XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE PARÂMETROS DA EQUAÇÃO DE CHUVAS INTENSAS NOS MUNICÍPIOS DE CAICÓ E MACAU RN

Documentos relacionados
Parâmetros Da Equação De Chuvas Intensas Nos Municípios De Viçosa E Palmeira Dos Índios- AL

Relação Intensidade-Duração-Frequência Da Precipitação Máxima Para Os Municípios De Penedo E Rio Largo

Equações De Chuvas Intensas Para Os Municípios De Maceió E Arapiraca - AL

XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE EQUAÇÕES DE CHUVAS INTENSAS PARA OS MUNICÍPIOS DE AREIA BRANCA E CEARÁ-MIRIM- RN

CHUVAS INTENSAS NO MUNICÍPIO DE IRECÊ-BA

Equações de chuvas intensas para localidades do Estado do Pará. Intensive rainfall equations for sites in Pará State

DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DA EQUAÇÃO DE CHUVAS INTENSAS PARA O MUNICÍPIO DE ALHANDRA, PARAÍBA

COMPARAÇÃO ENTRE A EQUAÇÃO DE CHUVA INTENSA DO MUNICÍPIO DO RECIFE COM AS METODOLOGIAS DE BELL E DAS RELAÇÕES ENTRE DURAÇÕES

Equações de intensidade-duração-frequência de chuvas para o estado do Piauí 1

ESTUDO DAS PRECIPITAÇÕES PARA DIFERENTES PERÍODOS DE RETORNO NO MUNICIPIO DE SÃO JOÃO DO JAGUARIBE/CE

EQUAÇÃO INTENSIDADE-DURAÇÃO-FRÊQUENCIA DAS PRECIPITAÇÕES DE ALGUMAS LOCALIDADES DO ESTADO DA BAHIA

ANÁLISE DE EVENTOS PLUVIOMÉTRICOS EXTREMOS DO MUNICÍPIO DE CHUPINGUAIA-RO

COMPARAÇÃO ENTRE CHUVAS INTENSAS OBTIDAS A PARTIR DE IDF S E PELA METODOLOGIA DA RELAÇÃO ENTRE DURAÇÕES

EQUAÇÃO DE CHUVAS INTENSAS PARA O MUNICÍPIO DE JAÚ-ESTADO DE SÃO PAULO - BRASIL: PROPOSTA DE UMA EQUAÇÃO GERAL E ANÁLISE DO SEU DESEMPENHO.

LEVANTAMENTO DE DADOS DECORRENTES DA DESAGREGAÇÃO DE CHUVAS DIÁRIAS PLUVIOMETRICAS DO MUNICÍPIO DE PATOS PB

ESTIMATIVA DAS EQUAÇÕES DE CHUVAS INTENSAS PARA ALGUMAS LOCALIDADES NO ESTADO DE GOIÁS PELO MÉTODO DA DESAGREGAÇÃO DE CHUVAS 1

Curvas Intensidade-Duração-Frequência das precipitações extremas para o município de Cuiabá (MT)

PRECIPITAÇÕES EXTREMAS

Análise de Chuvas Intensas na Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas a partir de dados Pluviométricos

ANÁLISE DE FREQUENCIA E PRECIPITAÇÃO HIDROLOGICA DE CINCO ESTAÇÕES AGROCLIMATOLÓGICAS DA REGIÃO CENTRO- SUL DA BAHIA

Capítulo 4. Precipitação

DETERMINAÇÃO DA EQUAÇÃO DE INTENSIDADE-DURAÇÃO- FREQUÊNCIA (IDF) DAS CHUVAS NA REGIÃO DO MÉDIO PIRACICABA/MG

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES COEFICIENTES DE DESAGREGAÇÃO NA DETERMINAÇÃO DE EQUAÇÕES IDF PARA AQUIDAUANA/MS

XIII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE DETERMINAÇÃO DE EQUAÇÃO DE CHUVAS INTENSAS PARA A CIDADE DE CARUARU POR MEIO DO MÉTODO DE BELL

