimento do trabalho de investigação policial e perícia, implantação da polícia de proximidade, maior estímulo à campanha de desarmamento, monitoramento e repressão qualificada em áreas onde ocorrem os maiores índices de criminalidade. As aeronaves poderão ser mobilizadas para qualquer parte do território nacional, em regime de cooperação, mediante solicitação do governador ou secretário de Segurança Pública do Estado ou do Distrito Federal. A expectativa é de que, até o final de 2012, todos os estados e o DF tenham assinado o termo de adesão ao plano. As despesas com os profissionais de segurança pública mobilizados para execução do plano ficam sob responsabilidade do governo federal, enquanto que o combustível das aeronaves será custeado pelo ente federado solicitante. O MJ conta hoje com o apoio de 132 helicópteros pertencentes às unidades federativas, PF, PRF e Força Nacional. Caberá à área técnica da Senasp definir o número de aeronaves necessárias em cada operação. De acordo com a Assessoria de Aviação de Segurança Pública do Departamento de Políticas, Programas e Projetos (Depro) da Senasp, a implantação do plano atende a uma demanda constante por parte dos estados e DF, de apoio no combate à criminalidade violenta e nos resgates e salvamentos de vítimas de catástrofes naturais, como enchentes e deslizamentos de terra. Senasp doou 5 mil pistolas de menor potencial ofensivo Pública (Senasp) doou, no dia 28 de junho, 20 pistolas de condutividade elétrica ao município de Contagem/MG e 10 para Acopiara/CE. O governo federal já entregou, desde o ano passado, 5.180 pistolas de menor potencial ofensivo para auxiliar no enfrentamento à violência e criminalidade no país, de forma a assegurar o uso diferenciado da força nas atividades dos agentes de segurança pública. Foto: Arquivo/Senasp Guarda Municipal de Contagem/MG confere os equipamentos recebidos da Senasp A aquisição e doação das pistolas fazem parte de um conjunto de ações da Senasp voltadas à redução da letalidade, tendo sido beneficiados 14 estados, 24 municípios e órgãos estaduais e federal do sistema penitenciário, por parte do Depen, além das polícias militares que atuam na Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron).

PÁGINA 7 INFORMATIVO SENASP ANO 2 NÚMERO 1 Simpósio promove debate sobre segurança pública nas fronteiras Foto: Arquivo/Senasp Pública (Senasp) já começou, no mês de junho, a dar encaminhamento às demandas que surgiram no I Simpósio de Segurança Pública nas Fronteiras, realizado entre os dias 28 e 30 de maio, em Oriximiná/PA. O evento, que contou com a participação da sociedade civil e representantes de órgãos das três esferas governamentais envolvidos com o tema, teve o objetivo de promover discussões sobre o enfrentamento da violência e criminalidade nas regiões de fronteira do Brasil. Na oportunidade, foi analisada a importância do município e do policiamento comunitário na segurança da fronteira e debatidos o papel das Forças Armadas e das Polícias Militar, Civil e Federal no combate aos ilícitos transnacionais e os trabalhos de inteligência e formulação de estatísticas dos crimes fronteiriços. Concomitantemente ao Simpósio, a Senasp realizou o IV Encontro Técnico da Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron) e o III Encontro do Grupo de Trabalho (GT) de Comunicação Integrada. Durante as atividades, os participantes avaliaram a integração entre as instituições de segurança pública e Forças Armadas, a atuação da Polícia Civil e da Perícia Técnica na elucidação dos crimes e o papel das universidades no estudo das problemáticas de segurança pública nas regiões fronteiriças. Também foram discutidos, dentre outros assuntos, a execução de convênios firmados entre os estados de fronteira e o Ministério da Justiça e as ações implementadas pelos Gabinetes de Gestão Integrada de Fronteiras e Câmaras Temáticas de Fronteira. Além dos debates, a Senasp fez visitas técnicas às instalações policiais nas cidades de Oriximiná e Óbidos. Os integrantes do GT de Comunicação Integrada da Enafron fizeram testes nos padrões de tecnologia digital e nos equipamentos de transmissão e recepção de dados. O grupo de trabalho tem discutido investimentos, critérios, parâmetros e especificações para implantação, nos próximos três anos, de um sistema integrado de radiocomunicação digital nos 11 estados de fronteira. A intenção é propor os locais de instalação dos Centros Integrados de Comunicações de Fronteira, estipular municípios prioritários para implantação e definir padrões necessários para funcionamento e manutenção do sistema. Além de integrantes da Senasp e dos estados do AC, AM, AP, MS, MT, PA, PR, RO, RR, RS e SC, compõem o GT representantes da Abin, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Censipam/ Ministério da Defesa, Receita Federal, Anatel, Ibama, ICMBio, Funai, Força Nacional de Segurança Pública e Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do MJ. GERÊNCIA DE CONTEÚDO REGINA MIKI CRISTINA VILLANOVA TEXTOS E DIAGRAMAÇÃO DANIELLE AZEVEDO SOUZA