Beat Hotel. André Gago & Beat Hotel Band. a poesia da geração beat traduzida para português, dita e musicada por André Gago



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Transcrição:

Beat Hotel André Gago & Beat Hotel Band a poesia da geração beat traduzida para português, dita e musicada por André Gago

INTRODUÇÃO Beat Hotel é um projecto que conjuga música composta por André Gago (essencialmente rock, com reminiscências de rock progressivo, sinfónico, e um pouco de blues e jazz) com a poesia da beat generation: Jack Kerouac, Gregory Corso, Allen Ginsberg, Lawrence Ferlinghetti e William S. Burroughs. A BEAT HOTEL BAND André Gago (voz), André Sousa Machado (bateria), Fausto Ferreira (teclas), Tiago Inuit (guitarra e baixo) e Edgar Caramelo (sax). OS POEMAS A Beat Generation é o nome pelo qual ficou conhecido um grupo de poetas que emergiu na cena literária norte-americana no pós-guerra, em meados da década de 50. Com uma poesia livre do cânone, próxima do coloquial e do dia-a-dia, chocou a América pela ruptura que representava em relação ao artificialismo do american way of life. Com um famoso processo em tribunal por acusação de obscenidade, o poema Uivo (Howl), de Allen Ginsberg, projectou este grupo para a ribalta. A descrição da vida torturada dos jovens desta geração, o gosto pela aventura e pela vagamundagem, as experiências com drogas e a crítica do academismo e da voragem da destruição tecnológica sob a ameaça da bomba nuclear, depois de utilizada pela primeira vez, assentava a ordem mundial, esta gesta poética abriu caminho para as gerações seguintes e, mesmo que disso não nos apercebamos, mudou as nossas vidas. Os poetas e os poemas seleccionados são os seguintes: Eu Tenho 25 (I am 25) e Bomba (Bomb), de Gregory Corso; Cão (Dog) e Em Dada Altura Durante a Eternidade (Somewhere During Eternity), de Lawrence Ferlinghetti Medo e o Macaco (Fear and the Monkey), de William S. Burroughs; Credo & Técnica para a Prosa Moderna (Belief & Technique for the Modern Prose), de Jack Kerouac; Um Supermercado na Califórnia (Supermarket in California) e Uivo (Howl), de Allen Ginsberg.

ALINHAMENTO E DURAÇÃO Eu Tenho 25...2.00 Cão...5:50 Bomba...17:51 Medo e o Macaco...3:49 Credo e Técnica para a Prosa Moderna...5:00 Um Supermercado na Califórnia...7:05 Uivo...20:50 Em Dada Altura...4:24 Duração Total...62:00 HISTÓRIA DO PROJECTO Traduzir e interpretar os poetas beat era um desejo antigo. A ideia de os musicar nasceu naturalmente, já que a musicalidade da sua poesia estava intimamente ligada ao ritmo da palavra falada e à intensidade de um estilo musical, o be-bop, em voga na América de finais da década de 50. Poetas como Kerouac e Ginsberg procuraram longamente associar a sua métrica à música desses anos, e Ginsberg, em particular, estabeleceu a ponte com os anos 60, através do seu encontro primordial com Bob Dylan. Provavelmente, o rock psicadélico que iria surgir na década de 60 teria sido uma premonição, em termos das infinitas possibilidades do futuro, destes poetas e os encontros posteriores de Burroughs com compositores como Lou Reed, por exemplo, sublinham e confirmam essa trajectória natural. Tendo nascido na década de 60, cresci a ouvir as várias modulações do rock e do rhythm n blues ao longo da década e meia seguinte, que moldaram o meu gosto musical. Ao abordar estes poetas no início do séc. XXI, em vez de ir buscar ao jazz e ao be-bop uma fonte de inspiração, que me parecia uma cristalização de uma matéria poética altamente incandescente, viva e actual, preferi arriscar compor bases musicais inspiradas nas minhas referências de vida. Com a possibilidade de apresentar este trabalho ao vivo no Festival Silêncio 2012 o que aconteceu a 28 de Junho, no Musicbox, em Lisboa, dediquei em particular os meses de Fevereiro e Março a ultimar as traduções e a compor os temas para o espectáculo. A extraordinária reacção do público, e as subsequentes reacções positivas obtidas pela divulgação na internet de um clip de um dos temas gravado ao vivo Cão, com poema de Lawrence Ferlinghetti, encorajaram a decisão de prosseguir este trabalho. REACÇÕES AO CONCERTO DE 28 DE JUNHO Grande concerto, foi brilhante, psicadélico, impressionante! Parabéns ao André Gago, na sua melhor forma, à Beat Hotel Band, (...) uma grande noite. José Anjos, espectador Ontem na Music Box o Festival do Silêncio (ou da palavra?) esteve em grande! Obrigado (...) ao André Gago e a Beat Hotel Band (fantásticos!) obrigada pelo momento. Não foi silencioso, mas foi muito estimulante. Isabel Passarinho, espectadora