ESTUDO DE CHUVAS INTENSAS NO MUNICÍPIO DE LAGOA DA PRATA - MG

CHUVAS INTENSAS PARA A MICRORREGIÃO DE CIANORTE/PR, BRASIL: UMA AVALIAÇÃO A PARTIR DA DESAGREGAÇÃO DE CHUVAS DIÁRIAS

VIII-Castro-Brasil-1 COMPARAÇÃO ENTRE O TEMPO DE RETORNO DA PRECIPITAÇÃO MÁXIMA E O TEMPO DE RETORNO DA VAZÃO GERADA PELO EVENTO

RELAÇÕES IDF DE CHAPECÓ- SC ATUALIZADAS COM DADOS DE 1976 A 2014 IDF RAINFALL RELATIONSHIP FOR CHAPECÓ- SC FROM 1976 TO 2014

XLVI Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola - CONBEA 2017 Hotel Ritz Lagoa da Anta - Maceió - AL 30 de julho a 03 de agosto de 2017

CHUVAS INTENSAS NO ESTADO DA PARAÍBA. Ricardo de Aragão 1 Eduardo E. de Figueiredo 2 Vajapeyam S. Srinivasan 3 Raimundo S. S.

RELAÇÕES INTENSIDADE-DURAÇÃO-FREQUÊNCIA DE CHUVA OBTIDAS A PARTIR DE SÉRIES DE DURAÇÃO PARCIAL 1. INTRODUÇÃO

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. CC54Z - Hidrologia. Precipitação: análise de dados pluviométricos. Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014

Relações intensidade-duração-frequência de precipitações para o município de Tucano, Bahia. Yuri dos Santos Nascimento¹*, Janisson Batista de Jesus²

ANÁLISE DO IMPACTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NAS CHUVAS INTENSAS DA CIDADE DE FORTALEZA, CEARÁ

RELAÇÕES INTENSIDADE-DURAÇÃO-FREQÜÊNCIA DE CHUVAS INTENSAS DE URUSSANGA, SC.

PERÍODO DE RETORNO DAS PRECIPITAÇÕES MÁXIMAS PARA ALGUMAS CIDADES DO RIO GRANDE DO NORTE

DISTRIBUIÇÃO PROBABILÍSTICA DE PRECIPITAÇÃO MÁXIMA DIÁRIA ANUAL PARA O MUNICÍPIO DE PELOTAS/RS

ESTUDO DAS PRECIPITAÇÕES MÁXIMAS PARA O MUNICIPIO DE MOSSORÓ-RN, BRASIL STUDY FOR MAXIMUM RAINFALL ON MUNICIPALITY OF MOSSORÓ- RN, BRAZIL

Equação de Intensidade, Duração e Freqüência da Precipitação para a Região de Dourados, MS

Intensidade-duração-frequência de chuvas para o Estado de Mato Grosso do Sul

USE OF DIFFERENT PROBABILITY DISTRIBUTIONS FOR MAXIMUM PRECIPITATION IN THE MUNICIPATILITY OF FRANCISCO BELTRÃO/PR

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM Prof. Fernando Campos Mendonça PRECIPITAÇÕES

COEFICIENTES DA EQUAÇÃO DE INTENSIDADE-DURAÇÃO-FREQUÊNCIA PARA TIBAGI-PR COM DISTRIBUIÇÃO GUMBEL-CHOW. Salathiel Antunes Teixeira 1

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CRUZ DAS ALMAS ATRAVÉS DA TÉCNICA DE QUANTIS M. J. M. GUIMARÃES 1 ; I. LOPES 2

VARIABILIDADE ESPACIAL DE PRECIPITAÇÕES NO MUNICÍPIO DE CARUARU PE, BRASIL.

DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DE CHUVAS INTENSAS EM PIRACICABA, SP Ronalton Evandro Machado 1 *; Liebe Santolin Ramos Rittel Bull 2 ; Paulo César Sentelhas 3

- NOTA TÉCNICA RESUMO

PREENCHIMENTO DE FALHAS EM SÉRIE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS DE URUGUAIANA (RS) E ANÁLISE DE TENDÊNCIA

ANÁLISE ESTATÍSTICA DAS VAZÕES E DA PRECIPITAÇÃO UTILIZANDO MODELOS PROBABILÍSTICOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO JOSÉ

CURVAS DE INTENSIDADE, DURAÇÃO E FREQUÊNCIA (IDF) PARA A CIDADE DE PATOS DE MINAS - (MG) DO PERÍODO DE 1969 A 2014

CURVAS IDF VERSUS VAZÃO DE PROJETO DE UM SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA IDENTIFICAÇÃO DE TENDÊNCIAS NO REGIME DE CHUVAS PARA O AGRESTE MERIDIONAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Distribuição Da Precipitação Média Na Bacia Do Riacho Corrente E Aptidões Para Cultura Do Eucalipto

EQUAÇÕES DE INTENSIDADE-DURAÇÃO-FREQÜÊNCIA DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL PARA O ESTADO DE TOCANTINS

Análise estatística da precipitação máxima diária anual da cidade de Uberaba e vazão mínima diária anual do Rio Uberaba

Espacialização das estimativas das temperaturas máximas, médias e mínimas anuais para o Vale do Taquari - RS - Brasil, pelo método de regressão linear

BALANÇO HÍDRICO DO RIO JACARECICA, SE. L. dos S. Batista 2 ; A. A. Gonçalves 1

REGIONALIZAÇÃO DE VAZÕES NO MÉDIO CURSO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ARAGUÁIA

Uso do balanço hídrico simplificado em sistemas de conservação em um solo classificado como Argissolo Vermelho Amarelo

ANÁLISE DE SÉRIE HISTÓRICA DE PRECIPITAÇÃO. ESTUDO DE CASO: PRINCESA ISABEL PB

ANÁLISE DA VARIAÇÃO PLUVIOMÉTRICA DO MUNICÍPIO DE CAJAZEIRINHAS PB A PARTIR DE SÉRIES HISTÓRICAS

ESTUDOS DAS CHUVAS MÁXIMAS PARA O MUNICÍPIO DE IGUATU-CE

CARACTERIZAÇÃO DA ESTAÇÃO CHUVOSA NO MUNICÍPIO DE MUCAMBO CE ATRAVÉS DA TÉCNICA DOS QUANTIS

ARTIGO 2. KRIGAGEM E INVERSO DO QUADRADO DA DISTÂNCIA PARA INTERPOLAÇÃO DOS PARÂMETROS DA EQUAÇÃO DE CHUVAS INTENSAS

Uso do radar meteorológico na definição de parâmetros de distribuição temporal e espacial de chuvas intensas

COMPARAÇÃO DE DUAS METODOLOGIAS PARA DETERMINAÇÃO DO VOLUME DE DETENÇÃO EM PEQUENAS BACIAS URBANAS O CASO DE PORTO ALEGRE/RS BRASIL.

INTENSIDADE-DURAÇÃO-FREQUÊNCIA DE CHUVAS INTENSAS PARA LOCALIDADES NO ESTADO DE GOIÁS E DISTRITO FEDERAL 1

ESTIMATIVA DE CHUVAS INTENSAS PARA O OESTE DE MINAS GERAIS E O ENTORNO DO RESERVATÓRIO DA USINA HIDRELÉTRICA DE FURNAS RESUMO

COMUNICAÇÃO TÉCNICA Nº Modelagem de inundações: curvas IDF e modelagem chuva-vazão. Filipe Antonio Marques Falcetta.