Poder-se-ia também pensar que André Gago seria um mero declamador / dizedor de poesia. Não é o caso (...). O actor assume aqui o papel de frontman da banda, quase vocalista. Há certas passagens de poemas que Gago canta, mais do que declama. E dança ao ritmo da banda, como verdadeira estrela rock. E grita quando os poemas exigem que grite. E sussurra quando exigem que sussurre. Faz do espectáculo um verdadeiro concerto poético, interpretando na perfeição os poemas escolhidos. Gonçalo Mira, Ponto Alternativo Grande André e todo o Beat Hotel, foi um show bomba! Parabéns! Paola D Agostino, espectadora Foi muito MUITO bom. Tânia Ganho, espectadora foto Diana Laires

CURRÍCULOS DA BEAT HOTEL BAND ANDRÉ GAGO Actor, encenador, escritor. No teatro, desde cedo desenvolveu projectos de produção e criação pessoais: em 1987 funda o Teatro do Triângulo, onde encena O Físico Prodigioso, de Jorge de Sena, com a colaboração artística de João Vieira. Foi um dos fundadores da companhia Meia Preta, onde interpretou Arlequim e Pantalone nos espectáculos Assalto de Máscaras e Cenas da Commedia dellʼarte, e o Louco em Tarot, ou a Viagem do Louco, de Filipe Crawford, e onde dinamizou os Matches de Improvisação, dirigiu o Desfile de Caretos e criou o primeiro núcleo da exposição Máscaras Portuguesas. Depois do Meia Preta, criou, produziu e encenou espectáculos como Os Comicazes e a Vã Guarda (Teatro Taborda), Talk-Show (Teatro da Trindade), Adiós Muchachos - A Última Noite de Carlos Gardel, de José Jorge Letria, (Teatro da Trindade), Os Portas, de John Godber, (Teatro Nacional de D. Maria II) e Recitália (Casa da Comédia). Em 2007 criou o Teatro Instável, onde encenou e actuou em A Gargalhada de Yorick, Hamlet, Heterónimos, Pessoa, Noite Antiquíssima, Acerca de Música, Hamlet, Caminha, Pêro Vaz, Atrás das Máscaras e Beat Hotel. A Commedia dell'arte e a sua paixão pela máscara levaram-no a estagiar por duas vezes com Ferrucio Soleri, no Piccolo Teatro di Milano. Estreou-se profissionalmente na Comuna - Teatro de Pesquisa, onde actuou em Para Onde Ís?, de Gil Vicente, Amadis, de Abel Neves, e Marat-Sade, de Peter Weiss, com encenações de João Mota. Trabalhou com Norberto Barroca em Vórtice, de Noel Coward (Teatro Maria Matos), Ricardo Pais em Clamor, de Vieira (Teatro Nacional D. Maria II), Rui Madeira em Com a Arma de Bogart, de Renato Solnado, e Fantasio, de Alfred Musset (Companhia de Teatro de Braga), Artur Ramos em A Castro, de António Ferreira (Convento de Santa Clara), Melinda Eltenton em Visões da Febre, de John Clifford (Acarte), Almeno Gonçalves em Smog, de Mario Fratti (Teatroesfera), Ana Támen em Grande e Pequeno, de Botho Strauss (Teatro da Trindade), John Rettalack em Romeu e Julieta (Teatro S. Luiz), Luís Bragança Gil e Luisa Costa Gomes em Libentíssimo I e II (Centro Cultural de Belém), Manuel Coelho em Nickname, de Mário Máximo (Malaposta), ou Tim Carrol, em A Tempestade, de William Shakespeare (Teatro S. Luiz). Tem orientado vários workshops e cursos de Técnica da Máscara: Cendrev, Citac, Teatro Universitário do Porto, Centro em Movimento, Universidade de Évora, Teatro Instável, etc. Adaptou Jorge de Sena e Aquilino Ribeiro para as Marionetas de Lisboa. Traduziu e