Revista Brasileira de Geografia Física

ESTIMATIVA DA VAZÃO E DA PRECIPITAÇÃO MÁXIMA UTILIZANDO MODELOS PROBABILÍSTICOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BENEVENTE

EQUAÇÕES DE INTENSIDADE DE CHUVAS PARA O ESTADO DO MARANHÃO RESUMO ABSTRACT RAINFALL INTENSITY EQUATIONS FOR THE STATE OF MARANHÃO, BRAZIL

11º ENTEC Encontro de Tecnologia: 16 de outubro a 30 de novembro de 2017

Capítulo 3: Elementos de Estatística e Probabilidades aplicados à Hidrologia

ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PARA FINS DE ZONEAMENTO AGRÍCOLA DE RISCO CLIMÁTICO

ANALISE DO REGIME DE VAZÕES COM AUXÍLIO DE EQUAÇÕES DE CHUVAS INTENSAS RESUMO

Espacialização da intensidade de precipitação máxima para o estado do Paraná

VARIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO CEARÁ

VARIABILIDADE TEMPORAL DE PRECIPITAÇÕES EM CARUARU PE, BRASIL

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DOIS MÉTODOS DE EVAPOTRANSPIRAÇAO DE REFERÊNCIA (ET0) PARA A REGIÃO AGRESTE DE ALAGOAS

Hidrologia Aplicada À Gestão de Pequenas Bacias Hidrográficas

ANÁLISE PLUVIOMÉTRICA DA BACIA DO CHORÓ, MUNÍCIPIO DE CHORÓ CEARÁ

Equações de chuvas intensas para o Estado do Pará. Intense rainfall equations for the State of Pará, Brazil

Leonardo Duarte Batista da Silva 1, Rhégia Brandão da Silva 2, Alexandre Lioi Nascentes 3, João Paulo Francisco 2, Jonathas Batista Gonçalves Silva 3

Hidrologia. 3 - Coleta de Dados de Interesse para a Hidrologia 3.1. Introdução 3.2. Sistemas clássicos Estações meteorológicas

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE

PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO E FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIA DAS PRECIPITAÇÕES DIÁRIAS EM DIAMANTINA MINAS GERAIS ( )

AVALIAÇÃO DE METODOLOGIAS DE ESTIMATIVA DA Q 7,10 NO RIO TIJUCO, EM MINAS GERAIS

Processos Hidrológicos CST 318 / SER 456. Tema 9 -Métodos estatísticos aplicados à hidrologia ANO 2016

Avaliação da aplicabilidade da precipitação obtida do produto TRMM/ V7 em estudos hidrológicos na Bacia do Rio Japaratuba

ESTIMATIVA DO DEFLÚVIO ANUAL ATRAVÉS DE UM MODELO E COMPARAÇÃO COM A VAZÃO MEDIDA NA BACIA DO ALTO JAGUARIBE CE

ANÁLISE DE CONSTANTES DE DESAGREGAÇÃO DE CHUVA DIÁRIA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

10. Aplicação das Técnicas de Probabilidade e Estatística em Hidrologia

Análise das curvas de intensidadeduração-frequência

ESTUDO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS DO PIAUÍ

Avaliação de modelos de densidade de probabilidade em séries de dados meteorológicos

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DE EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO DIARIA NA CIDADE DE SÃO PAULO

Intense rainfall study of Goiânia/GO by modeling maximum annual events using Gumbel and Generalized Extreme Value distributions

EQUAÇÕES DE INTENSIDADE, DURAÇÃO E FREQUÊNCIA DE CHUVAS MÁXIMAS PARA O ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL

DETERMINAÇÃO DE CURVA INTENSIDADE-DURAÇÃO-FREQUÊNCIA POR MEIO DO EMPREGO DO MÉTODO PARAMÉTRICO DE AJUSTAMENTO DE OBSERVAÇÕES

Transcrição:

XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE PARÂMETROS DA EQUAÇÃO DE CHUVAS INTENSAS NOS MUNICÍPIOS DE CAICÓ E MACAU RN Karla Nayara Santos de Almeida 1 ; Kaíse Barbosa de Souza 2 João Batista Lopes da Silva 3 ; Alcinei Riberio Campos 4 ; Luanna Chácara Pires 5 RESUMO Objetivou-se neste trabalho, determinar parâmetros das equações de IDF ( Intensidade- Duração Frequência) para os municípios de Caicó e Macau, os quais são pertencentes ao estado do Rio Grande do Norte. Foram utilizados dados de precipitação obtidos a partir da base de dados da Agência nacional de Águas (ANA). Para cada estação foi obtida as séries de precipitações máximas de um dia, para os seguintes períodos de retorno (TR): 5, 10, 15, 25, 50 e 100 anos, pelas distribuições de probabilidade Gumbel, Pearson III, Log-Pearson III, Log-Normal II e III, sendo escolhida a com melhor aderência e menor erro padrão. Realizou-se em seguida a desagregação da precipitação de um dia em intervalos menores e em seguida determinando para cada estação os parâmetros K, a, b e c da equação de intensidade-duração-frequência por regressão múltipla não linear, pelo método de iteração de Gradação Reduzida Generalizada Não Linear. As equações geradas apresentaram um bom ajuste aos dados observados com valores de r 2 acima de 0,99 para os dois municípios. Os parâmetros obtidos foram (1003,602, 0,169, 13,763 e 0,785 para Caicó e 591,970, 0,249, 9,833 e 0,745 para Macau, respectivamente). ABSTRACT The objective of this work was to determine parameters of the equations of IDF (Intensity-Duration-Frequency) for Caicó and Macau municipalities, which are owned by the state of Rio Grande do Norte.It was used rainfall data obtained from the database of the National Water Agency (ANA). For each station was obtained the series of maximum rainfall from one day to the following return periods (TR): 5, 10, 15, 25, 50 and 100 years, obtained by the probability 1) Engenheira Florestal, Mestranda em Solos e Nutrição de Plantas,Universidade Federal do Piauí/UFPI, Bom Jesus-PI, Fone: (89) 99787628, karlanayara02@yahoo.com.br. 2) Engenheira Florestal, Mestranda em Agronomia: Solos e Nutrição de Plantas, UFPI/CPCE, Bom Jesus/PI, Fone: (89) 99972630 kaisesouza172@yahoo.com.br. 3) Engenheiro Agrícola e Ambiental, Professor do curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal do Piauí, Bom Jesus-PI, Fone: (89) 99146884, silvajbl@yahoo.com.br 4) Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Solos e Nutrição de Plantas, Universidade Federal do Piauí, Bom Jesus-PI, Fone: (89) 99321718, jjalcinei@live.com 5) Zootecnista, Professora do curso de Engenharia Agronômica UFPI/Universidade Federal do Piauí, Fone: (89)99159062, lualu66@yahoo.com.br XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 1

distributions Gumbel, Pearson III, Log-Pearson III, Log-Normal II and III, that was chosen the best model with better math and lower standard error. It was held after the breakdown of rainfall a day in smaller intervals and then determining for each station the parameters K, a, b and c of intensityduration-frequency by nonlinear multiple regression equation by the method of iteration Reduced Gradient generalized Non linear. The generated equations showed a good fit to the data with r2 values above 0.99 for the two Countries. The parameters K, a, b and c obtained were (1003.602, 0.169, 13.763 and 0.785 to Caicó and 591.970, 0.249, 9.833 and 0.745, to Macau). Palavras-Chave equação IDF, período de retorno, precipitações máximas. 1. INTRODUÇÃO A determinação da intensidade das precipitações intensas é importante para o dimensionamento de estruturas destinadas ao correto manejo de bacias hidrográficas, ao controle e proteção contra inundações e às práticas de conservação do solo e de produção de água (Mello et al., 2003). As chuvas intensas, também denominadas chuvas extremas ou máximas, são aquelas que apresentam grande lâmina precipitada, durante pequeno intervalo de tempo. Os estudos de chuvas intensas são especialmente importantes, devido sua relação com a ocorrência e a magnitude do escoamento superficial, os quais podem ocasionar severos prejuízos em áreas agrícolas e urbanas, tais como a destruição de barragens, a erosão do solo, o assoreamento de corpos hídricos, os alagamentos em áreas urbanizadas e lavouras, dentre outros (Silva et al., 2003). Reis et al.,(2005), afirma que entender sobre a distribuição e o comportamento das precipitações é muito importante para o desenvolvimento de projetos hidroagrícolas, visto que a frequência de ocorrência das mesmas e a sequência com que estas ocorrem, apresentam grande relevância nos estudos relativos à erosão dos solos. De acordo com Araújo et al., (2008), uma das características dessas chuvas é possuírem distribuição irregular, tanto espacial, quanto temporalmente.no entanto, a determinação das equações de chuvas intensas apresenta, em muitos casos, grandes dificuldades em função da escassez de informações dessa natureza, da baixa densidade da rede de pluviógrafos e do pequeno período de observações disponível (Pruski et al., 2002). As estimativas das chuvas intensas são realizadas por intermédio de equações empíricas (IDF) e derivadas a partir de dados pluviométricos para cada estação. Damé et al. (2008) afirmam que, para se caracterizar essas precipitações, é necessário conhecer a sua duração, sua intensidade e sua frequência de ocorrência, sendo essa relação,comumente denominada de curvas Intensidade-Duração-Frequência (IDF). O conhecimento da equação de chuvas intensas possibilita a aplicação de modelos matemáticos para estimativa de parâmetros como o tempo de concentração e a distribuição temporal da precipitação (Back, 2006). Segundo Genovez e Zuffo (2000), apresentam validade regional, XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 2