encenou A Orquestra, de Jean Anouihl, no Teatro de Animação de Setúbal. Traduziu Hamlet, de William Shakespeare, para a produção do Teatro Instável. Ganhou, com o conto O Circo da Lua, publicado em 2001, o prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores, a partir do qual criou o espectáculo de Novo Circo Lua!, apresentado em Lisboa, no Parque das Nações. Em 2010 publica Rio Homem, finalista do prémio Leya e Prémio PEN Clube Portugal para Primeiro Romance 2011. Tem também uma vasta experiência como actor em televisão. Actuou de forma mais pontual, no cinema, destacando-se Solo de Violino, de Monique Rutler, e Making Of, de Thijs Bayens. ANDRÉ SOUSA MACHADO Iniciou os seus estudos de bateria em 1980 na Escola de jazz do Hot Clube de Portugal. Em 85 frequentou a Academia dos Amadores de Música onde concluiu o 5º ano de Formação Musical. Frequentou e participou em diversos workshops dirigidos e leccionados por músicos de renome internacional sendo de salientar os dos bateristas Kenny Washington e Alan Dawson (Projazz New York Jazz All Stars de 1991 e 1993, respectivamente); Paul Motian; Dom Famularo; Carl Palmer; do guitarrista John Abercrombie; e do saxofonista David Liebman. Ao longo da sua carreira acompanhou diversos músicos conhecidos do panorama jazzístico internacional, tais como Tete Montoliú, Steve Slagle, Phil Markowitz, Conrad Herwig, Andy Shepard, Karl Berger, Benny Golson, Akiko Pavolka, Matt Pavolka, mas também nacionais de onde se podem destacar, António Pinho Vargas, Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Carlos Barreto, Bernardo Moreira, Paula Oliveira, Marta Hugon, Pedro Moreira, André Fernandes, Jorge Reis. Sendo um músico versátil, acompanhou diferentes artistas da música portuguesa. Entre 1984 e 1992 integrou a banda do cantor/compositor Fausto, com quem trabalhou regularmente. Entre 2000 e 2003 fez parte da banda da cantora/compositora

Mafalda Veiga. Actuou e acompanhou também artistas com Vitorino, Sérgio Godinho, e Brigada Vítor Jara. Tem tocado regularmente desde 2002 com Rão Kyao. Actualmente integra a banda da cantora Marta Hugon, do Septeto do Hot Clube de Portugal e da Big Band do Hot Clube de Portugal. Desde 2007 que é baterista da banda do cantor Tony Carreira. A sua actividade tem-se dividido também como professor de bateria, tendo leccionado em diversas escolas de música. Desde 2008 que lecciona na Escola Superior de Música de Lisboa. EDGAR CARAMELO Edgar Caramelo nasceu em Lisboa. Por influência do som de John Coltrane, apaixonou-se pelo saxofone, tendo começado então um longo trabalho de pesquisa do instrumento como autodidacta. Mais tarde, estudou na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal, dirigida então pelo músico/ professor José Eduardo, onde teve a oportunidade de adquirir experiência musical em formações tão diversas como os combos e a Orquestra da Escola. Frequentou a Academia dos Amadores de Música e o Conservatório Nacional, e rápidamente se profissionalizou no início dos anos 80. Participou em workshops nacionais e estrangeiros tendo trabalhado com David Liebman, Todd Coolman, Wallace Roney, Gerry Niewood, Jonh Tchicai, Clark Terry, Rufus Reid, Bobby Watson, Sir Rolland Hanna. Foi membro fundador da Orquestra de Jazz do H.C.P., com a qual tocou e gravou o disco daquela orquestra com os convidados Perico Sanbeat, Curtis Fuller, Benny Golson, Eddie Henderson e Freddie Hubbard. Membro fundador do Sexteto de Jazz de Lisboa com Mário Laginha, Pedro Barreiros,