sendo que essas equações são válidas somente para o local (região) da estação do qual os dados pluviométricos foram obtidos. Contudo, objetivou-se neste trabalho, determinar parâmetros das equações de IDF para os municípios de Caicó e Macau, os quais são pertencentes ao estado do Rio Grande do Norte. 2. MATERIAL E MÉTODOS Os dados utilizados para a realização deste trabalho foram coletados por duas estações pluviométricas localizadas nos municípios de Caicó e Macau, ambas no estado do Rio Grande do Norte, disponíveis no banco de dados da Agência Nacional de Águas (ANA), em seu sítio eletrônico. Inicialmente, foi realizada uma análise de consistência das séries de dados de cada estação e em seguida foram obtidas as séries de precipitação máxima de um dia, para os seguintes períodos de retorno (TR): 5, 10, 15, 25, 50 e 100 anos. As distribuições de probabilidade utilizadas foram: Gumbel; Log-Normal II e III; Pearson III; Log-Pearson III (Tucci, 2001; Naghettini & Pinto, 2007), selecionando para cada estação as precipitações máximas em que os dados da série apresentaram aderência ao modelo probabilístico pelo teste de Kolmogorov-Smirnov, sendo selecionado após o teste de aderência o modelo de distribuição que apresentou menor erro padrão. Todas estas etapas foram realizadas com auxílio do software SisCAH (Sousa et al., 2009). De posse dos valores das séries de precipitação máxima de um dia para cada período de retorno, realizou-se a desagregação da precipitação de um dia em intervalos menores de 5, 10, 15, 20, 25, 30, 60, 360, 480, 600, 720 e 1440 minutos utilizando-se os coeficientes do método de desagregação da chuva proposta por CETESB (1979) (Tabela 1). Fonte: CETESB (1979). Intervalo de Coeficientes transformação 1 dia para 24 h 1,14 1 dia para 12 h 0,85 24 h para 10 h 0,82 24 h para 8 h 0,78 24 h para 6 h 0,72 24 h para 1 h 0,42 1 h para 30 min 0,74 1 h para 25 min 0,91 1 h para 20 min 0,81 1 h para 15 min 0,70 1 h para 10 min 0,54 1 h para 5 min 0,34 XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 3

Após a desagregação das chuvas de um dia em intervalos menores, foram ajustados para cada estação os parâmetros K, a, b, e c das equações de intensidade-duração-frequência (Eq. 1). (K TR) Im = c (t +b) a (1) em que, Im intensidade máxima média de precipitação, mcm h-1; TR período de retorno, anos; t duração da precipitação, min; e K, a, b, e c parâmetros ajustados com base nos dados pluviométricos da localidade. O ajuste dos parâmetros da equação IDF foi realizado por meio de regressão múltipla não linear, pelo método de interação de Gradação Reduzida Generalizada (GRG) Não Linear (SOLVER, 2010), com avaliação do ajuste realizada pela correlação de Pearson (r) ao quadrado (r 2 ) (Eq. 2). Também foi realizada a avaliação do ajuste dos parâmetros pela equação de regressão dos dados observados em relação aos dados estimados, observando neste caso o coeficiente angular da reta. r = (x - x) (y - y) (x - x) (y - y) (2) em que, x valores observados; x valores médios observados; y valores estimados; e y valores médios estimados. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A Tabela 2 apresenta os valores das precipitações máximas observadas para cada estação de acordo com o modelo probabilístico em que os dados da série apresentaram maior aderência, pode se observar que a estação 637004 apresentou os maiores valor de precipitação, exceto para o período de retorno de 100 anos. Tabela 2 - Valores das chuvas máximas (mm.h -1 ) de um dia para diferentes períodos de retorno XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 4

Município Código Período de retorno em anos 5 10 15 25 50 100 Caicó 637004 91.24 107.05 115.55 125.74 138.92 151.58 Macau 536004 81.98 99.27 108.56 119.68 134.05 173.16 Na Tabela 3 pode-se observar os parâmetros ajustados (K, a, b e c) das equações de IDF, relativos às duas estações pluviométricas nos municípios analisados, verificando ajustes adequados, com valores r 2 acima de 0,99. Em seu estudo sobre a análise de chuvas intensas por meio da desagregação de precipitações diárias para municípios do estado de Rondônia, Souza, et, al.,(2013), observaram que os valores dos parâmetros de ajuste (K, a, b, c) das equações apresentaram alto grau de correlação com as variáveis relacionadas, ou seja, com a duração e o período de retorno do fenômeno. Estudando sobre chuvas intensas em localidades do estado de Pernambuco, Silva et. al (2012), observaram que os valores dos parâmetros de ajuste (K, a, b, c) das equações apresentaram alta variabilidade de uma estação para outra, resultado semelhante ao encontrado no presente trabalho.o parâmetro K apresentou a maior variação e o parâmetro c menor variação entre as estações. Essa variação pode ser atribuída principalmente a distribuição das chuvas, sendo que nas regiões onde apresentam maiores valores precipitados também apresentam maiores valores do parâmetro K, tendo o parâmetro c comportamento inverso ao parâmetro K (Aragão et al., 2013). Tabela 3 - Valores dos parâmetros (K, a, b e c) da IDF ajustados para de Caicó e Macau. Município Código K a b c r 2 Caicó 637004 1003,602 0,169448 13,76299 0,785178 0.9977 Macau 536004 591,9701 0,249602 9,833327 0,745373 0.9968 Observa-se nas figuras 1A e 1B, o ajuste dos valores de intensidades máximas estimados com as equações IDF ajustadas nesse trabalho, bem como os valores obtidos a partir dos dados observados para cada estação, evidenciando o bom ajuste das equações, visto que, ao se comparar os dados estimados com os dados obtidos das séries pluviográficas, observa-se que há uma grande correlação entre esses valores, com r 2 superior a 0,99. XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 5