Mário Barreiros, Tomás Pimentel e Jorge Reis, gravou um disco que lhes permitiu participar em diversos festivais internacionais, como o Festival de Jazz de Macau, Festival de Jazz de Cascais, Festival de Jazz de Edimburgo, no Barbican Center of London e na Mostra dos Jovens Artistas Mediterrânicos em Barcelona. Integrou o grupo que acompanhou a cantora Maria João na sua primeira digressão por toda a Alemanha ( Festival de Jazz de Leverkusen, no mítico clube de jazz em Berlim 'Quasi Modo', e no Frankfurter Jazz Club, entre muitos outros). Fez parte de outros grupos e formações de jazz: Carlos Bica Trio, Laurent Filipe - Orquestra Sons do Mundo, Sexteto de Tomás Pimentel, Quarteto de Saxofones do Porto, com os quais gravou e fez inúmeros concertos. A sua afinidade com diversas áreas musicais levaram-no também a tocar e a gravar com: Zeca Afonso, Vitorino, Luis Cília, José Mário Branco, Júlio Pereira, Jorge Palma, Carlos do Carmo, Sérgio Godinho, Fausto, Fernando Tordo, Paulo de Carvalho, Carlos Mendes, Rui Veloso, Heróis do Mar, Paulo Gonzo, Lena d'água, Trovante, Mafalda Veiga, André Sardet, Fúria do Açúcar, Afonsinhos do Condado, Tito Paris, Bana, Dany Silva, André Cabaço, Filipe Mukenga, Vinicius de Cantuária e Cesária Évora. Tocou e gravou com 'Pedro Abrunhosa e os Bandemónio' desde a formação deste grupo, tendo partilhado o palco com músicos da área do soul/funk/jazz: Maceo Parker (saxofonista de James Brown, Aretha Franklin, Ray Charles), HornHeads (naipe de sopros que toca habitualmente com Prince e Chaka Khan), Ricky Peterson especialista no Hammond B3 e produtor de músicos como o saxofonista David Sanborn. Com Pedro Abrunhosa e os Bandemónio partilhou o palco com Caetano Veloso, Lenine, Gabriel o Pensador,Zeca Baleiro, Elba Ramalho, actuando nas mais importantes salas de espectáculo no Brasil- Rio de Janeiro (Canecão), Curitiba (Teatro Cultural de Curitiba), em New York no New Jersey Performing Arts Center NJPAC, em Paris no Olympia, no Zénith de Paris e em Montreux no Miles Davis Hall. Paralelamente à carreira de músico de concerto, desenvolveu um diversificado trabalho de músico de estúdio ( excedendo já a centena de discos gravados como convidado). Participou em programas de televisão nos programas de Joaquim Letria, Carlos Cruz e Herman José, integrando as orquestras residentes, dirigidas por Pedro Osório, Pedro Duarte, José Marinho, Thilo Krassman, Pedro Moreira e Claus Nymark. É regularmente convidado como músico performer, tanto a solo, como em colectivos com actores e/ou bailarinos. FAUSTO FERREIRA Nasceu em 1974. Em 1999 conclui o Curso Complementar de Piano da Academia de Amadores de Música, com 18 valores. No ano seguinte, conclui a Licenciatura em Ciências

Musicais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Frequentou masterclass anuais de piano com Pedro Burmester e Helena Sá Costa, na Academia de Amadores de Música, e foi aluno de Mário Laginha. Frequentou também o Seminário de Pedagogia Musical, orientado por Edwin Gordon, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e o Seminário de Música na Primeira Infância, orientado por Helena Rodrigues, na Fundação Calouste Gulbenkian. Foi professor de música nas AEC s (1ºciclo de escolaridade), no ensino oficial (2º e 3º ciclos), e professor de piano na Academia Acorde e na Escola de Música da Valentim de Carvalho. Actua como free-lancer, desde 1993, em diversos projectos musicais na área do Jazz, Música Clássica, Música Popular Brasileira e Portuguesa, Rock, Pop, Funk, em festivais, eventos culturais, festas, bares e hoteis, a solo e com banda. Foi músico residente no programa televisivo Estado de Graça, da RTP1, no espectáculo Visions, Casino do Estoril, no Ensemble Raum e na banda de Fausto Bordalo Dias. É músico residente em vários projectos do artista Manuel João Vieira (Ena pá 2000, Irmãos Catita, Lello Minsk, Pianista de Boite), nos projectos do artista Fernando Messias (The Caddillacs e Messias and the Hot Tones) e na banda FunkOffAndFly. TIAGO INUIT Nascido em Montreal (Canadá) em 1976, Tiago Inuit estudou música na Academia dos Amadores de Música e na Escola de Jazz Luis Vilas Boas - Hot Clube Portugal, cursou Arquitectura de Interiores na FA-UTL e Licenciou-se em Música na Universidade Concordia em Montreal, Canadá (2000) Tem exercido a sua actividade como compositor, músico, produtor e professor em diversas frentes como Teatro, cinema, dança, publicidade e televisão. Da sua actividade profissional e criativa destacam-se Música para a série de documentarios Cirque du Soleil - Fire Within Montreal, Canadá - 2002 ; Música original para a longa metragem Hatley High Montreal Canadá 2003 ; Música original e pós produção de som para a série de seis docomentários Music of Resistance Londres, U.K. 2008 ; Música original para a peça de teatro "Solum Sines, Portugal - 2010; Participação em 4 temas do CD "Em Busca das Montanhas Azuis" de Fuasto Bordalo Dias e actuação ao vivo nos Coliseus de Lisboa e Porto - 2012 Em 2005 editou o seu primeiro trabalho de loga duração entitulado Funami, pela editora Transformadores, produzido e gravado em Montreal, Canadá. Tiago Inuit dirige o seu estúdio em Lisboa, na Interpress, onde exerce parte substancial da sua actividade.