Figura 1 - Comparação entre os valores de intensidades máximas estimadas (Estimada) com os valores das equações IDF ajustadas nesse trabalho e os valores de intensidades obtidas a partir dos dados observados (Observada) para cada estação: (A) Caicó e (B) Macau. 4. CONCLUSÕES As equações geradas apresentaram um bom ajuste aos dados observados com valores de r 2 acima de 0,99 para as duas cidades, Caicó e Macau, sugerindo que as equações representam bem as condições climáticas, podendo, serem usadas na simulação de chuvas máximas nesses municípios. BIBLIOGRAFIA ANA - Agência Nacional de Águas. Hidroweb Sistemas de Informações Hidrológicas. 2012. Disponível em: <http://hidroweb.ana.gov.br>. Acesso em: 28 março 2013. ARAGÃO, R.; SANTANA, G. R.; COSTA, C. E. F. F.; CRUZ, M. A. S.; FIGUEIREDO, E. E.; SRINIVASAN, V. S. Chuvas intensas para o estado de Sergipe com base em dados desagregados de chuva diária. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.17, n.3, p.243 252, 2013. ARAÚJO, L.E.; SOUSA, F.A.S.; RIBEIRO, M.A.F.M.; SANTOS, A.S.; MEDEIROS, P.C. Análise estatística de chuvas intensas na bacia hidrográfica do rio Paraíba. Revista Brasileira de Meteorologia, São José dos Campos v.23, n.2, p.162-169, 2008. BACK, A. J. Relações Intensidade-Duração-Freqüência de chuvas intensas de Chapecó, Estado de Santa Catarina. Acta Sci. Agron., v. 28, n. 4, p. 575-581, Oct./Dec., 2006. CETESB - Companhia De Tecnologia de Saneamento Ambiental. Drenagem urbana: manual de projeto. São Paulo, 1979. 476 p. DAMÉ, R. C. F.; TEIXEIRA, C. F. A; TERRA, V. S. S. Comparação de diferentes metodologias para estimativa de curvas intensidade-duração-frequência para pelotas RS. Revista Engenharia Agrícola, v.28, n.2, p.245-255, abr./jun. 2008. GENOVEZ, A. M.; ZUFFO, A. C. Chuvas intensas no Estado de São Paulo: Estudos existentes e análise comparativa. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v.5, p45-58, 2000. MELLO, C.R.; LIMA, J.M.; SILVA, A.M.; MELLO, J.M. & OLIVEIRA, M.S. Krigagem e inverso do quadrado da distância para interpolação dos parâmetros da equação de chuvas intensas. Revista Brasileira de Ciências do Solo, Viçosa, v.27, n.5, p.925-933, 2003. XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 6

NAGHETTINI, M.; PINTO, E. J. A. Hidrologia Estatística. Belo Horizonte: CPRM, 2007, 552p. PRUSKI, F.F.; SILVA, D.D.; TEIXEIRA, A.F.; SILVA, J.M.A.; CECÍLIO, R.A.; SILVA, D.F. PLÚVIO 1.3: Chuvas intensas para o Brasil. In: Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola, 31, 2002, Salvador. Anais... Salvador: Sociedade Brasileira de Engenharia Agrícola, 2002. REIS, M. H.; GRIEBELER, N. P.; SARMENTO, P. H. L.; OLIVEIRA, L. F. C.; OLIVEIRA, J. M. Espacialização de dados de precipitação e avaliação de interpoladores para projetos de drenagem agrícola no estado de Goiás e Distrito Federal. In: XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Goiânia, Brasil, 16-21 abril 2005, INPE, p. 229-236. SILVA, D. D.; PEREIRA, S. B.; PRUSKI, F. F.; GOMES FILHO, R. R.; LANA, A. M. Q.; BAENA, L. G. Equações de intensidade-duração-frequência da precipitação pluvial para o estado de Tocantins. Engenharia na Agricultura, v. 11, n. 1, p 7-14, 2003. SILVA, B. M.; MONTENEGRO, S. M. G. L.; SILVA, F. B.; ARAÚJO FILHO, P. F. Chuvas Intensas em Localidades do Estado de Pernambuco. Revista Brasileira de Recursos Hídricos Volume 17 n.3 135 147, Jul/Set 2012. SOUSA, H. T.; PRUSKI, F. F.; BOF, L. H. N.; CECON, P. R.; SOUSA, J. R. C. SisCAH Sistema Computacional para Análise Hidrológica. Versão 1.0. GPRH, 2009. SOUZA, V.A.S.; NASCIMENTO, R.K;. NUNES, M.L.A.; ROSA, A.L.D.Análise de chuvas intensas por meio da desagregação de precipitações diárias de Jaru e Machadinho d Oeste RO, Brasil. Revista Verde (Mossoró RN - Brasil), v. 8, n. 1, p. 80-85, jan/mar de 2013 TUCCI, C. E. M. Hidrologia: ciência e aplicação. 2. ed. Porto Alegre, RG: UFRGS, 943 p, 2001. XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 7